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1.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 32(supl.2B): 155-155, abr.-jun. 2022.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1377805

RESUMO

INTRODUÇÃO: O surgimento de distúrbios de condução e a necessidade de implante de marca-passo (MP) definitivo estão entre as complicações mais comuns relacionadas ao TAVI. Na aplicação do TAVI minimalista - em que se objetiva alta hospitalar oportuna < 48 horas - tais complicações são de central importância, e sua ocorrência deve ser monitorada sistematicamente. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de alterações eletrocardiográficas sabidamente preditoras de distúrbios de condução após TAVI e a incidência de MP definitivo em até 30 dias após o procedimento, em pacientes (pctes) não-selecionados submetidos a TAVI minimalista em um hospital terciário do SUS. MÉTODOS: Estudo observacional e prospectivo, com inclusão de pctes consecutivos submetidos a TAVI minimalista no período de Set/2020 a Jan/2022, com análise do ECG antes e após a TAVI conforme protocolo institucional. Verificado a presença de alterações de ritmo e bloqueios atrioventriculares (BAV) e intraventriculares e a indicação de MP definitivo durante a internação e um mês após a alta hospitalar. RESULTADOS: Foram avaliados 50 pctes, com média de idade de 79,2 anos, com STS médio de 2,64% e 20 (40%) mulheres. Próteses balão-expansíveis foram utilizadas mais frequentemente (76%). O ritmo e distúrbios de condução antes da TAVI encontrados foram: • Ritmo sinusal: 41 (82%) • Fibrilação atrial: 12 (24%) • BAV 1 grau: 14 (28%) • Bloqueio de ramo direito: 3 (6%) • Bloqueio de ramo esquerdo: 7 (14%) • Ritmo de MP: 4 (8%) A ocorrência de bradiarritmias que justificassem monitorização estendida e vigilância intra-hospitalar por ao menos 24 horas ocorreu em 7 (14%) pcts, sendo: • Bloqueio atrioventricular total: 1 (2,5%) • Bloqueio atrioventricular avançado: 1 (2,5%) • Fibrilação atrial de baixa resposta ventricular: 2 (5%) • Ritmo juncional: 2 (5%) • Bradicardia sinusal e distúrbio de condução intraventricular: 1 (2,5%) Houve indicação de MP definitivo para 1 (2,5%) pcte. Não houve reinternação devido a distúrbios de condução ou implante de MP até 30 dias após a TAVI. CONCLUSÃO: Em nossa experiência, poucos pctes submetidos a TAVI com estratégia minimalista apresentaram distúrbios de condução necessitaram postergar a alta hospitalar. Apenas um paciente requereu implante de MP definitivo. A aplicação de protocolo institucional com alta hospitalar oportuna (<48h) não esteve relacionada à maior risco de distúrbios de condução em curto prazo (30 dias).


Assuntos
Marca-Passo Artificial , Doença do Sistema de Condução Cardíaco , Substituição da Valva Aórtica Transcateter
2.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 32(supl.2B): 171-171, abr.-jun. 2022.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1377835

