RESUMEN
Resumo Objetivo Estimar a prevalência de insucesso na inserção de cateteres intravenosos periféricos em crianças com câncer e sua associação com características demográficas, clínicas, da cateterização e terapia intravenosa utilizada previamente. Métodos Estudo de corte transversal e exploratório realizado na unidade de clínica oncológica pediátrica de um hospital público. Foram utilizados dados provenientes da observação de 130 cateterizações intravenosas periféricas e prontuários das crianças. Analisadas as características demográficas, clínicas, da cateterização intravenosa periférica e terapia intravenosa utilizada e sua relação com o insucesso da cateterização. Utilizou-se regressão de Poisson com variância robusta para determinar os fatores associados ao desfecho estudado, considerando p<0,05. Resultados A prevalência do insucesso foi de 38,5% e esteve estatisticamente associada ao tempo de hospitalização (RP=1,6; IC95% 1,05-2,56), uso de terapia intravenosa prévia prolongada (RP=2,1; IC95% 1,32-3,20), antecedente de extravasamento (RP=1,99; IC95% 1,15-3,28) e agitação da criança (RP=1,41; IC95% 1,02-1,94). Conclusão Observou-se elevada prevalência de insucesso da cateterização intravenosa periférica em crianças com câncer, associada ao tempo de hospitalização maior ou igual a oito dias, uso de TIV prévia prolongada, antecedente de extravasamento e agitação da criança durante a inserção do cateter.
Resumen Objetivo Estimar la prevalencia de fracaso en la inserción de catéteres intravenosos periféricos en niños con cáncer y su relación con características demográficas, clínicas, del cateterismo y de terapia intravenosa previamente utilizada. Métodos Estudio de corte transversal y exploratorio realizado en la unidad de clínica oncológica pediátrica de un hospital público. Se utilizaron datos provenientes de la observación de 130 cateterismos intravenosos periféricos y las historias clínicas de los niños. Se analizaron las características demográficas, clínicas, del cateterismo intravenoso periférico y terapia intravenosa utilizada y su relación con el fracaso del cateterismo. Se utilizó regresión de Poisson con varianza robusta para determinar los factores asociados al evento estudiado, considerando p<0,05. Resultados La prevalencia del fracaso fue del 38,5 % y estuvo estadísticamente relacionada con el tiempo de internación (RP=1,6; IC95% 1,05-2,56), el uso de terapia intravenosa previa prolongada (RP=2,1; IC95% 1,32-3,20), antecedentes de extravasación (RP=1,99; IC95% 1,15-3,28) y la agitación del niño (RP=1,41; IC95% 1,02-1,94). Conclusión Se observó una elevada prevalencia de fracaso del cateterismo intravenoso periférico en niños con cáncer, relacionada con el tiempo de internación mayor o igual a ocho días, el uso de TIV previa prolongada, antecedentes de extravasación y agitación del niño durante la inserción del catéter.
Abstract Objective To estimate the prevalence of peripheral intravenous catheter insertion failure in children with cancer and its association with demographic, clinical, catheterization and previously used intravenous therapy characteristics. Methods This is a cross-sectional and exploratory study conducted at the pediatric oncology clinic of a public hospital. Data from the observation of 130 peripheral intravenous catheterizations and medical records of children were used. We analyzed the demographic and clinical characteristics of peripheral intravenous catheterization and intravenous therapy used and its relationship with catheterization failure. Poisson regression with robust variance was used to determine the factors associated with the outcome studied, considering p<0.05. Results The prevalence of failure was 38.5% and was statistically associated with length of stay (PR=1.6; 95%CI 1.05-2.56), previous prolonged intravenous therapy use (PR=2.1; 95%CI % 1.32-3.20), history of extravasation (PR=1.99; 95%CI 1.15-3.28) and child agitation (PR=1.41; 95%CI 1.02-1.94). Conclusion There was a high prevalence of peripheral intravenous catheterization failure in children with cancer, associated with length of hospitalization greater than or equal to eight days, previous prolonged IVT use, history of extravasation and child agitation during catheter insertion.