RESUMEN
INTRODUÇÃO: A fibrilação atrial não-valvular (FANV) é um tipo comum de arritmia cardíaca que afeta cerca de 1 em cada 20 pessoas com idade maior que 65 anos e 1 em cada dez indivíduos com mais de 75 anos (1). A FANV é um importante fator de risco para ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e está implicada em cerca de 15% de todos os casos. Diferentes diretrizes recomendam o uso de antocoagulante oral (ACO) em pacientes com FANV com o objetivo de reduzir o risco da ocorrência do AVC(3). Durante décadas, o antocoagulante oral mais amplamente empregado foi a varfarina. Evidências mostram que a anticoagulação com a varfarina, um antagonista da vitamina K, reduz o risco de AVC em até 64% quando comparada ao placebo. A redução absoluta de risco atribuivel à varfarina ressalta a efetividade da terapia de anticoagulação nestes pacientes, embora o risco ainda permaneneça elevado. No entanto, existem barreiras para a utilização da varfarina na prática clínica. Iniciar e manter o tratamento dos pa
Asunto(s)
Humanos , Fibrilación Atrial/fisiopatología , Tromboembolia/prevención & control , Rivaroxabán/administración & dosificación , Eficacia , Análisis Costo-BeneficioRESUMEN
CONTEXTO: O tromboembolismo venoso (TEV) associado à gravidez, incluindo trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (EP), embora incomum, continua sendo causa importante de morbimortalidade. Por ser uma condição próinflamatória com ativação de células endoteliais, as gestantes apresentam um risco maior de TEV quando comparado com mulheres não grávidas. Mulheres com trombofilia e aquelas que se submetem à cesariana representam a maioria das pacientes com TEV pós-parto. Atualmente, o Brasil possui um Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Profilaxia do Tromboembolismo Venoso em Gestantes com Trombofilia. O PCDT foi publicado por meio da Portaria Conjunta SAES-SCTIE nº 04, de 12 de fevereiro de 2020 e preconiza o uso do medicamento enoxaparina para prevenção e tratamento do tromboembolismo venoso em gestantes com trombofilia. Entretanto, a apresentação de 60 mg/0,6 mL de enoxaparina, necessária para uma dose precisa em grávidas ou puérperas com trombofilia com massa corporal acima de 90 kg com indicação de anticoagulação profilática ou em grávidas ou puérperas com trombofilia e indicação de esquema de anticoagulação plena, independentemente do peso corporal, atualmente não está disponível no SUS. TECNOLOGIA: Enoxaparina sódica 60 mg/0,6 mL injetável. PERGUNTA: A enoxaparina 60 mg/0,6mL é eficaz, efetiva e segura em grávidas ou puérperas com trombofilia com massa corporal acima de 90 kg que estiverem em tratamento com esquema de anticoagulação profilática ou em gestantes com indicação esquema de anticoagulação plena, independentemente do peso corporal? EVIDÊNCIAS CLÍNICAS: Foram incluídos 4 estudos descritos em 5 referências, sendo 02 ensaios clínicos randomizados (ECR) e dois estudos observacionais do tipo coorte retrospectiva. Os estudos apontam que não há diferenças significativas para os desfechos de eficácia, efetividade e segurança entre a dose mínima e o ajuste de dose de enoxaparina na Prevenção de Tromboembolismo Venoso em Gestantes com Trombofilia. Para o desfecho mais relevante que corresponde ao número de nascidos vivos por gestação, a meta-análise incluiu 165 gestantes recebendo enoxaparina com dose ajustada e 155 gestantes recebendo 40 mg/dia de enoxaparina em dose fixa. O resultado agrupado dos dois ECRs gerou um RR de 0,95 sem diferença estatisticamente significante entre os grupos no modelo de efeitos randômicos, (IC95% = 