RESUMO

INTRODUÇÃO: Fístula de Gerbode é uma comunicação entre o ventrículo esquerdo e o átrio direito (VE-AD). O defeito é raro, pode ser congênito ou adquirido. A forma adquirida é mais frequentemente observada após cirurgia valvar, endocardite ou infarto. Relataremos 2 casos de pacientes com fístula de Gerbode adquirida pós-intervenção valvar. Caso 1: Mulher, 56 anos, com diagnóstico pré-operatório de insuficiência mitral (IM) importante, fibrilação atrial, hipertensão pulmonar (HP) e insuficiência tricúspide (IT) discreta. Foi submetida à plastia mitral, tricúspide e exclusão de ambas as auriculetas. Um ano após a cirurgia, paciente assintomática, sem sinais de insuficiência cardíaca (IC), porém foi auscultado um sopro sistólico rude em borda esternal esquerda (BEE). O ecocardiograma transesofágico (ETE) demonstrou presença da fístula com 3,5mm do VE para o AD com gradiente de VE-AD de 95 mmHg, redução da HP (de 50 para 36 mmHg) e função do VD normal. A paciente foi mantido em observação. Caso 2: Homem, 61 anos, diagnóstico pré-operatório de IM importante primária, HP importante (PSAP 116mmHg) e IT moderada. Foi submetido a implante de bioprótese mitral e plastia tricúspide. Evoluiu com melhora sintomática e redução da HP. Foi observado sopro sistólico rude em BEE. O ETE demonstrou uma fístula VE-AD, com gradiente de 92 mmHg. Paciente assintomático, sem repercussão hemodinâmica, mantido em tratamento conservador. DISCUSSÃO: Na literatura, a evolução de casos com a fístula varia desde assintomáticos até desfechos desfavoráveis como insuficiência cardíaca, endocardite e necessidade de oclusão da fístula. Apesar de ser relatado como defeito raro, a incidência está aumentando devido ao maior número de intervenção cirúrgica. O diagnóstico é difícil e muitas vezes necessário complementação com ETE para melhor definição do tamanho e localização do defeito e para melhor programação da correção quando houver indicação. A intervenção pode ser cirúrgica ou percutânea. Em paciente assintomáticos, defeitos pequenos e sem sobrecarga de VD podem ser mantidos em conduta conservadora desde que com acompanhamento frequente. CONCLUSÃO: Foram relatados dois casos de fístula de Gerbode (comunicação entre o VE e o AD) adquiridas após cirurgia de correção valvar. Ambos os pacientes relatados foram tratados clinicamente, estão em CF I, sem alterações das câmaras cardíacas.


Assuntos
Comunicação Interatrial , Comunicação Interventricular , Fibrilação Atrial , Hipertensão Pulmonar , Insuficiência da Valva Mitral
3.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 31(supl. 2B): 197-197, abr-jun., 2021.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1290879

RESUMO

INTRODUÇÃO: As biopróteses possuem durabilidade aproximada de 12 a 20 anos. Neste período, complicações relacionadas à degeneração protética podem exigir novas intervenções. Mas o elevado risco de uma reoperação, principalmente se o paciente estiver clinicamente descompensado, tornam a cirurgia convencional muito arriscada ou mesmo proibitiva. Neste cenário, o implante valvar dentro da bioprótese degenerada (valve in valve) se mostrou como opção alternativa e viável. Relatamos um caso de correção de insuficiência aórtica grave por falência estrutural de bioprótese através de valve in valve (ViV) com sucesso em paciente gravemente descompensado. DESCRIÇÃO DO CASO: Homem, 66 anos, hipertenso, implante de bioprótese aórtica e plastia mitral em 2011, devido dupla lesão aórtica e mitral, sem seguimento clínico. Procurou o pronto socorro por dispnéia aos mínimos esforços e anasarca há uma semana. Admitido em IC perfil B. Após tratamento com diuréticos, o ecocardiograma transtorácico (ecoTT) revelou: aumento atrial esquerdo importante (volume indexado de 96 mL/m²); fração de ejeção do VE (FEVE) de 45% - Simpson; bioprótese aórtica apresentava folhetos com hipermobilidade e prolapso, sugestivos de fratura, com refluxo importante, gradiente sistólico (GS) máximo de 69 mmHg, GS médio de 36mmHg e área valvar (AV) de 1,3 cm2. Valva mitral com aspecto de plastia exibindo refluxo de grau importante. Internado para programação cirúrgica a princípio, mas após discussão com Heart Team, e considerando STS de 27 %, indicada a realização de "Valve-in-valve". A angiotomografia com parâmetros anatômicos adequados para o tratamento percutâneo. Procedimento realizado com técnica simplificada e otimizada ("minimalista"), sob sedação. Gradientes pré implante de prótese: VE 120 x 15 mmHg e Aorta 100 x 30 mmHg. Implante de bioprótese Myval 20 e pós dilatação com cateter balão ATLAS GOLD 22 x 40mm com sucesso conforme parâmetros do ecoTT. Após implante valvar, novos gradientes foram adquiridos: VE 130 x 15 mmHg e Aorta 128 x 70 mmHg. Paciente evoluiu com melhora clínica significativa. EcoTT do 1o dia pós procedimento revelou refluxo mitral de grau discreto a moderado e ausência de refluxo aórtico, gradiente GS máximo 21 mmHg, GS médio 11 mmHg, AV 1,4 cm2. O paciente demostrou melhora rápida de sua classe funcional (CF I). CONCLUSÃO: No caso descrito, a realização de "Valve-in-valve" após complicação estrutural de bioprótese constituiu tratamento seguro, efetivo e alternativa à intervenção cirúrgica convencional.


