RESUMO
OBJECTIVE: The objectives of this study are to validate the construct of the stages of grief scale (FD-66) as an instrument for measuring the stages of grief and to evaluate its usefulness in discriminating among patients with chronic non-communicable diseases in terms of adherence to the pharmacological treatment prescribed. METHODS: A cross-sectional study was conducted from April to October 2015 to determine the association between the stages of grief and treatment adherence. Data were collected using a prolective design. Three instruments were applied: a sociodemographic document, the FD-66 scale, and the Morisky-Green questionnaire. Patients with a history of CNCDs were recruited from the Gustavo A. Madero Family Medicine Clinic in Mexico City. The data were analyzed using the appropriate statistical tests. RESULTS: A total of 165 patients were included. It was observed that high scores on the subscales of denial (odds ratio [OR]: 1.124; confidence interval of 95% [CI95%]: 1.066-1.186; P < 0,001); anger (OR: 1.157; CI95%: 1.080-1.240; P < 0.001), and depression (OR: 1.071; CI95%: 1.029-1.116; P = 0.001) are associated with poor treatment adherence; however, a high score on the acceptance subscale (OR: 0.913; CI95%: 0.880-0.948; P < 0.001) is associated with good treatment adherence. The greatest sensitivity among the subscales was observed in the denial and anger stages (area under the [ABC] curve: 0.597 in both). CONCLUSIONS: The FD-66 is an instrument with good construct validity as a tool for measuring the stages of grief and makes it possible to identify patients with CNCD that will adhere to treatment. We therefore recommend its use in outpatient medical consultations. Furthermore, our findings indicate that grief is a risk factor that increases poor treatment adherence.
OBJETIVO: Validar a construção da Escala facial de dor (EFD-66) como instrumento para medir as fases da dor e avaliar sua utilidade para discriminar, na consulta médica ambulatorial, os pacientes com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que aderem ao tratamento medicamentoso. MÉTODOS: Estudo transversal para determinar a associação entre as fases da dor e o tratamento medicamentoso conduzido de abril a outubro de 2015. A coleta de dados foi realizada prospectivamente. Foram aplicados três instrumentos: uma ficha sociodemográfica, a escala EFD-66 e o teste de Morisky-Green. Foram recrutados pacientes com história de DCNT provenientes da Clínica de Medicina da Família "Gustavo A. Madero", na Cidade do México. Os dados foram analisados com os testes estatísticos apropriados. RESULTADOS: Foi estudada uma amostra de 165 pacientes. Observou-se que uma pontuação alta nas subescalas de negação (odds ratio [OR] 1,124; intervalo de confiança de 95% [IC95%] 1,0661,186; P < 0,001), raiva (OR 1,157; IC95% 1,0801,240; P < 0,001) e depressão (OR 1,071; IC95% 1,0291,116; P = 0,001) está associada à não adesão ao tratamento medicamentoso. No entanto, uma pontuação alta na subescala de aceitação (OR 0,913; IC95% 0,8800,948; P < 0,001) está associada à adesão ao tratamento medicamentoso. As subescalas com maior sensibilidade foram as fases de negação e raiva (área sob a curva [ASC]: 0,597 em ambas). CONCLUSÕES: A escala EFD-66 tem boa validade de construção como instrumento para medir as fases da dor e permite discriminar os pacientes com DCNT que aderem ao tratamento medicamentosos. Assim, recomendamos que esta escala seja aplicada em consultas médicas ambulatoriais. Além disso, nossos achados indicam que a dor é um fator de risco que contribui para a não adesão ao tratamento medicamentoso.