RESUMO
Com a emergência da pandemia de Covid-19, as(os) psicólogas(os) passaram a oferecer atendimento online para pacientes que até então eram atendidos de forma presencial. Na maior parte dos casos, essa mudança se deu de forma improvisada e sem capacitação prévia. Nesse contexto, este estudo, de caráter descritivo-exploratório, quanti-qualitativo e com delineamento transversal, buscou compreender a experiência das(os) psicólogas(os) na transição das intervenções da modalidade presencial para o atendimento remoto durante a pandemia de Covid-19 no Brasil, identificando dificuldades e lacunas percebidas nas orientações disponibilizadas pelo Conselho Federal de Psicologia. Participaram da pesquisa 385 psicólogas(os). Utilizou-se um questionário online para a coleta dos dados, distribuído por meio de uma plataforma digital entre maio e novembro de 2020. O estudo também foi divulgado em grupos da categoria profissional da psicologia em diversas redes sociais. Os dados quantitativos foram analisados por meio de análise estatística descritiva, e as respostas para as questões abertas por meio de análise temática reflexiva. Os achados foram organizados em três categorias temáticas: (a) lacunas percebidas nas orientações quanto à escolha da plataforma digital; (b) lacunas quanto ao preenchimento do cadastro no site E-Psi ; e (c) falta de treinamento adequado para realizar a transição para o formato online. Entre os principais resultados, destacaram-se a insegurança gerada pela falta de preparo prévio das(os) profissionais e a resistência de alguns clientes a aceitar a transposição dos atendimentos do modelo presencial para o online. Espera-se que o mapeamento das principais dificuldades enfrentadas pela categoria contribua para qualificar o debate sobre a efetividade das orientações disponibilizadas para as(os) psicólogas(os).(AU)
With the emergence of the COVID-19 pandemic, psychologists began to offer online consultations to their patients, who were previously seen in person. In most cases, this change happened in an improvised way and with no prior training required. In this context, this study, of a descriptive-exploratory, quanti-qualitative character with cross-sectional design, aimed to understand the experience of psychologists in the transition from in-person to remote modality during the COVID-19 pandemic in Brazil, identifying difficulties and gaps regarding the guidelines provided by the Federal Council of Psychology. A total of 385 psychologists participated in the research. An online questionnaire was used for data collection, distributed via a digital platform between May and November 2020. The study was also shared in professional Psychology groups on several social networks. The quantitative data were analyzed by descriptive statistical analysis, and the answers to the open questions by reflective thematic analysis. The findings were organized into three thematic categories: (a) gaps perceived in the guidance regarding the choice of the digital platform; (b) gaps regarding the completion of the registration on the E-Psi website; and (c) lack of adequate training to make the transition to the online format. Among the main results were the insecurity generated by the lack of previous preparation of the professionals and the resistance of some clients to accept the transposition of the face-to-face services to the online model. It is expected that the mapping of the main difficulties faced by the category will contribute to qualify the debate about the effectiveness of the orientations made available to psychologists.(AU)
Con la emergencia de la pandemia de Covid-19, las(os) psicólogas(os) comenzaron a ofrecer atención psicológica en línea a pacientes que hasta entonces eran atendidos de forma presencial. Este cambio se producía a menudo de forma improvisada y sin la formación previa necesaria. Este estudio descriptivo, exploratorio, cuanticualitativo, con enfoque transversal, tuvo como objetivo comprender la experiencia de estos profesionales en la transición del trabajo presencial al remoto durante la pandemia de Covid-19 en Brasil, identificando dificultades y lagunas percibidas en las directrices del Consejo Federal de Psicología. Participaron en la investigación 385 psicólogos(as). Para la recogida de datos se utilizó un cuestionario en línea distribuido por plataforma digital entre mayo y noviembre de 2020. El estudio también se difundió en grupos de la categoría profesional de la Psicología en diversas redes sociales. Los datos cuantitativos se analizaron mediante análisis estadístico descriptivo, y las respuestas a las preguntas abiertas mediante análisis temático reflexivo. Los resultados se organizaron en tres categorías temáticas: (a) lagunas percibidas en la orientación sobre la elección de la plataforma digital; (b) lagunas relativas a la realización de la inscripción en el sitio web E-Psi ; y (c) falta de formación adecuada para realizar la transición al formato en línea. Entre los principales resultados, destacaron la inseguridad generada por la falta de preparación previa de los profesionales y la resistencia de algunos clientes a aceptar la transición de los servicios del modelo presencial al modelo en línea. Se espera que el estudio de las principales dificultades a las que se enfrenta la categoría contribuya a matizar el debate sobre la eficacia de las orientaciones puestas a disposición de los(as) psicólogos(as).