RESUMO
ABSTRACT: The synthetic progestin altrenogest (ALT) has been widely used in sow farms to concentrate artificial inseminations (AIs) during the transition of weekly productive flow for the batch farrowing system of 14 or 21 days. The objective of the present study was to investigate the effect of the duration of ALT treatment on the reproductive performance of weaned sows during transition to batch farrowing. Retrospective data was evaluated regarding the reproductive performance of primiparous and multiparous sows that were either not treated (control, n = 165) or treated with 20 mg ALT during 7 days (ALT7, n = 161) or 14 days (ALT14, n = 199) post-weaning. The interval between weaning or the end of ALT supplementation and first AI did not differ among the groups, as well as the percentage of sows inseminated up to 7 or 10 days after the end of treatment or weaning (P ≥ 0.16). There was a tendency for a lower farrowing rate (P = 0.06) in ALT7 (77.2%) when compared to ALT14 (84.5%) and control (86.3%) groups. The total number of piglets born did not differ among groups (P = 0.35). In conclusion, despite the slight delay in the estrus onset, the proportion of estrous sows was not affected, whereas the adjusted farrowing rate was reduced when ALT was administered for 7 days after weaning in multiparous sows during transition to 21 days batch farrowing system.
RESUMO: O progestágeno sintético altrenogest (ALT) tem sido amplamente utilizado na suinocultura para agrupamento da inseminação, na transição de fluxo produtivo semanal para manejo em bandas de 14 ou 21 dias. O presente estudo investigou o efeito da duração do tratamento com ALT sobre o desempenho reprodutivo de fêmeas desmamadas na transição para o manejo em bandas. Foram coletados dados retrospectivos do desempenho reprodutivo de fêmeas primíparas e pluríparas desmamadas (n = 525) que não foram tratadas (controle, n = 165) ou tratadas diariamente com 20 mg de ALT durante 7 dias (ALT7, n = 161) ou 14 dias (ALT14, n = 199) pós-desmame. O intervalo entre o desmame ou final da suplementação de ALT e a primeira IA não diferiu entre os grupos, bem como o percentual de fêmeas inseminadas até 7 e 10 dias pós a remoção da suplementação hormonal (P ≥ 0,16). Houve uma tendência para menor taxa de parto ajustada (P = 0,06) no grupo ALT7 (77,2%), quando comparada aos grupos ALT14 (84,5%) e controle (86,3%). O número total de leitões nascidos não diferiu entre os grupos (P = 0,35). Conclui-se que, apesar do pequeno atraso no início do estro, não houve impactos na taxa de manifestação estral. Entretanto, a taxa de parto ajustada foi reduzida quando o ALT foi administrado por sete dias após o desmame na transição para o manejo em bandas de 21 dias.
RESUMO
The use of synthetic progestagens released by vaginal devices is an important tool to overcome the reproductive seasonality in sheep, but cost and/or subsequent vaginitis are limiting factors for their use. To identify economic, simple and innocuous alternative vaginal devices for estrous synchronization/induction protocols in sheep, this study aimed to evaluate the microbiological and functional viability of the human vaginal tampons (OB®) impregnated with medroxyprogesterone acetate (MAP) on reproductive performance of ewes. The study compared them with commercial vaginal inserts (CIDR®) and polyurethane sponges impregnated with MAP. In Experiment 1, the device loss rate, the degree of vaginitis during the device removal, the count and identification of bacterial colonies at the device insertion and removal, and efficiency in estrous synchronization and estrus temporal distribution were evaluated. Pubertal ewes at the beginning of the breeding season were randomly allocated to three experimental groups: CIDR®, PSP (polyurethane sponge) and OB®. No device losses occurred in any group, but the use of OB® caused milder signs of vaginitis than polyurethane sponges, with a similar vaginal bacterial growth and microbiota than the CIDR group. The estrus distribution was more disperse in the CIDR than PSP or OB groups. In Experiment 2, pregnancy rates using CIDR® or OB® devices were compared, with estrus manifestation (85.4 percent and 89.8 percent) and pregnancy rates (58.3 percent and 49.0 percent) being similar between groups (P>0.05), respectively. In conclusion, the use of human intra-vaginal tampons (OB®) impregnated with MAP was proven highly hygienic, practical and effective as a low-cost alternative for estrous synchronization and AI in sheep.
