RESUMO
INTRODUÇÃO: A ocorrência de arritmias ventriculares complexas durante a gestação é evento incomum, tendo etiologia multifatorial. Neste relato, apresenta-se a evolução de uma gestante com alta densidade de arritmias ventriculares complexas sem resposta a terapia medicamentosa, com desaparecimento espontâneo das arritmias após o parto. CASO: Paciente feminina, 34 anos, G4P1A2, inicia acompanhamento em hospital terciário de cardiologia com 30 semanas de gestação e queixa de palpitações acompanhadas de fraqueza generalizada, tontura e mal-estar. Afirma intensificação dos sintomas com a gestação. No holter de entrada, apresentava frequência cardíaca média de 104 bpm, sem pausas. 50% de arritmias ventriculares, em 583 episódios de bigeminismo, 355 pares e 197 taquicardias ventriculares, a maior com 163 batimentos e a mais rápida com 15 batimentos a 179 bpm. Arritmias supraventriculares raras, com 11 episodios de taquicardias supraventriculares. Os dopplers obstetricos realizados durante a gravidez, para verificação de fluxos uterino, umbilical e de artéria cerebral média, foram normais; sem comprometimento de crescimento ou vitalidade fetal. O ecocardiograma, realizado na 31º semana de gestação apresentava uma fração de ejeção de 55%, sem comprometimento miocárdico, segmentar ou global. Em decisão conjunta com equipe de eletrofisiologia, optado por introdução de succinato de metoprolol 200 mg/dia e amiodarona 600mg/dia, sem melhora significativa em holters subsequentes ou em sintomatologia referida. Na 35º semana, optado por interrupção da gravidez por alta densidade de arritmias ventriculares (1289 taquicardias ventriculares, a maior com 50 segundos de duração) e sintomatologia materna importante. O concepto nasceu com 2,6kg 43cm e apgar 6 e 9, no primeiro e 5º minuto. Após 3 meses, realizado novo holter com FC média de 86 bpm, ausência de ectopias ventriculares e supraventriculares. Paciente permaneceu assintomática, sem novos episodios de arritmia. Segue em acompanhamento no serviço de eletrofisiologia, sem uso de medicações. CONCLUSÃO: Alterações do ritmo durante a gravidez podem variar desde ectopias benignas até condições que ameacem a vida da mãe o do feto. Nestes casos, deve-se ter em mente que antiarrítmicos ultrapassam a barreira placentária, afetando o crescimento e a vitalidade fetal. Em certas situações, o adiantamento do parto torna-se medida terapêutica, com o retorno da condição hemodinâmicas basal e cessação do mecanismo arritmogênico. (AU)
Assuntos
Gravidez , Taquicardia VentricularRESUMO
Objetivo: Objetivou-se, neste estudo, avaliar as complicações maternas e fetais (clínicas e obstétricas) em mulheres portadoras de marca-passo cardíaco, assim como, a relação entre os modos de estimulação cardíaca(atrial, ventricular ou atrioventricular) e a evolução da gestação quanto às intercorrências materno-fetais, Peso de RN e APGAR. Materiais e métodos: Pesquisa retrospectiva embasada em análise de prontuários médicos de gestantes portadoras de marca-passo cardíaco, acompanhadas nos serviços de Cardiopatia e Gravidez do IDPC, INCOR e HSP (1980 a 2003). Resultado: Analisaram-se 65 gestações em 52 mulheres. 12 pacientes tiveram implante do marca-passo durante a gravidez. A mostra foi dividida em dois grupos, segundo o modo de estimulação cardíaca. Grupo 1:> 25 gestações no modo atrioventricular. Grupo 2: 40 gestações no modo ventricular. Os dois grupos foram semelhantes do ponto de vista estatístico. Não houve diferença significativa entre os modos de estimulação e o peso dos recém-nascidos (p=0,765), bem com em relação à nota de Apgar (p=0,287). Observamos correlação negativa significante (p=0.017) entre o tempo decorrido entre o implante do marca-passo e a gestação, com o peso dos recém-nascidos. Conclusão: Concluiu-se que, em ambos os modos de estimualaçao cardíaca houve recém-nascidos com boas condições de nascimento e com peso adequado para a idade gestacional. Quanto maior o tempo decorrido entre o implante de marca-passo e a gestacional, menor foi o peso dos recém-nascidos.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Marca-Passo Artificial , Doenças Cardiovasculares/complicações , Doenças Cardiovasculares/mortalidade , Estudos RetrospectivosRESUMO
Objetivo. Avaliar as complicações maternas e fetais (clínicas e obstétricas) em mulheres portadoras de marca-passo cardíaco. Avaliar a relação entre os modos de estimulação cardíaca (atrial, ventricular ou átrio-ventricular) e a evolução da gestação quanto as intercorrências materno-fetais. Peso de RN e APGAR. Material e Método: Estudo retrospectivo realizado através da análise de prontuários médicos de gestantes portadoras de marca-passo cardíaco, acompanhadas nos serviços de Cardiopatia e Gravidez do IDPC, INCOR e HSP, no período de 1980 a 2003. Análise estatística realizada pelo serviço de estatística do IDPC, através do programa SPSS, versão 10.0. Adotado como significância estatística p= 0,05.Resultados: Foram analisados 65 gestações em 52 mulheres. 12 pacientes tiveram implante do marca-passo durante a gravidez. A amostra foi dividida em dois grupos segundo o modo de estimulação cardíaca. Grupo 1: 25 gestações no modo átrioventricular. Grupo 2: 40 gestações no modo ventricular. Os dois grupos foram semelhantes do ponto de vista estatístico. Não houve diferença significativa entre os modos de estimulação e o peso dos recém-nascidos (p= 0,765), bem como em relação à nota de APGAR (p= 0,287). Observamos correlação negativa significante (p= 0,017) entre o tempo decorrido entre o implante do marca-passo e a gestação, com o peso dos recém-nascidos. Conclusão: Neste estudo concluímos que em ambos os modos de estimulação cardíaca houve recém-nascidos com boas condições de nascimento e com peso adequado para a idade gestacional. Quanto maior o tempo decorrido entre o implante de marca-passo e a gestação menor foi o peso dos recém-nascidos.
Assuntos
Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Adulto , Humanos , Bloqueio Cardíaco , Cardiopatias , Marca-Passo Artificial , Complicações na GravidezRESUMO
Os autores apresentam um caso de gestante com estenose mitral de origem reumatica que apresentou quadro de edema agudo de pulmao...