Assuntos
Valva Aórtica , Bioprótese , Anuloplastia da Valva Mitral
4.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 30(2 Suppl. B): 193-193, abr-jun., 2020.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1117138

RESUMO

INTRODUÇÃO: A regurgitação paraprotética (RPP) é um defeito que ocorre entre o local de sutura e o anel protético. A correção por transcateter tem surgido como uma opção à cirurgia para pacientes (pts) de alto risco. OBJETIVO: Avaliar os resultados imediatos e a curto prazo da oclusão da RPP por meio de cateter. MÉTODOS: Trata-se de um estudo prospectivo, de portadores de RPP, sintomáticos, submetidos a oclusão percutânea. O diagnóstico da RPP foi feito por meio da Doppler ecocardiografia TT e TE 3-D. O Critério de sucesso era: regurgitação residual discreta, melhora da classe funcional, regressão da hemólise e ausência de complicações fatais em até 30 dias. O critério de insucesso foi: complicações relacionadas ao procedimento, persistência de reflux moderado ou grave, hemólise, insuficiência cardíaca (IC) ou necessidade de cirurgia de urgência. RESULTADOS: Foram incluídos 20pts (24 próteses) com RPP, com média das idades de 61,5 anos, 11 pts femininos (55%). O número de cirurgias prévias variou de 1 a 4. A maioria (14) tinha 1 RPP, 5 tinham 2 e 1 tinha 4 orifícios regurgitantes. Cinco pts tinham prótese biológica (3 mitrais e 2 aórticas) e 15 próteses mecânicas (8 mitrais, 3 aórticas e 4 mitroaórticas). A indicação da intervenção foi a presença de IC com ou sem hemólise na maioria. A RPP foi grave em 16 pacientes, moderado em 3 e discreto em 1. A via de acesso percutâneo foi femoral em 17 pts. O dispositivo utilizado foi Amplatzer Vascular Plug, O número de plugs variou de 1a 4. Os pts foram distribuídos em 2 grupos: G1 (sucesso) e G2 (insucesso) segundo a definição acima. G1: o sucesso ocorreu em 13 dos 20pts (65%), 5 prótese biológica aórtica (100%) e 8 tinham prótese mecânica (53%) (5 mitrais e 3 aórticas). G2: insucesso ocorreu em 7 dos 20pts (35%), todos com prótese mecânica. Dois pts morreram antes da alta hospitalar (10%). Destes, um foi submetido a cirurgia de urgência por mal posicionamento do plug e o outro complicou com PCR e óbito. Cinco pts receberam alta hospitalar. Em uma evolução média de 14 meses, dos 13pts do G1, 3 morreram (1 acidente vascular cerebral hemorrágico, 1 infarto agudo do miocárdio e 1 IC descompensada); 10 estão evoluindo bem. Dentre os 5 pts do G2, 3 morreram, um continua em tratamento clínico e um foi operado. CONCLUSÃO: Em uma população de alto risco cirúrgico, a mortalidade relacionada a oclusão transcateter da RPP foi 10%. A resolução da RPP foi 65% e foi melhor nas próteses biológicas (100%) que nas mecânicas (53%).


Assuntos
Próteses Valvulares Cardíacas , Ecocardiografia Doppler , Substituição da Valva Aórtica Transcateter , Insuficiência da Valva Aórtica , Insuficiência da Valva Mitral
5.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 30(2 Suppl. B): 194-194, abr-jun., 2020.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1117254

