RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A raquianestesia unilateral pode apresentar vantagens principalmente em pacientes em regime ambulatorial. Baixa dose da solução anestésica, velocidade lenta da injeção espinal e a posição lateral facilitam a obtenção da distribuição unilateral na raquianestesia. Foram comparadas soluções isobárica, hiperbárica e hipobárica de bupivacaína com objetivos de se obter raquianestesia unilateral em pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas ortopédicas em regime ambulatorial. MÉTODO: Cento e cinqüenta pacientes foram aleatoriamente separados em três grupos para receberem 5 mg de bupivacaína a 0,5 por cento isobárica (Grupo Iso), ou 5 mg de bupivacaína a 0,5 por cento hiperbárica (Grupo Hiper), ou 5 mg de bupivacaína a 0,15 por cento hipobárica (Grupo Hipo). As soluções foram administradas no interespaço L3-L4 com o paciente na posição lateral e permanecendo nesta posição por 20 minutos. A anestesia sensitiva foi avaliada pelo teste da picada da agulha. O bloqueio motor avaliado pela escala modificada de Bromage. Ambos os bloqueios foram comparados com o lado não operado e entre si. RESULTADOS: Existiu diferença significativa entre o lado operado e não-operado em todos os três grupos aos 20 minutos, mas maior freqüência de raquianestesia unilateral foi obtida com as soluções hiperbárica e hipobárica de bupivacaína. Bloqueio sensitivo e motor foram observados em 14 pacientes do Grupo Iso, 38 pacientes no Grupo Hiper e 40 pacientes no Grupo Hipo. Não ocorreram alterações hemodinâmicas em nenhum paciente. Não foram observados cefaléia pós-punção nem sintomas neurológicos temporários. CONCLUSÕES: A raquianestesia com soluções hipobárica e hiperbárica proporcionou maior freqüência de unilateralidade. Após 20 minutos a solução isobárica de bupivacaína mobilizou-se no líquido cefalorraquidano (LCR), resultando em apenas 28 por cento de raquianestesia unilateral.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Unilateral spinal anesthesia has its advantages, especially in patients undergoing outpatient basis surgeries. Low dose, slow speed of administration, and the lateral positioning make easier the unilateral distribution in spinal anesthesia. Isobaric, hyperbaric, and hypobaric solutions of bupivacaine were compared in the unilateral spinal anesthesia in patients undergoing outpatient basis orthopedic surgeries. METHODS: One hundred and fifty patients were randomly divided in three groups to receive 5 mg of 0.5 percent isobaric bupivacaine (Iso Group), 5 mg of 0.5 percent hyperbaric bupivacaine (Hyper Group), or 5 mg of 0.15 percent hypobaric bupivacaine (Hypo Group). The solutions were administered in the L3-L4 space with the patient in the lateral decubitus and remaining in this position for 20 minutes. Sensitive anesthesia was evaluated by the pin prick test. Motor blockade was determined by the modified Bromage scale. Both blockades were compared with the opposite side and among themselves. RESULTS: There was a significant difference between the side of the surgery and the opposite side in all three groups at 20 minutes, but the frequency of unilateral spinal anesthesia was greater with the hyperbaric and hypobaric solutions. Sensitive and motor blockades were observed in 14 patients in the Iso Group, 38 patients in the Hyper Group, and 40 patients in the Hypo Group. Patients did not develop any hemodynamic changes. Postpuncture headache and transitory neurological symptoms were not observed. CONCLUSIONS: Spinal anesthesia with hypobaric and hyperbaric solutions present a higher frequency of unilateral anesthesia. After 20 minutes, isobaric bupivacaine mobilized into cerebrospinal fluid (CSF) resulted in unilateral spinal anesthesia in only 28 percent of the patients.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La anestesia raquidea unilateral puede presentar ventajas principalmente en pacientes en régimen ambulatorial. Baja dosis de la solución anestésica, velocidad lenta de la inyección espinal y la posición lateral facilitan la obtención de la distribución unilateral en la anestesia raquidea. Se compararon las soluciones isobara, hiperbara e hipobara de bupivacaína para obtener la anestesia raquidea unilateral en pacientes sometidos a intervenciones quirúrgicas ortopédicas en régimen ambulatorial. MÉTODO: Ciento cincuenta pacientes fueron aleatoriamente separados en tres grupos para recibir 5 mg de bupivacaína a 0,5 por ciento isobara (Grupo Iso) o 5 mg de bupivacaína a 0,5 por ciento hiperbara (Grupo Hiper) o 5 mg de bupivacaína a 0,15 por ciento hipobara (Grupo Hipo). Las soluciones se administraron en el interespacio L3-L4 con el paciente en la posición lateral y permaneciendo en esa posición por 20 minutos. La anestesia sensitiva se evaluó por el test de la picada de la aguja. El bloqueo motor evaluado por la escala modificada de Bromage. Los dos bloqueos se compararon con el lado no operado y también entre sí. RESULTADOS: Se notó una diferencia significativa entre el lado operado y no operado en todos los tres grupos a los 20 minutos, pero se obtuvo una mayor frecuencia de anestesia raquidea unilateral con las soluciones hiperbara e hipobara de bupivacaína. Se observó bloqueo sensitivo y motor en 14 pacientes del Grupo Iso, 38 pacientes en el Grupo Hiper y 40 pacientes en el Grupo Hipo. No ocurrieron alteraciones hemodinámicas en ningún paciente. No se observó cefalea postpunción ni síntomas neurológicos transitorios. CONCLUSIONES: La anestesia raquidea con soluciones hipobara e hiperbara proporcionaron una mayor frecuencia de unilateralidad. Tras 20 minutos la solución isobara de bupivacaína se movió en el LCR resultando en apenas 28 por ciento de anestesia raquidea unilateral.
