ABSTRACT
INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus (DM) é uma doença endócrina-metabólica de etiologia heterogênea, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos. Pode evoluir com complicações agudas (hipoglicemia, cetoacidose e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica) e crônicas - microvasculares (retinopatia, nefropatia, neuropatia) e macrovasculares (doença arterial coronariana, doença arterial periférica e doença cerebrovascular). O diagnóstico de DM deve ser estabelecido pela identificação de hiperglicemia. Para isto, podem ser usados a glicemia plasmática de jejum, o teste de tolerância oral à glicose (TOTG) e a hemoglobina glicada (HbA1c). A HbA1c oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos três a quatro meses e sofrer menor variabilidade dia a dia, além de não estar relacionada ao estado de jejum para sua determinação, sendo uma medida indireta da glicemia. O tratamento do DM1 e 2 inclui medidas não farmacológicas e farmacológicas. POCT, point-of-care testing é a testagem conduzida próximo ao local de cuidado ao paciente, inclusive em consultórios e locais fora da área técnica de um laboratório, sendo um dispositivo para medir HbA1c considerado simples. PERGUNTA: Existe evidência científica quanto a utilidade clínica de point-of-care testing de Hba1c em pacientes com DM1 ou DM2 na atenção primária? Existe evidência científica quanto a validade clínica de pointof-care testing de Hba1c em pacientes com DM1 ou DM2 na atenção primária? EVIDÊNCIAS CLÍNICAS: Trinta estudos forneceram evidências sobre a utilidade e a validade clínica de point-ofcare testing de Hba1c em pacientes com DM1 ou DM2. Estudos que realizaram a comparação de mais de um POCT de HbA1c versus o teste laboratorial convencional, observaram uma diferença ampla no coeficiente de correlação, destacando os aparelhos DCA Vantage Analyzer e A1CNow+, sendo que em um dos estudos, os valores foram, respectivamente 0,95 e 0,70. Este resultado concorda com alguns achados mencionados em uma revisão sistemática, que mostrou importante heterogeneidade nos resultados dos estudos, além de alto risco de viés na seleção dos pacientes. O grau de satisfação com uso de POCT foi alto, com estudos mostrando que pacientes consideraram a utilização de POCT menos dolorosa do que a punção venosa realizada para os testes laboratoriais. Os estudos selecionados para avaliar os dois desfechos analisados (utilidade clínica e validade clínica), apresentaram uma qualidade moderada de evidência, considerando-se as recomendações GRADE. AVALIAÇÃO ECONÔMICA: o demandante apresentou uma análise de custo-efetividade, considerando-se o horizonte temporal de um ano, empregando-se um modelo de árvore de decisão simples, avaliando os desfechos utilidade clínica (controle glicêmico) e satisfação do paciente, com base em custos diretos. A razão de custo-efetividade incremental, foi de R$ 403,11 e de R$ 134,70 para os desfechos controle glicêmico e satisfação do paciente, respectivamente. Importante salientar que neste cenário, não foram imputados no modelo o custo direto com aquisição do aparelho de realização da HbA1c em "point of care". Os cálculos para RCEI com inclusão deste custo, foram incluídos pelos pareceristas, e foram respectivamente de R$ 778.181,11 e R$ 259.393,70, para o primeiro ano, sendo projetados valores finais em 10 anos com taxa de desconto de 5%/ano. ANÁLISE DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: O demandante apresentou uma AIO, considerando-se um horizonte temporal de cinco anos e um "market-share" final de 15% no cenário de serviços de Atenção Primária em Saúde, com uma população elegível superestimada (prevalência de DM em todo o Brasil - usuários do SUS) e sem inclusão do valor de aquisição do aparelho para realização da HbA1c em "point of care". O IO incremental, em tal cenário, variou de R$ 13.535.412,00 no primeiro ano a R$ 41.743.136,00 no quinto ano, sendo de R$ 137.757.277,00 nos cinco anos. Na presente análise crítica, os pareceristas projetaram um cenário com "market-share" atingindo 50% ao final de cinco anos, considerando-se uma população elegível ao número proporcional de unidades de APS, o qual apresentou IO incremental de R$ 749.811.611,95 no período. Outro cenário considerando o custo de aquisição do hemoglobinômetro foi apresentado, e o IO incremental foi de R$ 2.124.262.267,9, para um market-share de 50% e de R$ 899.262.267,91, para market-share de 15%. MONITORAMENTO DO HORIZONTE TECNOLÓGICO: Foram detectadas sete tecnologias nas pesquisas realizadas nas bases de dados ClinicalTrials.gov e Cortellis™, sendo que cinco encontram-se registradas na ANVISA e uma na FDA. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A realização de teste de HbA1c em "point of care" para monitoramento de pacientes com diabetes melito no cenário dos serviços de Atenção Primária à Saúde, por fornecer resultados imediatos em comparação aos métodos laboratoriais convencionais, pode trazer benefícios clínicos para os pacientes acometidos por esta doença crônica com ganhos no controle dos níveis glicêmicos e consequentemente melhorando o prognóstico da enfermidade, interferindo positivamente na sua história natural diminuindo as sequelas e consequências danosas como a neuropatia periférica, a retinopatia, as nefropatias, além das repercussões no sistema cardiovascular e cerebrovascular, entre outras. Entretanto, há que se considerar análises de custo-efetividade com modelos apropriados para doenças crônicas como simulação de eventos discretos e Markov, capazes de capturar estados de transição clínica próprios da evolução destes pacientes. Seria adequado também considerar análise de impacto orçamentário baseado em cenários de market-share com potencial de efetivamente modificar o padrão epidemiológico da doença e que estejam em consonância com a distribuição quantitativa e geográfica dos serviços de Atenção Primária em Saúde. O uso de população elegível não representativa quantitativamente ao cenário apresentado, bem como a desconsideração de custo de aquisição de hemoglobinômetro para teste em POCT, trouxe incertezas nos resultados econômicos. RECOMENDAÇÃO PRELIMINAR DA CONITEC: O Plenário da CONITEC, em sua 114ª Reunião Ordinária, realizada no dia 09 de novembro de 2022, deliberou que a matéria fosse disponibilizada em Consulta Pública com recomendação preliminar desfavorável à incorporação do Point-of-care testing de hemoglobina glicada para pacientes diabéticos com indicação de uso no SUS, sendo considerado de elevado custo e impacto orçamentário. CONSULTA PÚBLICA: Foram recebidas 75 contribuições, sendo nove pelo Formulário para Contribuições Técnicocientíficas e 66 pelo Formulário para Contribuições sobre Experiência e Opinião de pacientes, familiares, amigos ou cuidadores de pacientes, profissionais de saúde ou pessoas interessadas no tema. Foram consideradas apenas as contribuições encaminhadas no período estipulado e por meio do site da CONITEC, em formulário próprio. A empresa Siemens Healthineers enviou documento propondo alterações quanto à população-alvo, com foco em pacientes com DM I ou II com complicações micro ou macrovasculares e HbA1c maior igual a 6,5%, destacando que o modelo comercial é baseado no comodato do equipamento e, nos valores dos custos do POCT estão inclusos o teste em si, o treinamento com o equipamento e a manutenção do equipamento, assim não há outros custos extras para o SUS. A empresa apresentou novos cálculos de RCEI para os desfechos "controle glicêmico" e "satisfação do cliente", respectivamente de R$ 803,33 e R$ 267,78. RECOMENDAÇÃO FINAL DA CONITEC: o Comitê de Produtos e Procedimentos, na 119ª Reunião Ordinária da Conitec, no dia 1º de junho de 2023, deliberou, por unanimidade, recomendar a não incorporação do pointof-care testing de hemoglobina glicada para pacientes diabéticos no SUS. Os membros do Comitê de Produtos e Procedimentos consideraram que a implementação do point-of-care de hemoglobina glicada estaria relacionada a barreiras importantes devido à grande escala prevista para atendimento e às incertezas de que a utilização desse produto no contexto do SUS estaria relacionada à melhoria em desfechos clínicos importantes para a doença. Por fim, foi assinado o Registro de Deliberação nº 831/2023. DECISÃO: Não incorporar, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, o point-of-care testing de hemoglobina glicada para pacientes diabéticos, publicada no Diário Oficial da União nº 177, seção 1, página 190, em 15 de setembro de 2023.
Subject(s)
Humans , Primary Health Care/methods , Glycated Hemoglobin/administration & dosage , Diabetes Mellitus/drug therapy , Point-of-Care Testing , Unified Health System , Brazil , Cost-Benefit Analysis/economicsABSTRACT
La Diabetes Mellitus (DM) es uno de los problemas de salud metabólicos más frecuentes asociadas al embarazo, que afecta tanto al pronóstico de la gestante, como al neonato. Se estima que entre 2030-2045 la hiperglucemia en el embarazo afectará a 18 millones de recién nacidos vivos en el mundo. ⢠El padecimiento de DM pregestacional (DMPG), tipo 1 (DM1), tipo 2 (DM2) o DM gestacional (DMG), se asocia a un mayor riesgo de complicaciones del embarazo, tales como aborto espontáneo, malformaciones fetales, macrosomía, preeclampsia o hipoglucemia neonatal, entre otros. ⢠El uso del Sistema de Monitorización Continua de Glucosa en tiempo real (MCG-tr Dexcom G6®), solo o en combinación con la tecnología en uso actual -Automonitorización de glucemia capilar (AMGC)- podría mejorar el control de los niveles de glucosa en las mujeres gestantes con DM, reducir los riesgos durante el embarazo, así como las complicaciones neonatales y postnatales. ⢠La revisión de la evidencia no identificó ningún estudio que comparase el uso del sistema de MCG-tr Dexcom G6® frente a la AMGC en mujeres gestantes con DM. Un estudio mostró una precisión adecuada del sistema Dexcom G6®, en comparación con el método de referencia (YSI, del inglés Yellow Spring Instrument), considerado el patrón oro de medición de glucosa, especialmente cuando el sensor se coloca en el brazo. Otro estudio prospectivo mostró niveles estables de HbA1c durante la gestación en mujeres con DM1 que usaron el sistema de MCG-tr Dexcom G6®. El porcentaje de tiempo en rango objetivo de glucosa (63-140mg/dL) fue del 59%, con un 38% del tiempo en hiperglucemia y un 3% en hipoglucemia. Los efectos adversos del sensor se redujeron a reacciones leves eritematosas y edematosas, sin reacciones moderadas o graves, ni infecciones en el lugar de la inserción del sensor. ⢠Se requieren ensayos clínicos con tamaño muestral apropiado en mujeres gestantes con DM (pregestacional o DMG) que usen el sistema de MCG-tr Dexcom G6® frente a la AMGC para determinar su efectividad en relación con el control glucémico materno, las complicaciones durante la gestación y sus resultados neonatales. Los resultados de los ensayos clínicos actualmente en marcha podrían permitir determinar la efectividad y seguridad del sistema MCG-tr Dexcom G6® durante la gestación en mujeres con cualquier tipo de DM, en un futuro próximo.