RESUMO

INTRODUÇÃO: O escore de Selvester é um escore eletrocardiográfico que estima e localiza a carga de fibrose miocárdica. Existem poucos dados sobre o impacto clínico da predição de fibrose em pacientes submetidos a troca transcateter de valva aórtica (TAVR). Este estudo avaliou o poder preditivo do escore de Selvester na sobrevida em pacientes com estenose aórtica (EA) submetidos a TAVR. MÉTODOS: Foram incluídos pacientes com estenose aórtica importante que realizaram eletrocardiograma pré-procedimento. Follow-up clínico foi obtido retrospectivamente. O desfecho primário foi morte por todas as causas e os secundários foram morte cardiovascular e MACE. RESULTADOS: 228 pacientes foram incluídos (idade média 81,5 ± 7,4 anos; 58,3% mulheres). Pacientes que morreram apresentaram escore de Selvester mais elevado (4,6 ± 3,2 vs. 1,4 ± 1,3; p < 0,001). Em um follow-up médio de 36,2 ± 21,2 meses, o escore de Selvester foi associado independentemente com mortalidade por todas as causas (HR, 1,65; 95% CI, 1,48-1,84; p < 0,001), mortalidade cardiovascular (HR, 1,59; 95% CI, 1,38-1,74; p < 0,001) e MACE (HR, 1,55; 95% CI, 1,30-1,68; p < 0,001). Após 5 anos, o risco de mortalidade foi diretamente correlacionado ao escore e o envolvimento da parede inferior do ventrículo esquerdo apresentou menor risco de mortalidade (HR, 0,42; 95% CI, 0,18-0,98; p = 0,046). Para o valor do escore de Selvester de 3, a área sobre a curva ROC foi de 0,92, 0,94 e 0,86 (p < 0,001) para 1, 2 e 3 anos, respectivamente. CONCLUSÃO: Valores elevados do escore de Selvester aumentam o risco de desfechos negativos em pacientes com EA submetidos a TAVR. O envolvimento das paredes anterior e lateral apresentam pior prognóstico.


Assuntos
Estenose da Valva Aórtica , Fibrose , Eletrocardiografia , Substituição da Valva Aórtica Transcateter , Sobrevida , Previsões
6.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 30(2 Suppl. B): 195-195, abr-jun., 2020. tab.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1117263

RESUMO

INTRODUÇÃO: A correção da estenose aórtica (EAo) por meio do implante por cateter de prótese aórtica (TAVI) tem sido cada vez mais realizada. No planejamento do procedimento, devem ser cuidadosamente avaliados fatores que influenciam o prognóstico, dentre estes, o grau de repercussão cardíaca estrutural e funcional secundário a EAo, por vezes inclusive com valvopatias concomitantes como insuficiência mitral e tricúspide (IT). A IT está presente em até 10% dos pacientes com EAo e estudos indicam mortalidade maior neste subgrupo. Entretanto, permanece incerto o verdadeiro papel da IT na evolução dos pacientes submetidos ao TAVI. O objetivo dessa revisão sistemática e metanálise é sintetizar e quantificar as evidências científicas disponíveis sobre o impacto da IT pré-procedimento na mortalidade a curto e longo-prazo de pacientes submetidos ao TAVI. MÉTODOS: De acordo com as recomendações PRISMA e MOO SE, foram pesquisados artigos originais, publicados até abril de 2019, em várias bases (MEDLINE/PubMed, SCOPUS, EMBASE, LILACS e Web of Science), que tenham reportado o grau de IT pré TAVI por meio de ecocardiograma, além da mortalidade por qualquer causa. Metanálises foram realizadas de acordo com a estratificação por tempo de follow-up, utilizando modelos de efeito fixo e random. A heterogeneidade entre os estudos foi avaliada pelo I2. RESULTADOS: Dos 301 encontrados, 16 estudos foram incluídos na revisão sistemática e 14 estudos na metanálise (> 31. 500 participantes). Pacientes com IT de grau moderado ou grave pré-TAVI apresentam mortalidade por qualquer causa significativamente maior do que aqueles com IT ausente ou de grau leve, tanto em até 30 dias (HR 1. 70; IC 95%1. 09-2. 66) quanto em seguimento longo (média de 1,4 ano) (HR 95% 1. 63; IC 1. 32-2. 03). Esse efeito foi homogêneo em ambos os subgrupos de follow-up (I2 = 42. 1% e 41. 4%, com p valores de 0,159 e 0,082, respectivamente). CONCLUSÃO: Existe evidência sugestiva de que maiores graus de IT estão associados a pior prognóstico em pacientes que serão submetidos ao TAVI. Assim, a avaliação criteriosa da valva tricúspide deve ser considerada no planejamento pré-TAVI, tanto para indicação precisa do melhor momento de correção da EAo, quanto para redefinir estratégias para o manejo de pacientes que sabidamente apresentam pior evolução. Figura 1 ­ Metanálise para mortalidade a curto-prazo (follow-up até 30 dias). Figura 2 ­ Metanálise para mortalidade a longo-prazo (follow-up médio 1,4 ano).


