RESUMO
Objective Impulsivity has been robustly linked to various addictions, including behavioral addictions. This systematic review aimed to investigate possible relationships between impulsivity and gaming disorder. Method A total of 1,710 empirical studies, without date or language restrictions, were retrieved from Biblioteca Virtual em Saúde, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, PubMed, PsycNET, Scopus, and Web of Science databases. In total, 16 studies met the inclusion criteria and were included for extraction, quantitative analysis, and integrative synthesis. Results Overall, a positive association was observed between gaming disorder and both self-reported measures of impulsivity and behavioral measures of impulsivity. Gaming disorder was associated with the presence of high-risk trends, high sensitivity to rewards, reduced inhibitory control, and low self-control among video game players. Conclusion The present systematic review provides preliminary support for the robust association between impulsivity and gaming disorder. However, given the methodological heterogeneity in assessment instruments and statistical procedures, the identified association should be interpreted cautiously.
Objetivo A impulsividade tem estado fortemente ligada a vários tipos de dependência, incluindo as dependências comportamentais. Esta revisão sistemática visou investigar possíveis relações entre a impulsividade e o transtorno por jogos eletrônicos. Método Um total de 1.710 estudos empíricos, sem restrições de data ou linguagem, foram recuperados das bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, PubMed, PsycNET, Scopus, e Web of Science. No total, 16 estudos preencheram os critérios de inclusão e foram incluídos para extração, análise quantitativa, e síntese integrativa. Resultados Observou-se uma associação positiva entre o transtorno por jogos eletrônicos e as medidas de impulsividade e de comportamento de impulsividade autorrelatadas. O transtorno por jogos eletrônicos foi associado à presença de tendências de alto risco, alta sensibilidade às recompensas, controle inibitório reduzido, e baixo autocontrole entre os jogadores. Conclusão A presente revisão fornece apoio preliminar para uma associação robusta entre a impulsividade e o transtorno por jogos eletrônicos. Contudo, dada a heterogeneidade metodológica nos instrumentos de avaliação e procedimentos estatísticos, esta associação deve ser interpretada com cautela.
Assuntos
Jogos de Vídeo , Revisão Sistemática , Transtorno de Adição à Internet , Comportamento ImpulsivoRESUMO
ntrodução: Os jogos eletrônicos são agora reconhecidos como um problema de saúde mental, especialmente entre a comunidade LGBTQIA+. Objetivo: explorar os efeitos do transtorno de jogo (gaming disorder) na população LGBTQIA+. Método: A revisão narrativa abordou hábitos de jogo e gaming disorder em minorias sexuais e de gênero, usando PubMed, Google Scholar, Embase e Web of Science. Das 1640 pesquisas, apenas 3 abordaram gaming disorder nessa população. Resultado: consumidores LGBTQ+ gastam mais em jogos digitais. Jogadores LGBTQIA+ consomem mais jogos de exploração de identidade, possivelmente relacionados ao estresse de minoria. Discussão: minorias sexuais têm maior risco de gaming disorder. Para indivíduos LGBTQIA+, os jogos podem servir como escape e plataforma de apoio, mas o uso problemático pode estar associado a desfechos psiquiátricos negativos. Conclusão: Os jogos online têm o potencial de serem ferramentas de apoio para minorias, no entanto, as evidências são limitadas. É necessária mais pesquisa para compreender melhor a relação entre o uso de jogos e a saúde mental da população LGBTQIA+.
ntroduction: Electronic games are now recognized as a mental health issue, especially within the LGBTQIA+ community. Objective: To explore the effects of gaming disorder in the LGBTQIA+ population. Method: The narrative review addressed gaming habits and gaming disorder in sexual and gender minorities, utilizing PubMed, Google Scholar, Embase, and Web of Science. Out of 1640 studies, only 3 focused on gaming disorder in this population. Result: LGBTQ+ consumers spend more on digital games. LGBTQIA+ players engage more in identity exploration games, possibly linked to minority stress. Discussion: Sexual minorities face a higher risk of gaming disorder. For LGBTQIA+ individuals, games can serve as an escape and support platform, but problematic use may be associated with negative psychiatric outcomes. Conclusion: Online games have the potential as support tools for minorities, but evidence is limited. Further research is needed to better understand the relationship between game use and mental health in the LGBTQIA+ population.