⢠Diabetes Mellitus (DM) is one of the most common metabolic health problems associated with pregnancy, affecting both the prognosis of the pregnant woman and the newborn. It is estimated that, between 2030-2045, hyperglycaemia in pregnancy will affect 18 million live newborns worldwide. ⢠Pregestational DM (PGDM), both type 1 (T1DM) and type 2 (T2DM), or gestational DM (GDM) are associated with an increased risk of pregnancy complications, such as miscarriage, fetal malformations, macrosomia, pre-eclampsia or neonatal hypoglycaemia, among others. ⢠The use of the Dexcom G6® Real-Time Continuous Glucose Monitoring System (rt-CGM) alone or in combination with the current technology in use -Capillary Blood Glucose Self Monitoring (CBGSM)- could improve the control of glucose levels in pregnant women with DM, reduce the risks during pregnancy, as well as neonatal and postnatal complications. ⢠No studies comparing the use of the Dexcom G6® rt-CGM versus CBGSM in pregnant women with DM were identified. One study showed adequate accuracy of the Dexcom G6® system compared to the reference method (Yellow Spring Instrument (YSI) considered the gold standard for glucose measurement), especially when the sensor is placed on the arm. Another prospective study showed stable HbA1c levels during gestation in women with T1DM using the Dexcom G6® rt-CGM. The percentage of time in target glucose range (63-140mg/dL) was 59%, with 38% of time in hyperglycaemia and 3% in hypoglycaemia. Adverse effects of the sensor were reduced to mild erythematous and edematous reactions, with no moderate or severe reactions or infections at the sensor insertion site. ⢠Clinical trials with appropriate sample size in pregnant women with DM (pregestational or GDM) using the Dexcom G6® rt-CGM vs. CBGSM is required to determine its effectiveness in relation to maternal glycaemic control, gestational complications and neonatal outcomes. The results of ongoing clinical trials will determine the effectiveness and safety of the Dexcom G6® rt-CGM during pregnancy in women with all types of DM in the near future.
Subject(s)
Diabetes, Gestational/prevention & control , Continuous Glucose Monitoring/instrumentation , Technology Assessment, Biomedical , Diabetes Mellitus/therapyABSTRACT
INTRODUÇÃO: A síndrome coronariana aguda (SCA) é um termo abrangente para: infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnivelamento do segmento ST, IAM sem supradesnivelamento do segmento ST e angina instável (1,2). A incidência é muito variável entre diferentes países e regiões do mundo (38). De acordo com a Organização Mundial da Saúde, doenças isquêmicas do coração foram responsáveis por 12% das mortes observadas em países de média e baixa renda, e aproximadamente 16% das mortes em países da alta renda em 2008 (9). Em particular, pacientes com diabetes mellitus (DM) possuem maior potencial pró-trombótico (3,4) e consequente maior potencial de beneficiarem-se de antiagregantes plaquetários (aspirina, clopidogrel) após uma angioplastia. O prasugrel é um anti-agregante plaquetário da mesma classe do clopidogrel, hoje incorporado ao SUS, e do ticagrelor, cuja incorporação foi rejeitada pela CONITEC. PERGUNTA: O prasugrel é eficaz, seguro e custo-efetivo em relação ao clopidogrel para a redução de eventos cardiovasculares em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) e diabetes mellitus (DM) que realizaram angioplastia? EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: Um único ensaio clínico randomizado (TRITON TIMI 38) avaliou prasugrel versus clopidogrel, 23% dos participantes eram diabéticos. Estudo patrocinado pelo demandante. Baixo risco de viés. A análise em pacientes diabéticos é baseada em uma análise de subgrupo. A qualidade da evidência é limitada pois não houve randomização para diabéticos e o estudo não foi controlado para o tipo e gravidade da doença. Ainda, a interação para diabetes não foi significativa (P = 0,09), ou seja, a análise deste subgrupo como um grupo independente não é adequada. A razão de chances, que no estudo pivotal era de 0,76 para redução de infarto foi recalculada para 0,60 no subgrupo de diabéticos. Analisando os resultados do subgrupo de pacientes diabéticos para o desfecho primário composto de morte cardiovascular, infarto e AVC, foram observados eventos em 17,0% no grupo clopidogrel e 12,2% no grupo prasugrel (HR=0,70; IC 0,58 - 0,85). Para morte cardiovascular, 4,2% no grupo clopidogrel e 3,4% no grupo prasugrel (HR=0,85; IC 0,58 - 1,24); IAM não fatal: 13,2% no grupo clopidogrel e 8,2% no grupo prasugrel (HR=0,60; IC 0,48 - 0,76); Trombose de stent: 3,6% no grupo clopidogrel e 2,0% no grupo prasugrel (HR=0,52; IC 0,33 - 0,84). O prasugrel apresentou maior risco de sangramentos não relacionada à cirurgia de revascularização miocárdica: 4,3% no grupo clopidogrel e 5,3% no grupo prasugrel (HR=1,30; IC 0,92 - 1,82). AVALIAÇÃO ECONÔMICA: A avaliação econômica do prasugrel apresentada pelo demandante baseou-se nos resultados do estudo pivotal e em um modelo de custo-efetividade e custo-utilidade utilizado previamente no NICE. Como resultados, prasugrel demonstrou-se ser mais efetivo e com maior custo em relação ao clopidogrel, apresentando uma razão de custo-utilidade incremental (RCEI) de R$ 9.325,00 mil/QALY. O modelo foi refeito pelo parecerista externo, obtendo um novo valor de RCEI de R$ 12.324,53/QALY e com 100% das simulações com valor igual ou inferior a R$ 15.591,13/QALY. RECOMENDAÇÃO PRELIMINAR DA CONITEC: A Conitec, em sua 89ª reunião ordinária, no dia 06 de agosto de 2020, recomendou a não incorporação no SUS de prasugrel para tratamento de pacientes diabéticos com síndrome coronariana aguda pós angioplastia. A recomendação levou em consideração que a população alvo foi mal definida, gerando incertezas no impacto orçamentário e na proposta de redução de preços. A operacionalização da proposta de redução de preços necessita de esclarecimentos. RECOMENDAÇÃO PRELIMINAR DA CONITEC: A Conitec, em sua 89ª reunião ordinária, no dia 06 de agosto de 2020, recomendou a não incorporação no SUS de prasugrel para tratamento de pacientes diabéticos com síndrome coronariana aguda pós angioplastia. A recomendação levou em consideração que a população alvo foi mal definida, gerando incertezas no impacto orçamentário e na proposta de redução de preços. A operacionalização da proposta de redução de preços necessita de esclarecimentos. RECOMENDAÇÃO FINAL DA CONITEC: Os membros da CONITEC presentes na 92ª reunião ordinária, no dia 05 de novembro de 2020, deliberaram por recomendar a não incorporação no SUS do cloridrato de prasugrel para pacientes diabéticos com síndrome coronariana aguda submetidos à angioplastia primária. Os membros presentes entenderam que o medicamento atenderia um subgrupo de pacientes específico e que ainda há incertezas quanto ao seu benefício e segurança. Foi assinado o Registro de Deliberação nº 573.
Subject(s)
Humans , Angioplasty/instrumentation , Diabetes Mellitus/physiopathology , Acute Coronary Syndrome/physiopathology , Prasugrel Hydrochloride/therapeutic use , Technology Assessment, Biomedical , Unified Health System , Brazil , Cost-Benefit Analysis/economicsABSTRACT
CONTEXTO: O edema macular diabético (EMD) é a principal alteração responsável por perda irreversível de acuidade visual em pacientes com diabetes mellitus (DM) que desenvolveram retinopatia diabética (RD). O EMD é caracterizado por inchaço na região central do olho resultado da ruptura da barreira sanguínea-retiniana e do acúmulo de líquido nas camadas intrarretinianas da mácula. A prevenção primária do EMD é o manejo ideal da doença, considerando a associação direta da prevalência do diabetes e da RD. As estratégias de tratamento consistem inicialmente no controle sistêmico da glicemia, da hemoglobina glicada (HbA1c), de lipídeos séricos, da função renal, estabilização da pressão sanguínea e controle do índice de massa corporal, associado à prática de exercícios físicos e alimentação adequada. O estágio da doença é determinante para a escolha do método de tratamento e o sucesso do tratamento é avaliado pela acuidade visual, pelo estadiamento da classificação da RD e pela análise dos exames complementares. Atualmente a terapia considerada padrão-ouro no tratamento do EMD consiste no uso do fator de crescimento endotelial anti-vascular (antiVEGF), mas em caso de insucesso terapêutico o emprego de corticoides em forma de implantes de liberação controlada tem sido utilizado. Pergunta: O uso do implante biodegradável de dexametasona (Ozurdex®) é eficaz, seguro e custo-efetivo para o tratamento de pacientes adultos com EMD, que falham à terapia com agente anti-VEGF? Evidências científicas: Dez publicações (uma revisão sistemática, dois ensaios clínicos e sete estudos observacionais) foram apresentados no relatório. De acordo com a metanálise, de qualidade metodológica moderada, há um ganho de 20 letras na BCVA (melhor acuidade visual corrigida) de pacientes tratados com o implante biodegradável de dexametasona, após um seguimento médio de avaliação de seis meses. A maioria dos estudos observacionais apontam melhora da BCVA em relação ao baseline do estudo. Os ensaios clínicos apresentaram um risco de viés moderado e um deles descreveu os achados anatômicos do estudo MEAD, avaliando as principais alterações morfológicas em relação ao baseline da ESCR, volume macular, área de espessamento da retina, vazamento macular, perda capilar macular e gravidade da retinopatia diabética. O implante de dexametasona atrasou o tempo de início da progressão do EMD em ± 12 meses, o que ao final do estudo, reduziu a espessura do subcampo central da retina (ESCR) em média 117,3 e 127,8 ïm nos grupos tratados com dexametasona versus 62,1 ïm nos olhos tratados com simulação (tratamentos p <0,001 vs, simulação). Entre os desfechos secundários avaliados estão: aumento da PIO, alterações da EFC, ESC e EMC, além de alterações do grau de retinopatia diabética. Os principais eventos adversos relatados em pacientes sob tratamento foram: descolamento de retina, inflamação da câmara anterior; dor ocular; queratite ou opacidade vítrea; e insurgência da catarata. AVALIAÇÃO ECONÔMICA: Foi conduzido um estudo de custo-efetividade e análises de sensibilidade univariada e probabilística. O tratamento com o implante biodegradável de dexametasona foi comparado com um procedimento simulado, ou não tratamento, num horizonte temporal de três anos. Para a indicação proposta, a incorporação da dexametasona resultaria em uma razão de custo-efetividade incremental (RCEI) estimada de R$ 54.568,99 por paciente e inclui custos de aquisição do medicamento, de administração, além de custos com visitas e de avaliação de eventos adversos. AVALIAÇÃO DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: Dois cenários foram avaliados para estimar o impacto orçamentário (AIO) da incorporação da dexametasona. O cenário base foi representado por um impacto total de R$ 1,76 bilhões em uma estimativa epidemiológica e um total de R$ 159,61 milhões em uma estimativa por demanda aferida, enquanto o cenário por protocolo foi representado por uma economia acumulada total de R$ 39,11 milhões em uma estimativa epidemiológica e R$ 3,50 milhões em uma estimativa por demanda aferida, ambos os cenários em um horizonte temporal de 5 anos. MONITORAMENTO DO HORIZONTE TECNOLÓGICO: Foi detectada uma tecnologia, a fluocinolona acetonida, também um corticoide cuja via de administração é a mesma do implante biodegradável de dexametasona. Os estudos sobre a tecnologia atualmente estão em fase 4. Além disso, foi detectado no horizonte o medicamento aganirsen, um oligonucleotídeo, inibidor do gene IRS1, que está em fase 2 de pesquisa clínica para a indicação. Considerações: A evidência disponível é baseada em estudos clínicos randomizados e estudos observacionais que comparam o período pré-dexametasona e pós-dexametasona. Comparada ao procedimento simulado a dexametasona demonstrou melhora dos desfechos observados (BCVA, EFC, PIO, ESC, EMC, morfologia da retina, alterações no grau de RD e segurança), no entanto, a qualidade das evidências foi considerada baixa. Limitações importantes também foram identificadas na ACE e na AIO, indicando provável superestimação dos valores no âmbito no SUS. DECISÃO PRELIMINAR da Conitec: Diante do exposto, a Conitec, em sua 89ª reunião ordinária, realizada no dia 05 de agosto de 2020, deliberou que a matéria fosse disponibilizada em consulta pública com recomendação preliminar