Assuntos
Prognóstico , Insuficiência da Valva Tricúspide , Substituição da Valva Aórtica Transcateter
7.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 30(2 Suppl. B): 195-195, abr-jun., 2020. graf.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1117274

RESUMO

INTRODUÇÃO: Valvotomia mitral percutânea (VMP) é o tratamento de escolha em pacientes com estenose mitral reumática. Em pacientes jovens, o implante de uma prótese pode trazer diversas complicações no curto e longo prazo como durabilidade bastante reduzida. O OBJETIVO desse trabalho é descrever os resultados imediatos e acompanhar o follow-up desse grupo de pacientes. MÉTODOS: Foram selecionados, em uma coorte retrospectiva, pacientes que se submeteram a VMP com idade menor do que 18 anos devido a estenose mitral reumática. Os procedimentos e a ecocardiografia foram realizados em centro único. RESULTADOS: 58 pacientes (15,41±2,42 anos, 69% mulheres) foram submetidos a 66 procedimentos. A área valvar prévia foi de 0,87±1,94 cm2 e após o procedimento passou a ser 2,00±0,46cm2, com 74% de insuficiência mitral graduada como menor do que discreta, 98,5% tinham ritmo sinusal e o procedimento foi considerado sucesso em 89,4%, sucesso parcial em 6,1% e insucesso 4,5%. No acompanhamento de curto prazo, 19,7% evoluíram para necessidade de cirurgia, sendo 3% emergencial. 22 casos evoluíram para necessidade de redilatação, sendo 12 casos ainda com menos de 18 anos e os demais acima dessa idade. CONCLUSÃO: A VMP é o método de escolha para o tratamento da estenose mitral reumática em pacientes abaixo de 18 anos, de mostrando segurança e bons resultados. Nessa faixa etária a prevalência em homens foram significativamente superior.


Assuntos
Humanos , Adolescente , Valvuloplastia com Balão , Estenose da Valva Mitral
8.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 30(2 Suppl. B): 196-196, abr-jun., 2020.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1117321

RESUMO

INTRODUÇÃO: A insuficiência tricúspide (IT), na maioria dos casos, é secundária à doença da valva mitral associada à hipertensão arterial pulmonar (HP) e à fibrilação atrial (FA). Em geral, a IT regride com a correção da valva mitral. Porém, em alguns casos, mesmo corrigindo a mitral, a IT persiste ou evolui. Por esta razão, é controverso quando se deve realizar uma cirurgia combinada de correção da mitral e plástica tricúspide. OBJETIVO: Avaliar a evolução da IT em 10 anos após correção cirúrgica valvar mitral, com ou sem intervenção na tricúspide. MÉTODOS: Um trabalho prospectivo em pacientes (pts) submetidos a cirurgia para correção valvar mitral entre 2008 e 2009. A avaliação dos pts foi feita pela consulta clínica e Doppler-ecocardiograma Transtorácico até o ano de 2019. Os pts foram distribuídos em dois grupos, de acordo com o grau de IT no pré-operatório (pré-op): G1 (IT ausente/discreta) e G2 (IT moderada/grave). RESULTADOS: Foram incluídos 75 pts submetidos a correção mitral isolada ou combinada a plastia tricúspide. O G1 foi composto de 38 pts (51%) e o G2 de 37 pts (49%). No G1 foi realizada cirurgia combinada em 4 pts (10,5%) e todos permaneceram com IT discreta na evolução tardia; nos outros 34 foi feita cirurgia isolada; destes, 5 pts (14,7%) evoluíram para IT moderada/grave. No G2 a cirurgia combinada foi feita em 17 pts (45,9%). Na evolução tardia, 13 pts (77%) ficaram com IT mínima/discreta e 4 pts (23%) permaneceram com IT moderada/ grave. Dos 20 pts (54,1%) do G2 que fizeram cirurgia isolada, 13 (65%) tiveram involução da IT e em 7 (35%) a IT permaneceu moderada/grave. A evolução tardia dos 75 pts operados mostrou que o número de pts com IT discreta/moderada subiu de 38 para 59 e o número de pts com IT moderada /grave caiu de 37 para 16. Quando comparados, os pts que ficaram com IT moderada/grave eram mais velhos (46 x 49 anos) e tinham mais FA (35 x 38%); a média da HP (60 x 58mmHg) e da fração de ejeção foi semelhante nos dois grupos (61%). O número de cirurgia combinada foi 28,8% nos pts com IT discreta e 25% naqueles com IT moderada/grave. CONCLUSÃO: A correção da valva mitral não garante que a IT estabilize ou regrida, uma vez que em 14,7% dos pts com IT ausente/discreta no pré-op a IT evoluiu para moderada/grave e em 35% dos pts com IT moderada/grave a IT não regrediu. Houve falha da plástica tricúspide em 23% dos pts, que continuaram com IT moderada/grave no pós-operatório. A indicação de cirurgia combinada e o tipo de plástica realizada necessitam ser revistas nos pacientes portadores de doença mitral associada a IT.