(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Psicologia , Tecnologia da Informação , Intervenção Baseada em Internet , Teletrabalho , COVID-19 , Inovação Organizacional , Orientação , Pacientes , Formulação de Políticas , Psicoterapia , Encaminhamento e Consulta , Pesquisa , Ajustamento Social , Controle Social Formal , Trabalho , Redes de Comunicação de Computadores , Saúde Mental , Eficácia , Coleta de Dados , Inquéritos e Questionários , Guias como Assunto , Congressos como Assunto , Privacidade , Censos , Aconselhamento , Internet , Credenciamento , Intervenção em Crise , Mercado de Trabalho , Ética Profissional , Rede Social , Tutoria , Arquivos da Web como Assunto , e-Acessibilidade , Vulnerabilidade Social , PessoasRESUMO
O Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI) recebeu notoriedade entre brasileiros e estrangeiros por oferecer um complexo sistema de qualificação dos testes psicológicos, pouco visto em âmbito mundial. Sua elaboração dependeu de uma autarquia, que o financiou, normatizou e o mantém, mas também de pesquisadores docentes de avaliação psicológica, que trouxeram a expertise da área para que houvesse o pleno estabelecimento de seus parâmetros. Passadas duas décadas de seu lançamento, o SATEPSI foi tema de artigos, capítulos, lives e diálogos digitais, nos quais foram destaque, de modo geral, as Resoluções do Conselho Federal de Psicologia, que o normatiza, e seus impactos para a área de avaliação psicológica - como, por exemplo, o aumento do número de pesquisas e de testes brasileiros qualificados. O que se pretende neste artigo é mencionar sua construção, à luz dos autores que vivenciaram o SATEPSI em funções e tempos distintos. Atenção especial será dada aos Métodos Projetivos, cuja história ainda é pouco revelada.(AU)
The system to evaluate psychological tests (Satepsi) received notoriety among Brazilians and foreigners for offering a complex system of qualification of psychological tests, which is rarely seen worldwide. Its development depended on an autarchy (which financed, standardized, and maintains it) and on researchers teaching psychological assessment, who brought their expertise to the area so its parameters could be fully established. After two decades of its launch, Satepsi was the subject of articles, chapters, lives, and digital dialogues, which usually highlighted the Resolutions of the Federal Council of Psychology that normatize psychological evaluation and their impacts, such as the increase in the number of qualified Brazilian tests. This study aims to mention its construction in the light of the authors who experienced Satepsi in different functions and times, giving special attention to Projective Methods, whose history remains to be shown.(AU)
El Sistema de Evaluación de Tests Psicológicos (SATEPSI) ganó notoriedad entre los brasileños y los extranjeros por ofrecer un complejo sistema de calificación de los tests psicológicos, poco frecuente a nivel mundial. Su elaboración dependió de una autarquía, que lo financió, lo estandarizó y lo mantiene, pero también de investigadores docentes de evaluación psicológica, que trajeron la experiencia del área para que hubiera el pleno establecimiento de sus parámetros. Tras dos décadas de su lanzamiento, SATEPSI fue tema de artículos, capítulos, en directo y diálogos digitales, en los cuales destacaron, de modo general, las Resoluciones del Consejo Federal de Psicología que lo normatiza y sus impactos para el área de evaluación psicológica, como el aumento del número de investigaciones y de pruebas brasileñas calificadas. Lo que se pretende en este artículo es mencionar su construcción, a la luz de los autores que vivieron el SATEPSI en funciones y tiempos distintos. Se prestará especial atención a los métodos proyectivos cuya historia aún no se ha revelado.(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Escalas de Graduação Psiquiátrica Breve , Testes Psicológicos , Psicometria , Padrões de Referência , Reprodutibilidade dos Testes , Determinação da Personalidade , Testes de Personalidade , Testes de Aptidão , Competência Profissional , Prática Profissional , Interpretação Psicanalítica , Psicologia , Segurança , Recursos Audiovisuais , Programas de Autoavaliação , Controle Social Formal , Sociedades , Estudantes , Orientação Vocacional , Comportamento , Organizações de Normalização Profissional , Imagem Corporal , Sistemas Computacionais , Saúde Mental , Eficácia , Inquéritos e Questionários , Interpretação Estatística de Dados , Responsabilidade Legal , Resultado do Tratamento , Guias de Prática Clínica como Assunto , Gestão da Qualidade Total , Comércio , Aula , Disciplinas e Atividades Comportamentais , Internet , Credenciamento , Manipulações Musculoesqueléticas , Diagnóstico , Avaliação de Desempenho Profissional , Ciência, Tecnologia e Sociedade , Ética , Capacitação Profissional , Cursos , Estudos de Avaliação como Assunto , Prova Pericial , Autorrelato , Habilidades para Realização de Testes , Melhoria de Qualidade , Pandemias , Habilidades Sociais , Confiabilidade dos Dados , Escala de Avaliação Comportamental , Engajamento no Trabalho , Acesso à Internet , Arquivos da Web como Assunto , Intervenção Baseada em Internet , Teletrabalho , COVID-19 , Bem-Estar Psicológico , Direitos Humanos , Inteligência , Testes de Inteligência , Manuais como Assunto , Testes NeuropsicológicosRESUMO