O uso de progestágeno sintético liberado por pessários vaginais é uma importante ferramenta para suplantar a sazonalidade reprodutiva em ovelhas. Todavia, seu uso é limitado pelo custo ou pelas subsequentes vaginites. Na busca de uma alternativa simples e de baixo custo para sincronizar estro em ovelhas, este estudo avaliou o tampão vaginal humano (OB®) impregnado com MAP, na performance reprodutiva de ovelhas, comparando com o CIDR® e as esponjas de poliuretano, estas também impregnadas com MAP. No experimento 1 foram avaliados a taxa de perdas; o grau das vaginites no momento da remoção do pessário; a contagem e identificação das colônias bacterianas; bem como a eficiência da sincronização e a distribuição temporal dos cios. As ovelhas foram aleatoriamente distribuídas em um de três grupos experimentais: CIDR, Esponjas e OB, no inicio da estação reprodutiva. Não ocorreram perdas de pessários em qualquer grupo, porém o OB causou menor grau de vaginite em relação às esponjas, com um crescimento bacteriano e microbiota similares ao grupo CIDR. A distribuição dos cios foi mais dispersa no grupo CIDR do que nos grupos Esponja ou OB. No experimento 2, foram comparados o CIDR e OB em relação à manifestação de cio (85,4 por cento e 89,8 por cento) e taxa de prenhez (58,3 por cento e 49,0 por cento), que foram similares (P<0,05). Conclui-se que o pessário OB impregnado com MAP é higiênico, de baixo custo, prático e efetivo como para a sincronização de cios e IA em ovelhas.
RESUMO
Mil duzentos e setenta e um oócitos foram divididos em 4 tratamentos com a finalidade de se avaliar a influência da adição de LH e FSH na produção in vitro de embriões bovinos com soro de vaca em estro (SVE) ou soro de éguas obtido no 1º dia do estro (SE). Independente do tratamento os oócitos foram maturados com TCM199 + 5,95mg/ml de Hepes, 0,025mg/ml de piruvato de sódio e 2,2mg/ml de bicarbonato de sódio, sendo adicionado 10 por cento de soro de égua (ES), 10 por cento de SVE (VS), 10 por cento de soro de égua + 0,5mg/ml de hormônio luteinizante bovino (LHb) + 0,01UI/ml de hormônio folículo estimulante recombinante humano-rFSHh (EH) e 10 por cento SVE + LHb + rFSHh (VH). Os oócitos assim tratados, foram maturados em estufa com 5 por cento de CO2 a 39ºC sob umidade saturada por 22-24h. Depois, foram fecundados em TALP-FERT por 18-20h e cultivados por 8 dias em meio SOF + 5 por cento de SE (ES e EH) ou SVE (VS e VH). As taxas de clivagem de 72 por cento obtidas no grupo VH (229/316) e 61 por cento no grupo VS (193/315) foram significativamente menores (p<0,05) que as dos grupos ES (80 por cento - 254/317) e EH (80 por cento - 257/323). A produção de embriões (blastocistos iniciais, blastocistos, blastocistos expandidos e eclodidos) no D7 após a inseminação para os grupos ES (32 por cento), EH (28 por cento) e VH (27 por cento), foi significativamente superior aos 20 por cento obtidos no VS (p<0,05). No D9, verificou-se uma diferença significativa (p<0,05) entre os grupos ES (31 por cento) e EH (29 por cento) quando comparados com o grupo VS (22 por cento), mas não houve diferença quando comparamos com o VH (24 por cento). A taxa de eclosão em D9 foi de 11 por cento (ES), 11 por cento (EH), 10 por cento (VS) e 5 por cento (VH). Não houve diferença entre as médias do número de células dos embriões (Blastocistos expandidos e eclodidos) obtidos no D9. Conclui-se, com estes resultados que, para a obtenção de taxas regulares de blastocistos, não seja necessária a adição de hormônios quando se utilize o soro de égua, e que os hormônios devam ser adicionados quando se utilize soro de vaca.