0,86 1,04; I 2 = 0%; p = 0,55). Nos efeitos indesejáveis da tecnologia, ambas as doses de enoxaparina indicam ser seguras e bem toleradas (Anexo 1). ANÁLISE DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: Foi adotado um horizonte temporal de cinco anos (2021 a 2025). No cenário mais conservador, a análise de impacto orçamentário evidenciou uma economia de R$ 55.369.020,00 diante da incorporação da enoxaparina 60 mg/0,6 mL no SUS (Anexo 2). MONITORAMENTO DO HORIZONTE TECNOLÓGICO: Não foram detectadas tecnologias para compor o esquema terapêutico de prevenção de tromboembolismo venoso em gestantes com trombofilia. No Brasil, a enoxaparina não está sob proteção patentária. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considerou-se que a enoxaparina 60 mg/0,6 mL mostra-se como uma alternativa segura quando comparada à dose mínima de 40 mg/0,4 mL. Ademais, a incorporação da enoxaparina 60 mg/0,6 mL pode levar à economia de R$ 55.369.020,00 ao longo de cinco anos. RECOMENDAÇÃO PRELIMINAR DA CONITEC: O Plenário da Conitec, em sua 96ª Reunião Ordinária, no dia 07 de abril de 2021, deliberou que a matéria fosse disponibilizada em Consulta Pública com recomendação preliminar favorável à incorporação da enoxaparina 60 mg/0,6 mL injetável para a prevenção de tromboembolismo venoso em gestantes com trombofilia no SUS. Os membros da Conitec consideraram que a incorporação desta nova apresentação de enoxaparina é necessária para a prevenção de tromboembolismo venoso em gestantes com sobrepeso ou com indicação de anticoagulação plena. Além disso, considerou-se que essa incorporação potencialmente irá representar economia para o Sistema Único de Saúde. CONSULTA PÚBLICA: Foram recebidas 16 contribuições, sendo 8 técnico-científicas e 8 sobre experiência ou opinião. A grande maioria destas concordou da recomendação inicial da Conitec. Ao final, o Plenário da Conitec entendeu que não foram apresentadas novas evidências que mudassem seu entendimento sobre o tema, fazendo com que sua recomendação preliminar fosse mantida. RECOMENDAÇÃO FINAL DA CONITEC: O Plenário da Conitec, em sua 98ª Reunião Ordinária, no dia 09 de junho de 2021, deliberou por unanimidade recomendar a incorporação da enoxaparina 60 mg/0,6 mL injetável para a prevenção de tromboembolismo venoso em gestantes com trombofilia. Assim, foi assinado o Registro de Deliberação nº 622/2021. DECISÃO: Incorporar a enoxaparina 60 mg/0,6 mL injetável para a prevenção de tromboembolismo venoso em gestantes com trombofilia, no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS, conforme a Portaria nº 35, publicada no Diário Oficial da União nº 127, seção 1, página 143, em 08 de julho de 2021.
Asunto(s)
Femenino , Embarazo , Tromboembolia/prevención & control , Enoxaparina/uso terapéutico , Trombofilia/tratamiento farmacológico , Sistema Único de Salud , Brasil , Análisis Costo-BeneficioRESUMEN
CONTEXTO: La trombosis venosa profunda (TVP) y el tromboembolismo pulmonar (TEP) son dos manifestaciones de la enfermedad tromboembólica (ETV).1 Aproximadamente uno de cada 1000 personas de la población general la presentan y su incidencia aumenta 10 veces en los pacientes internados constituyendo la primera causa de mortalidad intrahospitalaria prevenible. La forma más común de ETV se produce mediante la formación de un trombo en las venas profundas de la pantorrilla (TVP distal) o del muslo (TVP proximal).3 Si bien la mayoría de las veces la TVP es asintomática, en algunos casos puede dar síntomas locales (dolor e inflamación) o el trombo desprenderse y migrar a los pulmones, resultando en un embolismo