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1.
Brasília; CONITEC; jun. 2020.
Não convencional em Português | BRISA/RedTESA | ID: biblio-1129135

RESUMO

CONTEXTO: As doenças hematológicas, principalmente as que acometem a linhagem mieloide, são mais prevalentes na população acima de 60 anos. O Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas (TCTH) é a modalidade terapêutica utilizada no tratamento de inúmeras doenças do sangue, benignas ou malignas, hereditárias ou adquiridas ao longo da vida. O TCTH alogênico consiste na substituição de medula óssea doente por células de medula óssea sem alterações, oriundas de um doador aparentado ou não aparentado, com o objetivo de reconstituição da hematopoese. O maior domínio e aprimoramento da técnica do transplante, a criação de novos medicamentos e esquemas imunossupressores menos agressivos aliados ao avanço no tratamento das complicações pós-transplante possibilitaram que as indicações do TCTH alogênico fossem ampliadas não só para novas doenças, mas principalmente para pacientes com idades superiores a 60 anos, sendo esta uma tendência mundial desde meados de 2006. No Brasil, onde a expectativa de vida ao nascer para o homem é de 72 anos e para a mulher de 79 anos, pacientes acima de 60 anos com doenças hematológicas malignas são tratados apenas com quimioterapia, sendo limitada a idade para realização do TCTH a pacientes de até 60 anos. Com a melhora das condições gerais de vida da população nas duas últimas décadas, que impactou diretamente na expectativa de vida, tornou-se possível realizar o TCTH alogênico com segurança em indivíduos acima de 60 anos. TECNOLOGIA: Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas (TCTH) alogênico. JUSTIFICATIVA DA DEMANDA: Apesar da literatura mundial indicar que o TCTH alogênico pode ser realizado com segurança em pacientes idosos para tratamento de doenças malignas do sangue, a Portaria de Consolidação GM/MS nº 04, de 28 de setembro de 2017, limita a idade do TCTH alogênico para pacientes com idade igual ou inferior a 60 anos (TCTH alogênico não aparentado) e 65 anos (TCTH alogênico aparentado). Dessa forma, a Portaria está desatualizada quando comparada às recomendações das diversas sociedades médicas mundiais, incluindo a Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO). Isso impede que pacientes acima das idades supracitadas, a excetuar-se por sua condição maligna sanguínea, que possuem relativamente um bom estado de saúde no que diz respeito a fatores e critérios fisiológicos, psicológicos, nutricionais, neurológicos e sociais, recebam o tratamento curativo (TCTH) que poderia aumentar sua sobrevida global em, no mínimo, 3 anos, podendo chegar até 15 anos, se não houver recidiva da doença e o grau de Doença do Enxerto Contra Hospedeiro (DECH) desenvolvida for leve (graus I ou II). Com a modernização dos medicamentos imunossupressores e novos esquemas de imunossupressão dos procedimentos de pré e pós transplante, bem como o aparecimento de técnicas sensíveis e específicas que permitem maior compatibilidade entre doador e receptor e segurança do transplante, a realização do TCTH alogênico em pacientes acima de 60 anos passou a ser considerado como uma excelente opção de tratamento curativo de doenças hematológicas malignas. Ainda, devido ao aumento da qualidade de vida da população, bem como da expectativa de vida ao nascer, o limite de idade deixou de ser considerado um fator de risco para o transplante quando analisado isoladamente. A indicação da "Avaliação Geriátrica Ampla" ­ AGA como instrumento de avaliação clínica, psicológica, cognitiva, nutricional e social, em conjunto com a avaliação oncológica padrão pré-TCTH já realizada em pacientes com doenças hematológicas malignas, permite que os pacientes acima de 60 anos com essas condições se beneficiem do TCTH alogênico como tratamento curativo, não sendo mais o fator cronológico isoladamente um impeditivo para realização deste procedimento neste grupo de pacientes. RECOMENDAÇÃO FINAL: o Plenário da Conitec, em sua 87ª Reunião Ordinária, realizada nos dias 03 e 04 de junho de 2020, deliberou, por unanimidade, recomendar a ampliação da idade máxima para 75 anos nos procedimentos de transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) alogênico no SUS. Assim, foi assinado o registro de deliberação nº 525/2020. DECISÃO: Ampliar a idade máxima para 75 anos nos procedimentos de transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) alogênico, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, conforme Portaria nº 29, publicada no Diário Oficial da União nº 160, seção 1, página 117, em 20 de agosto de 2020.


