RESUMO
A história clínica é o passo mais importante na avaliação de um paciente com dor torácica, que, associada à presença dos chamados fatores de risco para doença aterosclerótica, permite ao clínico estimar a probabilidade de ser doença coronária. Após o diagnóstico, a estratificação de risco é fundamental por sua implicação terapêutica. Na avaliação do paciente levamos em conta o tipo de angina, alterações ao ECG convencional, refratariedade à medicação, função ventricular esquerda e provas funcionais de isquemia. O tratamento tem os seguintes objetivos: alívio dos sintomas, redução de eventos mórbidos, tratar as condições que promovam angina, modificar os fatores de risco e mudança no estilo de vida.Com relação ao tratamento medicamentoso, há medicações que reduzem eventos (antiagregantes plaquetários, b-bloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina, ivabradina e estatinas) e medicações para alívio dos sintomas (nitratos, b-bloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio e trimetazidina), o que leva a melhora na qualidade de vida destes pacientes 27. Com relação ao tratamento direcionado por métodos invasivos, tem importância a presença de: isquemia em provas funcionais, disfunção ventricular esquerda, lesão de tronco de artéria coronária esquerda, sintomas não controlados com o tratamento medicamentoso e muita limitação das atividades habituais, idade biológica do paciente e experiência dos hemodinamicistas e cirurgiões do local. Por fim, é importante salientar que o uso indiscriminado de exames de métodos diagnósticos gera mais procedimentos que não necessariamente melhoram a qualidade de vida e, principalmente, podem não oferecer maior tempo de vida aos pacientes.