RESUMEN
OBJETIVO: analisar as experiências corporais nas relações de cuidado em unidade de terapia intensiva. METODOLOGIA: revisão integrativa realizada nas bases de dados MEDLINE, SCOPUS, LILACS e CINAHL, das quais resultaram em 13 artigos. Os resultados foram analisados de forma descritiva e organizados em categorias temáticas, conforme a similaridade dos conteúdos, a partir de conceitos da Antropologia do Corpo. RESULTADOS: foram construídas duas categorias: "O corpo nas relações de cuidado" e "As experiências corporais mediadas pela tecnologia". Nelas, discutiu-se como as experiências corporais na UTI são mediadas pelas tecnologias, especialmente aquelas denominadas de "duras", representadas por dispositivos, máquinas e medicamentos. Elas interferem na interação do corpo da pessoa consigo, com os outros e com o ambiente. As experiências corporais na UTI transformam o corpo ativo e reflexivo em um corpo nu, reduzido, limitado e exposto à medida que o nível de consciência se reduz. Dessa forma, os significados da corporeidade nas relações de cuidado em UTI se constituem a partir da compreensão do corpo como uma superfície de inscrição das práticas e técnicas dos profissionais de saúde no decorrer do tempo de hospitalização. CONCLUSÃO: o corpo da pessoa hospitalizada em UTI é significado através da passividade e da aceitabilidade. A sensibilidade carece de espaço, mas movimentos de reflexão e em direção às ações possíveis para humanizar o cuidado na UTI foram evidenciados.
OBJECTIVE: to analyze the corporal experiences in the caring relationships in the intensive care unit. METHODOLOGY: an integrative review was conducted in the databases MEDLINE, SCOPUS, LILACS, and CINAHL which resulted in 13 articles. The results were analyzed in a descriptive way and organized into thematic categories, according to the similarity of the contents, based on concepts from the Anthropology of the Body. RESULTS: We constructed two categories: the body in care relations and the bodily experiences mediated by technology. We discussed how body experiences in the ICU are mediated by technologies, especially those called "hard", represented by devices, machines, and medicines.They interfere with the interaction of the person's body with himself, with others, and with the environment. The bodily experiences in the ICU transform the active and reflective body into a naked body, reduced, limited, and exposed as the level of consciousness reduces.Thus, the meanings of corporeality in caring relationships in the ICU are constituted from the understanding of the body as a surface of registration of the practices and techniques of health professionals during the period of hospitalization. CONCLUSIONS: The body of the person hospitalized in ICU is realized through passivity and acceptability. Sensitivity lacks space, but we evidenced movements of reflection towards possible actions to humanize care in the ICU
OBJETIVO: analizar las experiencias corporales en las relaciones de cuidado en unidad de cuidados intensivos. METODOLOGÍA: revisión integradora realizada las bases de datos MEDLINE, SCOPUS, LILACS y CINAHL, en las que se recuperaron 13 artículos. Los resultados fueron analizados de forma descriptiva y organizados en categorías temáticas, conforme a la similitud de los contenidos, a partir de conceptos de la Antropología del Cuerpo. RESULTADOS: Se construyeron dos categorías: "El cuerpo en las relaciones de cuidado" y "Las experiencias corporales mediadas por la tecnología". En ellas se discutió cómo las experiencias corporales en la UCI están mediadas por las tecnologías, especialmente aquellas denominadas "duras", representadas por dispositivos, máquinas y medicamentos. Interfieren en la interacción del cuerpo de la persona con usted, con los demás y con el entorno. Las experiencias corporales en la UCI transforman el cuerpo activo y reflexivo en un cuerpo desnudo, reducido, limitado y expuesto a medida que el nivel de conciencia se reduce. De esa forma, los significados de la corporeidad en las relaciones de cuidado en UCI se constituyen a partir de la comprensión del cuerpo como una superficie de inscripción de las prácticas y técnicas de los profesionales de salud en el transcurso del tiempo de hospitalización. CONCLUSIONES: el cuerpo de la persona hospitalizada en UCI es significado a través de la pasividad y de la aceptabilidad. La sensibilidad carece de espacio, pero se evidenciaron movimientos de reflexión y hacia las acciones posibles para humanizar el cuidado en la UCI