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Os ethos do trabalho sobre a insegurança ontológica na experiência atual com o trabalho
São Paulo; s.n; 2006. 257 p.
Thesis em Pt | Tese | ID: pte-31426
Biblioteca responsável: BR85.1
Localização: BR85.1; T, BF698, B458e
RESUMO
Durante boa parte dos dois últimos séculos o relacionamento entre o sentido que uma pessoa dava de si mesma, sua identidade, e o trabalho pago que ela desempenhava durante a vida era fonte de relativa estabilidade e segurança. Trabalho e identidade arranjaram-se como duas realidades intrinsecamente relacionadas. Contudo, nas últimas décadas tornou-se comum a crença de que chegamos a seu fim. De acordo com essa perspectiva, o trabalho teria perdido sua centralidade no processo de constituição da identidade. Ao mesmo tempo, existem crenças que defendem o inverso, de que ele continua central. Nosso objetivo neste estudo foi recolocar o debate sobre a centralidade ou o fim do trabalho à luz de uma outra perspectiva. Buscamos identificar quais as razões de o trabalho ter sido associado à identidade e o que vem ocorrendo quando essa associação tornou-se problemática. Para reconstruir esse trajeto, em primeiro lugar definimos, analiticamente, como ontologia do trabalho a sua forte associação com a identidade. Em seguida, usando de uma argumentação baseada no pragmatismo, demonstramos que tal ontologia dependeu, para sua emergência, primeiro de um arranjo institucional em que o trabalho se firmou como central do ponto de vista econômico, moral, ideológico, filosófico e contratual e, segundo, das principais crenças do projeto moderno de construção da identidade, no qual esta se constrói em referência a algo extrínseco, por exemplo, o trabalho. Em um terceiro momento mostramos que a ontologia do trabalho foi submetida a um forte questionamento na segunda metade do século vinte, processo ao qual muitos denominam, erroneamente, de morte do trabalho. Como conseqüência, mostramos que é a ambigüidade que caracteriza a relação com o trabalho hoje. Ela é causada pela coexistência de vários ethos, cada um dos quais reservando para si uma definição específica sobre o valor e sentido do trabalho na definição da identidade. Cabe aos indivíduos, privadamente, definirem o valor que o trabalho tem no conjunto formado por outras fontes agora disponíveis de expressão de suas identidades. Mostramos, por fim, que essa ambigüidade provoca um estado de insegurança ontológica na experiência atual com o trabalho, realçando a necessidade de respostas para lidar com a situação. Concluímos este estudo com uma apreciação crítica sobre os limites e potencialidades dessas respostas (AU)
Texto completo: 1 Coleções: 06-national / BR Base de dados: Tese Idioma: Pt Ano de publicação: 2006 Tipo de documento: Thesis
Texto completo: 1 Coleções: 06-national / BR Base de dados: Tese Idioma: Pt Ano de publicação: 2006 Tipo de documento: Thesis