Introducción: Los videojuegos electrónicos son reconocidos actualmente como un problema de salud mental, especialmente dentro de la comunidad LGBTQIA+. Objetivo: Explorar los efectos del trastorno de juego (gaming disorder) en la población LGBTQIA+. Método: La revisión narrativa abordó los hábitos de juego y el gaming disorder en minorías sexuales y de género, utilizando PubMed, Google Scholar, Embase y Web of Science. De las 1640 investigaciones, solo 3 se centraron en el gaming disorder en esta población. Resultado: Los consumidores LGBTQ+ gastan más en juegos digitales. Los jugadores LGBTQIA+ consumen más juegos de exploración de identidad, posiblemente relacionados con el estrés de minoría. Discusión: Las minorías sexuales enfrentan un mayor riesgo de gaming disorder. Para los individuos LGBTQIA+, los juegos pueden servir como un escape y plataforma de apoyo, pero el uso problemático puede estar asociado con resultados psiquiátricos negativos. Conclusión: Los juegos en línea tienen el potencial como herramientas de apoyo para las minorías, pero la evidencia es limitada. Se requiere más investigación para comprender mejor la relación entre el uso de juegos y la salud mental en la población LGBTQIA+.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Dano ao Paciente , Minorias Sexuais e de Gênero , Transtorno de Adição à Internet , Dependência de TecnologiaRESUMO
Resumo: Introdução: Apesar das facilidades proporcionadas pela internet, seu uso inadequado e excessivo pode gerar Transtorno de Uso de Internet, principalmente entre os universitários que a utilizam para entretenimento, comunicação e atividades acadêmicas, como ocorreu durante a pandemia de Covid-19, quando o ensino ficou on-line. Esse transtorno culmina em prejuízos, como a redução no desempenho estudantil e a exacerbação ou o aparecimento de doenças psiquiátricas. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a presença do transtorno de uso de internet entre estudantes de Medicina em universidades do estado de Alagoas, Brasil. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e analítico realizado com estudantes de Medicina de duas instituições de ensino superior do estado de Alagoas durante o primeiro ano de pandemia de Covid-19. A coleta foi feita por um instrumento on-line com uma avaliação sociodemográfica, o Teste de Dependência de Internet e as variáveis sexo, idade, período, cidade de origem e coeficiente acadêmico de rendimento. Os dados foram analisados nos programas SPSS 24 e JASP 0.14. Resultado: Participaram da pesquisa 325 estudantes, dos quais 97,2% afirmaram ter aumentado o consumo da internet durante o período da pandemia. A média de pontuação no teste foi de 32,5, no qual 80,6% apresentaram algum grau de transtorno de uso de internet, sendo 66,8% leve e 13,8% moderado. Constatou-se maior prevalência da dependência no sexo masculino, com achado entre eles de criar novas amizades pela internet, de ocultar revelar o que faz on-line e gastar mais tempo que o planejado navegando. Houve maior gravidade de compulsão nos estudantes de classes sociais mais baixas, em períodos iniciais do curso, provenientes de instituição pública, oriundos de cidades com até 50 mil habitantes e nos imigrantes. Houve uma relação negativa significativa entre menor coeficiente do último período cursado e maior nota no teste (Pearson -0,121, valor de p: 0,045). Conclusão: Os dados apontaram que os estudantes de Medicina estão propensos a desenvolver transtorno de uso de internet e que houve maior gravidade entre o sexo masculino, em classes sociais mais baixas, nos períodos iniciais do curso, nos procedentes de instituição pública, de cidades com até 50 mil habitantes e nos imigrantes. A presença do transtorno foi inversamente proporcional à performance acadêmica.
Abstract: Introduction: Although the internet provides various facilities, its inadequate and excessive use can cause Internet Addiction Disorder, especially among university students, who browse the web for entertainment, communication and academic activities, and even more so during the COVID-19 pandemic, when education switched to online. This disorder results in several detrimental consequences such as diminished student performance and aggravation or triggering of other psychiatric conditions. Objective: To evaluate the presence of Internet Addiction Disorder in medical students at the state of Alagoas, Brazil. Methods: Quantitative, cross-sectional and analytic study conducted among medical students from two universities in the state of Alagoas during the first year of the COVID-19 pandemic. The data was gathered through an online form with a social-demographic questionnaire, the Internet Addiction Test, and variables (sex, age, semester of study, city of birth, grade point average). The data was analysed in the SPSS 24 and JASP 0.14 programs. Results: The survey was applied to 325 students, 97.2% of whom affirmed to have increased their internet usage during the pandemic. The average score in the Internet Addiction Test was 32.5, with 80.6% displaying some degree of disorder, 66.8% a mild dependence, and 13.8% moderate dependence. A higher prevalence of the disorder was found among males, who were also shown to be more used to making new friendships through the internet, to hide what they are doing online, and to spend more time logged in than planned. The compulsion was more severe in lower social classes, initial semester and those who came from public university, cities with a population of less than 50.000, and immigrants. There was a negative correlation between lower final semester grades and higher grades in the Internet Addiction Test (Pearson -0,121, p-value: 0,045). Conclusions: The data of this study point to a major possibility of medical students developing Internet Addiction Disorder, with more severe dependence among those who are males, from lower social classes, in earlier periods of study, students from public universities, from cities with a population of less than 50.000 inhabitants and immigrants. The presence of Internet Addiction Disorder was inversely proportional to academic performance.