desfavorável à incorporação no SUS do implante biodegradável de dexametasona para tratamento de pacientes com edema macular diabético não responsivos à terapia prévia com anti-VEGF. Considerou-se que as evidências apresentadas são insuficientes para os desfechos analisados, visto baixo nível de certeza apresentado. Além disso, do ponto de vista econômico, o uso de parâmetro inadequado no modelo ocorreu por parte do demandante, pois a dexametasona tem indicação apenas para pacientes não responsivos à terapia prévia com antiangiogênicos, dessa forma não cabe a comparação dos custos com o medicamento aflibercepte, considerando que não são tecnologias substitutas. A matéria foi disponibilizada em consulta pública. CONSULTA PÚBLICA: A Consulta Pública nº 50/2020 foi realizada entre os dias 15/09/2020 a 05/10/2020. Foram recebidas 400 contribuições, sendo 152 pelo formulário para contribuições técnico-científicas e 248 pelo formulário para contribuições sobre experiência ou opinião de pacientes, familiares, amigos ou cuidadores de pacientes, profissionais de saúde ou pessoas interessadas no tema. Dentre as 152 contribuições técnico-científicas, apenas 05 foram analisadas, pois 147 se tratavam de duplicatas, contribuições em branco, desprovidas de teor científico ou que tratavam de experiência ou opinião. As 05 contribuições consideradas para análise discordaram da recomendação preliminar da Conitec, tendo como justificativas: rápida resposta terapêutica da tecnologia, melhor responsividade em comparação à terapia com antiVEGF, bons resultados clínicos em casos de oclusões vasculares, olhos fácicos e uveítes inflamatórias, opção terapêutica em caso de contraindicação aos anti-VEGF ou dificuldade de seguimento. Dentre as 248 contribuições de experiência ou opinião recebidas, apenas 123 foram analisadas, pois 125 se tratavam de duplicatas ou contribuições em branco. Dentre as 123 analisadas, 105 discordaram da recomendação preliminar da Conitec, tendo como argumentações: o implante de dexametasona se trata de única terapia corticoide pós falha terapêutica aos anti-VEGF, pois o aumento de citocinas, em alguns casos, só são controladas pelo corticoide; o implante ser menos oneroso que o custo social quando há perda irreversível de visão dos pacientes; e restrição de uso, no SUS, de um medicamento já disponível no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O demandante e fabricante da tecnologia enviou nova proposta de preço para incorporação com 25% de desconto, junto à nova análise de custo-efetividade e impacto orçamentário, que foram apresentados aos membros do plenário. Além desta, outras contribuições analisadas foram importantes para a complementação do relatório, especialmente por trazer as expectativas de adesão ao procedimento, por profissionais e pacientes. RECOMENDAÇÃO FINAL: Os membros do plenário presentes na 92ª reunião ordinária da Conitec, no dia 04 de novembro de 2020, deliberaram, por unanimidade, recomendar a não incorporação, no SUS, do implante biodegradável de dexametasona para tratamento de pacientes com edema macular diabético não responsivos à terapia prévia com antiVEGF. Foi considerado que ainda há alguns aspectos não esclarecidos sobre a prática clínica no cuidado do EMD, como o limiar de ineficácia ou insucesso terapêutico com anti-VEGF e que faltam evidências científicas que indiquem se a tecnologia avaliada seria substitutiva para os anti-VEGF ou se deveria ser criada uma segunda linha para o cuidado do EMD. Reiterou-se que as evidências avaliadas no relatório técnico não foram consideradas robustas o suficiente para a tomada de decisão em favor da incorporação do implante biodegradavel de dexametasona em casos de ineficácia terapêutica com anti-VEGF, que foi a proposta apresentada pelo demandante. Ademais, não foram adicionadas na CP referências que alterassem a análise das evidências apresentadas no relatório preliminar. Foi assinado o Registro de Deliberação nº 570/2020. DECISÃO: Não incorporar o implante biodegradável de dexametasona no tratamento do edema macular diabético em pacientes não responsivos à terapia prévia com anti-VEGF, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, conforme Portaria nº 58, publicada no Diário Oficial da União nº 228, seção 1, página 716, em 1º de dezembro de 2020.
Subject(s)
Humans , Dexamethasone/therapeutic use , Macular Edema/drug therapy , Vascular Endothelial Growth Factor A/antagonists & inhibitors , Diabetes Mellitus/physiopathology , Technology Assessment, Biomedical , Unified Health System , Brazil , Cost-Benefit Analysis/economicsABSTRACT
INTRODUCCIÓN: Este documento técnico se realiza a solicitud de la Dirección General de Intervenciones Estratégicas en Salud Pública - MINSA. A. Cuadro clínico: La tuberculosis (TB) es infección causada por la bacteria Mycobacterium tuberculosis. Cada año, 10 millones de personas tienen un nuevo diagnóstico de TB. A pesar de ser una enfermedad prevenible y curable, 1.5 millones de personas mueren de TB cada año, lo que la convierte en la principal causa de muerte infecciosa del mundo. La diabetes (DM) no sólo aumenta el riesgo de TB, sino que aumenta la probabilidad de fracaso al tratamiento de TB, con un aumento significativamente en la mortalidad y en el riesgo a desarrollar tuberculosis recurrente. Del mismo modo, la tuberculosis puede complicar el manejo de la diabetes y empeorar el control glucémico. Ambas condiciones tienen un impacto económico y de salud sustancial tanto en las personas como en sus familias. B. Tecnología sanitária: Las insulinas basales se dividen en insulinas humanas e insulina análogas humana La insulina NPH (protamina neutra de Hagedorn), también conocida como insulina isofana o insulina humana, es una molécula insoluble de acción intermedia. Es la insulina basal más usada, ayuda a incrementar la recaptación de glucosa en el hígado, tejido adiposo y músculos, también promoviendo la síntesis de glucógeno hepático y el metabolismo de ácidos grasos para la síntesis de lipoproteínas. Las insulinas análogas se diseñaron para tratar de imitar fisiológicamente la secreción oscilatoria de insulina de las células beta del páncreas. El mecanismo de acción es el mismo que el de la insulina humana, inhibir la producción hepática de glucosa, estimula la captación de glucosa en tejidos periféricos y adicionalmente inhibe la lipólisis y proteólisis. OBJETIVO: Evaluar la evidencia disponible acerca del uso de insulina basal humana versus insulina basal análoga para el manejo de diabetes en pacientes con tuberculosis. Además, compilaremos la evidencia y experiencia de su uso, así como otros documentos de políticas de cobertura. METODOLOGÍA: Se realizó una búsqueda en las principales bases de datos bibliográficas: MEDLINE, LILACS, COCHRANE y EMBASE, así como en buscadores genéricos de Internet incluyendo Google Scholar y TRIPDATABASE. Adicionalmente, se hizo una búsqueda dentro de la información generada por las principales instituciones internacionales de infectología y endocrinología, así como agencias de tecnologías sanitarias que realizan revisiones sistemáticas (RS), evaluación de tecnologías sanitarias (ETS), guías de práctica clínica (GPC) y evaluaciones económicas de la región. RESULTADOS: No se encontraron estudios que evaluaran comparativamente tratamientos basados en insulina. Adicionalmente se incluyeron dos GPC. Ante la escasez de información acerca de nuestra pregunta de interés incluimos cuatro revisiones narrativas. No se encontraron ETS o evaluaciones económicas de la región. En el año 2018 The Union (International Union Against Tuberculosis and Lung Disease) y la GPC para prevención, tratamiento y diagnóstico de tuberculosis publicada por el Ministerio de Salud Pública de Ecuador en 2018 coinciden en recomendar terapias basadas en insulina para el control de la DM al diagnóstico, sin embargo, no mencionan alguna preferencia basada en el tipo de insulina. Se identificaron cuatro revisiones narrativas que tienen como objetivo guiar a la práctica clínica. Estos documentos (R. van Crevel 2018, Rusalmi 2010, Riza et al. 2014 y Niazi et al 2012) contemplan a la insulina como una opción de tratamiento sin realizar una clara comparación entre los diferentes tipos de insulinas. CONCLUSIONES: La evidencia con respecto al uso de tratamientos basados en insulina, específicamente comparando insulina basal versus análoga, es escasa. Se seleccionaron dos GPC que, si bien recomendaban el uso de esquemas basados en insulina, no hacían una diferenciación de una tecnología por sobre la otra. No se identificaron evaluaciones de tecnología sanitaria ni evaluaciones económicas de la región.(AU)
Subject(s)
Humans , Tuberculosis/physiopathology , Diabetes Mellitus/drug therapy , Insulin, Regular, Human/administration & dosage , Peru , Technology Assessment, Biomedical , Cost-Benefit AnalysisABSTRACT
INTRODUCCIÓN: Este documento técnico se realiza a solicitud de la Dirección General de Intervenciones Estratégicas en Salud Pública MINSA. A. Cuadro clínico En el último Informe Mundial de tuberculosis (TB) de la Organización Mundial de la Salud (OMS), se estimó que la diabetes causó que alrededor de 400,000 personas enfermaran de TB a nivel mundial en 2018. La diabetes no sólo aumenta el riesgo de TB, sino que aumenta la probabilidad de fracaso al tratamiento de TB, con un aumento significativamente en la mortalidad y en el riesgo a desarrollar tuberculosis recurrente. Del mismo modo, la tuberculosis puede complicar el manejo de la diabetes y empeorar el control glucémico. Ambas condiciones tienen un impacto económico y de salud sustancial tanto en las personas como en sus familias. Entre las estrategias para el manejo de esta condición se encuentra la detección de DM en pacientes recién diagnosticados con TB. B. Tecnología sanitária: La hemoglobina glicosilada (HbA1c) se ha utilizado como diagnóstico de DM desde el año 2011, cuando fue reconocida por la OMS. Desde entonces, otras instituciones mundialmente reconocidas como la Asociación Americana de Diabetes consideran también a la HbA1c para el diagnóstico de DM. La prueba de HbA1c tiene ventajas prácticas muy importantes, particularmente porque no hay necesidad de ayunar. En general la HbA1c se realiza en un laboratorio a través de la obtención de una muestra de sangre, pero también se puede realizar en el punto de atención (POC) con instalaciones y espacios limitados. OBJETIVO: Evaluar la evidencia disponible acerca de la eficacia, efectividad y seguridad con respecto a la cabina de desinfección de personas para uso en la comunidad. Además, compilaremos la evidencia y experiencia de su uso, así como otros documentos de políticas de cobertura. METODOLOGÍA: Se realizó una búsqueda en las principales bases de datos bibliográficas: MEDLINE, LILACS, COCHRANE y EMBASE, así como en buscadores genéricos de Internet incluyendo Google Scholar y TRIPDATABASE. Adicionalmente, se hizo una búsqueda dentro de la información generada por las principales instituciones internacionales de infectología y endocrinología, así como agencias de tecnologías sanitarias que realizan revisiones sistemáticas (RS), evaluación de tecnologías sanitarias (ETS), guías de práctica clínica (GPC) y evaluaciones económicas de la región. RESULTADOS: Se seleccionaron tres estudios que evaluaron la precisión diagnóstica de HbA1c comparándola con glucosa en ayunas (GA) para el diagnóstico de DM en pacientes con TB. Además, se seleccionaron tres GPC. No se identificaron ETS, ECAs, RS ni evaluaciones económicas de la región. CONCLUSIONES: La evidencia con respecto al uso de HbA1c para el diagnóstico de diabetes en pacientes con TB se basa en estudios de precisión diagnóstica. Dos estudios demuestran que la precisión diagnóstica de la HbA1c es mayor que la GA tomando como estándar de oro a la prueba de la tolerancia de la glucosa. Otro estudio, muestra que HbA1c POC es superior que la GA tomando como estándar de oro a la hemoglobina glicosilada en laboratorio. La norma técnica peruana del Ministerio de Salud recomienda a la GA como método de diagnóstico para DM en pacientes recién diagnosticados con TB, mientras que la GPC de la Unión Internacional de Lucha contra la tuberculosis y la Organización Mundial de la Salud recomiendan el uso de GA o HbA1c indistintamente, mencionando que esta última debe ser usada sólo si el establecimiento respectivo tiene la capacidad de implementarla. No hay estudios de evaluación de tecnología sanitaria ni evaluaciones económicas de la región.
