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1.
Rev. bras. epidemiol ; 15(1): 166-178, mar. 2012. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-618275

RESUMO

O objetivo do estudo é verificar a associação entre atendimento, encaminhamento e notificação de violência intrafamiliar/VIF contra adolescentes grávidas e características sociodemográficas de 84 profissionais vinculados ao Programa de Saúde da Família/PSF no agreste pernambucano. Trata-se de recorte de projeto multicêntrico, com desenho de corte transversal, realizado entre outubro de 2008 e abril de 2009. Foi aplicado um questionário estruturado referente às diversas manifestações da violência (psicológica, física ou sexual) e validado para o Brasil, ao qual foram acrescidas variáveis sociodemográficas e da experiência de atendimento de situações de VIF: formas identificadas, cuidados dispensados, encaminhamentos e notificação. A análise dos dados evidencia o grande número de profissionais que nunca identificaram (72 por cento) casos de violência. Entre os 23 que relataram atendimento, predominou a forma psicológica (86,9 por cento), seguida da física (60,8 por cento) e da sexual (43,5 por cento), sendo que apenas oito profissionais (34,8 por cento) encaminharam as adolescentes para Conselho Tutelar, Delegacia de Polícia e/ou Promotoria Pública. A análise da associação com atendimento e notificação relacionou aumento da idade (p = 0,018; IC95 1,31 - 17,1) e ter filhos (p = 0,039; IC95 0,04 - 17,1) como sendo estatisticamente significante, enquanto trabalhar na área urbana e ter nível educacional superior de ocupação mostraram-se limítrofes. Sexo, situação marital e tempo na ocupação não mostraram associação. Conclui-se que, a despeito da "invisibilidade' da VIF, a análise das ações empreendidas no PSF representou uma aproximação deste fenômeno, complexo e multifacetado, ampliando as possibilidades de reflexão crítica sobre as diferentes formas de apreensão social do mesmo.


The objective of the study was to verify the association between assistance, referral and reporting of Intra-family Violence/ IFV against pregnant adolescents, and the socio-demographic characteristics of 84 professionals of the Family Health Program/FHP in the agreste region of Pernambuco. The study is part of a multicenter, cross sectional research, carried out from October 2008 to April 2009. A structured questionnaire related to the various types of violence (psychological, physical or sexual) and validated for Brazil was used. Sociodemographic variables and professional experience in assisting cases of IFV were added to the instrument: identification of types, care, referral, and notification. The analysis of results showed a large number of professionals that had never identified a case of violence (72 percent). Among the 23 who provided care to cases of violence, there was a majority of psychological (86.9 percent), followed by physical (60.8 percent), and sexual (43.5 percent) cases. Only eight professionals (34.8 percent) referred the adolescents to the Tutelary Council, Police Office and/or Public Prosecutor's Office. The analysis of association with care and reporting found older age (p = 0.018; IC95 1.31 - 17.1) and having children (p = 0.039; IC95 0.04 - 17.1) as statistically significant. On the other hand, a borderline association was found with work in an urban area and higher education. There was no association with sex, marriage status and years of work variables. The authors concluded that, despite the 'invisibleness' of IFV, the analysis of actions developed at the FHP represented an approximation to this complex and multifaceted phenomenon and the possibility of critical thinking on its different ways of social understanding.


Assuntos
Adolescente , Feminino , Humanos , Gravidez , Atenção à Saúde , Violência Doméstica , Pessoal de Saúde , Serviços de Saúde do Adolescente , Brasil , Estudos Transversais
2.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 11(1): 29-39, jan.-mar. 2011. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-582776

RESUMO

OBJETIVOS: estimar o sub-registro da violência doméstica em um serviço de atenção a adolescentes (10 a 19 anos) no Recife/PE, Brasil, comparando as prevalências a partir dos prontuários clínicos e de busca ativa de casos no último ano e caracterizar a vítima e fatores de risco associados em eventos ocorridos na vida. MÉTODOS: corte transversal com 333 adolescentes atendidos entre fevereiro e maio de 2004, com questionário semi-estruturado contendo variáveis sobre situação e tipo de violência; idade, sexo, ocupação, escolaridade, religião, uso de drogas, estado civil, renda familiar e tipo da família. Para avaliar a associação foram utilizados testes de qui-quadrado de Pearson e regressão logística através dos programas Epi-info 6.04 e SPSS. RESULTADOS: dos adolescentes entrevistados, 41,4 por cento referiram violência, registrada em apenas 1,8 por cento dos prontuários. Violência física e a psicológica/moral foi referida por 66,7 por cento, cada e a sexual, por 17,7 por cento. Umterço dos adolescentes referiu agressões repetidas, desde a infância (20 por cento). Pai e padrasto apareceram como principais agressores nos dois sexos; seguidos pelo parceiro da adolescente. Os fatores associados foram: ausência de ocupação, baixa escolaridade e uso de drogas (p<0.05). CONCLUSÕES: embora a prevalência de violência nos adolescentes entrevistados seja alta, observou-se escasso registro nos prontuários clínicos, denotando sub-registro importante. Os fatores associados identificados refletem condições gerais de vida insatisfatórias.


