RESUMO
BACKGROUND: Refractory cardiogenic shock (CS) is associated with high mortality rates, and the use of venoarterial extracorporeal membrane oxygenation (VA-ECMO) as a therapeutic option has generated discussions. Therefore, its cost-effectiveness, especially in low- and middle-income countries like Brazil, remains uncertain.Objectives: To conduct a cost-utility analysis from the Brazilian Unified Health System perspective to assess the cost-effectiveness of VA-ECMO combined with standard care compared to standard care alone in adult refractory CS patients. METHODS: We followed a cohort of refractory CS patients treated with VA-ECMO in tertiary care centers located in Southern Brazilian. We collected data on hospital outcomes and costs. We conducted a systematic review to supplement our data and utilized a Markov model to estimate incremental cost-effectiveness ratios (ICERs) per quality-adjusted life year (QALY) and per life-year gained. RESULTS: In the base-case analysis, VA-ECMO yielded an ICER of Int$ 37,491 per QALY. Sensitivity analyses identified hospitalization cost, relative risk of survival, and VA-ECMO group survival as key drivers of results. Probabilistic sensitivity analysis favored VA-ECMO, with a 78% probability of cost-effectiveness at the recommended willingness-to-pay threshold. CONCLUSIONS: Our study suggests that, within the Brazilian Health System framework, VA-ECMO may be a cost-effective therapy for refractory CS. However, limited efficacy data and recent trials questioning its benefit in specific patient subsets highlight the need for further research. Rigorous clinical trials, encompassing diverse patient profiles, are essential to confirm cost-effectiveness and ensure equitable access to advanced medical interventions within healthcare systems, particularly in socio-economically diverse countries like Brazil.
FUNDAMENTO: O choque cardiogênico (CC) refratário está associado com altas taxas de mortalidade, e o uso de oxigenação por membrana extracorpórea venoarterial (VA-ECMO, do inglês venoarterial extracorporeal membrane oxygenation) como uma opção terapêutica tem gerado discussões. Nesse sentido, sua custo-efetividade, principalmente em países de baixa e média renda como o Brasil, continua incerto.Objetivos: Conduzir uma análise de custo-efetividade na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS) para avaliar a custo-efetividade de VA-ECMO combinado com o tratamento padrão em comparação ao tratamento padrão isolado em pacientes adultos com CC refratário. MÉTODOS: Acompanhamos uma coorte de pacientes com CC refratário tratados com VA-ECMO em centros de assistência terciária do sul brasileiro. Coletamos dados de desfechos e custos hospitalares. Realizamos uma revisão sistemática para complementar nossos dados e usamos o modelo de Markov para estimar a razão de custo-efetividade incremental (RCEI) por ano de vida ajustado pela qualidade (QALY) e por ano de vida ganho. RESULTADOS: Na análise do caso-base, a VA-ECMO gerou uma RCEI de Int$ 37 491 por QALY. Análises de sensibilidade identificaram o custo de internação, o risco relativo de sobrevida, e a sobrevida do grupo submetido à VA-ECMO como principais variáveis influenciando os resultados. A análise de sensibilidade probabilística mostrou um benefício do uso de VA-ECMO, com uma probabilidade de 78% de custo-efetividade no limiar recomendado de disposição a pagar. CONCLUSÕES: Nosso estudo sugere que, dentro do SUS, VA-ECMO pode ser uma terapia custo-efetiva para o CC refratário. Contudo, a escassez de dados sobre a eficácia e de ensaios clínicos recentes que abordem seus benefícios em subgrupos específicos de pacientes destaca a necessidade de mais pesquisas. Ensaios clínicos rigorosos, incluindo perfis diversos de pacientes, são essenciais para confirmar a custo-efetividade com uso de VA-ECMO e assegurar acesso igualitário a intervenções médicas avançadas dentro dos sistemas de saúde, especialmente em países com desigualdades socioeconômicas como o Brasil.
