Infecçöes em pacientes submetidos a transplante cardíaco / Infections in heart transplant patients

RESUMO

Apesar da utilizaçäo de esquemas mais racionais de imunodepressäo, as infecçöes continuam respondendo por grande parte da morbi-mortalidade após transplantes de órgäos. Em transplante cardíaco, as infecçöes ocorrem em 31 por cento a 90 por cento dos pacientes, dependendo dos critérios diagnósticos adotados e das infeçöes consideradas. As infecçöes respondem por 17 por cento a 40 por cento das causas de óbito e säo a causa mais frequente de óbito entre o 15 dia e o terceiro mês pós-transplante. As btérias, como grupo, säo os agentes mais importantes e as pneumonias bacterianas de origem hospitalar, as infecçöes mais comuns. Pneumonias extra-hospitalares säo as principais causas de infecçöes mais comuns. Pneumonias extra-hospitalares säo as principais causas de infecçäo e doença após o transplante (após o sexto mês), havendo maior sucetibilidade a infecçöes penuemocócicas. O citomegalovírus isoladamente é o agente etiológico mais frequente de infecçäo e doença após o transplante; além de doença clíia de manifestaçöes variadas, pode estar relacionado a episódios de rejeiçäo causadas por fungos e protozoários, embora menos frequentes, estäo associadas a altíssima letalidade, principalmente as infecçöes disseminadas por Candida sp, Aspergillus sp e Toxoplasma gondii. Neste artigo säo descritos os aspectos gerais dos processos infecciosos após transplante cardíaco, bem como particularidades dos principais agentes envolvidos.