Subject(s)
Humans , Tuberculosis/physiopathology , Glycated Hemoglobin/administration & dosage , Diabetes Mellitus/diagnosis , Peru , Technology Assessment, Biomedical , Cost-Benefit AnalysisABSTRACT
INTRODUCCIÓN: Aproximadamente cuatro meses han transcurrido desde que se reportaron los primeros casos de enfermedad por Coronavirus 2019 (COVID-2019) y al día de hoy (22 de abril) la Organización Mundial de la Salud (OMS) reporta 2 471 136 casos confirmados y 169 006 muertes a nivel global. En el Perú, la sala situacional del Ministerio de Salud (22 de abril) reporta 19 250 casos confirmados, 62.3% de los cuales son del sexo masculino y un total de 530 fallecidos. Lamentablemente, se espera que estas cifras sigan creciendo en todo el mundo. La información publicada hasta el momento, en su mayoría proveniente de China, revela que los casos más severos y con mayor tasa de letalidad se reportan en personas del sexo masculino, adultos mayores y personas con presencia de comorbilidades. Esta situación es similar a lo reportado en otras infecciones virales respiratorias como la causada por el virus H1N1, en la que las personas con obesidad y con enfermedades crónicas pre-existentes mostraron mayor probabilidad de desarrollar síndrome de distrés respiratorio agudo que conllevaba a falla orgánica múltiple y muerte. La evidencia de que el sexo masculino y la presencia de comorbilidades son factores de riesgo para mortalidad por COVID-19 está aún aumento. Los reportes de COVID-19 se actualizan constantemente y la información revelada sirve para entender mejor el comportamiento de la enfermedad y en base a ello plantear estrategias de prevención y contención. Por ello, el objetivo de esta revisión rápida es evaluar y presentar la evidencia disponible sobre el sexo y la presencia de comorbilidades en los casos fatales por COVID-19. MÉTODOS: Se realizó una búsqueda sistemática de estudios publicados hasta el 02 de abril y disponibles en PubMed y MedRxiv. Se incluyó artículos que reportaban información clínica y la prevalencia de enfermedades crónicas no transmisibles en casos letales por COVID-19. Se incluyó reportes de casos, estudios de caso-control, cohortes y revisiones sistemáticas, se limitó la búsqueda solo a publicaciones en inglés. Se excluyó noticias, editoriales, cartas al editor, comentarios, modelamientos matemáticos y casos que reportaban letalidad en menores de 18 años. RESULTADOS: Luego de verificar los criterios de elegibilidad, se incluyeron 17 artículos de los cuales 13 se consideraron para meta-análisis. El total de participantes incluidos en los estudios suman 27 264, los casos letales suman en total 1037 que representa una prevalencia agrupada [Pr(a)] = 12 % (95% IC: 8% - 16%), la edad promedio de los casos fatales es de 69.2 años. La mayoría de los estudios corresponden a reporte de China, 2 provienen de Corea y 1 de ellos de Italia. Los estudios reportan tener diseños principalmente de reportes de casos retrospectivos y cohortes retrospectivas, se identificó, además un estudio transversal y dos revisiones sistemáticas en la base de datos MedRxiv. Para la evaluación de la calidad, los reportes de casos y cohortes retrospectivas se trataron como "Estudios de Serie de Casos", en ninguno de los estudios se puede determinar si el tiempo de seguimiento fue el adecuado y los estudios reportados en Corea e Italia no cumplen con al menos un criterio de evaluación La calidad del estudio transversal y las revisiones sistemáticas es pobre. CONCLUSIÓN: La caracterización de los casos letales por COVID-19 es importante porque puede permitir mejorar las intervenciones y resultados en los pacientes infectados, sobretodo, en los que en mayor riesgo se encuentran como la población del sexo masculino y aquellos con hipertensión, enfermedades cardiovasculares y diabetes.
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Humans , Cardiovascular Diseases/etiology , Coronavirus Infections/diagnosis , Diabetes Mellitus/etiology , Evaluation of the Efficacy-Effectiveness of Interventions , Hypertension/etiology , Technology Assessment, BiomedicalABSTRACT
INTRODUCCIÓN: El objetivo del presente informe es evaluar la eficacia, seguridad y costos de todos los tratamientos para DMT2. La evidencia incluida demostró que existe un beneficio menor entre los tratamientos, con diferencias poco importantes para mortalidad por cualquier causa o de origen cardiovascular, eventos adversos serios y complicaciones macrovasculares. El análisis de impacto presupuestario de elaboración propia demostró que el impacto sería no favorable a la incorporación de todos tratamientos evaluados. El impacto en la equidad es probablemente positivo para las sulfonilureas y tiazolidinedionas, sin impacto para los inhibidores de la enzima dipeptidil-peptidasa 4 e inhibidores del cotransportador-2 de sodio-glucosa y probablemente negativo para los agonistas del receptor del péptido-1 símil glucagón, insulinas y análogos de insulina. El impacto en la salud pública se consideró que no tendría impacto para las sulfonilureas y tiazolidinedionas, y que sería probablemente negativo para el resto. DESCRIPCIÓN DE LA TECNOLOGÍA: Las SU estimulan la secreción de insulina, por lo que son útiles solo en pacientes con alguna función residual de células beta del páncreas. El receptor de SU en estas células es un componente del canal de potasio sensible al trifosfato de adenosina (canal K-ATP), el cual regula la liberación de insulina. La unión de las SU conduce a la inhibición de estos canales, lo que altera el potencial de reposo de la célula y conduce a la estimulación de la secreción de insulina.El efecto neto es una mayor capacidad de respuesta de las células beta a los secretagogos de glucosa y no glucosa (como los aminoácidos), lo que resulta en la liberación de más insulina en todas las concentraciones de glucosa en sangre. MÉTODOS: BÚSQUEDA BIBLIOGRÁFICA: Se buscó en Pubmed, Lilacs, BRISA redetsa-, CRD (del inglés Centre for Reviews and Dissemination- University of York), Cochrane; "buscadores genéricos de internet" y sociedades científicas. En lo que respecta a agencias de ETS, se buscó en: NICE (del inglés, National Institute for Health and Clinical Excellence); PBAC (del inglés, The Pharmaceutical Benefits Advisory Committee); CADTH (del inglés, Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health) y CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologías no SUS). RESULTADOS: EVIDENCIA CLÍNICA: Se incluyeron al presente informe siete RS con MA, cinco MA en red, sieteGPC, un consenso de expertos, doce informes de ETS, tres evaluaciones económicas, un análisis de impacto presupuestario (AIP) de elaboración propia, 138 políticas de coberturas para el tratamiento farmacológico de adultos con diabetes mellitus tipo 2. CONCLUSIÓN: El diagnóstico de diabetes afecta a todos los integrantes de la familia y de los cuidadores por lo tanto la actitud de los mismos es crucial para el manejo cotidiano de la diabetes. Se resaltan tres factores fundamentales que aseguran la adherencia al tratamiento y la mejora de la calidad de vida de los pacientes con diabetes tipo dos: información (del paciente y de su entorno), motivación y acceso. El acceso a estos tratamientos para los pacientes que son intolerantes o refractarios a la metformina soluciona parte del problema de equidad y es importante en cuanto a las problemáticas de salud pública ya que afecta a un número considerable de la población y favorecería a las poblaciones más vulnerables. Sin embargo, no se llega a zanjar las inequidades existentes en cuanto al acceso a la alimentación saludable, a la actividad física y a los controles médicos con especialistas.