Assuntos
Humanos , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Bupivacaína/administração & dosagem , Ortopedia , Raquianestesia/métodosRESUMO
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Unilateral spinal anesthesia has its advantages, especially in patients undergoing outpatient basis surgeries. Low dose, slow speed of administration, and the lateral positioning make easier the unilateral distribution in spinal anesthesia. Isobaric, hyperbaric, and hypobaric solutions of bupivacaine were compared in the unilateral spinal anesthesia in patients undergoing outpatient basis orthopedic surgeries. METHODS: One hundred and fifty patients were randomly divided in three groups to receive 5 mg of 0.5% isobaric bupivacaine (Iso Group), 5 mg of 0.5% hyperbaric bupivacaine (Hyper Group), or 5 mg of 0.15% hypobaric bupivacaine (Hypo Group). The solutions were administered in the L3-L4 space with the patient in the lateral decubitus and remaining in this position for 20 minutes. Sensitive anesthesia was evaluated by the pin prick test. Motor blockade was determined by the modified Bromage scale. Both blockades were compared with the opposite side and among themselves. RESULTS: There was a significant difference between the side of the surgery and the opposite side in all three groups at 20 minutes, but the frequency of unilateral spinal anesthesia was greater with the hyperbaric and hypobaric solutions. Sensitive and motor blockades were observed in 14 patients in the Iso Group, 38 patients in the Hyper Group, and 40 patients in the Hypo Group. Patients did not develop any hemodynamic changes. Postpuncture headache and transitory neurological symptoms were not observed. CONCLUSIONS: Spinal anesthesia with hypobaric and hyperbaric solutions present a higher frequency of unilateral anesthesia. After 20 minutes, isobaric bupivacaine mobilized into cerebrospinal fluid (CSF) resulted in unilateral spinal anesthesia in only 28% of the patients.
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Este estudo avaliou a eficácia da injeção única de bupivacaína a 0,25 por cento no compartimento do psoas ou perivascular inguinal por meio do estimulador de nervos periféricos para analgesia pós-operatória em pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas ortopédicas. MÉTODO: Cem pacientes receberam bloqueio do plexo lombar através do compartimento do psoas e foram comparados com 100 pacientes que receberam bloqueio do plexo lombar via perivascular inguinal, identificados pelo estimulador de nervos periféricos com a injeção de 40 mL bupivacaína a 0,25 por cento sem epinefrina. A analgesia nos nervos ilioinguinal, genitofemoral, cutâneo femoral lateral, femoral e obturatório foi avaliada 4, 8, 12, 16, 20 e 24 horas após o final da intervenção cirúrgica. A intensidade da dor foi também avaliada no mesmo período. A quantidade de opióides administrada no pós-operatório foi anotada. Em cinco pacientes de cada grupo, estudo radiográfico com contraste não-iônico foi realizado para avaliar a dispersão da solução anestésica. RESULTADOS: Os nervos ilioinguinal, genitofemoral, cutâneo femoral lateral, femoral e obturatório foram bloqueados em 92 por cento dos pacientes no compartimento do psoas versus 62 por cento no bloqueio perivascular inguinal. O bloqueio do plexo lombar reduziu a necessidade de opióides e 42 por cento dos pacientes submetidos ao bloqueio do compartimento do psoas e 36 por cento dos pacientes no bloqueio inguinal não necessitaram de analgésico adicional no pós-operatório. A duração da analgesia foi em torno de 21 horas com bloqueio do compartimento do psoas e 15 horas com bloqueio perivascular inguinal. CONCLUSÕES: O bloqueio do compartimento do psoas e perivascular inguinal é uma excelente técnica para analgesia pós-operatória em intervenções cirúrgicas ortopédicas reduzindo a necessidade de opióides. Este estudo mostrou que a injeção no compartimento do psoas foi mais fácil e mais efetiva no bloqueio...
BACKGROUND AND OBJECTIVES: This study evaluated the efficacy of a single injection of 0.25 percent bupivacaine in the psoas compartment or inguinal paravascular for postoperative analgesia in patients undergoing orthopedic surgeries using a peripheral nerve stimulator. METHODS: One hundred patients who had a lumbar plexus block through the psoas compartment were compared to 100 patients who had an inguinal paravascular block, using a peripheral nerve stimulator, with 40 mL of 0.25 percent bupivacaine. The analgesia of the ilioinguinal, genitofemoral, lateral femoral cutaneous, femoral, and obturator nerves was assessed 4, 8, 12, 16, 20, and 24 hours after the end of the surgical procedure. Pain severity was also evaluated in the same period. The amount of opioids administered in the postoperative period was recorded. A radiological study with non-ionic contrast was done in five patients in each group to evaluate the dispersion of the anesthetic. RESULTS: The ilioinguinal, genitofemoral, lateral femoral cutaneous, femoral, and obturator nerves were blocked in 92 percent of the patients with psoas compartment block versus 62 percent in those with inguinal paravascular block. Lumbar plexus block reduced the need for opioids, and 42 percent of the patients who underwent psoas compartment block and 36 percent of the patients who underwent inguinal paravascular block did not need additional analgesics in the postoperative period. Analgesia lasted for approximately 21 hours in the psoas compartment block and 15 hours in the inguinal paravascular block. CONCLUSIONS: Psoas compartment block and inguinal paravascular block are excellent techniques for postoperative analgesia in orthopedic surgeries, decreasing the need for opioids. This study showed that the injection in the psoas compartment was easier and more effective in blocking the five nerves of the lumbar plexus.