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Humanos , Masculino , Feminino , Sistema Único de Saúde , Exercício Físico , Neoplasias/prevenção & controleRESUMO
Introdução: O projeto História do Câncer procura analisar, sob perspectiva histórica, a trajetória do controle do câncer no Brasil. Objetivo: Elaborar uma análise histórica da implantação de ações, atividades, programas e políticas de controle do câncer de mama e discutir alguns dados de conjuntura. Método: Estudo qualitativo, a partir de fontesde dados primárias e secundárias, realizando o cruzamento dos dados para analisar o processo de transformação docontrole do câncer de mama, utilizando para a análise do material a perspectiva do neoinstitucionalismo histórico.Resultados: Foram identificadas quatro fases históricas distintas. Uma primeira fase anterior ao surgimento do Sistemaúnico de Saúde (SUS). Uma fase pós a implantação do SUS, mas anterior ao Documento de Consenso do Ministérioda Saúde. Uma terceira fase de intensificação das ações e programas públicos de controle do câncer de mama. E uma última fase, em andamento, correspondente aos incentivos para a incorporação de atividades relacionadas à qualidade. Conclusão: Os aspectos encontrados e a própria proposta de periodização sugerem que as intervenções têm correlaçãonão somente com o contexto vivido no período, mas também com o perfil mais geral das instituições que as propuserame executaram. Ressalta-se o potencial que os estudos históricos têm em contribuir para o entendimento da implantação (ou não) de ações, programas e políticas públicas em diferentes contextos políticos, sociais, culturais e econômicos
Introduction:The History of cancer project intends to examine, considering a historical perspective, the trajectory of cancer control in Brazil.Objective:to develop a historical analysis of the implementation of actions, activities,programs and policies to control breast cancer besides to discuss some contextual data...
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Humanos , Masculino , Feminino , História do Século XX , História do Século XXI , Neoplasias da Mama/história , Saúde Pública , Política PúblicaRESUMO
O câncer de mama vem se tornando um grave problema de saúde pública nos países em desenvolvimento em razão do envelhecimento da população, do aumento dos fatores de risco característicos dos países desenvolvidos e pela dificuldade dos sistemas de saúde em desempenhar suas funções e cumprir seus objetivos fundamentais. Esta tese teve a finalidade de demonstrar como as evidências científicas e a análise comparada de programas de rastreamento do câncer de mama podem contribuir para identificar elementos para se discutir o rastreamento organizado do câncer de mama no Brasil. Há cerca de 20 anos muitos países desenvolvidos implantaram programas de rastreamento do câncer de mama e hoje apresentam reduções importantes da sua mortalidade. Os programas de rastreamento são intervenções complexas que demandam sistemas de saúde bem estruturados nos contextos epidemiológico, demográfico, social, político, econômico e tecnológico singulares. Esses países implementaram estratégias de monitoramento e avaliação sistemática de seus programas de rastreamento para garantir que os benefícios do rastreamento superassem os possíveis malefícios. Além disso, constantemente são impelidos a enfrentar discussões sobre as recentes evidências de novos exames de rastreamento, ou sobre a efetividade e eficiência dos seus programas. Os países em desenvolvimento, por outro lado, sofrem pressões para iniciar programas de rastreamento, mas carecem de evidências de que os benefícios serão maiores que os malefícios e ainda não aprimoraram seus sistemas de saúde de modo a implantar programas de rastreamento efetivos e seguros. A análise de dois programas de rastreamento do câncer de mama em países desenvolvidos e a análise das evidências científicas permitiu identificar alguns elementos essenciais para se discutir o rastreamento organizado do câncer de mama no Brasil.
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Humanos , Cooperação Internacional , Neoplasias da Mama/diagnóstico , Programas de Rastreamento , Estratégias de Saúde , Canadá , Diagnóstico Precoce , InglaterraRESUMO
O câncer é um problema de saúde pública no Brasil e a Política Nacional de Atenção Oncológica foi proposta como estratégia para ações integradas de controle das neoplasias malignas. Dentre essas ações, o controle dos cânceres do colo do útero e de mama é assumido como prioridade nacional pela elevada incidência e possibilidade de redução da morbi-mortalidade mediante o rastreamento populacional. A Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional do Câncer tem atuado junto às Secretarias Estaduais de Saúde para contribuir com a organização da rede de atenção oncológica nos Estados. Com base nesta experiência, o artigo objetivou oferecer um panorama do controle do câncer no Brasil e destacar o papel da atenção básica na detecção precoce dos cânceres de mama e do colo do útero. Na conclusão, é apontada a necessidade de engajamento efetivo dos diversos atores na produção social da saúde e na qualificação da rede assistencial para que as estratégias de controle do câncer se integrem e produzam resultados. (AU)
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Humanos , Feminino , Política Pública , Política de Saúde , Atenção Primária à Saúde , Neoplasias do Colo do Útero , Neoplasias da Mama , Neoplasias da Mama/prevenção & controleRESUMO
Este artigo tem como objetivo apresentar elementos para o debate de diretrizes em programas de cuidados paliativos no Brasil. Foi construído por meio de levantamento bibliográfico em base de dados (MEDLINE, LILACS e Biblioteca Cochrane), em sítios na Internet de organizações e instituições interessadas em cuidados paliativos, em textos de autores fundamentais na área, em livros de referência, em obras citadas nas referências destes mesmos livros e no Banco de Teses da CAPES. Os dados foram agrupados em quatro categorias temáticas: controle de sintomas, organização de serviços, aspectos psicossociais e espirituais. Com isso, procedeu-se a discussão do câncer como um problema de saúde pública e seu impacto no indivíduo, o conceito de cuidados paliativos e seu contexto na atenção à saúde, os modelos de programas e suas diretrizes, a morte e o morrer e os cuidados e cuidadores. O artigo termina apontando os desafios do sistema de saúde brasileiro em estruturar programas de cuidados ao final da vida em conseqüência do envelhecimento da população e do aumento da incidência do câncer.
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Cuidadores , Guias de Prática Clínica como Assunto , Neoplasias , Cuidados Paliativos , Saúde PúblicaRESUMO
A partir de publicações que identificam o câncer como um problema de saúde pública, considerando que em muitos países economicamente menos desenvolvidos os cuidados paliativos podem ser a única opção de cuidado oferecido, e que são poucas as publicações sobre este tema nestes mesmos países, acreditamos ser essencial a discussão sobre cuidados paliativos em nosso país. Por meio de uma revisão bibliográfica, podemos estabelecer um referencial teórico para as reflexões sobre esta proposta inovadora na atenção à saúde. A análise do material indica que os cuidados paliativos encontram-se estruturados nos países economicamente desenvolvidos, mas que ainda estão em fase de implementação nos países economicamente menos desenvolvidos. Nestes, programas e serviços que respeitem as culturas e as crenças de cada país têm maior possibilidade de sucesso do que programas não adaptados. Para adaptá-los, questões como uma melhor compreensão dos conceitos de cuidado, morte e finitude em nossa sociedade são essenciais. Como resultado destas reflexões, emergem alguns objetivos a serem alcançados: possibilitar os indivíduos a realizarem suas escolhas; discutir amplamente com a sociedade o papel do cuidador e de medidas de suporte social ao mesmo; reivindicar a inserção no ensino médico de disciplinas que discutam a morte e o morrer e oferecer um cuidado integral para o indivíduo ao final da vida, isto é, atendendo as dimensões físicas, emocionais, espirituais, sociais e econômicas.