RESUMO
BACKGROUND: To investigate the psychometric properties of the Brazilian Portuguese version of the National Eye Institute Visual Function Questionnaire (NEI VFQ-25) questionnaire in a group of patients with different eye diseases. METHODS: Cross-sectional study. All subjects completed the Portuguese version of the NEI VFQ-25 questionnaire. Another questionnaire containing a survey about clinical and demographics data was also applied. Rasch analysis was used to evaluate the psychometric properties of the NEI VFQ-25. RESULTS: The study included 104 patients with cataract, 65 with glaucoma and 83 with age macular degeneration. Mean age was 70.7 ± 9.9 years, with 143 female (56.7%) and 109 male patients (43.2%). Mean visual acuity was 0.47 and 1.17 logMAR in the better and worse eye, respectively. According to Rasch analysis, seven items were found to misfit. Those items belonged to the following subscales: general health, social function, mental health, ocular pain and role limitations. The principal component analysis of the residuals showed that 55.5% of the variance was explained by the principal component. Eight items loaded positively onto the first contrast with a correlation higher than 0.4. These items belonged to the following subscales: near vision, distance vision, mental health and dependency. After excluding those items, we were able to isolate items from the NEI VFQ-25, related only to a visual functioning component. Finally, the principal component analysis from residuals of this revised version of the NEI VFQ-25 (items related to visual function) showed that the principal component explained 61.2% of the variance, showing no evidence of multidimensionality. CONCLUSIONS: The Portuguese version of the NEI VFQ-25 is not a unidimensional instrument. We were able to find items that belong to a different trait, possible related to a socio-emotional component. Thus, in order to obtain psychometrically valid constructs, both the visual functioning and socio-emotional components should be analyzed separately.
Assuntos
Psicometria/métodos , Qualidade de Vida , Acuidade Visual , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Brasil , Catarata/psicologia , Estudos Transversais , Feminino , Glaucoma/psicologia , Humanos , Degeneração Macular/psicologia , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Análise de Componente Principal , Inquéritos e Questionários , TraduçãoRESUMO
A prestação de cuidados de enfermagem de saúde mental culturalmente sensíveis envolve o conhecimento da cultura, da linguagem e da expressão do sofrimento, próprio dessa cultura. A comunidade chinesa tem vindo a aumentar em Portugal, mas o conhecimento relativo à forma como vivem e sentem a doença mental é quase inexistente. Este estudo exploratório de tipo qualitativo, procura fazer emergir algumas definições, interpretações e práticas de saúde mental dos imigrantes chineses. Foi efetuado um conjunto de 15 entrevistas, recorrendo ao método snow-ball, a imigrantes chineses residentes em Portugal, assentes num guião semiestruturado e culturalmente validado, com recurso a tradutor com habilitação linguística e cultural, O estudo sugere, que as experiências migratórias são tão mais positivas, quanto as pessoas tenham uma rede de suporte eficaz, baseada principalmente na presença da família, amigos e concidadãos, quanto na capacidade de dominar a língua portuguesa e comunicar com os portugueses. Estes fatores, associados à saúde do próprio e dos seus, são tidos como fundamentais para um sentido de bem-estar e felicidade. As conceções de saúde e doença apresentam-se como distintos, com linguagem própria, por vezes incompreensível para os nossos próprios padrões culturais, o que contribui para a não procura de serviços de saúde por esta população, a não ser que falhem todas as estratégias de auto ajuda ou de respostas dentro da comunidade mais próxima de familiares e amigos, acabando por preferir muitas vezes regressar à China do que recorrer a profissionais de saúde em Portugal. A doença mental é claramente assustadora para este grupo, uma vez que se apresenta fortemente estigmatizada na sua cultura de origem, sendo tradicionalmente fonte de vergonha e embaraço para os seus portadores e famílias, muitas vezes ligada à ideia de agressividade, levando a que se evite a todo o custo qualquer assunto ou linguagem a esta relacionados.