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Este estudio evaluó la eficacia de la inyección única de bupivacaína a 0,25 por ciento en el compartimiento del psoas o perivascular inguinal a través del estimulador de nervios periféricos para analgesia postoperatoria en pacientes sometidos a intervenciones quirúrgicas ortopédicas. MÉTODO: Cien pacientes recibieron bloqueo del plexo lumbar a través del compartimiento del psoas y fueron comparados con 100 pacientes que recibieron bloqueo del plexo lumbar vía perivascular inguinal, identificados por el estimulador de nervios periféricos con la inyección de 40 mL bupivacaína a 0,25 por ciento sin epinefrina. La analgesia en los nervios ilioinguinal, genitofemoral, cutáneo femoral lateral, femoral y obturatorio fue evaluada a las 4, 8, 12, 16, 20 y 24 horas después del final de la intervención quirúrgica. La intensidad del dolor también fue medida en el mismo período. La cantidad de opioides administrada en el postoperatorio fue anotada. En cinco pacientes de cada grupo, un estudio radiográfico con contraste no iónico se realizó para medir la dispersión de la solución anestésica. RESULTADOS: Los nervios ilioinguinal, genitofemoral, cutáneo femoral lateral, femoral y obturatorio fueron bloqueados en 92 por ciento de los pacientes en el compartimiento del psoas versus 62 por ciento en el bloqueo perivascular inguinal. El bloqueo del plexo lumbar redujo la necesidad de opioides y 42 por ciento de los pacientes sometidos al bloqueo del compartimiento del psoas y 36 por ciento de los pacientes en el bloqueo inguinal no necesitaron analgésico adicional en el postoperatorio. La duración de la analgesia fue de aproximadamente 21 horas con el bloqueo del compartimiento del psoas y 15 horas en el bloqueo perivascular inguinal. CONCLUSIONES: El bloqueo del compartimiento del psoas y perivascular inguinal es una excelente técnica para la analgesia postoperatoria en intervenciones quirúrgicas ortopédicas reduciendo la necesidad...
Assuntos
Humanos , Anestesia por Condução , Bupivacaína/administração & dosagem , Dor/terapia , Ortopedia , Medição da Dor , Cuidados Pós-OperatóriosRESUMO
BACKGROUND AND OBJECTIVES: This study evaluated the efficacy of a single injection of 0.25% bupivacaine in the psoas compartment or inguinal paravascular for postoperative analgesia in patients undergoing orthopedic surgeries using a peripheral nerve stimulator. METHODS: One hundred patients who had a lumbar plexus block through the psoas compartment were compared to 100 patients who had an inguinal paravascular block, using a peripheral nerve stimulator, with 40 mL of 0.25% bupivacaine. The analgesia of the ilioinguinal, genitofemoral, lateral femoral cutaneous, femoral, and obturator nerves was assessed 4, 8, 12, 16, 20, and 24 hours after the end of the surgical procedure. Pain severity was also evaluated in the same period. The amount of opioids administered in the postoperative period was recorded. A radiological study with non-ionic contrast was done in five patients in each group to evaluate the dispersion of the anesthetic. RESULTS: The ilioinguinal, genitofemoral, lateral femoral cutaneous, femoral, and obturator nerves were blocked in 92% of the patients with psoas compartment block versus 62% in those with inguinal paravascular block. Lumbar plexus block reduced the need for opioids, and 42% of the patients who underwent psoas compartment block and 36% of the patients who underwent inguinal paravascular block did not need additional analgesics in the postoperative period. Analgesia lasted for approximately 21 hours in the psoas compartment block and 15 hours in the inguinal paravascular block. CONCLUSIONS: Psoas compartment block and inguinal paravascular block are excellent techniques for postoperative analgesia in orthopedic surgeries, decreasing the need for opioids. This study showed that the injection in the psoas compartment was easier and more effective in blocking the five nerves of the lumbar plexus.
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A hemorroidectomia pode ser realizada sob várias técnicas anestésicas e em regime ambulatorial. A dor pós-operatória é intensa e pode atrasar o retorno para a residência. O objetivo deste estudo foi avaliar as vantagens e a realização do bloqueio bilateral dos nervos pudendos para analgesia pós-operatória em hemorroidectomias. MÉTODO: O bloqueio bilateral dos nervos pudendos com bupivacaína S75:R25 a 0,25 por cento foi realizado com estimulador de nervos em 35 pacientes submetidos à hemorroidectomia sob raquianestesia. Foram avaliadas intensidade da dor, duração da analgesia, analgesia de demanda e eventuais complicações relacionadas à técnica. Os dados foram avaliados às 6, 12, 18, 24 e 30 horas após o término da intervenção cirúrgica. RESULTADOS: Em todos os pacientes, foi obtido sucesso com a estimulação de ambos os nervos pudendos. Em nenhum momento da avaliação ocorreu dor intensa. Até 12 horas após o bloqueio, todos os pacientes apresentaram anestesia na região perineal; com 18 horas, 17 pacientes e 24 horas; 10 pacientes A analgesia pós-operatória foi ótima em 18 pacientes; satisfatória, em cinco pacientes; e insatisfatória, em sete pacientes. A duração média da analgesia foi de 23,77 horas. Não ocorreram alterações da pressão arterial, da freqüência cardíaca, nem foram observadas náuseas ou vômitos. Todos os pacientes tiveram micção espontânea. Nenhuma complicação local ou sistêmica foi relacionada ao anestésico local. Vinte e sete pacientes classificaram de excelente a técnica de analgesia e apenas três pacientes do sexo masculino ficaram satisfeitos o que foi justificado pela anestesia no pênis. CONCLUSÕES: O bloqueio bilateral dos nervos pudendos, orientado por estimulador de nervos, proporciona a analgesia de excelente qualidade, com baixa necessidade de opióides, sem complicações local ou sistêmica e sem retenção urinária. Estudos controlados permitirão demonstrar se esta técnica deve ser a primeira opção para analgesia em hemorroidectomias. A permanência de anestesia perineal por 20,21 horas deverá induzir novos trabalhos com o bloqueio dos nervos pudendos orientado por estimulador para o ato cirúrgico.