Subject(s)
Epidemiology , Diabetes Mellitus , Diabetes Mellitus/drug therapy , Drug Therapy , Technology Assessment, BiomedicalABSTRACT
CONTEXTO CLÍNICO: La diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) se encuentra entre las primeras cinco causas de mortalidad en Latinoamérica. El número de muertes atribuibles a la enfermedad en 2011 fue de 103.300 varones y 123.900 mujeres. Es responsable del 12,3% de todas las muertes en adultos en dicha región, siendo su prevalencia en Argentina de 9,8%. El tratamiento inicial consiste en medidas higiénico-dietéticas, actividad física, y posteriormente, en el agregado de un tratamiento farmacológico, dependiendo de los niveles de HbA1c.3 Desde un punto de vista fisiopatológico, los tratamientos farmacológicos actuales se han centrado en aumentar la disponibilidad de insulina (ya sea a través de la administración directa de insulina o a través de agentes que promueven la secreción de insulina), mejorando la sensibilidad a la insulina, retrasando la administración y absorción de carbohidratos del tracto gastrointestinal, o bien, aumentando la excreción urinaria de glucosa. TECNOLOGÍA: Los agonistas del receptor del GLP-1 constituyen un grupo farmacológico conocidos como incretín-miméticos. El GLP-1 ejerce su efecto principal al estimular la liberación de insulina dependiente de glucosa de los islotes pancreáticos mediante mecanismos que implican AMP cíclico y/u otras vías de señalización intracelular. También se ha demostrado que disminuye el vaciado gástrico, inhibe la liberación inadecuada de glucagón después de la comida y reduce la ingesta de alimentos. En pacientes con DMT2, mejoran el control glucémico al reducir las concentraciones de glucosa en ayunas y postprandiales. Los agonistas del receptor del GLP-1 son de administración subcutánea y las opciones disponibles son la exenatida (dos inyecciones diarias o una inyección semanal), lixisenatida y liraglutida (una vez al día), albiglutida, dulaglutida y semaglutida (una vez a la semana). OBJETIVO: El objetivo del presente informe es evaluar la evidencia disponible acerca de la eficacia, seguridad y aspectos relacionados a las políticas de cobertura del uso de agonistas del receptor del péptido similar al glucagón-1 en diabetes mellitus. MÉTODOS: Se realizó una búsqueda en las principales bases de datos bibliográficas, en buscadores genéricos de internet, y financiadores de salud. Se priorizó la inclusión de revisiones sistemáticas (RS), ensayos clínicos controlados aleatorizados (ECAs), evaluaciones de tecnologías sanitarias (ETS), evaluaciones económicas, guías de práctica clínica (GPC) y políticas de cobertura de diferentes sistemas de salud. RESULTADOS: Se incluyeron dos RS, dos meta-análisis (MA) en red, cinco GPC, dos evaluaciones económicas y 86 informes de políticas de cobertura de agonistas del receptor del péptido similar al glucagón-1 en diabetes mellitus. CONCLUSIONES: Evidencia de alta calidad muestra que el uso de exenatida, dulaglutida, semaglutida, liraglutida, lixisenatida, taspoglutida y albiglutida (agonistas del receptor del GLP-1) subcutánea en combinación con otros hipoglucemiantes en pacientes diabéticos tipo 2 que no alcanzan el objetivo terapéutico con otros hipoglucemiantes orales o tienen contraindicación para recibirlos, disminuyen la mortalidad global y cardiovascular en comparación con placebo o con inhibidores de la enzima dipeptidil-peptidasa 4 (DPP-4). La mayor cantidad de evidencia para mortalidad global proviene de la comparación de exenatida dosis diaria y liraglutida frente a placebo, mientras que para mortalidad cardiovascular proviene de exenatida dosis semanal, liraglutida, lixisenatida y semaglutida frente a placebo. No se encontraron diferencias en mortalidad en comparación con inhibidores del cotransportador-2 de sodio-glucosa (SGLT-2). Exenatida, liraglutida, albiglutida y dulaglutida también se asociaron a una disminución de moderada a alta de la concentración de la hemoglobina glicosilada a los seis meses frente a placebo. Los agonistas del receptor del GLP-1 mostraron más eventos adversos serios que SGLT-2 y más eventos adversos que SGLT-2, DPP-4 y placebo. Evidencia de baja calidad sugiere que el uso de exenatida y liraglutida en terapia combinada con insulina podría disminuir la concentración de hemoglobina glicosilada respecto a placebo, insulina sola y combinada con DPP-4 (sitagliptina) o daclizumab en pacientes diabéticos tipo 1. Las guías de práctica clínica identificadas mencionan el uso de los agonistas del receptor del GLP-1 subcutáneos dentro de las opciones terapéuticas en combinación con otros hipoglucemiantes orales o insulina basal cuando no se han alcanzado los objetivos del tratamiento con metformina, sulfonilureas, tiazolidinedionas o insulina basal sola en pacientes con diabetes mellitus tipo 2. Algunos de los financiadores de salud de países de altos ingresos brindan cobertura de esta tecnología en pacientes con diabetes mellitus tipo 2 refractarios al tratamiento con metformina que no pueden recibir otros hipoglucemiantes orales o cuando no se alcanza el objetivo terapéutico con el uso de los mismos. No se encontraron estudios de costo-efectividad en Argentina, aunque el precio de venta al público es superior al de DPP-4 y SGLT-2.
Subject(s)
Humans , Diabetes Mellitus/drug therapy , Glucagon-Like Peptide-1 Receptor/agonists , Technology Assessment, Biomedical , Cost-Benefit AnalysisABSTRACT
CONTEXTO CLÍNICO: El término diabetes mellitus (DM) se refiere a diversas enfermedades secundarias al metabolismo anormal de carbohidratos que se caracterizan por hiperglucemia. Se asocia con una disminución relativa o absoluta en la secreción de insulina, en conjunto con grados variables de resistencia periférica a la acción de la insulina. La DM tipo 1, es la resultante de una deficiencia en la producción de insulina por parte de las células beta del páncreas. Generalmente se presenta en niños o adultos jóvenes. Estos pacientes deben recibir insulina exógena diariamente para lograr el control de la glucemia y evitar las consecuencias del aumento de la misma. Representa aproximadamente el 5 al 10% del total de los pacientes con diabetes y constituye una de las enfermedades crónicas más frecuentes de la infancia. La DM tipo 2, que es la forma más frecuente en los adultos (90 a 95% de los casos), se produce por una acción alterada de la insulina o por resistencia a la misma en el órgano blanco. Aunque la mayoría de estos pacientes se tratan con medicación oral, al progresar la enfermedad puede producirse una alteración de la producción de insulina por parte del páncreas, por lo que requerirán también insulina exógena. El tratamiento tiene como objetivo lograr un adecuado control glucémico, y para esto se desarrollaron diversas modalidades terapéuticas con insulina. En general los pacientes deben recibir diariamente un número variable de dosis de insulinas de acción prolongada y de insulina de acción rápida para realizar ajustes según la ingesta y/o el ejercicio. La administración de insulina puede realizarse mediante inyecciones subcutâneas (tratamiento estándar) o mediante el uso de bombas. Los sistemas externos de infusión subcutánea continua de insulina (bombas de insulina), aparecieron a finales de los años 70 como un recurso para alcanzar un mejor control metabólico.1,10 El alcance de este control metabólico, a nivel de pruebas de laboratorio, fue establecido por la Asociación Americana de Diabetes en valores menores a 7% de hemoglobina glicosilada (HbA1c).11 Si bien está establecido que el mejor control glucémico a lo largo del tiempo implica una menor posibilidad de aparición de complicaciones relacionadas con la enfermedad, no está claramente estabelecida la implicancia clínica de la reducción de uno o más niveles de los valores de la HbA1c con un resultado clínico a nivel del paciente.11,12 Se estima que solo entre un 8 a un 15% de los pacientes con DM tipo 1 presenta un adecuado control de sus niveles de glucemia. El porcentaje restante no alcanza esa meta y presenta valores elevados constantes de HbA1c pese a estar recibiendo un tratamiento optimizado con múltiples dosis diárias de insulina. Es en esta población donde se estima que las bombas podrían ser una opción de tratamento frente a la falla de tratamiento convencional o la presencia de hipoglucemias sintomáticas frecuentes no manejables con el tratamiento estándar. Se postula a las bombas de infusión subcutánea continua de insulina como alternativa terapéutica que permitiría una administración más fisiológica de la insulina, evitaría la aplicación de múltiples inyecciones y alcanzaría un mejor control de la glucemia, y menor aparición de complicaciones. TECNOLOGÍA: Las bombas de insulina son pequeños dispositivos (del tamaño de un teléfono celular) que funcionan a batería con microprocesadores que controlan la cantidad y el ritmo de suministro de insulina. Constan de un depósito (similar a una jeringa normal de insulina, pero de un tamaño mayor), lleno de insulina y un chip de computadora, todo lo cual está contenido dentro de un estuche plástico. Suelen colocarse en el bolsillo o sujetas al cinturón. Liberan continuamente insulina de acción rápida a través de un tubo de plástico conectado a una delgada cánula o aguja insertada en el cuerpo. El tubo y la aguja constituyen el set de infusión. La aguja se introduce en el tejido celular subcutáneo, por lo general en el abdomen. El proceso de colocación del equipo de infusión se denomina "inserción" y es muy semejante a la administración de una inyección de insulina estándar. Este equipo de infusión se cambia habitualmente cada 3 días. Las insulinas de acción lenta como la NPH, Ultra lenta o la Insulina Glargina, no son adecuadas para la infusión subcutánea continua. Las bombas se programan para liberar una dosis constante de insulina (dosis basal), y permiten câmbios cuantitativos manuales que le permiten al paciente ajustarse tanto como sea posible a sus necesidades. Una vez que el perfil glucémico del individuo se define correctamente, la dosificación basal no necesita ser variada frecuentemente y solo se modifica ante cambios en los horarios de sueño, actividad física o presencia de intercurrencias. Una dosis en bolo de insulina se programa para satisfacer los requerimientos de la ingestión de alimentos, generalmente calculada en base a la cantidad de carbohidratos de la comida, o para corregir registros de hiperglucemia. Las bombas de infusión no constituyen un páncreas artificial, sino que se consideran un sistema de asa abierta, siendo necesario que el usuario controle con frecuencia sus niveles de glucemia, cuatro o más veces al día (antes de las comidas, al acostarse y al despertar) y ajuste la tasa de liberación de insulina según necesidad. Existen actualmente dos tipos de bombas de insulina. -Sistema de asa abierta (en inglés: open-loop), que no dispone de un sensor / monitor de glucosa combinado. OBJETIVO: El objetivo del presente informe es evaluar la evidencia disponible acerca de la eficacia, seguridad y aspectos relacionados a las políticas de cobertura del uso del sistema de infusión subcutánea continua de insulina (bomba de insulina) en pacientes diabéticos. MÉTODOS: Se realizó una búsqueda en las principales bases de datos bibliográficas, en buscadores genéricos de internet, y financiadores de salud. Se priorizó la inclusión de revisiones sistemáticas (RS), ensayos clínicos controlados aleatorizados (ECAs), evaluaciones de tecnologías sanitarias (ETS), evaluaciones económicas, guías de práctica clínica (GPC) y políticas de cobertura de diferentes sistemas de salud. RESULTADOS: Se incluyeron cinco ECAs, cuatro RS, dos series prospectivas de casos, seis GPC, y 15 informes de políticas de cobertura del uso de sistemas continuos subcutáneos de insulina en pacientes diabéticos. CONCLUSIONES: No se encontró evidencia sobre los beneficios clínicos a largo plazo entre los pacientes con diabetes tipo 2 que utilizan el sistema subcutáneo de infusión continua de insulina versus el tratamento convencional con múltiples aplicaciones diarias de insulina. Evidencia de moderada calidad sugiere que en aquellos pacientes con diabetes mellitus tipo 1 que no lograron un adecuado control de la enfermedad con el tratamiento convencional, mediante el uso de los sistemas subcutáneos alcanzan ese objetivo. Evidencia de muy baja calidad no permite establecer los beneficios de esta tecnología en evitar complicaciones a largo plazo en adolescentes con diabetes tipo 1. Evidencia de moderada calidad sugiere que en pacientes con diabetes mellitus tipo 1 el sistema subcutáneo de infusión continua de insulina reduce los niveles de hemoglobina glicosilada logrando mejores valores al compararlo con múltiples inyecciones diarias de insulina y se asocia con menores episodios de hipoglucemia nocturna. No se establecieron diferencias entre ambas terapias en la reducción de episodios de hipoglucemia severa. La calidad de vida y satisfacción del paciente serían mejores entre quienes usan estos sistemas de infusión continua versus múltiples inyecciones diárias para el tratamiento de la diabetes tipo 1. Evidencia de moderada calidad sugiere que en pacientes con diabetes mellitus tipo 2, el sistema subcutáneo de infusión continua en comparación a múltiples inyecciones diarias de insulina no presenta diferencias en la disminución de los niveles de hemoglobina glicosilada ni en los episódios de hipoglucemia severa. La mayoría de las guías de práctica clínica relevadas, recomiendan el uso de las bombas de infusión de insulina en pacientes con diabetes mellitus tipo 1 con difícil control glucémico.
