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Relatos de agressões, abusos e maus tratos durante a graduação em medicina: um estudo transversal conduzido durante a Pandemia de COVID-19 / Reports of aggression, abuses and mistreatment during medical graduation: a cross-sectional study conducted during the COVID-19 Pandemic
Belo Horizonte; s.n; 20210820. 90 p. ilus, graf.
Tese em Português | Coleciona SUS | ID: biblio-1337722
Biblioteca responsável: BR1444.4
Localização: BR1444.4; 37.064.2-057(043.3), S237r
RESUMO

Introdução:

Estudos demonstram alta prevalência de agressões, abusos e maus-tratos contra estudantes de medicina e que a exposição à violência tem impacto negativo na saúde mental dos estudantes. Estudos sobre esse problema no Brasil são escassos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a percepção dos acadêmicos sobre agressões, abusos e maus tratos durante a graduação em medicina bem como identificar os perpetradores, principais tipos de violência e relacionar as variáveis acadêmicas e sociodemográficas aos tipos de agressões.

Metodologia:

Estudo educacional, observacional, transversal e de caráter quantitativo com estudantes de medicina de Minas Gerais matriculados do 3º ao 12º períodos entre 01 de novembro de 2020 a 31 de março de 2021. Foi enviado para todos os alunos questionário via on-line, obtivemos uma taxa de resposta de 264 respondentes, destes 237 foram incluídas na análise.

Resultados:

Os principais perpetradores de violência foram os próprios alunos 89,2% seguido pelos professores com 87,1%. Os tipos de agressões mais frequentes relatadas foram a depreciação ou humilhação 77,9% e os comentários negativos por ser aluno do curso 71,7%. Em nosso trabalho 67,2% dos respondentes desconheciam instâncias de acolhimento psicológico existentes em suas instituições. Foram estatisticamente significativos a maior frequência de violência psicológica (96,2%) e sexual (67,6%) no sexo feminino, maior frequência de violência verbal (68,9%), violência psicológica (97%) e violência sexual (68,2%) nos respondentes insatisfeitos com a aparência. A agressão física foi relatada por 4,2% e a ameaça de agressão física por 10,4% dos respondentes.

Conclusão:

a frequência percebida de agressões, abusos e maus-tratos foi alta na população estudada. A depreciação ou humilhação foi a agressão mais frequente e os próprios estudantes foram os principais perpetradores, seguidos de perto pelos professores. Torna-se importante que as instituições definam um código de conduta ética adequada que seja conhecido pelos alunos e corpo docente e que existam ouvidorias capacitadas na escuta atenta aos alunos e efetiva na resposta às possíveis situações de violência vivenciadas
ABSTRACT

Introduction:

Studies show a high prevalence of aggression, abuse and mistreatment against medical students, and indicate that exposure to violence has an adverse impact on students' mental health. Studies on this problem in Brazil are scarce. This study aimed to assess the students' perception of aggression, abuse and mistreatment during medical graduation, as well as to identify the perpetrators and the main violence types, and correlate academic and sociodemographic variables with aggression types.

Methodology:

Educational, observational, cross-sectional and quantitative study carried out on Minas Gerais's medical students enrolled in the 3rd through to the 12th terms between November 1, 2020, and March 31, 2021. An online questionnaire was sent to all students; replies were obtained from 264 respondents, 237 of which were included in the analysis.

Results:

The main violence perpetrators were students themselves with 89.2%, followed by teachers with 87.1%. The most frequent aggression types reported were depreciation or humiliation with 77.9%, and negative comments for being a student in the course with 71.7%. Our study found that 67.2% of the respondents were unaware of the existence of psychological support centers for medical students in their institutions. A higher frequency of psychological violence (96.2%) and sexual violence (67.6%) against the female gender, as well as a higher frequency of verbal violence (68.9%), psychological violence (97%) and sexual violence (68.2%) among respondents dissatisfied with their appearance, were found statistically significant. Physical aggression was reported by 4.2% of the respondents, and the threat of physical aggression by 10.4% of respondents.

Conclusion:

the perceived frequency of aggression, abuse and mistreatment was high among the population studied. Depreciation or humiliation was the most frequent aggression type, and students themselves were the main perpetrators, closely followed by teachers. Institutions must define a code of proper ethical conduct that is known by students and faculty alike, and that there are ombudspersons trained in attentive listening to students and effective response to possibly experienced situations of violence
Assuntos

Texto completo: Disponível Coleções: Bases de dados nacionais / Brasil Temas: Aperfeiçoar a gestão do SUS Base de dados: Coleciona SUS Assunto principal: Estudantes de Medicina / Violência / Agressão / Educação Médica / Bullying Tipo de estudo: Estudo observacional / Estudo de prevalência / Estudo prognóstico / Fatores de risco / Estudo de rastreamento Aspecto: Determinantes_sociais_saude / Aspectos éticos Limite: Adulto / Feminino / Humanos / Masculino Idioma: Português Ano de publicação: 2021 Tipo de documento: Tese

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