Assuntos
Humanos , Cuidados Pós-Operatórios/métodos , Bupivacaína/farmacologia , Nervo Pudendo , Hemorroidectomia/instrumentação , Raquianestesia/instrumentação , Bloqueio NervosoRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os riscos de transfusão homóloga de sangue são bem conhecidos e alguns pacientes recusam esta transfusão por motivos religiosos. O objetivo foi relatar um caso de proctocolectomia total em Testemunha de Jeová onde o nível de hemoglobina foi de 4 g/dL. RELATO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 17 anos, história de polipose intestinal familiar. Iniciada aos oito anos, caracterizada por sangramento. Aos 13 anos colectomia total. Aos 17 anos proctocolectomia total. Preparado com eritropoietina, ácido fólico, infusão de ferro e vitamina B12. Hemograma revelou: hemácias 4.200.000/mm³, hemoglobina 10,5 g/dL e hematócrito de 37 por cento. Plaquetas 273.000/mm³, tempo de protrombina normal. Monitorização com PANI, oximetria de pulso, capnografia e ECG continuamente. Anestesia com propofol, sufentanil, pancurônio e enflurano em circuito fechado. Infusão de 7.000 mL de solução de Ringer com lactato e 150 mL de albumina humana a 20 por cento. Diurese de 2.900 mL. Duração de 10 horas e 30 minutos. Na UTI Ht de 20 por cento, hemácias 2.300.000/mm³, Hb de 4,2 g/dL e mantido com propofol e atracúrio. Exame no dia seguinte revelou: Ht de 18 por cento, hemácias de 2.050.000/mm³, Hb de 4 g/dL. Extubado 18 horas após o término da cirurgia. Segundo dia encaminhado para o quarto. Quarto dia iniciada alimentação por via oral. Alta hospitalar no décimo dia de PO. No 30° PO Ht de 35 por cento, hemácias de 4.000.000/mm³ e Hb de 9,5 g/dL. Seis meses após, fechamento da ileostomia. Submetido a 12 cirurgias sem transfusão sangüínea. CONCLUSÕES: Um planejamento de toda a equipe (clínico, cirurgião, anestesiologista e médicos de terapia intensiva) permite realizar procedimentos cirúrgicos associados com importantes perdas sangüíneas, sem administração de sangue.
Assuntos
Masculino , Adolescente , Humanos , Anemia/complicações , Anemia/terapia , Cuidados Críticos/ética , Proctocolectomia Restauradora , Recusa do Paciente ao Tratamento/ética , Testemunhas de Jeová/psicologia , Transfusão de Sangue/éticaAssuntos
Raquianestesia , Anestésicos Locais , Glucose , Lidocaína , Procedimentos Ortopédicos , Adulto , Anestésicos Locais/administração & dosagem , Anestésicos Locais/efeitos adversos , Feminino , Humanos , Lidocaína/administração & dosagem , Lidocaína/efeitos adversos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Doenças do Sistema Nervoso/induzido quimicamente , Doenças do Sistema Nervoso/epidemiologia , Soluções Farmacêuticas , Complicações Pós-Operatórias/induzido quimicamente , Complicações Pós-Operatórias/epidemiologiaRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Existem várias maneiras de abordar o plexo braquial dependendo da experiência do anestesiologista e da região a ser operada. O bloqueio do plexo braquial pela via posterior pode representar uma alternativa para cirurgias de ombro, clavícula e úmero proximal. O objetivo deste estudo foi mostrar os resultados observados em pacientes submetidos a bloqueio do plexo braquial pela via posterior com uso de neuroestimulador e ropivacaína a 0,5 por cento. MÉTODO: Vinte e dois pacientes com idade entre 17 e 76 anos, estado físico ASA I e II, submetidos a cirurgias ortopédicas envolvendo o ombro, clavícula e úmero proximal foram anestesiados com bloqueio de plexo braquial pela via posterior utilizando neuroestimulador a partir de 1 mA. Obtida a contração desejada, a corrente foi diminuída para 0,5 mA e, permanecendo a resposta contrátil, foram injetados 40 mL de ropivacaína a 0,5 por cento. Foram avaliados os seguintes parâmetros: latência, analgesia, duração da cirurgia, duração da analgesia e do bloqueio motor, complicações e efeitos colaterais. RESULTADOS: O bloqueio foi efetivo em 20 dos 22 pacientes; a latência média foi de 15,52 min; a duração média da cirurgia foi de 1,61 hora. A média de duração da analgesia foi de 15,85 horas e do bloqueio motor 11,16 horas. Não foram observados sinais e sintomas clínicos de toxicidade do anestésico local e nenhum paciente apresentou efeitos adversos do bloqueio. CONCLUSÕES: Nas condições deste estudo o bloqueio de plexo braquial pela via posterior com o uso do neuroestimulador e ropivacaína a 0,5 por cento demonstrou ser uma técnica efetiva, confortável para o paciente e de fácil realização.
