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1.
Brasília; CONITEC; maio 2023.
Não convencional em Português | BRISA/RedTESA | ID: biblio-1443166

RESUMO

CONDIÇÃO CLÍNICA: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença que acomete os neurônios motores do sistema nervoso central, incluindo o tronco cerebral e a medula espinhal, causando, progressivamente, fraqueza e atrofia da musculatura esquelética. Os mecanismos patogenéticos da doença envolvem múltiplas alterações no microambiente do neurônio motor, incluindo o acúmulo de agregados de proteína, disfunção no processamento de RNA, estresse oxidativo, inflamação neural, apoptose, disfunções mitocondriais e fragmentação do complexo de Golg. Essas alterações podem ser causadas por diferentes fatores, que são divididos em: Genéticos: envolvidos principalmente nos casos hereditários de ELA, com mutações nos genes SOD1, TARDBP e FUS, C9orf72; Ambientais: exposição a chumbo, alumínio, fertilizantes, inseticidas, herbicidas e tabaco; Epigenéticos: metilação de DNA, edição de RNA e silenciamento pós-transcricional de RNA. TRATAMENTO: A ELA é uma doença para a qual não existe cura. O objetivo do tratamento é diminuir a velocidade de progressão da doença, melhorar da qualidade de vida (preservação de funcionalidade, diminuição da dor e manutenção da independência) e potencialmente aumentar a sobrevida livre de doença. Até o início da década de 1990, o riluzol era o único medicamento aprovado pelo United States Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento de pacientes com ELA. No Brasil, o riluzol é o único medicamento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento específico da ELA. ESTRATÉGIA DE BUSCA: Foi realizada uma busca na base de registros de ensaios clínicos ClinicalTrials.gov no dia 28 de outubro de 2022. O termo empregado para a busca foi "Amyotrophic Lateral Sclerosis". Foram considerados como critérios de inclusão medicamentos em fase 2/3 ou 3 de pesquisa clínica para avaliação da eficácia e segurança no tratamento da ELA. Foi levado em conta que, apesar de ser uma doença rara, o volume de tecnologias em desenvolvimento para o tratamento da ELA é grande e, portanto, considerou-se mais pertinente abordar apenas aquelas em fase mais avançada da pesquisa. MEDICAMENTOS: Tecnologias aprovadas em agências regulatórias Taurursodiol + fenilbutirato de sódio. A associação de dose fixa composta por taurursodiol e fenilbutirato de sódio (Relyvrio) é um medicamento desenvolvido para reduzir a morte neuronal em pacientes com ELA, a partir de mitigação do estresse do retículo endoplasmático e da disfunção mitocondrial. O taurursodiol atua sobre receptores de membrana (TGR5, S1PR2 e α5ß1-integrina) envolvidos na atividade mitocondrial e responsáveis pela apoptose de células neurais. Já o fenilbutirato de sódio age como um inibidor da histona desacetilase, envolvida em mecanismos epigenéticos de remodelamento na estrutura da cromatina e no controle da expressão gênica. Portanto, taurursodiol e fenilbutirato de sódio atuam contornando, simultaneamente, disfunções do retículo endoplasmático e mitocondrial, o que reduz a morte neuronal. Edaravone: O edaravone é uma tecnologia sequestradora de radicais livres de peroxil e peroxinitrito, com potencial capacidade de reduzir a morte neuronal por meio de diminuição do estresse oxidativo. Esse medicamento está formulado tanto em apresentação para administração intravenosa quanto oral. Tecnologias em avaliação para registro: Tofersen Tofersen é um oligonucleotideo sintético antissentido de RNA, inibidor do gene da superóxido dismutase 1 (SOD1), que está em desenvolvimento para o tratamento da ELA com mutações SOD1. No FDA, a tecnologia está em processo de avaliação e sua fabricante, Biogen Inc., foi solicitada a fornecer mais informações sobre o medicamento - a decisão está prevista para abril de 2023. No EMA, o Tofersen recebeu designação de droga órfã em agosto de 2016. Foram encontrados dois estudos: VALOR (NCT03070119) e ATLAS (NCT04856982). Tecnologias emergentes. Foram identificadas 16 tecnologias emergentes para ELA. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A ELA é uma doença rara, progressiva e com alto impacto na vida das pessoas acometidas, sendo associada à paralisia motora progressiva e à ventilação mecânica permanente. Atualmente, há poucas opções terapêuticas com potencial de modificar o curso da doença, que pode ser fatal. Duas tecnologias identificadas neste documento para o tratamento da ELA estão aprovadas no FDA: formulação de dose fixa de taurursodiol/fenilbutirato de sódio e edaravone. Apesar das limitações dos estudos, a agência justificou a aprovação das tecnologias devido ao pequeno número de opções terapêuticas disponíveis para pacientes com ELA. Além dessas duas tecnologias, o FDA avalia atualmente o medicamento torfersen, cuja decisão está prevista para a primeira metade do ano 2023. Nenhuma das três tecnologias está aprovada pela EMA e pela Anvisa. Apesar dos estudos recentes relacionados ao edaravone e taurursodiol/ fenilbutirato de sódio apresentarem alguns resultados positivos em desfechospesquisados, esses estudos também apresentam limitações, como pequeno tamanho amostral, curta duração e potenciais eventos adversos graves relacionados à via de administração do medicamento (como é o caso do tofersen). Cita-se, também, a baixa correlação entre o ALSFRS-R, principal ferramenta utilizada para mensuração de desfecho clínico, com o prognóstico. Foram encontradas outras 16 tecnologias emergentes. Dessas, apenas três possuem ensaios clínicos de fase 3 com resultados publicados: levosimendan, metilcobalamina e debamestrocel. As conclusões acerca da efetividade e segurança dessas tecnologias devem ser interpretadas com cautela, pois há poucas publicações de artigos científicos e de resultados no ClinicalTrials.gov. A despeito das evidências aqui apresentadas, para que ocorra a oferta desses medicamentos no SUS, é necessária a análise pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), conforme disposto na Lei nº 12.401/2011, que alterou a Lei nº 8.080/1990. Os relatórios de recomendação da Conitec levam em consideração as evidências científicas sobre eficácia, acurácia, efetividade e segurança do medicamento, assim como a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já incorporadas e o impacto da incorporação da tecnologia no SUS.


