The painless brain: lobotomy, psychiatry, and the treatment of chronic pain and terminal illness.

This article examines the use of lobotomy as a treatment for chronic intractable pain and reconstructs then-common perceptions of pain and of the patients who suffered from it. It delineates the social expectations and judgments implicit in physicians' descriptions of the patients, analyzing what was expected from such patients and how the medical establishment responded to non-normative expressions of suffering. I argue that the medicalized response to an expectation for normativity demonstrates the convergence between psychiatric and palliative interventions. Based on a historically informed perspective of psychiatric interventions in the field of pain medicine, I examine the use of psychiatric medications for pain syndromes today and evaluate the interface between depression, chronic pain, and terminal illness. While not detracting from the medical imperative to alleviate pain, I question the usage of social criteria and normative judgments in the clinical decision of how to treat pain. What normalizing social function does the use of psychiatric interventions in pain treatment fulfill? This approach leads to a reexamination of perceptions of dualism in pain medicine.

Estratégias terapêuticas no tratamento da dor crônica: uma genealogia da clínica da dor / Therapeutic strategies in the treatment of chronic pain: a genealogy of the pain clinic

O objetivo desse trabalho é analisar a singularidade das estratégias terapêuticas introduzidas pelo modelo das Clínicas da Dor, através de um estudo genealógico desse projetoterapêutico e sua contextualização no âmbito da racionalidade científica moderna. Mais especificamente, pretende-se analisar as transformações na racionalidade médica que permitiram, sucessivamente, a apreensão da dor pelo discurso médico, a concepção da dorcomo uma doença e a construção e a consolidação do modelo terapêutico das Clínicas da Dor. Para tal, inicialmente, analisamos o modelo terapêutico desenvolvido pelo médico anestesista John Bonica, idealizador do modelo das Clínicas da Dor, destacando as ferramentas conceituais que possibilitaram a compreensão da dor crônica como doença e como fenômenobiopsicossocial. Num segundo momento, realizamos uma descrição e análise dos principais eventos que permitiram a consolidação da medicina da dor como uma prática específica e multidisciplinar, dando destaque à inserção deste modelo no contexto do Sistema Único de Saúde Brasileiro. Finalmente, a partir de uma experiência clínico-institucional buscamos refletir sobre os limites e possibilidades da aplicação prática deste modelo, lançando luz sobre os impasses da clínica e tensões oriundas da problematização do dualismo mente e corpo e das práticas terapêuticas interdisciplinares.

A capsule history of pain management.

Pain is a complex clinical problem. Assessment depends on verbal report, and the patient's physical perceptions may be modified by cognitive and affective factors. The salience of pain as a problem in its own right has grown since 1945 and new therapeutic alternatives have developed from research and from new theoretical perspectives. This short historical review of the highlights of the history of pain management gives particular emphasis to the 20th century and to chronic and cancer pain.