Assuntos
Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Anestésicos Locais/administração & dosagem , Bloqueio Nervoso/métodos , Ortopedia , Plexo BraquialRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A técnica transarterial com grandes doses de anestésico local resulta em alta efetividade para o bloqueio axilar do plexo braquial. A técnica utilizando múltiplos estímulos exige mais tempo e maior experiência. Este estudo prospectivo compara a latência e o índice de sucesso do bloqueio do plexo braquial usando duas técnicas de localização: transarterial ou múltipla estimulação dos nervos. MÉTODO: A lidocaína com epinefrina, 800 mg, foi usada inicialmente para o bloqueio axilar. No grupo transarterial, 30 mL de lidocaína a 1,6 por cento com epinefrina foram injetados profundamente e 20 mL superficialmente à artéria axilar. No grupo de múltipla estimulação, três nervos foram localizados eletricamente e bloqueados com volumes 20 mL, 20 mL e 10 mL da solução. O bloqueio foi considerado efetivo quando a analgesia estava presente em todos os nervos na área distal ao cotovelo. RESULTADOS: O tempo de latência (8,8 ± 2,3 min versus 10,2 ± 2,4 min; p-valor = 0,010) foi significativamente menor no grupo transarterial. Bloqueios sensitivos completos nos quatro nervos (mediano, ulnar, radial e musculocutâneo) foram obtidos em 92,5 por cento versus 83,3 por cento no grupo de múltipla estimulação e acesso transarterial, respectivamente sem diferença significativa (p-valor = 0,68). O nervo musculocutâneo foi significativamente mais fácil de bloquear com o estimulador de nervo periférico (p = 0,034). CONCLUSÕES: A técnica de múltipla estimulação para o bloqueio axilar usando estimulador de nervos (3 injeções) e a técnica transarterial (2 injeções) produzem resultados semelhantes na qualidade do bloqueio. O nervo musculocutâneo é mais facilmente bloqueado com o uso do estimulador de nervo periférico. A técnica de múltipla estimulação necessitou menor suplementação do bloqueio e aumentou o tempo para o início da cirurgia.
Assuntos
Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Artéria Axilar , Anestésicos Locais/administração & dosagem , Bloqueio Nervoso/métodos , Quimioterapia Combinada , Epinefrina/administração & dosagem , Lidocaína/administração & dosagem , Plexo Braquial , Antebraço/cirurgia , Mãos/cirurgiaRESUMO
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Hemorrhoidectomy may be performed under several anesthetic techniques and in outpatient regimen. Postoperative pain is severe and may delay discharge. This study aimed at evaluating bilateral pundendal nerves block for post- hemorrhoidectomy analgesia. METHODS: Bilateral pundendal nerves block with 0.25% S75:R25 bupivacaine was performed with nerve stimulator in 35 patients submitted to hemorrhoidectomy under spinal anesthesia. Evaluated parameters were pain severity, duration of analgesia, demand analgesia and possible technique-related complications. Data were evaluated 6, 12, 18, 24 and 30 hours after surgery completion. RESULTS: Successful pudendal nerves stimulation was achieved in all patients. There has been no severe pain in all evaluated moments. At 12 hours after blockade, all patients had perineal anesthesia; at 18 hours, 17 patients and at 24 hours, 10 patients still presented perineal anesthesia. Postoperative analgesia was optimal for 18 patients; satisfactory, for 5 patients; and unsatisfactory, for 7 patients. Mean analgesic duration was 23.77 hours. There were no changes in blood pressure, heart rate, no nausea and vomiting were observed. All patients had spontaneous micturition. No local anesthetic-related local or systemic complications were observed. Technique was considered excellent by 27 patients and only 3 male patients considered it satisfactory due to penile anesthesia. CONCLUSIONS: Bilateral pudendal nerves block oriented by nerve stimulator provides excellent analgesia with low need for opioids, without local or systemic complications and without urinary retention. Controlled studies might be able to show whether this should be the first analgesic option for hemorrhoidectomies. Perineal anesthesia lasting 20.21 hours shall induce further studies with stimulator-oriented pudendal block.
RESUMO
BACKGROUND AND OBJECTIVES: There are several approaches to the brachial plexus depending on the experience of the anesthesiologist and the site of the surgery. Posterior brachial plexus block may be an alternative for shoulder, clavicle and proximal humerus surgery. This study aims at presenting the results of patients submitted to posterior brachial plexus block with 0.5% ropivacaine and the aid of nerve stimulator. METHODS: Participated in this study 22 patients aged 17 to 76 years, physical status ASA I and II, scheduled for shoulder, clavicle and proximal humerus surgery, who were submitted to posterior brachial plexus block with the aid of a nerve stimulator starting at 1 mA. When adequate muscle contraction was obtained, the current was decreased to 0.5 mA. If the response persisted, 40 mL of 0.5% ropivacaine was injected. The following parameters were evaluated: block onset, analgesia and motor block duration, complications and side effects. RESULTS: Blockade was effective in 20 out of 22 patients, mean onset time was 15.52 min, mean surgical duration was 1.61 h. Mean analgesia duration was 15.85 h and mean motor block duration was 11.16 h. There were no clinical signs or symptoms of toxic effects of local anesthetics and no patient presented side effects. CONCLUSIONS: Posterior brachial plexus block with the aid of nerve stimulator provides effective anesthesia, is very comfortable for patients and easy to perform.
RESUMO
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Homologous blood transfusion risks are well known and some patients may refuse blood transfusions on religious grounds. This report aimed at describing a case of total proctocolectomy in Jehovahs Witness patient with 4 g/dL hemoglobin. CASE REPORT: Male patient, 17 years old, with family history of adenomatous polyposis. The disease was manifested at eight years of age, characterized by bleeding. At 13 years of age he was submitted to total colectomy. At 17 years of age he was submitted to total proctocolectomy. Patient was prepared with erythropoietin, folic acid, infusion of iron and vitamin B12. Red blood cell count revealed He = 4,200,000/mm(3), hemoglobin = 10.5 g/dL, hematocrit = 37% platelets = 273,000/mm(3) and normal prothrombin time. Patient was continuously monitored with NIBP, pulse oximetry, capnography and ECG. Anesthesia was induced with propofol, sufentanil, pancuronium and enflurane in closed system. Patient received 7,000 mL lactated Ringers and 150 mL of 20% human albumin. Total diuresis was 2,900 mL. Surgery lasted 10 hours and 30 minutes. Patient was referred to the ICU with 20% hematocrit, 2,300,000/mm(3) red cells, 4,2 g/dL hemoglobin and was maintained with propofol and atracurium. Next day evaluation revealed 18% hematocrit, 2,050,000/mm(3) red cells and 4 g/dL hemoglobin. Patient was extubated 18 hours after surgery and was referred to the ward. Patient started eating four days after surgery and was discharged the 10th postoperative day. Thirty days later patient presented 35% hematocrit, 4,000,000/mm(3) red cells and 9.5 g/dL hemoglobin. Six months later he returned for ileostomy closing. Patient was submitted to 12 surgeries without a single blood transfusion. CONCLUSIONS: A good planning of the whole team (clinician, surgeon, anesthesiologist, intensive care staff) allows us to perform surgical procedures associated to major blood losses without administering blood.