Subject(s)
Humans , Insulin Infusion Systems , Diabetes Mellitus/drug therapy , Infusions, Subcutaneous/instrumentation , Health Evaluation/economics , Cost-Benefit Analysis/economicsABSTRACT
CONTEXTO: Atualmente, o SUS disponibiliza as insulinas humanas NPH 100 UI/ml e regular 100 UI/ml e, para sua aplicação, seringas com agulhas acopladas. Não são disponibilizadas canetas para aplicação do medicamento. TECNOLOGIA: Caneta para injeção de insulina. INDICAÇÃO: Aplicação de insulina para tratamento de Diabetes Mellitus. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: Vários estudos que comparam as formas de administração de insulina mostram perfis mais favoráveis com o uso da caneta, quando comparada à seringa, em relação aos parâmetros de preferência, adesão ao tratamento, facilidade de uso, conveniência, manuseio e ajuste de dosagem. ANÁLISE DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: Foi estimado um impacto orçamentário no SUS de aproximadamente 53 milhões em um ano e de 107 milhões em três anos, com a incorporação das canetas de aplicação de insulina para todos os pacientes diabéticos brasileiros. RECOMENDAÇÃO DA CONITEC: Os membros do plenário da CONITEC recomendaram a incorporação da caneta para injeção de insulina no SUS na 52ª reunião da CONITEC, em 1° e 2 de fevereiro de 2017. DECISÃO: Incorporar caneta para injeção de insulina humana NPH e insulina humana regular, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. A decisão foi dada pela Portaria SCTIE-MS nº 11 publicada no Diário Oficial da União (DOU) nº 50, de 14 de março de 2017, pág. 53.(AU)
Subject(s)
Humans , Insulin, Regular, Human/administration & dosage , Insulin/administration & dosage , Administration, Intravenous , Brazil , Cost-Benefit Analysis/economics , Diabetes Mellitus/drug therapy , Technology Assessment, Biomedical , Unified Health SystemABSTRACT
CONTEXTO CLÍNICO: En Argentina, la prevalencia global de diabetes mellitus (DM) y/o hiperglucemia en mayores de 18 años es 9,8% (IC 95%: 9,1 - 10,4), atribuyéndosele aproximadamente el 5% de las defunciones anuales. El abordaje terapéutico de la enfermedad incluye estrategias farmacológicas y no farmacológicas. Los pacientes con DM tipo 1 (DMT1) requieren la inyección diaria de insulina desde el momento del diagnóstico. En pacientes con DM tipo 2 (DMT2) el primer escalón consiste en iniciar tratamiento con metformina, asociada a dieta y ejercicio. En aquellos pacientes que no logran un control adecuado, el siguiente escalón consiste en añadir un segundo fármaco oral, siendo de elección las sulfonilureas. En aquellos pacientes que no logran alcanzar los objetivos de glucemia a pesar del tratamiento con doble terapia, el tercer escalón consiste en iniciar insulinoterapia, o en caso de problemas para la insulinización, se considera apropiado añadir un tercer fármaco de uso oral. Se postula el uso de agonistas del péptido similar al glucagón de tipo 1 (arGLP-1) para el tratamiento de los pacientes con DMT2. LA TECNOLOGÍA: Los arGLP-1 constituyen un grupo farmacológico conocidos como incretín-miméticos. Los mismos se unen y activan el receptor sobre las células beta del páncreas estimulando la secreción de la insulina y disminuyendo la de glucagón. En Argentina, la Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología (ANMAT) autorizó la comercialización de tres arGLP-1: exenatida, lixisenatida, y liraglutida. Todos han sido aprobados para el tratamiento de pacientes adultos con diagnóstico de DMT2 que no han alcanzado un control glucémico adecuado con el uso de hipoglucemiantes orales y/o insulina basal junto con la dieta y el ejercicio. La vía de administración es subcutánea, difiriendo en el intervalo de administración (exenatida dos veces por día, lixisenatida y liraglutida una vez por día). Otros tres arGLP-1: exenatida de liberación prolongada, albiglutida y dulaglutida se encuentran autorizados en los Estados Unidos y Europa. Semaglutida y taspoglutida aún no están autorizados. OBJETIVO: Evaluar la evidencia disponible acerca de la eficacia, seguridad y aspectos relacionados a las políticas de cobertura del uso de los arGLP-1 (exenatida, lixisenatida, y liraglutida) en el tratamiento de la diabetes mellitus. ESTRATEGIA DE BÚSQUEDA DE INFORMACIÓN: Se realizó una búsqueda en las principales bases de datos bibliográficas (incluyendo Medline. y CRD), en buscadores genéricos de Internet, agencias de evaluación de tecnologías sanitarias y financiadores de salud. En PubMed se utilizó el filtro metodológico terapéutico, y la estrategia de búsqueda incluyó el nombre genérico de la tecnología a evaluar y de la indicación para la que se solicitó la evaluación. En CRD (University of York - Centre for Reviews and Dissemination) la estrategia de búsqueda incluyó solamente al nombre genérico de la tecnología. En Tripdatabase, en los sitios web de financiadores de salud y en los buscadores genéricos de internet se buscó con el nombre de la tecnología. Se priorizó la inclusión de revisiones sistemáticas (RS), ensayos clínicos controlados aleatorizados (ECAs), evaluaciones de tecnologías sanitarias y económicas, guías de práctica clínica (GPC) y políticas de cobertura de diversos sistemas de salud cuando estaban disponibles. Se realizó un esfuerzo adicional para identificar aquellos estudios que priorizaran la inclusión de pacientes mayores de 65 años. RESULTADOS: Para el siguiente informe se incluyeron siete RS, dos ECAs, nueve GPC, y siete informes de políticas de cobertura en relación al uso de los arGLP-1 (exenatida, lixisenatida, y liraglutida) en el tratamiento de la diabetes mellitus. Un meta-análisis de comparaciones indirectas (38 estudios, n= 34.685) y cuatro RS que evaluaron el uso de liraglutida (nueve ECAs, n=4.657), lixisenatida (14 ECAs, n=6.156), y exenatida (una RS de 17 ECAs, n=2.924; otra RS de seis ECAs, n= 2.135) informaron que su utilización en el tratamiento de pacientes con DMT2 que no lograron alcanzar los objetivos terapéuticos con tratamiento habitual se asoció a un mayor descenso en los niveles de hemoglobina A1c (HbA1c), glucemia en ayunas y peso corporal, y a una mayor probabilidad de alcanzar un valor de HbA1c menor a 7% en comparación con el uso de placebo. La reducción de la HbA1c y la glucemia en ayunas no fueron estadísticamente significativas al comparar liraglutida con glimepirida, y exenatida versus sulfonilureas o insulina. Tampoco se encontraron diferencias significativas al comparar la probabilidad de alcanzar un valor de HbA1c menor a 7% de cualquiera de ellas con metformina, insulina, sulfonilureas o tiazolidinedionas. El uso de cada una de ellas se asoció a un incremento en el riesgo de efectos adversos gastrointestinales (nauseas, vómitos, diarrea e hipoglucemia) y la probabilidad de abandonar el tratamiento. CONCLUSIONES: Evidencia de moderada calidad muestra que la adición de liraglutida al régimen de tratamiento habitual en pacientes con diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 con enfermedad vascular y HbA1c mayor a 7%, disminuiría la mortalidad global y de origen cardiovascular. En pacientes con diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2, evidencia de alta calidad también muestra que la incorporación de liraglutida u otros agonistas del receptor de GLP-1 a un esquema de metformina (2o escalón), sulfonilureas (3o escalón) y medidas higiénico-dietéticas disminuiría la concentración de HbA1c en aproximadamente entre 0,4 y 1% sin impacto en la mortalidad al compararlo con placebo. La utilización de este grupo de drogas trae aparejado un incremento en el número de efectos adversos a nivel intestinal, como nauseas, vómitos, diarrea, dolor abdominal, y en la tasa de abandono. En este contexto, las guías de práctica clínica los recomiendan dentro de las alternativas de tratamiento a partir del 3o escalón en aquellos pacientes adherentes que no han podido alcanzar los objetivos terapéuticos, o en líneas anteriores en aquellos que sean intolerantes o presenten contraindicaciones para el uso de metformina o sulfonilureas.
Subject(s)
Humans , Diabetes Mellitus/drug therapy , Liraglutide/therapeutic use , Glucagon-Like Peptide-1 Receptor/therapeutic use , Technology Assessment, Biomedical , Cost Efficiency Analysis , Health Services CoverageABSTRACT
INTRODUCTION: Le diabète mellitus est une maladie chronique qui se caractérise par une hyperglycémie, qui apparaît lorsque l'organisme est incapable de sécréter une quantité suffisante d'insuline, en présence ou non de résistance à celle-ci. Selon les estimations publiées par l'Association canadienne du diabète, environ 3,4 millions de Canadiens étaient atteints de diabète, en 2015. Parmi les différentes formes existantes, le diabète de type 2 est de loin le plus répandu. L'autosurveillance glycémique (ASG) est l' une des approches offertes pour aider la personne atteinte de diabète à contrôler sa glycémie. L'utilisation de bandelettes et d'un glucomètre permet de mesurer la glycémie capillaire et d'ajuster, si nécessaire, les habitudes de vie ou la médication. En 2015, les dépenses liées à la classe des bandelettes ont totalisé près de 104 millions de dollars et concerné environ 285 000 personnes couvertes par le régime public d'assurance médicaments (RPAM) du Québec. Or, d'après les mesures instaurées dans les autres provinces anadiennes, près de 30 % des utilisateurs assurés au RPAM et non traités à l'insuline semblent en faire un usage non optimal, ce qui entraîne des coûts pour le réseau de la santé et des services sociaux, sans gain de santé pour les utilisateurs. Les autres provinces canadiennes, à l'exception du Québec, ont mis en place des mesures encadrant le remboursement des bandelettes afin de favoriser un usage optimal et de limiter les coûts. C'est dans ce contexte
INTRODUCTION: Diabetes mellitus is a chronic disease characterized by hyperglycemia, which occurs when the body is unable to produce sufficient insulin, whether or not in the presence of insulin resistance. According to the estimates published by the Canadian Diabetes Association (CDA), around 3.4 million Canadians lived with diabetes in 2015. Of the different existing forms, type 2 diabetes is by far the most widespread. Self-monitoring of blood glucose (SMBG) is one of the approaches offered to help people with diabetes control their blood glucose (BG) levels. The use of BG test strips and a meter helps to measure capillary glycemia and to make any necessary lifestyle or medication adjustments. In 2015, expenditures tied to the class of BG test strips totalled nearly $104 million and concerned around 285,000 people covered by Québec's public prescription drug insurance plan (PPDIP). Based on the measures introduced in the other Canadian provinces, about 30% of users covered by the PPDIP and not treated with insulin seem to make non-optimal use of them, which leads to costs for the health and social services system, without health benefits for users. The other Canadian provinces, except for Québec, have introduced measures governing the reimbursement of BG test strips to encourage their optima
Subject(s)
Blood Glucose Self-Monitoring/methods , Diabetes Mellitus/blood , Health Policy , Health Evaluation/economics , Reagent Strips/economics , Reimbursement Mechanisms/economics , Technology Assessment, BiomedicalABSTRACT
INTRODUCTION: En décembre 2013, l'Institut national d'excellence en santé et en services sociaux (INESSS) a publié un guide d'usage optimal (GUO) sur l'autosurveillance de la glycémie (ASG). Afin de documenter l'effet de ce GUO, l'INESSS a dressé un portrait de l'usage des bandelettes d'ASG facturées au régime public d'assurance médicaments du Québec (RPAM) avant et après sa publication. L'étude descriptive menée pour évaluer les effets du GUO sur la facturation des bandelettes d'ASG comprenait trois objectifs spécifiques. Le premier objectif spécifique a permis de décrire le nombre d'utilisateurs, le nombre d'ordonnances de bandelettes, le nombre de bandelettes facturées et leur coût en fonction des catégories d'antidiabétiques prescrits pendant une année, soit de 2012 à 2013 et de 2014 à 2015. Le deuxième objectif spécifique a permis de dresser un portrait de l'intensité d'usage des bandelettes avant et après la publication du GUO sur l'ASG. Le troisième objectif spécifique portait sur la descript