Assuntos
Valva Mitral/cirurgia , Insuficiência da Valva Mitral
9.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 30(2 Suppl. B): 196-196, abr-jun., 2020.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1117323

RESUMO

INTRODUÇÃO: Troca transcateter de valva aórtica (TAVR) é cada vez mais utilizada no tratamento da estenose aórtica (EA) senil. EA é comumente associada a hipertensão pulmonar (HP) e insuficiência tricúspide (IT). Nosso OBJETIVO foi avaliar o impacto tardio no curso da HP e IT. MÉTODOS: Pacientes submetidos a TAVR foram acompanhados quanto aos dados ecocardiográficos da HP e da IT por 24 meses. Todos os ecocardiogramas foram realizados em centro único. Foram divididos em grupos de acordo com IT e HP após 24 meses (pressão sistólica da artéria pulmonar = or < 45 mmHg) com follow-up de até 96 meses. Resultados clínicos e mortalidade foram comparados. RESULTADOS: 156 e 151 pacientes foram selecionados para acompanhamento da HP e da IT respectivamente. Média de follow-up foi de 42,23±17,53 meses e 42,60±17,67 meses para grupos de HP e IT. HP se reduziu após o TAVR (32,7% pre-TAVR vs. 20,5% pos-TAVR, p<0,001), mas não foi encontrada mudança significativa na IT (11,9% pre-TAVR vs. 10,6% pos-TAVR). Aumento de átrio esquerdo (AE) foi associado a manutenção de HP (p=0,002). Além disso, o aumento do diâmetro do AE (p=0,015) e EuroSCORE II elevado (p=0,041) foram correlacionados ao surgimento de nova HP. Na análise multivariada, surgimento de nova HP (HR 6,17, 95% CI 1,71­22,29,p=0,005), disfunção diastólica tipo II ou III (HR 1,06, 95% CI 1,06-1,11, p=0,036) e diâmetro de AE (HR 1,11, 95% CI 1,02­1,21, p=0,02) foram preditores independentes de mortalidade. CONCLUSÃO: TAVR foi capaz de reduzir a gravidade da HP, mas não da IT. Além disso, a sobrevida a longo prazo foi afetada pela HP, disfunção diastólica e tamanho do AE.


Assuntos
Insuficiência da Valva Tricúspide , Substituição da Valva Aórtica Transcateter , Hipertensão Pulmonar
10.
Amsterdã; s.ed; 20200829. graf..
Não convencional em Inglês | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1120223

RESUMO

INTRODUCTION: transcatheter aortic valve replacement (TAVR) is increasingly utilized in treatment of aortic stenosis (AS). AS is commonly associated to pulmonary hypertension (PH) and tricuspid regurgitation (TR). We aimed to evaluate the long-term post-TAVR course of PH and TR. METHODS: Patients undergoing TAVR were screened for 24-month echocardiographic data on PH and TR. All echocardiograms were performed by a sing le team. Patients were divided in groups according to TR and PH (pulmonary systolic pressure ≥ or < 45 mmHg) grading at 24 months with follow-up of up to 96 months. Standardized clinical outcomes and survival were compared. RESULTS: 156 and 151 patients were se le cted for PH and TR follow-up, respectively. Mean follow-up was 42.23±17.53 months and 42.60±17.67 months for PH and TR groups. Maximum follow-up was 96 months. PH was reduced post-TAVR (32.7% pre-TAVR vs. 20.5% post-TAVR, p<0.001), but no significant difference in TR was found (11.9% pre-TAVR vs. 10.6% post-TAVR). Increased le ft atrial (LA) diameter (p = 0.002) was associated to maintenance PH. Moreover, increased LA diameter (p=0.015) and increased EuroSCORE II (p=0.041) were correlated to new onset PH. On a multivariab le Cox regression model, new onset PH (HR 6.17, 95% CI 1.71­22.29, p=0.005), diastolic dysfunction type II or III (HR 1.06, 95% CI 1.06-1.11, p=0.036) and LA diameter (HR 1.11, 95% CI 1.02­1.21, p=0.02) were independent predictors of long-term mortality. CONCLUSIONS: TAVR was ab le to reduce the severity of PH, but not TR, in this cohort. Additionally, long-term survival was affected by PH, diastolic dysfunction and LA sizing.