RESUMO
BACKGROUND AND OBJECTIVES: High-dose transarterial technique results in highly effective axillary block. The multiple nerve stimulation technique (MNS) requires more time and experience. This prospective study aimed at comparing onset and success rate of multiple-injection axillary brachial plexus block using two methods of nerve location: transarterial or multiple nerve stimulation technique. METHODS: Axillary block was initially induced with 800 mg lidocaine with epinephrine. The transarterial group received deeply injected 30 mL of 1.6% lidocaine with epinephrine, and 20 mL superficially to the axillary artery. For the multiple nerve stimulation group, three terminal motor nerves were electrolocated and blocked with 20 mL, 20 mL and 10 mL. Blockade was considered effective when analgesia was present in all sensory nerves distal to the elbow. RESULTS: Onset (8.8 +/- 2.3 min versus 10.2 +/- 2.4 min; p-value = 0.010) was significantly shorter in the transarterial group. Complete sensory block of all four nerves (median, ulnar, radial and musculocutaneus) was achieved in 92.5% versus 83.3% for multiple nerve stimulation group and transarterial group, respectively, without significant difference (p = 0.68). Musculocutaneous nerve was significantly easier to be blocked with the aid of peripheral nerve stimulator (p = 0.034). CONCLUSIONS: Both MNS technique for axillary block with nerve stimulator (3 injections) and transarterial technique (2 injections) promote similar results. Musculocutaneous nerve is more easily blocked with the aid of peripheral nerve stimulator. MNS technique has required less supplementary blocks and has delayed beginning of surgery.
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A raquianestesia unilateral pode apresentar vantagens, principalmente em pacientes ambulatoriais. Baixas doses da solução anestésica, agulhas ponta de lápis ou ponta cortante, lenta velocidade de injeção e a posição lateral têm sido relatados como facilitadores da produção de raquianestesia unilateral. O presente estudo longitudinal investiga o grau de raquianestesia unilateral utilizando 5 mg de bupivacaína a 0,5 por cento hiperbárica injetada através de agulha 27G tipo Quincke no paciente em decúbito lateral, com membro a ser operado voltado para baixo. MÉTODO: Raquianestesia com bupivacaína a 0,5 por cento foi realizada através da agulha 27G Quincke em 30 pacientes estado físico ASA I e II, submetidos à cirurgias ortopédicas. A punção subaracnóidea foi realizada com o paciente previamente colocado com o lado a ser operado voltado para baixo e foram injetados 5 mg de bupivacaína a 0,5 por cento hiperbárica na velocidade de 1 ml.15s-1. Bloqueios sensitivo e motor (picada de agulha e escala de 0 a 3) foram comparados entre os lados a ser operado e o contralateral. RESULTADOS: Os bloqueios motor e sensitivo entre o lado operado e o contralateral foram significativamente diferentes em todos os momentos. Raquianestesia unilateral foi obtida em 85,7 por cento dos pacientes. Estabilidade hemodinâmica foi observada em todos os pacientes. Nenhum paciente desenvolveu cefaléia pós-raquianestesia. CONCLUSÕES: Nas condições deste estudo a bupivacaína hiperbárica a 0,5 por cento (5 mg) proporcionou um predominante bloqueio unilateral. Vinte minutos foram suficientes para a instalação do bloqueio. As principais vantagens da raquianestesia unilateral são a estabilidade hemodinâmica, a satisfação do paciente e recuperação mais rápida da anestesia.
Assuntos
Humanos , Bupivacaína/administração & dosagem , Procedimentos Ortopédicos/instrumentação , Raquianestesia/métodos , Estudos Prospectivos , Estudos LongitudinaisRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A raquianestesia unilateral pode apresentar diversas vantagens, principalmente no paciente ambulatorial. Baixas doses de anestésicos locais, lenta velocidade de injeção subaracnóidea e posição de decúbito lateral são relacionados com a facilidade de produzir distribuição unilateral na raquianestesia. Neste estudo, foi verificada a possibilidade de se obter raquianestesia unilateral com bupivacaína a 0,5 por cento isobárica. MÉTODO: A raquianestesia com 1 ml de bupivacaína isobárica a 0,5 por cento (5 mg) foi realizada através de agulha 27G Quincke em 25 pacientes, estado físico ASA I e II submetidos à cirurgias ortopédicas. A punção subaracnóidea foi realizada por via lateral com o paciente em decúbito lateral, com o membro a ser operado voltado para cima, e 1 ml de bupivacaína isobárica foi injetado na velocidade de 1 ml.30s-1. Bloqueios sensitivo e motor (picada de agulha e escala de 0 a 3) foram comparados entre os lados a ser operado e o contralateral. RESULTADOS: Os bloqueios motor e sensitivo entre o lado operado e o contralateral foram significativamente diferentes em todos os tempos avaliados. No membro operado todos os pacientes apresentaram anestesia cirúrgica. No membro contralateral, aos 20 minutos, 9 pacientes apresentaram bloqueio sensitivo; aos 40 minutos 18 pacientes e aos 60 minutos 17 pacientes. Portanto, o bloqueio sensitivo unilateral ocorreu em 7 pacientes (28 por cento) e em ambos os membros em 18 pacientes (72 por cento). Raquianestesia unilateral foi obtida em 28 por cento dos pacientes. Estabilidade hemodinâmica foi observada em todos os pacientes. Nenhum paciente desenvolveu cefaléia pós-punção dura-máter. CONCLUSÕES: A bupivacaína isobárica (5 mg) proporciona predominante bloqueio unilateral após 20 minutos na posição lateral. A solução isobárica de bupivacaína se mobiliza dentro do LCR após 20 minutos, resultando num bloqueio unilateral em apenas 28 por cento dos pacientes. A principal vantagem da raquianestesia unilateral é a estabilidade hemodinâmica e sua rápida regressão, podendo ser uma nova opção para cirurgia ambulatorial.