Assuntos
Humanos , Protocolos Clínicos/normas , Transplante de Células-Tronco/normas , Avaliação da Tecnologia Biomédica , Sistema Único de Saúde , Brasil , Fatores Etários
2.
Arq. neuropsiquiatr ; 72(6): 457-465, 06/2014.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-712681

RESUMO

Central nervous system (CNS) restoration is an important clinical challenge and stem cell transplantation has been considered a promising therapeutic option for many neurological diseases. Objective : The present review aims to briefly describe stem cell biology, as well as to outline the clinical application of stem cells in the treatment of diseases of the CNS. Method : Literature review of animal and human clinical experimental trials, using the following key words: “stem cell”, “neurogenesis”, “Parkinson”, “Huntington”, “amyotrophic lateral sclerosis”, “traumatic brain injury”, “spinal cord injury”, “ischemic stroke”, and “demyelinating diseases”. Conclusion : Major recent advances in stem cell research have brought us several steps closer to their effective clinical application, which aims to develop efficient ways of regenerating the damaged CNS. .


Restauração do sistema nervoso central (SNC) é um importante desafio clínico e o transplante de células-tronco tem sido considerado uma opção terapêutica promissora para muitas doenças neurológicas. Objetivo : O presente trabalho tem como objetivo descrever brevemente a biologia das células-tronco, assim como sua aplicação clínica no tratamento de doenças do SNC. Método : Revisão da literatura de experimentação animal e ensaios clínicos com humanos, usando as seguintes palavras chave: “células-tronco”, “neurogênese”, “Parkinson”, “Huntington”, “esclerose lateral amiotrófica”, “lesão cerebral traumática”, “lesão da medula espinal”, “acidente vascular cerebral isquêmico” e “doenças desmielinizantes”. Conclusão : Grandes avanços em pesquisas com células-tronco nos conduziram a novas perspectivas para uma aplicação clínica efetiva, visando desenvolver formas eficazes de regeneração do SNC. .


Assuntos
Humanos , Doenças do Sistema Nervoso Central/terapia , Transplante de Células-Tronco/normas , Células-Tronco/citologia , Sistema Nervoso Central/fisiopatologia , Regeneração Nervosa , Transplante de Células-Tronco/métodos
5.
Arq. bras. cardiol ; 87(2): 159-166, ago. 2006. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-434003

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar efeitos precoces do transplante de células de medula óssea para o miocárdio de pacientes com insuficiência cardíaca (IC) de etiologia chagásica. MÉTODOS: A amostra consistiu de 28 pacientes, idade média 52,2±9,9 anos, 24 masculinos, 25 em classe NYHA III e 3 em NYHA IV, apesar de tratamento otimizado. O procedimento consistiu na aspiração de 50ml de medula óssea, separação da fração mononuclear e injeção intracoronariana. Foram avaliados os efeitos sobre a fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE), distância no teste de 6 minutos, qualidade de vida, classe NYHA, efeitos arritmogênicos e bioquímicos. RESULTADOS: Não houve complicações relacionadas diretamente ao procedimento. A fração de ejeção ventricular esquerda em repouso antes do transplante era 20,1±6,8 por cento e, após 60 dias, aumentou para 23,0±9,0 por cento, p = 0,02. Houve melhora da classe NYHA (3,1±0,3 para 1,8±0,5; p<0.0001); qualidade de vida (50,9±11,7 para 21,8±13,4; p<0.0001); distância caminhada (355±136 m para 443±110 m; p = 0,003). O número de extrassístoles ventriculares em 24h apresentou tendência à elevação (5.322±4.977 para 7.441±7.955; p = 0,062), porém sem incremento dos episódios de taquicardia ventricular (61±127 para 54±127; p = 0,27). CONCLUSÃO: Nossos dados demonstram que a injeção intracoro¡nariana de células mononucleares da medula óssea é exeqüível e sugere ser potencialmente segura e eficaz em pacientes com IC de etiologia chagásica.


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Transplante de Medula Óssea/normas , Baixo Débito Cardíaco/cirurgia , Cardiomiopatia Chagásica/cirurgia , Doença Crônica , Baixo Débito Cardíaco/etiologia , Cardiomiopatia Chagásica/complicações , Seguimentos , Sódio/análise , Transplante de Células-Tronco/normas , Células-Tronco/citologia , Resultado do Tratamento
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