Assuntos
Humanos , Insuficiência da Valva Tricúspide/etiologia , Substituição da Valva Aórtica Transcateter/efeitos adversos , Hipertensão Pulmonar/etiologia , Seguimentos
11.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 29(Suppl. 2b): 115-115, Jun. 2019.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1009190

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Estenose Aórtica (EAo) é extremamente prevalente em idosos e, quando sintomática, influencia de forma significativa na qualidade e expectativa de vida. Decidir entre o tratamento clínico, percutâneo ou cirúrgico é uma árdua tarefa e deve valorizar, não apenas os aspectos cardiológicos, mas todo o contexto do idoso. O objetivo deste estudo foi utilizar a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) como ferramenta para decisão do tratamento de idosos portadores de EAo Grave Sintomática. MÉTODOS: Selecionados pacientes acima de 75 anos atendidos em ambulatório específico de hospital terciário de São Paulo-SP, de outubro de 2018 a janeiro de 2019, com EAo Grave (área valvar <0,8cm² e gradiente sistólico médio >40mmHg) e sintomas de angina, síncope, dispneia ou sinais de insuficiência cardíaca congestiva. A AGA englobava aspectos da Funcionalidade (Katz e Lawton), Fragilidade (FRAIL), Cognição (Mini-exame do estado mental, teste do relógio, fluência verbal), Depressão (Escala de Depressão Geriátrica) e Estado Nutricional/Sarcopenia (força de preensão palmar, circunferência de panturrilha e velocidade da marcha). Baseados nesta avaliação, integrantes do heart team (clínicos, hemodinamicistas, ecocardiografistas e cirurgiões) se reuniam e chegavam ao consenso de qual tratamento indicar. Estudo observacional, prospectivo, descritivo e aprovado pelo comitê de ética. A estratificação do risco cirúrgico foi feita pelo EuroSCORE II. As variáveis quantitativas foram apresentadas em forma de média e desvio padrão. RESULTADOS: Dos 10 pacientes portadores de EAo Grave Sintomática avaliados, a média de idade foi 83,8 anos (±3,7), sendo 55% homens. Quanto à funcionalidade, 70% eram parcialmente dependentes para atividades diárias; 30% frágeis, 40% tinham humor deprimido, 70% apresentavam boa cognição (de acordo com a escolaridade) e 20% arcopenia e risco de desnutrição. Nos pacientes com EuroSCORE II de alto risco, 20% também apresentavam fragilidade, sendo mantidos em tratamento clínico. Os classificados como risco baixo a intermediário não apresentavam fragilidade associada e foram submetidos à troca valvar aórtica, via aberta ou transcateter (TAVR). CONCLUSÃO: Os achados da AGA, somados aos aspectos clínicos e ecocardiográficos habitualmente utilizados na cardiologia atual, constituem ferramenta importante para a decisão terapêutica em idosos portadores de EAo Grave e Sintomática. (AU)


Assuntos
Humanos , Estenose da Valva Aórtica , Avaliação Geriátrica
12.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 29(Suppl. 2b): 121-121, Jun. 2019.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1009292