Assuntos
Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Anestésicos Locais/administração & dosagem , Bupivacaína/administração & dosagem , Relação Dose-Resposta a Droga , Raquianestesia/métodosRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Desde 1903 a monitorização da pressão arterial tem sido realizada por método não invasivo, com esfigmomanômetro ou aparelhos automáticos não invasivos. Um dos problemas da medida da pressão arterial não invasiva é considerar a variação da pressão arterial com o método utilizado. O método oscilométrico de medida da pressão arterial avalia a pressão arterial durante a deflação do manguito. Dificuldades da medida da pressão arterial pelo método oscilométrico podem acontecer por: tamanho inadequado do manguito, incorreta aplicação do manguito, faltas não detectadas pelo manguito e conectores, movimento do braço, estado de choque e compressão vascular proximal ao manguito. Este estudo avaliou a confiabilidade dos aparelhos nas medidas da pressão arterial pelo método não invasivo em cinco medidas com três aparelhos diferentes. MÉTODO: Foi avaliada a pressão arterial em 60 voluntárias com idades entre 20 e 40 anos no período das 7 às 11 horas da manhã, na posição sentada de um dia normal de trabalho. A medida da pressão arterial constou de cinco aferições com intervalo de 2 minutos. Foram estudados três aparelhos automáticos de medida da pressão arterial. Nenhuma paciente era obesa, hipertensa ou sofria de doença cardíaca ou disritmias cardíacas. A medida indireta da pressão arterial era feita de acordo com as instruções dos fabricantes. RESULTADOS: Não há diferença entre os três grupos estudados em relação aos parâmetros demográficos. A variação média intrapessoal na PAS, de uma medida para outra, foi de até 6,7 mmHg, na PAM de até 4,9 mmHg e na PAD de até 3,3 mmHg, todas com intervalo de confiança de 95 por cento. A diferença máxima entre as medidas na mesma voluntária foi de 49 mmHg na PAS, 46 mmHg na PAM e 28 mmHg na PAD. CONCLUSÕES: Este trabalho mostrou que há variação significativa entre as medidas das PAS, PAM e PAD e que a PAD é o parâmetro mais fidedigno para verificar alterações da pressão arterial em voluntárias.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Since 1903, blood pressure has been noninvasively monitored (NIBP), either with manual sphygmomanometer or automated noninvasive devices. One NIBP measurement problem is the considerable variance in blood pressure data, both within and between available techniques. The oscillometric method for NIBP monitoring evaluates blood pressure during cuff deflation. Difficulties in blood pressure measurement by oscillometry may arise from: inadequate cuff size, inadequate cuff application, undetected fails in cuff, hoses, or connectors, arm movement, shock and vascular compression proximal to the cuff. This study aimed at evaluating the reliability of three noninvasive blood pressure monitoring devices during five measurements. METHODS: Blood pressure of 60 healthy female volunteers aged 20 to 40 years was evaluated from 7 am to 11 am, in the sitting position during a normal workday. Five measures were taken with each device at 2-minute intervals. Three automatic blood pressure monitors were studied. No patient was obese, hypertensive or suffering from cardiac disease and cardiac arrhythmia. Indirect measurements were made according to manufacturers' instructions. RESULTS: There were no differences in demographics among the three studied groups. Mean intrapersonal variation from one measurement to the other was up to 6.7 mmHg for systolic blood pressure (SBP), 4.9 mmHg for mean blood pressure (MBP) and 3.3 mmHg for diastolic blood pressure (DBP) with 95% confidence interval. The highest difference between measures in the same volunteer was 49 mmHg for SBP, 46 mmHg for MBP and 28 mmHg for DBP. CONCLUSIONS: This study has shown significant variations in SBP, MBP and DBP and that SBP is the most reliable parameter to check blood pressure changes in volunteers.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Desde 1903 la monitorización de la presión arterial ha sido realizada por método no invasor, con esfigmomanómetro o aparatos automáticos no invasores. Uno de los problemas de la medida de la presión arterial no invasora es considerar la variación de la presión arterial con el método utilizado. El método oscilométrico de medida de la presión arterial evalúa la presión arterial durante la deflación del manguito. Dificultades de la medida de la presión arterial por el método oscilométrico pueden acontecer por: tamaño inadecuado del manguito, incorrecta aplicación del manguito, faltas no detectadas por el manguito y conectores, movimiento del brazo, estado de choque y compresión vascular proximal al manguito. Este estudio evaluó la confianza de los aparatos en las medidas de la presión arterial por el método no invasor en cinco medidas con tres aparatos diferentes. MÉTODO: Fue evaluada la presión arterial en 60 voluntarias con edades entre 20 y 40 años en el período de las 7 a las 11 horas de la mañana, en la posición sentada de un día normal de trabajo. La medida de la presión arterial constató de cinco afericiones con intervalo de 2 minutos. Fueron estudiados tres aparatos automáticos de medida de la presión arterial. Ninguna paciente era obesa, hipertensa o sofría de enfermedad cardíaca o disritmias cardíacas. La medida indirecta de la presión arterial era hecha de acuerdo con las instrucciones de los fabricantes. RESULTADOS: No hay diferencia entre los tres grupos estudiados en relación a los parámetros demográficos. La variación media intrapersonal en la PAS, de una medida para otra, fue de hasta 6,7 mmHg, en la PAM de hasta 4,9 mmHg y en la PAD de hasta 3,3 mmHg, todas con intervalo de confianza 95%. La diferencia máxima entre las medidas en la misma voluntaria fue de 49 mmHg en la PAS, 46 mmHg en la PAM y 28 mmHg en la PAD. CONCLUSIONES: Este trabajo mostró que hay variación significativa entre as medidas de las PAS, PAM y PAD y...