RESUMO
Oócitos bovinos têm sido mantidos em fluido folicular como meio para transporte e para aumento de sua competência, antes da maturação. Oitocentos e oitenta e um (881) oócitos foram aspirados de folículos de 2 a 8mm, de ovários de abatedouro, para avaliar o efeito da manutenção de oócitos bovinos em fluido folicular bovino de folículos de diferentes tamanhos sobre o desenvolvimento embrionário. Os oócitos foram distribuídos aleatoriamente em quatro tratamentos, com sete repetições cada. No grupo controle (n=217), os oócitos foram maturados por 24h em TCM-199 com Soro de Égua em Estro (SEE), piruvato e rFSH-h, em estufa a 39ºC, com 5,00 por cento de CO2 e umidade saturada. No tratamento FFpequeno (n=216), os oócitos foram mantidos por 6h em fluido folicular de folículos de 3 a 5mm a 30ºC e posteriormente maturados por 18h nas mesmas condições do grupo controle. Os oócitos dos tratamentos FFmédio (n=226) e FFgrande (n=222) foram mantidos em fluido folicular de folículos com 5,1 a 8mm e folículos maiores de 8,1mm, respectivamente e, após, maturados por 18h. Após a fecundação por 18h, os zigotos foram cultivados por 8 dias em SOFaaci com 5,00 por cento de SEE, em estufa a 39ºC, em bolsas gaseificadas com 5,00 por centoCO2, 5,00 por centoO2 e 90,00 por centoN2. Oócitos do grupo FFpequeno resultaram em menor (P<0,05) taxa de blastocistos em D7 que os grupos Controle e FFgrande. No D9, as taxas de blastocistos e de eclosão não diferiram (P>0,05) entre os grupos. O fluido folicular de folículos médios e grandes pode ser utilizado para o manutenção de oócitos bovinos por 6h a 30ºC, antes da maturação por 18h.
Assuntos
Animais , Bovinos , Desenvolvimento Embrionário e Fetal , Meiose , OócitosRESUMO
Com a maior utilização da OPU existe a necessidade de encontrar alternativas para iniciar as primeiras fases da PIV sem controle da atmosfera. O desenvolvimento de um método prático e simples de transporte/maturação/fecundação permitiria maior eficiência do laboratório e diminuição dos custos de produção. O objetivo deste estudo foi desenvolver um método de maturação e fecundação para complexos cumulus oócitos (CCO) em tubos de polipropileno sem gaseificação, mantidos em banho-maria. A maturação in vitro em estufa foi conduzida em TCM-199 modificado (controle) enquanto que para os tratamentos em banho-maria, em tubos, o meio foi acrescido de 25mM de N-2-hidroxietilpiperazina-N'-2-ácido etanosulfônico (HEPES). Na fecundação in vitro dos oócitos em tubos, os CCO foram mantidos em banho-maria a 39ºC em Talp-Fert, acrescido de HEPES em concentrações entre 10mM a 28,7 mM por 10 a 18 horas, sob óleo mineral. O cultivo realizou-se em placas em bolsas gaseificadas com meio SOFaaci com soro de vaca em estro (SVE), sob óleo mineral, em estufa com 5,00 por centoCO2 , 5,00 por centoO2 e 90,00 por cento de N2 a 39ºC, por 9 dias. Verificou-se que CCO maturados por 24h em tubos não gaseificados, mantidos em banho-maria também podem ser fecundados em meio Talp-Fert com 25 mM de HEPES, em tubos não gaseificados, mantidos em banho-maria durante 10 horas. As taxas de clivagem, blastocistos em D7 e D9 em tubos não gaseificados foram semelhantes (P>0,05) aos procedimentos em estufa. A fecundação em Talp-Fert com 10 mM a 28,7 mM de HEPES em tubos mantidos em banho-maria prejudica o desenvolvimento embrionário quando conduzida por 18 horas.
