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Acta Med Port ; 32(2): 119-125, 2019 Feb 28.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-30896392

RESUMO

INTRODUCTION: Portugal presents the highest incidence of stage 5 chronic kidney disease in Europe. It is speculated that a high consumption of non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDS) may contribute to this high incidence. Our aim was to characterize the prescription of non-steroidal anti-inflammatory drugs to patients with diabetes mellitus in Portugal. MATERIAL AND METHODS: We analyzed the national prescription database in triennium 2015 - 2017. In patients with diabetes mellitus, we evaluated the prescription of non-steroidal anti-inflammatory drugs according to age, gender and region of the patient and specialty of the prescribing physician. We evaluated the prescription of non-steroidal anti-inflammatory drugs in all patients with diabetes mellitus, in patients with presumed renal impairment, and in those with concomitant prescription of angiotensin converting enzyme inhibitors or angiotensin receptor antagonists. RESULTS: We analyzed 23 320 620 prescriptions, corresponding to 610 157 adults, including 104 306 patients with diabetes mellitus. The most prescribed non-steroidal anti-inflammatory drugs were ibuprofen (20.1%), metamizole (14.7%), and diclofenac (11.4%). The prescription of non-steroidal anti-inflammatory drugs was higher in females, in patients aged 51 - 70 years and in the Alentejo region. Non-steroidal anti-inflammatory drugs were prescribed to 70.6% of patients with diabetes mellitus, from which 10.6% were prescribed ≥ 10 packages during the three years. Among patients with diabetes mellitus on angiotensin converting enzyme inhibitors/angiotensin receptor antagonists and with presumed reduction in kidney function, 69.3% were prescribed non-steroidal anti-inflammatory drugs and 11.5% were prescribed ≥ 10 packages during the three years. DISCUSSION: The level of prescribing of non-steroidal anti-inflammatory drugs to patients with diabetes mellitus is high. The concern of reducing non-steroidal anti-inflammatory drugs prescription to patients already on angiotensin converting enzyme inhibitors/angiotensin receptor antagonists and/or decreased renal function does not seem to exist. CONCLUSION: In Portugal, the level of prescribing of non-steroidal anti-inflammatory drugs to patients with diabetes mellitus should be reduced, particularly in the subgroups identified with higher prescription and with higher risk of progression to stage 5 chronic kidney disease.


Introdução: Portugal apresenta a incidência mais elevada de doença renal crónica estádio 5 na Europa. Especula-se que o elevado consumo de anti-inflamatórios não esteroides possa contribuir para esta incidência. O objetivo do presente estudo foi caracterizar a prescrição de anti-inflamatórios não esteroides a doentes com diabetes mellitus em Portugal. Material e Métodos: Na Base de Dados Nacional de Prescrições do Ministério da Saúde, triénio 2015 - 2017, analisámos a prescrição de anti-inflamatórios não esteroides em doentes com diabetes mellitus, de acordo com a idade, género e região do doente e a especialidade do médico prescritor. Avaliámos a prescrição de anti-inflamatórios não esteroides no total de doentes com diabetes mellitus, em doentes com diminuição presumida da função renal e naqueles com prescrição concomitante de inibidores da enzima de conversão da angiotensina ou antagonistas dos recetores da angiotensina. Resultados: Analisámos 23 320 620 prescrições, correspondendo a 610 157 adultos, dos quais 104 306 doentes com diabetes mellitus. Os anti-inflamatórios não esteroides mais prescritos foram ibuprofeno (20,1%), metamizol (14,7%) e diclofenac (11,4%). A prescrição foi mais frequente nas mulheres, nos doentes com 51 - 70 anos e no Alentejo. Foram prescritos anti-inflamatórios não esteroides a 70,6% dos doentes com diabetes mellitus, dos quais 10,6% receberam prescrições de ≥ 10 embalagens durante os três anos. Dos doentes com diabetes mellitus medicados com inibidores da enzima de conversão da angiotensina ou antagonistas dos receptores da angiotensina e com diminuição presumida da taxa de filtração glomerular, 69,3% receberam prescrição de anti-inflamatórios não esteroides e 11,5% receberam ≥ 10 embalagens durante os três anos. Discussão: A prescrição de anti-inflamatórios não esteroides na diabetes mellitus é elevada. Não parece existir uma preocupação na menor utilização de anti-inflamatórios não esteroides em doentes simultaneamente medicados com inibidores da enzima de conversão da angiotensina ou antagonistas dos recetores da angiotensina e/ou com diminuição da função renal. Conclusão: A prescrição de anti-inflamatórios não esteroides em Portugal a doentes com diabetes mellitus deverá ser reduzida, particularmente nos subgrupos identificados com prescrição mais elevada e com maior risco de progressão para doença renal crónica estádio 5.


Assuntos
Anti-Inflamatórios não Esteroides/uso terapêutico , Diabetes Mellitus , Insuficiência Renal Crônica , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Antagonistas de Receptores de Angiotensina/uso terapêutico , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina/uso terapêutico , Diclofenaco/uso terapêutico , Dipirona/uso terapêutico , Feminino , Humanos , Ibuprofeno/uso terapêutico , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Portugal , Estudos Retrospectivos , Especialização/estatística & dados numéricos , Adulto Jovem
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