Assuntos
Pressão Arterial , Equipamentos e Provisões/normas , Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial/normas , OscilometriaRESUMO
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Since 1903, blood pressure has been noninvasively monitored (NIBP), either with manual sphygmomanometer or automated noninvasive devices. One NIBP measurement problem is the considerable variance in blood pressure data, both within and between available techniques. The oscillometric method for NIBP monitoring evaluates blood pressure during cuff deflation. Difficulties in blood pressure measurement by oscillometry may arise from: inadequate cuff size, inadequate cuff application, undetected fails in cuff, hoses, or connectors, arm movement, shock and vascular compression proximal to the cuff. This study aimed at evaluating the reliability of three noninvasive blood pressure monitoring devices during five measurements. METHODS: Blood pressure of 60 healthy female volunteers aged 20 to 40 years was evaluated from 7 am to 11 am, in the sitting position during a normal workday. Five measures were taken with each device at 2-minute intervals. Three automatic blood pressure monitors were studied. No patient was obese, hypertensive or suffering from cardiac disease and cardiac arrhythmia. Indirect measurements were made according to manufacturers' instructions. RESULTS: There were no differences in demographics among the three studied groups. Mean intrapersonal variation from one measurement to the other was up to 6.7 mmHg for systolic blood pressure (SBP), 4.9 mmHg for mean blood pressure (MBP) and 3.3 mmHg for diastolic blood pressure (DBP) with 95% confidence interval. The highest difference between measures in the same volunteer was 49 mmHg for SBP, 46 mmHg for MBP and 28 mmHg for DBP. CONCLUSIONS: This study has shown significant variations in SBP, MBP and DBP and that SBP is the most reliable parameter to check blood pressure changes in volunteers.
RESUMO
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Unilateral spinal anesthesia may be advantageous, especially in the outpatient setting. Low local anesthetic doses, slow spinal injection rate and the lateral position have been related to the easiness of inducing unilateral spinal anesthesia. This study aimed at investigating the possibility of inducing unilateral spinal anesthesia with isobaric 0.5% bupivacaine. METHODS: Spinal anesthesia with 1 mL isobaric 0.5% bupivacaine (5 mg) was induced through 27G Quincke needle in 25 physical status ASA I and II patients undergoing orthopedic procedures. Dural puncture was performed with patients in lateral decubitus with the limb to be operated facing upwards. One mililiter of isobaric bupivacaine was injected in 30 seconds. Sensory and motor blocks were compared between the operated and the contralateral side. RESULTS: Motor and sensory blocks on operated and contralateral sides were significantly different in all studied moments. All patients presented surgical anesthesia in the operated limb. At 20 minutes, nine patients presented sensory block in the contralateral side; at 40 minutes they were 18 and at 60 minutes they were 17 patients. So, unilateral block was present in seven patients (28%) and bilateral block was present in the remaining 18 patients (72%). No patient developed post-dural puncture headache. CONCLUSIONS: Isobaric bupivacaine (5 mg) provides predominant unilateral block after 20 minutes in the lateral position. Isobaric bupivacaine moves in the CSF after 20 minutes resulting in just 28% unilateral blocks. Major advantages of unilateral spinal anesthesia are hemodynamic stability and short duration and it might be a new alternative for outpatient procedures.
RESUMO
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Unilateral spinal anesthesia may be advantageous, especially for outpatient procedures. Low anesthetic doses, pencil point or cutting point needles, slow injection rate and the lateral position have been reported as helping unilateral spinal anesthesia technique. This longitudinal study aimed at investigating the depth of unilateral spinal anesthesia with 5 mg of 0.5% hyperbaric bupivacaine injected with 27G Quincke needle with patients in the lateral position and limb to be operated on facing downward. METHODS: Spinal anesthesia with 0.5% bupivacaine and 27G Quincke needle was induced in 30 patients physical status ASA I-II submitted to orthopedic surgeries. Spinal puncture was performed with patients previously placed with the side to be operated on facing downward and 5 mg of 0.5% hyperbaric bupivacaine were injected at 1 mL.15s-1. Sensory and motor blocks (pinprick and 0 to 3 scores) were compared between operated and contralateral sides. RESULTS: Motor and sensory blocks between operated and contralateral sides were significantly different in all moments. Unilateral spinal anesthesia was obtained in 85.7% of patients. There has been hemodynamic stability in all patients. No patient has developed post dural puncture headache. CONCLUSIONS: In the conditions of our study, 0.5% hyperbaric bupivacaine (5 mg) has provided predominantly unilateral block. Twenty minutes were enough for blockade installation. Major unilateral spinal anesthesia advantages are hemodynamic stability, patients satisfaction and faster anesthetic recovery.