OBJECTIVE: to estimate the under-reporting of domestic violence at a health service for adolescents (aged 10 - 19 years) in Recife, Brazil, comparing prevalences based on medical records and active investigation of cases in the past year and characterizing the victims and risk factors associated with life events. METHODS: a cross-sectional study was carried out with 333 adolescents attended between February and May 2004, using semi-structured questionnaires covering variables relating to the location and type of abuse, age, sex, occupation, level of education, religion, drug-use, marital status, household income, and family type. Pearson's chi-square test and logistic regression were used to assess the degree of association, using the Epi-info 6.04 and SPSS software packages. RESULTS: of the adolescents interviewed, 41.4 percent reported abuse although only 1.8 percent had this registered in medical records. Physical and psychological abuse were reported by 66.7 percent for each, and sexual violence by 17.7 percent. A third of the adolescents reported repeated abuse since childhood (20 percent). Fathers and step-fathers were the main perpetrators of abuse against both sexes, followed by intimate partners. Factors associate with abuse were: unemployment, low level of education and druguse (p<0.05). CONCLUSION: although the prevalence of abuse in the adolescents interviewed was high, it is poorly registered in medical records, suggesting that it is substantially under-reported. The factors identified as being associ ated with abuse reflect generally unsatisfactory living conditions.


Assuntos
Humanos , Adolescente , Saúde do Adolescente , Fatores de Risco , Violência Doméstica/estatística & dados numéricos
4.
Salvador; s.n; 1992. 159 p. ilus, tab.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-137591

RESUMO

A relaçäo entre trabalho durante a gestaçäo e as condiçöes de saúde materno-infantis, traduzidas em termos de doenças na gestaçäo, complicaçöes do parto e incidência de recém-nascidos prematuros, foi examinada em maternidades públicas e privadas da cidade do Recife, PE, entre dezembro de 1990 e abril de 1991. participaram 561 puérperas residentes na capital, selecionadas aleatoriamente em seis maternidades da cidade, sendo excluídas aquelas em que a gestaçäo terminou em abortamento ou parto gemelar. Entre as doenças mais frequentemente referidas destacam-se o corrimento vaginal (34,7 por cento), a hemorragia vaginal (15,6 por cento), a hipertensäo arterial (15 por cento) e a infecçäo do trato urinário (11,2 por cento). A referência a doenças e as taxas de recém-nascidos prematuros foram semelhantes entre trabalhadoras e näo trabalhadoras (donas de casa), enquanto complicaçöes do parto, apresentaram maior frequentes entre as primeiras, mas estes resultados foram estatisticamente näo significantes. Mulheres que interromperam a atividade produtiva durante a gestaçäo, apresentaram maior freqüência de hipertensäo, hemorragia vaginal e recém-nascidos prematuros, em relaçäo às gestantes que näo trabalharam. Estas associaçöes foram estatisticamente significantes. Mulheres com baixa escolaridade e aquelas pertencentes à força de trabalho livre apresentaram maior freqüência de todos os eventos investigados (doenças, complicaçöes e prematuridade), com resultados estatisticamente näo significantes. O trabalho "ativo" esteve mais frequentemente relacionado com maiores taxas de hipertensäo e hemorragia vaginal, sendo a medida de associaçäo em relaçäo ao trabalho sedentário de 1,87 (IC 95 por cento - 0,81 - 4,32; ENS) e 1,59 (0,86 - 2,9; ENS), enquanto o trabalho "em pé" esteve mais frequentemente associado com prematuridade, sendo a medida de associaçäo de 2,73 (1,08 - 6,90; ES). O pequeno número de participantes por categoria de trabalho no presente estudo, pode ser responsável pela dificuldade em se encontrar resultados estatisticamente significante, mesmo em situaçöes onde a diferença proporcional de ocorrência dos eventos em questäo entre os dois grupos de trabalho analisados é grande


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Saúde Materno-Infantil , Gravidez , Saúde da Mulher , Mulheres Trabalhadoras , Condições de Trabalho , Brasil , Complicações na Gravidez/fisiopatologia , Recém-Nascido de Baixo Peso/fisiologia , Trabalho de Parto Prematuro , Estatística
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