pulmonar. El TEP es una de las causas más frecuentes de muerte prevenible en los hospitales. Más del 90% de los casos agudos se deben a TVP proximal. La ETV es común en el postoperatorio y más de la mitad de la población tiene riesgo moderado de presentarla, siendo una de las causas más comunes de muerte intrahospitalaria después de la cirugía. El riesgo se considera elevado luego de cirugías ortopédicas mayores, pero también en cirugías no ortopédicas como: cirugías abdomino-pélvicas no laparoscópicas, bariátricas, plásticas, ginecológicas, cardíacas y neuroquirúrgicas. TECNOLOGÍA: Los anticoagulantes orales de acción directa actúan básicamente en dos niveles de la cascada de la coagulación: inhibiendo el Factor X activado (rivaroxaban, apixaban, edoxaban) o inhibiendo a la trombina (dabigatran). Rivaroxaban: es un inhibidor directo del factor Xa, selectivo, de uso oral. El factor Xa representa la convergencia de las vías intrínseca y extrínseca de la coagulación. OBJETIVO: El objetivo del presente informe es evaluar la evidencia disponible acerca de la eficacia, seguridad y aspectos relacionados a las políticas de cobertura del uso de anticoagulantes orales de acción directa para prevenir el tromboembolismo venoso en pacientes que requieren cirugía mayor ortopédica o no ortopédica versus heparinas de bajo peso molecular. MÉTODOS: Se realizó una búsqueda en las principales bases de datos bibliográficas, en buscadores genéricos de internet, y financiadores de salud. Se priorizó la inclusión de revisiones sistemáticas (RS), ensayos clínicos controlados aleatorizados (ECAs), evaluaciones de tecnologías sanitarias (ETS), evaluaciones económicas, guías de práctica clínica (GPC) y políticas de cobertura de diferentes sistemas de salud. RESULTADOS: Se incluyeron un ECA, cuatro RS, un estudio observacional, una revisión narrativa, dos ETS, seis GPC,cuatro evaluaciones económicas, y 17 informes de políticas de cobertura de anticoagulantes orales directos para prevención de tromboembolismo en pacientes que fueron sometidos a una cirugía ortopédica mayor o cirugía no ortopédica. CONCLUSIONES: Evidencia de moderada calidad sugiere que los anticoagulantes orales de acción directa (rivaroxaban, apixaban, dabigatran) reducen considerablemente el riesgo de tromboembolismo venoso luego de la cirugía ortopédica mayor en comparación con las heparinas de bajo peso molecular (HBPM), sin requerir el control de los tiempos de coagulación. No parece haber diferencias importantes em términos de seguridad, aunque el apixaban presentaría una menor tasa de sangrado. Evidencia de baja calidad sugiere que no habría diferencias en la eficacia o seguridad de los anticoagulantes de acción directa versus heparina de bajo peso molecular en pacientes que requieren cirugía no ortopédica. Sin embargo, esta indicación se encuentra fuera de prospecto y no existe evidencia disponible para todos los tipos de cirugía no ortopédica. Las guías de práctica clínica relevadas recomiendan el uso de anticoagulantes orales directos o HBPM luego de la cirugía ortopédica mayor, mientras que no hacen mención al uso de anticoagulantes orales directos en cirugías no ortopédicas. Todos los financiadores de países de altos ingresos relevados cubren esta tecnología para la indicación de profilaxis en cirugías ortopédicas mayores. Los financiadores de salud latinoamericanos relevados no cubren o no mencionan esta terapia. La agencia canadiense de drogas y tecnologías en salud concluye que apixabán es más costo-efectivo que enoxaparina para la prevención de tromboembolismo en cirugía ortopédica mayor.