Entre questões que se elaboram nas dimensões do público e do privado na internet, a partir da acessibilidade dos smartphones e da configuração de plataformas que se organizam discursiva e tecnologicamente para que usuárias(os) estejam on-line e ativas(os) nas redes, a exposição não consensual de conteúdo íntimo de meninas e mulheres se configura em um problema potencializado. Nesse sentido, o artigo trata da exposição desautorizada de materiais íntimos, chamada no campo de 'explanação', apresentando dados etnográficos de um grupo no Facebook que desenvolve práticas para ajudar meninas, geralmente menores de idade, a se proteger e combater casos de explanação. Percebemos o exercício de uma forma atualizada de poder sobre o corpo e a sexualidade que se dissocia do padrão do que é entendido como pornografia de vingança. Nessa direção, o universo digital funciona como uma extensão do cotidiano, produzindo e estendendo violências contra meninas e mulheres.
Among issues that are elaborated in the public and private dimensions on the internet, from the accessibility of smartphones and the configuration of platforms that are discursive and technologically organized so that users are online and active on the networks, non-consensual exposure of intimate content of girls and women is an increasing problem. In this sense, the article deals with the unauthorized exposure of intimate materials, called in the field of 'explanation', presenting ethnographic data from a Facebook group that develops practices to help girls, usually minors, to protect themselves and fight cases of explanation. We perceive the exercise of an updated form of power over the body and sexuality that is dissociated from the pattern of what is understood as revenge pornography. In this direction, the digital universe works as an extension of everyday life, producing and extending violence against girls and women.
Entre los temas que se elaboran en las dimensiones pública y privada en internet, desde la accesibilidad de los teléfonos inteligentes y la configuración de plataformas discursivas y tecnológicamente organizadas para que los usuarios estén en línea y activos en las redes, la exposición no consensuada de contenidos íntimos de niñas y mujeres es un problema cada vez mayor. En este sentido, el artículo trata sobre la exposición no autorizada de materiales íntimos, denominada en el campo de exposición, presentando datos etnográficos de un grupo de Facebook que desarrolla prácticas para ayudar a niñas, generalmente menores de edad, a protegerse y combatir casos de exposición. Percibimos el ejercicio de una forma actualizada de poder sobre el cuerpo y la sexualidad que se disocia del patrón de lo que se entiende como pornografía de venganza. En esta dirección, el universo digital funciona como una extensión de la vida cotidiana, produciendo y extendiendo la violencia contra niñas y mujeres.
Assuntos
Humanos , Saúde da Mulher , Adolescente , Mídias Sociais , Violência de Gênero , Cyberbullying , Problemas Sociais , Arquivos da Web como Assunto , Intervenção Baseada em InternetRESUMO
BACKGROUND: Surgical options for lower extremity reconstruction frequently include a decision between autologous free flap reconstruction and amputation. Patients rely on health education materials for information before making treatment decisions. This study evaluates the quality of online health information for lower extremity reconstruction. METHODS: We identified the top 10 Web sites for "leg amputation" and "leg free flap reconstruction." Three validated tools were used to evaluate literacy demand of materials, including (1) the Simple Measure of Gobbledygook for readability; (2) the Peter Mosenthal and Irwin Kirsch readability formula for complexity of nonprose materials such as list, graphs, charts; and (3) the Centers for Disease Control and Prevention's Clear Communication Index (Index). Differences in mean between the 2 groups were compared using Student t test. RESULTS: Average Simple Measure of Gobbledygook reading grades approximated 12th-grade level and were similar between the 2 groups. This is above the recommended level of sixth-grade health literature. Complexity scores for nonprose materials of these groups were within recommended range and corresponded to very low complexity at a fourth- to seventh-grade level. The Centers for Disease Control and Prevention index was higher for amputation literature compared with free flap reconstruction (70% vs 54%), but the difference was not statistically significant. CONCLUSIONS: Overall, online health resources for lower extremity amputation and free flap reconstruction do not meet the standard for quality and accessible health information. Free flap reconstruction resources are scarce and complex. Patients facing decisions about extremity reconstruction may not have appropriate online health resources available to them to make informed decisions.