RESUMO

INTRODUÇÃO: O implante valvar aórtico percutâneo (TAVI - transcatheter aortic valve implantation) se estabeleceu como tratamento para pacientes com estenose aórtica severa sintomática de alto ou proibitivo risco cirúrgico. Estudos recentes demonstraram não-inferioridade ou superioridade para TAVI em relação à cirurgia em pacientes de risco intermediário. A degeneração hemodinâmica e consequente disfunção protética em pacientes submetidos a TAVI passa a ser uma preocupação evolutiva, pelo que sua durabilidade tem sido questionada. Com isso, o objetivo do trabalho é escrever a evolução do perfil hemodinâmico e durabilidade da bioprótese nos pacientes submetidos a TAVI na experiência de dois centros nacionais. MÉTODOS: Pesquisa observacional, longitudinal, com coleta de dados prospectiva de pacientes com diagnóstico de estenose grave sintomática submetidos à TAVI. O acompanhamento foi feito de julho de 2009 até julho de 2016 em dois centros nacionais. Usamos as definições estandardizadas para deterioração estrutural (SVD ­ structural valve deterioration) e falência de prótese (BVF ­ bioprosthetic valve failure) publicadas pelo consenso da European Association of Percutaneous Cardiovascular Interventions (EAPCI), European Society of Cardiology (ESC) e European Association for Cardio-Thoracic Surgery (EACTS), publicadas em 2017 no European Heart Journal. Foram incluídos para análise de degeneração hemodinâmica da prótese os pacientes com avaliação ecocardiográfica no pós procedimento e com pelo menos uma avaliação de seguimento em pelo menos seis meses após o implante. RESULTADOS: Obtivemos dados de 339 pacientes, com média de idade de 81,6 anos, sendo 45,86% (n=156) homens e 54,14% (n=183) mulheres. A mortalidade por todas as causas até o último seguimento foi de 20,1% (n=68). A média do Euroscore foi de 7,5+6,01 e o STS de 6,56+5,96. Pacientes tratados com prótese balão expansível foram 38% (n=130), enquanto 62% (n=208) com auto expansível. Após seguimento médio de 42 meses, foi observado 28 (8,25%) pacientes com SVD e 2 (0,6%) pacientes apresentaram BVF. O gradiente sistólico médio no baseline foi de 20,06+ 8,49mmHg e a área valvar de 1,9+ 0,3mmHg, e mantiveram-se com comportamento estável no seguimento. CONCLUSÕES: O seguimento após TAVI mostrou favorável performance hemodinâmica e boa durabilidade da bioprótese em nossa experiência de dois centros nacionais. (AU)


Assuntos
Humanos , Implante de Prótese de Valva Cardíaca , Hemodinâmica
13.
Arq Bras Cardiol ; 101(3 Suppl 3): 1-95, 2013 09.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-24196826
14.
Rev. bras. cir. cardiovasc ; 4(1): 51-63, abr. 1989.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-164263

RESUMO

No Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, as valvoplastias percutâneas para as valvas mitral e aórtica tiveram início em agosto de 1987. Foram realizados 37 procedimentos, sendo 26 para a mitral (VMP) e 1 para aórtica (VAP). Nas 26 VMP, obteve-se sucesso 14 vezes, tendo 4 complicaçoes. Em 3 pacientes, o sucesso nao foi total, sendo que uma paciente com insuficiência mitral recusou cirurgia, outro foi operado e terceiro está assintomático, mas nao houve melhora da área valvar e das pressoes, e deve ser reestudado para posterior avaliaçao. Os 9 pacientes restantes foram operados, sendo realizadas 6 comissurotomias e papilarotomias e 3 substituiçoes valvares. A indicaçao cirurgica se deu por tamponamento cardíaco em 1 caso, rotura de músculo papilar com conseqüente insuficiência em outro, 1 caso de baixo débito, punçao da aorta em 4 casos e nao passagem do cateter para o átrio esquerdo em 2 com suspeita de tamponamento nao confirmada. O paciente submetido a VAP obteve melhora imediata do gradiente, mas faleceu 1 mês após, em insuficiência cardíaca. As valvoplastias percutâneas têm apresentado uma alternativa no tratamento das lesoes valvares e sao uma opçao, principalmente para casos de valvas nao calcificadas e com o aparelho subvalvar nao comprometido. Devem ser lembradas nos casos em que a cirurgia é de alto risco, como em idosos, pneumopatas e nefropatas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Idoso , Valvas Cardíacas/cirurgia , Papel do Médico , Cardiopatia Reumática/cirurgia , Estudos Retrospectivos
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