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Uso do índice de perfusão para avaliar reatividade microvascular no choque séptico após ressuscitação volêmica / Perfusion index for assessing microvascular reactivity in septic shock after fluid resuscitation
Menezes, Igor Alexandre Côrtes; Cunha, Cláudio Leinig Pereira da; Carraro Júnior, Hipólito; Luy, Alain Marcio.
Afiliação
  • Menezes, Igor Alexandre Côrtes; Universidade Federal do Paraná. Hospital de Clínicas. Unidade de Terapia Intensiva. Curitiba. BR
  • Cunha, Cláudio Leinig Pereira da; Universidade Federal do Paraná. Hospital de Clínicas. Departamento de Clínica Médica. Curitiba. BR
  • Carraro Júnior, Hipólito; Universidade Federal do Paraná. Hospital de Clínicas. Unidade de Terapia Intensiva. Curitiba. BR
  • Luy, Alain Marcio; Universidade Federal do Paraná. Hospital de Clínicas. Unidade de Terapia Intensiva. Curitiba. BR
Rev. bras. ter. intensiva ; 30(2): 135-143, abr.-jun. 2018. tab, graf
Article em Pt | LILACS | ID: biblio-959315
Biblioteca responsável: BR1.1
RESUMO
RESUMO

Objetivo:

Os distúrbios microcirculatórios estão implicados no prognóstico do choque séptico. A hiporresponsividade microvascular pode ser avaliada por meio do índice de perfusão, derivado da oximetria de pulso e hiperemia reativa. Com utilização do índice de perfusão, investigamos a hiperemia reativa e sua relação com a perfusão periférica e os parâmetros clínico-hemodinâmicos no choque séptico.

Métodos:

Avaliaram-se 82 pacientes, 47 deles com choque séptico e 35 controles. Os exames foram realizados dentro de 24 horas após a admissão. O índice de perfusão foi avaliado antes e após uma oclusão do fluxo sanguíneo durante 3 minutos, utilizando-se análise de resposta temporal por 5 minutos. O índice de perfusão foi também avaliado nas fases hiperêmicas, principalmente com derivação de mecanismos mecanossensitivos (ΔIP0-60) e metabólicos (ΔIP60-120). Realizaram-se testes de correlação entre a hiperemia reativa e dados clínicos hemodinâmicos.

Resultados:

A hiperemia reativa, medida pelo índice de perfusão, foi significantemente mais baixa no choque séptico apenas até 45 segundos após a desinflação do manguito. No período restante, não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Os picos de índice de perfusão foram similares entre os grupos, embora o pico tenha sido atingido de forma mais lenta no grupo séptico. Os valores de ΔIP0-60 foram mais baixos no choque [1% (-19% - -40%) versus 39% (6% - 75%); p = 0,001]. No entanto, o ΔIP60-120 foi similar entre os grupos [43% (18% - 93%) versus 48% (18% - 98%); p = 0,58]. O tempo até o pico do índice de perfusão se correlacionou de forma positiva com o SOFA e negativamente com os níveis de proteína C-reativa. O pico de índice de perfusão se correlacionou de forma positiva com as doses de vasopressores; os valores de ΔIP60-120 tiveram correlação positiva com o nível de proteína C-reativa e as doses de vasopressores. Não ocorreram outras correlações significantes.

Conclusões:

Este estudo com base no índice de perfusão sugere que o choque séptico promove hiporresponsividade vascular periférica, enquanto a reatividade vascular posterior é consideravelmente preservada. Estes resultados demonstram resposta hiperêmica periférica dependente do tempo e significante reserva isquêmica no choque séptico.
ABSTRACT
ABSTRACT

Objective:

Microcirculation disturbances are implicated in the prognosis of septic shock. Microvascular hyporesponsiveness can be assessed by an oximetry-derived perfusion index and reactive hyperemia. Using this perfusion index, we investigated reactive hyperemia and its relationship with peripheral perfusion and clinical-hemodynamic parameters in septic shock.

Methods:

Eighty-two patients were evaluated 47 with septic shock and 35 controls. Tests were performed within 24 hours after admission. The perfusion index was evaluated before and after a 3-min blood flow occlusion using a time-response analysis for 5 min. The perfusion index was also evaluated in the hyperemic phases and was mainly derived by mechanosensitive (ΔPI0-60) and metabolic mechanisms (ΔPI60-120). Correlation tests were performed between reactive hyperemia and clinical-hemodynamic data.

Results:

Reactive hyperemia measured by the perfusion index was significantly lower in patients with septic shock, but this was only observed for the first 45 seconds after cuff-deflation. In the remaining period, there were no statistical differences between the groups. The peaks in the perfusion index were similar between groups, although the peak was reached more slowly in the septic group. Values of ΔPI0-60 were lower in shock [01% (-19% - -40%) versus 39% (6% - 75%); p = 0.001]. However, ΔPI60-120 was similar between the groups [43% (18% - 93%) versus 48% (18% - 98%); p = 0.58]. The time-to-peak of the perfusion index was correlated positively with the SOFA scores and negatively with C-reactive protein; the peak of the perfusion index was positively correlated with vasopressor doses; and the ΔPI60-120 values were positively correlated with C-reactive protein and vasopressor doses. No other significant correlations occurred.

Conclusions:

This perfusion index-based study suggests that septic shock promotes initial peripheral vascular hyporesponsiveness and preserves posterior vascular reactivity to a considerable degree. These results demonstrate a time-dependent peripheral hyperemic response and a significant ischemic reserve in septic shock.
Assuntos
Palavras-chave

Texto completo: 1 Coleções: 01-internacional Base de dados: LILACS Assunto principal: Choque Séptico / Hidratação / Hiperemia Tipo de estudo: Observational_studies / Prognostic_studies Limite: Aged / Female / Humans / Male Idioma: Pt Revista: Rev. bras. ter. intensiva Ano de publicação: 2018 Tipo de documento: Article

Texto completo: 1 Coleções: 01-internacional Base de dados: LILACS Assunto principal: Choque Séptico / Hidratação / Hiperemia Tipo de estudo: Observational_studies / Prognostic_studies Limite: Aged / Female / Humans / Male Idioma: Pt Revista: Rev. bras. ter. intensiva Ano de publicação: 2018 Tipo de documento: Article