Effects of experimental infections with larvae of Eustrongylides ignotus Jãegerskiold, 1909 and Contracaecum multipapillatum (Drasche, 1882) Baylis, 1920 in rabbits

RESUMO

Coelhos foram infectados experimentalmente per os com 10 larvas L4 de Eustrogylides ignotus (n= 10) e 50 L3 de Contracaecum multipapillatum (n= 50) coletados em traíras (Hoplias malabaricus) naturalmente parasitadas a fim de se avaliar a patogenicidade induzida por essas espécies e nematóides em mamíferos. Dois coelhos (20%) infectados com E. ignotus morreram antes do quarto dia pós-infecção(um após 51 horas e outro após 78 horas). Seis coelhos (60%) mostraram-se inapetentes até o quinto dia após a infecção experimental. Não foram observados sinais clínicos nos coelhos infectados com C. multipapillatum. A necropsia, oito (80%) mostraram-se positivos para essa espécie de nematóide. Os coelhos infectados com E. ignotus apresentaram congestão gástrica, com formação de hematoma na parede gástrica em 60% dos casos. O peritônio estava congestionado em 20% dos animais, e em 10% dos casos foi observada a presença de abscesso. Todos os animais infectados apresentaram hiperemia da mucosa gástrica com gastrite hemorrágica provocada pela infecção com E. ignotus. Nas infecções com C. multipapillatum, a hiperemia foi seguida por ruptura da mucosa nos locais de fixação do parasito, e na mucosa gástrica observou-se infiltrado leucocitário, com necrose multifocais alcançando a submucosa. Nas infecções com E. ignotus foram constatadas lesões perfurantes em diversos órgãos, principalmente na parede gástrica, pâncreas e fígado, sempre na presença de processo inflamatório misto, intensamente fibrótico, com hemorragia e necrose.