RESUMO
Objetivo: Identificar e descrever os pacientes acometidos pela síndrome do túnel do carpo e atendidos no Ambulatório de Saúde do Trabalhador do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Métodos: O estudo foi realizado a partir dos dados dos prontuários dos pacientes com diagnóstico clínico e cirúrgico; foi avaliado se houve relação entre o tipo de tratamento e o tempo de afastamento e de retorno ao trabalho. Resultados: Foram estudados prontuários de 131 pacientes 97,7% precisaram se afastar ao menos uma vez do trabalho, e apenas 28,9% destes o retornaram. O tempo médio de duração dos sintomas dos pacientes tratados cirurgicamente foi de 39,0 meses, enquanto o dos tratados clinicamente foi de 44,1 meses. Quanto aos resultados, ao período de afastamento e ao retorno ao trabalho, não houve diferença significativa entre os tratamentos empregados. Conclusão: Concluiu-se que a Síndrome do Túnel do Carpo ocorre com maior frequência em mulheres, entre 30 e 49 anos. O acometimento foi mais frequentemente bilateral, sendo a mão dominante a mais comprometida. Tanto a evolução do tratamento clínico quanto a do cirúrgico foram satisfatórias, pois em ambos os casos apenas cerca de 10% apresentaram melhora total. As profissões dos pacientes mais frequentemente encontradas foram operadores de máquinas, empregadas domésticas, trabalhadores rurais, secretárias e costureiras.
ObjectiveThis study investigated the demographics, clinical features, type of injury, and outcomesof Carpal Tunnel Syndrome patients seen at the Occupational Health Outpatient Clinicof the Universidade Estadual de Campinas.MethodsThe study collected data from the medical records of 131 patients with a clinical orelectromyogram diagnosis of carpal tunnel syndrome. The main variables related tothe clinical and surgical treatments were compared. The study investigated whethertype of treatment affected the length of medical leave and ability to return to work.ResultsNearly all (97.7%) patients required at least one medical leave and only 28.9% of thesereturned to work. The symptoms lasted a mean of 39.0 and 44.1 months in surgicallyandclinically-treated patients, respectively. Type of treatment did not affect length ofmedical leave or the patients ability to return to work.ConclusionCarpal Tunnel Syndrome prevails in women aged 30 to 48 years. Usually both sides areaffected, the dominant side more severely so. The outcomes of the clinical and surgicaltreatments were unsatisfactory, since only about 10% of the patients of either treatmentrecover fully. The most affected workers were machine operators, house servants, farmworkers, secretaries, and seamsters.