Subject(s)
Blood Glucose Self-Monitoring/instrumentation , Blood Glucose Self-Monitoring/methods , Diabetes Mellitus/blood , Health Impact Assessment/methods , Health Promotion , Reagent Strips/analysis , Health Evaluation/economics , Health Policy , Technology Assessment, Biomedical/economicsABSTRACT
El Comité Farmacoterapéutico vigente del Hospital Nacional Arzobispo Loayza ha suspendido la aprobación del uso de alprostadil 20 ug amp, para la enfermedad arterial oclusiva periférica y para pie diabético isquémico, debido a que, al momento, la calidad de los estudios y la evidencia global disponibles son insuficientes para determinar su beneficio en dichas patologías, por lo que no es viable la evaluación de tecnología sanitaria para recomendar su inclusión o exclusión en la cobertura brindada por el Seguro Integral de Salud. Existe evidencia que soporta diferentes tratamientos específicos del pie diabético como son aliviar la presión, desbridamiento, drenaje y curaciones de la herida, manejo de la infección y mejorar el flujo vascular, los cuales son procedimientos coberturados por el Seguro Integral de Salud.(AU)
Subject(s)
Alprostadil , Diabetic Foot/drug therapy , Diabetic Foot/therapy , Diabetes Mellitus , Technology Assessment, Biomedical , Wound Healing , Drainage , DebridementABSTRACT
INTRODUCCIÓN: La prevalencia de diabetes mellitus (DM) está estimada en el 7% de la población mundial. En Argentina, según la Encuesta Nacional de Factores de Riesgo del 2013, la prevalencia de glucemia elevada/diabetes es del 9,8%. El adecuado manejo de la diabetes implica un control estricto de la glucemia el cual se asocia a mejores resultados clínicos y menos complicaciones crónicas. Muchos pacientes requieren múltiples dosis de insulina para lograrlo, presentando como complicación más frecuente hipoglucemias severas y/o nocturnas. Se postula a las bombas de insulina (BI) como alternativa terapéutica que permitiría un uso más fisiológico de la insulina evitando inyecciones múltiples y reduciendo complicaciones. TECNOLOGÍA: Las BI son dispositivos que controlan la cantidad y el ritmo del suministro de insulina. Se las programa para liberar una dosis basal de insulina y adicionalmente permiten que el paciente realice ajustes en la dosis ante cambios en los horarios de sueño, actividad física o comorbilidades. Adicionalmente, pueden incluir un monitor para controlar los niveles de glucemia (que permite emitir alertas), así como un sistema de suspensión automática del suministro de insulina. El páncreas artificial es un tipo de BI aún en fase de desarrollo que regula continua y automáticamente la dosis de insulina, sin requerir la intervención del paciente. OBJETIVO: Evaluar la evidencia disponible acerca de la eficacia, seguridad y aspectos relacionados a las políticas de cobertura del uso de BI en pacientes diabéticos. MÉTODOS: Se realizó una búsqueda en las principales bases de datos bibliográficas (incluyendo Medline, Cochrane y CRD), en buscadores genéricos de Internet, agencias de evaluación de tecnologías sanitarias y financiadores de salud. Se priorizó la inclusión de revisiones sistemáticas (RS), ensayos clínicos controlados aleatorizados (ECAs), evaluaciones de tecnologías sanitarias (ETS) y económicas, guías de práctica clínica (GPC) y políticas de cobertura de otros sistemas de salud cuando estaban disponibles. RESULTADOS: Se incluyeron cinco meta-análisis que comparaban BI vs múltiples dosis de insulina (tres sobre pacientes con diabetes tipo I y tipo II, tres que incluían solo pacientes con diabetes tipo I, otra solo con pacientes con diabetes tipo II y una en mujeres embarazadas con diabetes tipo I). Adicionalmente, se encontraron siete ECAs no incluidos en las RS: uno comparaba BI con múltiples dosis de insulina; dos, de BI con o sin sensor de monitoreo de glucosa; dos que comparaban BI con suspensión automática de insulina con múltiples dosis de insulina y finalmente dos comparando páncreas artificial con BI. Se incluyeron dos ETS, siete guías de práctica clínica y catorce políticas de cobertura. Los ocho meta-análisis incluyeron entre 85 y 975 pacientes (9 a 41 ECAs). Evaluaron la disminución de niveles de hemoglobina glicosilada y las tasas de hipoglucemias. Los tiempos de seguimiento fueron entre seis meses a un año. Con respecto a la disminución de los niveles de hemoglobina glicosilada los meta-análisis que analizaron en conjunto a adultos y niños insulinopenicos mostraron una disminución no estadísticamente significativa a favor de las BI (rango de disminución: -0,24 a - 0,14%; p: NS). Un meta-análisis que realizó un análisis de subgrupo en niños (<16 años) seguidos hasta por cuatro años, mostró una diferencia estimada en -0,3% (IC95%: -0,4 a -0,1; p=0,001) a favor de BI. El meta-análisis que evaluó las BI en diabéticos tipo II que incluyó pacientes mayores de 60 años, no mostró diferencia en la reducción de niveles de hemoglobina glicosilada con el uso de BI(-0,16%; IC95%:-0,42a -0,09). Otro meta-análisis tampoco halló diferencias estadísticamente significativas en las mujeres embarazadas con antecedentes de DM tipo I. En dos meta-análisis se comparó adicionalmente a las BI con sensor de glucemia con múltiples dosis de insulina y automonitoreo de glucemia; ambos mostraron una leve reducción de la hemoglobina glicosilada (diferencia: -0,68; IC95%: -0,81 a -0,54) a favor de las BI con sensor a los seis meses, sin diferencia en episodios de hipoglucemia. En la evaluación de disminución de episodios de hipoglucemia severa ninguna RS encontró diferencias estadísticamente significativas en niños, adultos o embarazadas. Los ECAs que compraron a las BI con sensor de glucemia con las BI sin sensor, no encontraron diferencias significativas en tasas de hipoglucemia. Los ECA que compararon a las BI con suspensión automática de insulina con las que no la poseen, mostraron una reducción significativa en las tasas de hipoglucemias severas y nocturnas (1,5; DS 1,0 vs 2,2; DS: 1,3 paciente/semana). Las GPC y los financiadores de salud coinciden en que las BI están indicadas en niños y adultos con DM tipo I que han fallado al uso de esquemas de múltiples dosis de insulina para lograr niveles adecuados de hemoglobina glicosilada y que presentan hipoglucemias sintomáticas o complicaciones crónicas. Las BI no están recomendadas para pacientes con DM tipo II. En Argentina las BI están incluidas en el Programa Médico Obligatorio y son pasibles de reintegro a través del Sistema Único de Reintegro de la Superintendencia de Servicios de Salud. Con respecto al uso de BI con sensor de glucemia tanto las GPC y políticas de cobertura sugieren que para la adición de dichos monitores se debe cumplir con recomendaciones específicas. CONCLUSIONES: Evidencia de moderada calidad no ha podido demostrar, en forma general, que el uso de bombas de insulina pueda mejorar el control glucémico o reducir las hipoglucemias en comparación con tratamientos de múltiples dosis de insulina en pacientes con diabetes mellitus tipo I o II en niños, adulto y mujeres embarazadas. En la comparación entre los distintos tipos bombas, las que poseen sensores de monitoreo de glucemia mostraron en algunos estudios mejorar el control de la hemoglobina glicosilada pero sin disminuirla cantidad de episodios de hipoglucemia. Las bombas de suspensión automática podrían reducir los episodios de hipoglucemia severa y las nocturnas. A pesar de que la evidencia no ha terminado de aclararla relevancia clínica de su uso, las bombas de insulina suelen estar recomendadas por las GPC y cubiertas por los financiadores de salud en pacientes diabéticos seleccionados con dificultades para lograr un control adecuado. La elección del tipo de bomba dependerá del tipo de problema que presente el paciente (mal control glucémico y de los niveles de hemoglobina glicosilada y/o hipoglucemias severas).(AU)
INTRODUCTION: The prevalence of Diabetes Mellitus (DM) is estimated to be 7% of the worldwide population. In Argentina, based on the 2013 National Risk Factors Survey, the prevalence of high glucose/diabetes is 9.8%. Proper diabetes management involves strict glucose control, which is associated with better clinical results and less chronic complications. Many patients need several insulin doses to achieve it, presenting severe and/or nocturnal episodes of hypoglycemia as the most common complication. Insulin pumps (IP) are proposed as a therapeutic alternative that would allow a more physiological use of insulin, thus avoiding multiple injections and reducing complications. TECHNOLOGY: IPs are devices used to control the amount and rate of insulin administration. They are programmed so that they release a baseline insulin dose and additionally allow the patient to perform dose adjustments when there are changes in the sleeping hours, physical activities and comorbidities. In addition, they may include a monitor to control glucose levels (they may issue alerts), as well as an automatic insulin discontinuation system. The artificial pancreas is a closed loop insulin pump, under development, which continuously and automatically regulates the insulin dose, without requiring the patient's intervention. PURPOSE: To assess the available evidence on the efficacy, safety and coverage related aspects regarding the use of IP in patients with diabetes. METHODS: A bibliographic search was carried out on the main databases (such as MEDLINE, Cochrane and CRD), in general Internet engines, in health technology assessment agencies and health sponsors. Priority was given to the inclusion of systematic reviews (SRs); controlled, randomized clinical trials (RCTs); health technology assessment (HTA) documents and economic evaluations; clinical practice guidelines (CPGs) and coverage policies of other health systems when available. RESULTS: Five meta-analysis were included comparing IP vs. several insulin doses (three on patients with type I and type II diabetes, three including only patients with type I diabetes, another one with patients with type II diabetes and one in pregnant women with type I diabetes). Additionally, seven RCTs were found not included in the SR: one compared IP with several insulin doses; two, IP with or without glucose monitoring sensor; two comparing IP with automatic insulin discontinuation with several insulin doses and lastly two comparing artificial pancreas with IP. Two HTA documents, seven clinical practice guidelines and fourteen coverage policies were included. The eight meta-analyses included between 85 and 975 patients (9 to 41 RCTs). They evaluated the decrease in glycosylated hemoglobin levels and the rate of hypoglycemia episodes. Follow-up times ranged from six months to one year. Regarding the decrease in glycosylated hemoglobin levels, the meta-analyses that assessed insulin-dependent adults and children together, showed a non-statistically significant decrease favoring the IPs (decrease range: -0.24 to 0.14%; p: NS). One meta-analysis that carried out an analysis in a subgroup of children (<16 years) followed for up to four years, showed an estimated difference of -0.3% (95%CI: -0.4 to -0.1; p=0.001) favoring the IP. The meta-analysis evaluating IPs in type II diabetic patients, enrolling patients over 60 years old, did not show differences in the glycosylated hemoglobin decrease with the use of IP (-0.16%; 95%CI:-0.42 to -0.09). Another meta-analysis did not show statistically significant differences in pregnant women with a history of type I DM either. In two meta-analyses, IP was additionally compared with the glucose sensor with several insulin doses and glucose self-monitoring; both showed a slight decrease in glycosylated hemoglobin (difference: -0.68; 95%CI: -0.81 to -0.54), favoring the IP with sensor at six months, with no difference in hypoglycemia episodes. When evaluating