Assuntos
Animais , Bovinos , Estruturas Embrionárias , HEPES , OócitosRESUMO
Complexos Cumulus-Oócito (CCO) bovinos foram divididos em 4 grupos para avaliar o seu comportamento durante a manutenção em LFb e maturação in vitro (MIV) em TCM-199 com ou sem Hepes. CCO MIV por 24h em TCM-199 em estufa a 39ºC com 5,00 por cento de CO2 (Controle) tiveram o seu desenvolvimento comparado ao de CCO MIV em tubos repletos de TCM-HEPES (5,95 mg/mL), em banho-maria (BM) a 39ºC por 24h (Grupo 1 - BM24h), ao de CCO mantidos em líquido folicular bovino (LFb), por 6h a 30ºC seguido de maturação por 18h nas mesmas condições que o grupo Controle (Grupo 2 - LFb6C18h) e ao de CCO mantidos em LFb seguido da maturação por 18h sob as mesmas condições que o grupo 1 (Grupo 3 - LFb6BM18h). A fecundação foi realizada em FERT-TALP por 18h. Os zigotos foram cultivados em SOFaaci, sob óleo mineral, em bolsas plásticas gaseificadas. A taxa de clivagem no Grupo Controle foi superior a do Grupo 3 (P<0,05), mas não houve diferença no percentual de blastocistos no D7 e D9 e no de blastocistos eclodidos entre os 4 grupos. Portanto, oócitos podem ser mantidos por 6h em LFb, a 30ºC, antes da maturação em TCM-HEPES por 18h ou ser maturados por 24h, em TCM-HEPES, em banho-maria a 39ºC, sem atmosfera gasosa controlada. A simplificação da MIV aqui introduzida através do preenchimento de tubos de 1,0mL com TCM-HEPES e manutenção em banho-maria a 39ºC, poderá ser uma opção viável e prática para os programas de OPU/PIV em bovinos.
Assuntos
Animais , Bovinos , Estruturas Embrionárias , Desenvolvimento Embrionário e Fetal , Líquido Folicular , OócitosRESUMO
Embriöes bovinos produzidos in vitro foram cultivados individualmente do D7 ao D9, com o intuito de avaliar o seu desenvolvimento posterior. Quarenta e nove embriöes, nos estágios de blastocisto inicial, blastocisto e blastocisto expandido foram cultivados, individualmente, em 50ml de meio SOF + 5 por cento SVE, do D7 ao D9 (D0=fecundaçäo). Entre o D7 e D8, os blastocistos foram cultivados em palhetas (TcP) ou em placas (CP) e, entre o D8 e D9, foram cultivados apenas em placas. O índice de blastocistos que avançaram pelo menos um estágio de desenvolvimento, entre D7 e D8, foi de 71 por cento, 37 por cento e 44 por cento no CP e de 100 por cento, 66 por cento e 36 por cento no TcP, respectivamente para blastocistos iniciais, blastocistos e blastocistos expandidos. O percentual total de embriöes que evoluíram do D7 para D8 foi de 50 por cento (12/24) para o CP e de 60 por cento (15/25) para o TcP, os quais näo foram significativamente diferentes (P>0,05). Na avaliaçäo efetuada no D9, näo foram constatadas diferenças (P>0,05) no percentual de blastocistos eclodidos, entre os dois sistemas de cultivo (29 por cento e 24 por cento para CP e TcP, respectivamente). Após coloraçäo fluorescente dos núcleos, näo foi observada diferença (P>0,05) entre o número médio de células dos blastocistos eclodidos (182,66 vs. 202,8) e expandidos (94,5 vs. 88), para o CP e TcP, respectivamente. Blastocistos bovinos produzidos in vitro podem ser cultivados individualmente do D7 ao D9, näo havendo efeito do sistema de cultivo empregado (placas ou palhetas) sobre a taxa de eclosäo e o número de células