Assuntos
Análise Custo-Benefício , Oxigenação por Membrana Extracorpórea , Anos de Vida Ajustados por Qualidade de Vida , Choque Cardiogênico , Humanos , Brasil , Oxigenação por Membrana Extracorpórea/economia , Cadeias de Markov , Choque Cardiogênico/terapia , Choque Cardiogênico/economia , Choque Cardiogênico/mortalidade , Resultado do TratamentoRESUMO
Resumo Fundamento O choque cardiogênico (CC) refratário está associado com altas taxas de mortalidade, e o uso de oxigenação por membrana extracorpórea venoarterial (VA-ECMO, do inglês venoarterial extracorporeal membrane oxygenation) como uma opção terapêutica tem gerado discussões. Nesse sentido, sua custo-efetividade, principalmente em países de baixa e média renda como o Brasil, continua incerto.Objetivos: Conduzir uma análise de custo-efetividade na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS) para avaliar a custo-efetividade de VA-ECMO combinado com o tratamento padrão em comparação ao tratamento padrão isolado em pacientes adultos com CC refratário. Métodos Acompanhamos uma coorte de pacientes com CC refratário tratados com VA-ECMO em centros de assistência terciária do sul brasileiro. Coletamos dados de desfechos e custos hospitalares. Realizamos uma revisão sistemática para complementar nossos dados e usamos o modelo de Markov para estimar a razão de custo-efetividade incremental (RCEI) por ano de vida ajustado pela qualidade (QALY) e por ano de vida ganho. Resultados Na análise do caso-base, a VA-ECMO gerou uma RCEI de Int$ 37 491 por QALY. Análises de sensibilidade identificaram o custo de internação, o risco relativo de sobrevida, e a sobrevida do grupo submetido à VA-ECMO como principais variáveis influenciando os resultados. A análise de sensibilidade probabilística mostrou um benefício do uso de VA-ECMO, com uma probabilidade de 78% de custo-efetividade no limiar recomendado de disposição a pagar. Conclusões Nosso estudo sugere que, dentro do SUS, VA-ECMO pode ser uma terapia custo-efetiva para o CC refratário. Contudo, a escassez de dados sobre a eficácia e de ensaios clínicos recentes que abordem seus benefícios em subgrupos específicos de pacientes destaca a necessidade de mais pesquisas. Ensaios clínicos rigorosos, incluindo perfis diversos de pacientes, são essenciais para confirmar a custo-efetividade com uso de VA-ECMO e assegurar acesso igualitário a intervenções médicas avançadas dentro dos sistemas de saúde, especialmente em países com desigualdades socioeconômicas como o Brasil.
Abstract Background Refractory cardiogenic shock (CS) is associated with high mortality rates, and the use of venoarterial extracorporeal membrane oxygenation (VA-ECMO) as a therapeutic option has generated discussions. Therefore, its cost-effectiveness, especially in low- and middle-income countries like Brazil, remains uncertain.Objectives: To conduct a cost-utility analysis from the Brazilian Unified Health System perspective to assess the cost-effectiveness of VA-ECMO combined with standard care compared to standard care alone in adult refractory CS patients. Methods We followed a cohort of refractory CS patients treated with VA-ECMO in tertiary care centers located in Southern Brazilian. We collected data on hospital outcomes and costs. We conducted a systematic review to supplement our data and utilized a Markov model to estimate incremental cost-effectiveness ratios (ICERs) per quality-adjusted life year (QALY) and per life-year gained. Results In the base-case analysis, VA-ECMO yielded an ICER of Int$ 37,491 per QALY. Sensitivity analyses identified hospitalization cost, relative risk of survival, and VA-ECMO group survival as key drivers of results. Probabilistic sensitivity analysis favored VA-ECMO, with a 78% probability of cost-effectiveness at the recommended willingness-to-pay threshold. Conclusions Our study suggests that, within the Brazilian Health System framework, VA-ECMO may be a cost-effective therapy for refractory CS. However, limited efficacy data and recent trials questioning its benefit in specific patient subsets highlight the need for further research. Rigorous clinical trials, encompassing diverse patient profiles, are essential to confirm cost-effectiveness and ensure equitable access to advanced medical interventions within healthcare systems, particularly in socio-economically diverse countries like Brazil.
RESUMO
Temperature and humidity are studied in the context of seasonal infections in temperate and tropical zones, but the relationship between viral trends and climate variables in temperate subtropical zones remains underexplored. Our retrospective study analyzes respiratory pathogen incidence and its correlation with climate data in a subtropical zone. Retrospective observational study at Moinhos de Vento Hospital, South Brazil, aiming to assess seasonal trends in respiratory pathogens, correlating them with climate data. The study included patients of all ages from various healthcare settings, with data collected between April 2022 and July 2023. Biological samples were analyzed for 24 pathogens using polymerase chain reaction and hybridization techniques; demographic variables were also collected. The data was analyzed descriptively and graphically. Spearman tests and Poisson regression were used as correlation tests. Tests were clustered according to all pathogens, severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2), influenza viruses, rhinovirus, and respiratory syncytial virus (RSV). Between April 2022 and July 2023, 3329 tests showed a 71.6% positivity rate. Rhinovirus and RSV predominated, exhibiting seasonal patterns. Temperature was inversely correlated with the viruses, notably rhinovirus, but SARS-CoV-2 was positively correlated. Air humidity was positively correlated with all pathogens, RSV, rhinovirus, and atmospheric pressure with all pathogens and rhinovirus. Our results showed statistically significant correlations, with modest effect sizes. Our study did not evaluate causation effects. Despite the correlation between climate and respiratory pathogens, our work suggests additional factors influencing transmission dynamics. Our findings underscore the complex interplay between climate and respiratory infections in subtropical climates.