the decrease in severe hypoglycemia episodes, no SR found statistically significant differences among children, adults or pregnant women. The RCTs comparing the IP with glucose sensor vs. IP without sensor, did not find statistically significant differences in the rates of hypoglycemia episodes. The RCTs comparing IPs with automatic insulin discontinuation vs. those with non-automatic discontinuation, showed a significant decrease in the rate of severe and nocturnal hypoglycemia episodes (1.5; SD 1.0 vs. 2.2; SD: 1.3 patient/week). CPGs and the health sponsors agree that IPs are indicated for children and adults with type I DM who have failed with several insulin dose regimens in achieving proper glycosylated hemoglobin levels and who present symptomatic hypoglycemia episodes or chronic complications. IPs are not recommended for patients with type II DM. In Argentina, IPs are included in the Mandatory Medical Program and may be reimbursed through the Healthcare Service Superintendence's Unique Reimbursement System. Regarding the use of IP with glucose sensor, both the CPGs and the health coverage policies suggest that in order to add those monitoring systems, specific recommendations should be met. CONCLUSIONS: In general, moderate quality evidence could not demonstrate that the use of insulin pumps may improve glucose control or reduce hypoglycemia episodes compared with multiple dose treatments in patients with type I or II diabetes mellitus in children, adults and pregnant women. When comparing the different types of pumps, some studies showed that those wiht have glucose monitoring sensors improve glycosylated hemoglobin control, but the number of hypoglycemia episodes do not decrease. The automatic discontinuation pumps might reduce severe and nocturnal hypoglycemia episodes. In spite of the fact the evidence could not clarify the clinical relevance of their use; insulin pumps are usually recommended by CPGs and covered by health sponsors for specific diabetic patients with difficulties in achieving an adequate control. Choosing the type of pump would depend on the kind of problem the patient has (poor glucose and glycosylated hemoglobin control and/or severe hypoglycemia episodes).(AU)
Subject(s)
Humans , Diabetes Mellitus/drug therapy , Infusion Pumps , Insulin/administration & dosage , Cost-Benefit Analysis/economics , Technology Assessment, BiomedicalABSTRACT
SITUAÇÃO/PROBLEMA: Trata-se de solicitação de esclarecimentos sobre as indicações do análogo de insulina de ação ultrarrápida lispro (Humalog®), considerando a atual disponibilização do medicamento aos portadores de Diabetes Mellitus, por meio das unidades vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Em decorrência da necessidade por maior entendimento sobre a indicação da insulina lispro, buscou-se maiores evidencias sobre a mesma e, principalmente, as condições relacionadas à sua utilização, comparando os custos e benefícios desta com a insulina regular, bem como os outros análogos de insulina de ação ultrarrápida (asparte e glulisina) disponibilizados pela Secretaria Municipal de Belo Horizonte. MÉTODOS: Para a produção dessa Nota Técnica foi consultada a bula do medicamento (Bulário Eletrônico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária), recomendações da utilização de insulinas advindas da Sociedade Brasileira de Diabetes, bem como estudos científicos publicados e indexados na base de dados eletrônica PUBMED (busca realizada em dezembro de 2015), bem como protocolo de fornecimento dos análogos de insulina de insulina ultrarrápida e lispro da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Adicionalmente, foi realizada uma pesquisa sobre o preço dos análogos de ação ultrarrápida, dentre elas a insulina lispro, e regular disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, a partir do preço máximo de venda ao governo (ICMS 18%), disponível na tabela de Preços de Medicamentos para Compras Públicas da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), de 29 de janeiro de 2016. INSULINAS: Por meio do SUS são disponibilizadas as insulinas de ação intermediária/longa (insulina isófana ou NPH) e de ação rápida (insulina regular). Além destas, encontram-se disponíveis no mercado farmacêutico as insulinas análogas de ação ultrarrápida (asparte, lispro e glulisina), longa ação (detemir e glargina), bem como pré-misturas que contenham associações entre estas diversas opções (BRASIL, 2013). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O análogo lispro da insulina é aprovado para o tratamento de adultos e crianças com DM1 e DM2, que necessitam de insulina para manter a homeostase normal da glicose, conforme registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Este análogo é fornecido pela SMS/BH, de acordo com o Protocolo de Fornecimento do Análogo Lispro (2012). A revisão de literatura possibilitou a identificação de outros protocolos, em âmbito estadual e do DF, que estabelecem maiores critérios de inclusão para o fornecimento dos análogos de ação ultrarrápida. Dentre os critérios de inclusão comumente encontrados nesses protocolos, destacam-se: portadores de DM1; pacientes com falha a esquemas prévios de insulinoterapia (comprovada por três testes de hemoglobina glicada- HbA1c, nos últimos 12 meses); ocorrência de hipoglicemia grave e/ou despercebida (disautonomia). No Paraná e segundo o Instituto da Criança com Diabetes do Rio Grande do Sul (ICDRS) os análogos de ação ultrarrápida devem ser fornecidos apenas aos pacientes com DM1. Algumas situações especiais podem justificar o fornecimento do análogo de ação ultrarrápida, como o diabetes gestacional e portadores de DM1 em uso de análogos de ação longa, uma vez que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais disponibiliza o análogo glargina a portadores de DM, conforme protocolo em vigor. sugere-se uma revisão do protocolo de fornecimento dos análogos de ação ultrarrápida atualmente utilizada pelo município de Belo Horizonte, considerando a não inferioridade da insulina regular em relação à lispro, as evidências de alguns subgrupos que melhor se beneficiam com a tecnologia e o elevado custo desta em relação à insulina regular, fornecida pelo Ministério da Saúde. Diabetes é uma doença de alta complexidade e multifatorial, sendo caracterizada como um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia. Diversas atividades são realizadas no contexto do paciente com DM desde o diagnóstico até a integralidade do cuidado. Com isso, torna-se essencial a otimização dos serviços e tecnologias a serem disponibilizados aos portadores de DM. Para isso, destaca-se a necessidade do acompanhamento dos usuários destes análogos, no contexto de BH, com o intuito de identificar quais os pacientes que melhor se beneficiam da tecnologia avaliada, o que contribui para direcionar de forma racional.
Subject(s)
Humans , Diabetes Mellitus/drug therapy , Insulin Lispro/supply & distribution , Insulin Lispro/therapeutic use , Insulin/analogs & derivatives , Cost-Benefit Analysis/economics , Technology Assessment, BiomedicalABSTRACT
CONTEXTO: A Doença Arterial Coronariana (DAC) é em 90% dos casos, resultante da oclusão ou do estreitamento das artérias coronarianas. Os objetivos do tratamento da DAC são prevenir o Infarto agudo do miocárdio (IAM), reduzir a mortalidade, os sintomas e a ocorrência da isquemia miocárdica. Esses objetivos podem ser atingidos por modificações do estilo de vida, tratamento clínico ou por meio de revascularização do miocárdio, realizada por Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRVM) ou Intervenção Coronariana Percutânea (ICP). As ICPs se referem a um grupo de técnicas utilizadas para restaurar o fluxo nas artérias coronarianas obstruídas, incluindo a angioplastia coronária transluminal percutânea (PTCA) com ou sem implante de stent, que podem ser convencionais ou farmacológicos. Atualmente o Sistema Único de Saúde disponibiliza somente stents convencionais. TRATAMENTO RECOMENDADO: Um guia elaborado no sistema de saúde britânico pelo National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE) publicado em 2003 e atualizado em 2008 descreve que para intervenção coronariana percutânea (ICP) é recomendado o uso de stent farmacológico nos casos em que a artéria alvo tenha menos de três mm de calibre (diâmetro interno) ou a lesão seja maior do que 15 mm, e a diferença de preço entre o stent farmacológico e o stent convencional seja menor que £300 (NICE 2003; NICE, 2008). A TECNOLOGIA: Dispositivo intra-coronariano (stent) - Utilização do dispositivo stent farmacológico na intervenção coronária percutânea por meio da realização de angioplastia coronária método não cirúrgico para a desobstrução das artérias coronárias na presença de estenoses significativas. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: As evidências científicas de eficácia apresentadas pelo demandante foram consideradas inadequadas. Busca suplementar incluiu quatorze revisões sistemáticas que avaliaram a comparação de stent farmacológico vs. stent convencional, das quais quatro avaliaram exclusivamente stent eluidor de sirolimo vs. stent convencional e uma avaliou exclusivamente stent eluidor de paclitaxel vs. stent convencional. Não houve diferença estatisticamente significante entre os pacientes que receberam stent farmacológico ou stent convencional nos dez estudos que avaliaram a mortalidade em qualquer que fosse o tempo de seguimento - que variou entre seis meses e cinco anos. Não houve diferença estatisticamente significante entre os pacientes que receberam stent farmacológico ou stent convencional em dez estudos que avaliaram a incidência de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) em até cinco anos de acompanhamento. Em todos os estudos, os stents farmacológicos (stent eluidor de sirolimo e stent eluidor de paclitaxel) apresentaram menor taxa de reintervenção que o stent convencional, em qualquer tempo de seguimento. Dez estudos avaliaram o risco de trombose entre pacientes que receberam stents farmacológicos comparado a pacientes que receberam stent convencional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com relação à evidência científica baseada em ensaios clínicos randomizados e controlados e revisões sistemáticas com metanálise, os stents farmacológicos eluidores de sirolimo ou paclitaxel não apresentaram superioridade aos stents convencionais, demonstrando benefícios apenas em relação aos eventos cardiovasculares adversos maiores e à taxa de reintervenção. Para a avaliação econômica, estudos realizados em outros países têm demonstrado que o stents farmacológicos apresentam relação custo-efetividade favorável ao stent convencional somente em pacientes de alto risco cardiovascular, tais como diabéticos e pacientes com lesões de calibre inferir a 2,5 mm e extensão maior do que 18 mm. Estudos realizados no Brasil demonstraram que o uso do stent farmacológico não apresenta uma razão de custo-efetividade favorável na perspectiva do SUS com base nos preços do referido produto no mercado nacional. 7. DELIBERAÇÃO FINAL: Na 25ª Reunião da CONITEC, realizada nos dias 07 e 08/05/2014, os membros do plenário deliberaram por unanimidade recomendar a incorporação do stent farmacológico coronariano em pacientes diabéticos e pacientes com lesões em vasos finos (lesões de calibre inferior a 2,5 mm e extensão maior do que 18 mm), condicionada ao mesmo valor de ressarcimento da tabela de procedimento do SUS para o stent convencional, que é atualmente de R$ 2.034,50 (dois mil e trinta e quatro reais e cinquenta centavos). DECISÃO: PORTARIA Nº 29, de 27 de agosto de 2014 - Torna pública a decisão de incorporar o stent farmacológico coronariano em pacientes diabéticos e pacientes com lesões em vasos finos (lesões de calibre inferior a 2,5 mm e extensão maior do que 18 mm), condicionada ao mesmo valor de ressarcimento da tabela de procedimento do SUS para o stent convencional, que é atualmente de R$ 2.034,50 (dois mil e trinta e quatro reais e cinquenta centavos) no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.