Assuntos
Humanos , Fenilbutiratos/uso terapêutico , Integrina alfa5beta1/uso terapêutico , Edaravone/uso terapêutico , Esclerose Lateral Amiotrófica/tratamento farmacológico , Brasil , Eficácia , Análise Custo-Benefício/economia , Projetos de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
2.
J Transl Med ; 5: 61, 2007 Nov 27.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-18042290

RESUMO

BACKGROUND: Integrins are important adhesion molecules that regulate tumor and endothelial cell survival, proliferation and migration. The integrin alpha5beta1 has been shown to play a critical role during angiogenesis. An inhibitor of this integrin, volociximab (M200), inhibits endothelial cell growth and movement in vitro, independent of the growth factor milieu, and inhibits tumor growth in vivo in the rabbit VX2 carcinoma model. Although volociximab has already been tested in open label, pilot phase II clinical trials in melanoma, pancreatic and renal cell cancer, evaluation of the mechanism of action of volociximab has been limited because this antibody does not cross-react with murine alpha5beta1, precluding its use in standard mouse xenograft models. METHODS: We generated a panel of rat-anti-mouse alpha5beta1 antibodies, with the intent of identifying an antibody that recapitulated the properties of volociximab. Hybridoma clones were screened for analogous function to volociximab, including specificity for alpha5beta1 heterodimer and blocking of integrin binding to fibronectin. A subset of antibodies that met these criteria were further characterized for their capacities to bind to mouse endothelial cells, inhibit cell migration and block angiogenesis in vitro. One antibody that encompassed all of these attributes, 339.1, was selected from this panel and tested in xenograft models. RESULTS: A panel of antibodies was characterized for specificity and potency. The affinity of antibody 339.1 for mouse integrin alpha5beta1 was determined to be 0.59 nM, as measured by BIAcore. This antibody does not significantly cross-react with human integrin, however 339.1 inhibits murine endothelial cell migration and tube formation and elicits cell death in these cells (EC50 = 5.3 nM). In multiple xenograft models, 339.1 inhibited the growth of established tumors by 40-60% (p < 0.05) and this inhibition correlates with a concomitant decrease in vessel density. CONCLUSION: The results herein demonstrate that 339.1, like volociximab, exhibits potent anti-alpha5beta1 activity and confirms that inhibition of integrin alpha5beta1 impedes angiogenesis and slows tumor growth in vivo.


Assuntos
Inibidores da Angiogênese/imunologia , Anticorpos Monoclonais/uso terapêutico , Integrina alfa5beta1/imunologia , Animais , Anexina A5/imunologia , Antineoplásicos/uso terapêutico , Morte Celular , Clonagem Molecular , Ensaio de Imunoadsorção Enzimática , Feminino , Fibronectinas/antagonistas & inibidores , Fibronectinas/imunologia , Citometria de Fluxo , Humanos , Fragmentos Fc das Imunoglobulinas/imunologia , Integrina alfa5beta1/genética , Integrina alfa5beta1/uso terapêutico , Camundongos , Camundongos SCID , Placenta/imunologia , Gravidez , Ratos , Ratos Sprague-Dawley , Proteínas Recombinantes de Fusão/imunologia , Transplante Heterólogo
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