Asunto(s)
Humanos , Cuidados Posoperatorios , Tromboembolia/prevención & control , Inhibidores del Factor Xa/administración & dosificación , Evaluación en Salud , Análisis Costo-BeneficioRESUMEN
Problema de investigación: Calcular los costos y la efectividad esperada de dabigatran, rivaroxaban y apixaban, comparado con warfarina, para prevención de fenómenos tromboembólicos e isquémicos en pacientes adultos con fibrilación auricular no valvular en Colombia. Tipo de evaluación económica: Evaluación de costo-efectividad. Población objetivo: Pacientes adultos con fibrilación auricular no valvular en Colombia, análisis del subgrupo de pacientes en falla. Intervención y comparadores: Dabigatran 110 mg y 150 mg, rivaroxaban y apixaban, comparado con warfarina. Horizonte temporal: Tiempo trascurrido entre diagnóstico y expectativa de vida. Perspectivas: Sistema general de Seguridad\tSocial en salud de Colombia. Tasa de descuento: En el caso base se empleó una tasa de descuento común tanto a los costos como a los desenlaces en salud, equivalente al 5% anual. Adicionalmente, se realizaron análisis de sensibilidad de 0 %, 3,5 %, 7 % y 12 %. Estructura del modelo: Modelo de Markov. Fuentes de datos de efectividad y seguridad: \r\nRevisiones sistemáticas de literatura, de acuerdo a la población y tecnologías de la pregunta de investigación. Desenlaces y valoración: Años de Vida Ajustados por Calidad (AVAC). Costos incluidos: Costos directos del tratamiento de acuerdo a las alternativas evaluadas y seguimiento a los pacientes. Fuentes de datos de costos: Los medicamentos fueron costeados con la información del SISMED, el costo de los procedimientos fue estimado a partir de los valores contenidos en el Manual Tarifario ISS2001 + 30%. Resultados del caso base: Los nuevos anticoagulantes orales son más costosos pero más efectivos que el tratamiento con warfarina. La relación de costo-efectividad incremental oscila entre $ 74.462.000 para dabigatran 150 mg y $ 97.501.541 para apixaban y para dabigatran 110 mg es de 72.107.742. Es decir, a los precios actuales, estas no serían alternativas costo-efectivas para un umbral equivalente a 3 veces el PIB per cápita. Análisis de sensibilidad: Los resultados del caso base son sensibles a cambios en el precio de los nuevos anticoagulantes y las probabilidades de ACV isquémico y sangrado. A partir de los resultados del análisis de sensibilidad se concluye que para que los nuevos anticoagulantes orales sean costo efectivos, es necesaria una reducción del precio de los nuevos anticoagulantes orales. Conclusiones y discusión: Los resultados de esta evaluación muestran que desde la perspectiva del Sistema General de Seguridad Social de Colombia, los nuevos anticoagulantes orales dabigatran, apixaban y rivaroxaban, son más efectivos que warfarina, en el esquema de prescripción habitual, para la prevención de eventos tromboembólicos e isquémicos en pacientes adultos iguales o mayores a 60 años con diagnóstico de fibrilación auricular no valvular sin falla renal y con falla renal, pero no son estrategias costo-efectivas, a los precios actuales.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Adulto , Fibrilación Atrial , Tromboembolia/prevención & control , Warfarina/administración & dosificación , Rivaroxabán/administración & dosificación , Anticoagulantes/administración & dosificación , Evaluación de la Tecnología Biomédica , Evaluación en Salud/economía , Análisis Costo-Beneficio/economía , Colombia , Tecnología Biomédica , Quimioterapia Combinada , Dabigatrán/clasificaciónRESUMEN
Tecnologías evaluadas: Dabigatran, rivaroxaban y apixaban, comparado con warfarina. Población: Pacientes adultos con fibrilación auricular no valvular en Colombia. Perspectiva: Tercer pagador - Sistema General de Seguridad Social en Salud. Horizonte temporal: El horizonte temporal de esta AIP en el caso base corresponde a un año. Adicionalmente se reportan las estimaciones del impacto presupuestal para los años 2 y 3, bajo el supuesto de inclusión en el POS en el año 1. Costos incluidos: Costos directos del tratamiento de acuerdo a las alternativas evaluadas y seguimiento a los pacientes. Fuente de costos: Los medicamentos fueron costeados con la información del SISMED, para costear los procedimientos se empleó tarifario ISS2001. Escenarios: Escenarios de aumento de participación en el mercado y de disminución de precios acorde a los resultados de la evaluación económica paralela a este AIP. Resultados: En el escenario 1, la inclusión implicaría una inversión de 479.616.207.902 en el año 1, de $ 112.930.049.925 en el año 2 y de $ 145.201.625.581 en el año 3, en el escenario 2 implicaría una inversión $ 212.829.453.5 en el año 1, $ 54.400.081.439 en el año 2 y $ 69.849.046.563 en el año 3.(AU)