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1.
Brasília; CONITEC; jan. 2018. ilus, tab.
No convencional en Portugués | LILACS, BRISA/RedETSA | ID: biblio-905607

RESUMEN

INTRODUÇÃO: O câncer colorretal (CCR) acomete o intestino grosso, o cólon e o reto, sendo mais frequente aos 60 anos de idade. No Brasil, para 2016, foram estimados 16.660 casos novos de câncer de cólon e reto em homens e de 17.620 em mulheres. O fígado é considerado o local mais comum de metástases com estimativa de afetar aproximadamente metado dos pacientes com CCR em todo mundo a cada ano. As mutações no gene RAS, presentes em 44% destes pacientes, foram associadas a diminuição nas taxas de repostas ao tratamento com anticorpos anti-EGFR, como o cetuximabe. Dessa forma sua atividade é restrita aos tumores RAS selvagem. Os tratamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para os pacientes com CCRm com metástases hepáticas irressecáveis são o tratamento quimioterápico baseado em 5- fluorouracil e leucovorin (5-fluorouracil (5-FU) infusional, leucovorin e oxaliplatina ­ FOLFOX ou irinotecano - FOLFIRI) para a redução tumoral. TECNOLOGIA: cetuximabe (Erbitux®). INDICAÇÃO: Tratamento do câncer colorretal metastático RAS selvagem com doença limitada ao fígado em primeira linha. PERGUNTA: O uso de cetuximabe em associação com a quimioterapia citotóxica é eficaz, seguro e custo-efetivo em pacientes com CCR metastático RAS selvagem com doença limitada ao fígado na primeira linha de tratamento quando comparado ao uso da quimioterapia citotóxica isolada? EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: A evidência é proveniente de um ensaio clínico randomizado de baixa qualidade metodológica que demonstrou que o tratamento com cetuximabe em adição ao esquema quimioterápico FOLFIRI ou FOLFOX proporcionou que um número maior de pacientes fossem submetidos à ressecção com intenção curativa, e aumento na sobrevida global e na sobrevida livre de progressão, quando avaliada a população por intenção de tratar. No entanto quando considerados apenas os pacientes submetidos à cirurgia, que alcançaram a ressecção R0, não houve significância estatística entre os grupos. AVALIAÇÃO ECONÔMICA: A avaliação de custo-efetividade da adição de cetuximabe à quimioterapia em pacientes com CCRm RAS selvagem com doença limitada ao fígado, em primeira linha de tratamento apresentou RCEI de R$ 56.750 por ano de vida ganho quando comparado à quimioterapia isolada. AVALIAÇÃO DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: A análise de impacto orçamentário estimou um valor acumulado superior à R$ 326 milhões em cinco anos, após a incorporação de cetuximabe. A análise de sensibilidade demonstrou que esse valor porde variar de R$ 153 milhões a R$ 491 milhões em cinco anos. MONITORAMENTO DO HORIZONTE TECNOLÓGICO: existe um grande número de tecnologias sendo estudadas para o tratamento do CCR, com diferentes mecanismos de ação e diferentes vias de administração, inclusive oral. RECOMENDAÇÃO PRELIMINAR DA CONITEC: o procedimento APAC de tratamento do câncer de cólon e reto não inviabiliza o uso do medicamento cetuximabe no âmbito do SUS, que deve ser definido pelo médico em conjunto com o paciente, cujo reembolso será o valor proposto para as APACs disponíveis. A matéria será disponibilizada em consulta pública com recomendação preliminar de não incorporação do cetuximabe para pacientes com CCRm RAS selvagem com doença limitada ao fígado em primeira linha de tratamento. CONSULTA PÚBLICA: Foram recebidas 209 contribuições técnico-científicas e 323 contribuições de experiência e opinião, sendo 92% discordante com a recomendação preliminar da CONITEC. As contribuições se referiram principalmente à existência de evidências clínicas e científicas comprovadas e melhoria da qualidade de vida e sobrevida dos pacientes. A evidência citada foi descrita e discutida no relatório técnico que subsidiou a recomendação da CONITEC. Evidências adicionais apresentadas não foram consideradas uma vez que não respondem à pergunta PICO proposta pelo demandante. A CONITEC entendeu que não houve argumentação suficiente para alterar sua recomendação preliminar. RECOMENDAÇÃO FINAL: Os membros da CONITEC em 09 de novembro de 2017 deliberaram por não recomendar o cetuximabe para o tratamento do câncer colorretal metastático RAS selvagem com doença limitada ao fígado em primeira linha. Foi assinado o Registro de Deliberação nº 306/2017. DECISÃO: Não incorporar o cetuximabe para primeira linha para pacientes com câncer colorretal metastático (CCRm) RAS selvagem, com doença limitada ao fígado, em combinação com os regimes quimioterápicos Folfiri ou Folfox, no âmbito do Sistema Único de Saúde ­ SUS, dada pela Portaria nº 4, publicada no DOU nº 18, do dia 25 de janeiro de 2018, seção 1, pág. 123.(AU)


Asunto(s)
Humanos , Cetuximab/uso terapéutico , Neoplasias Colorrectales/tratamiento farmacológico , Brasil , Análisis Costo-Beneficio/economía , Hepatopatías/complicaciones , Evaluación de la Tecnología Biomédica , Sistema Único de Salud
2.
Brasília; CONITEC; jun. 2017. graf, tab.
No convencional en Portugués | LILACS, BRISA/RedETSA | ID: biblio-906980

RESUMEN

CONTEXTO: A hiperamonemia é caracterizada pelo elevado nível de amônia na corrente sanguínea, decorrente de falhas no catabolismo de aminoácidos ou amônia para uréia. As doenças hepáticas são as causas mais comuns de hiperamonemia em adultos. Podem ser agudas, como por exemplo, hepatites virais, isquemia, ou hepatotoxinas, ou crônicas, como cirrose hepática, hepatites, atresia biliar, deficiência de alfa1-antitripsina; doença de Wilson; fibrose cística; galactosemia e tirosinemia. A encefalopatia hepática (EH) é uma complicação neuropsiquiátrica frequente nos portadores de doenças hepáticas e caracteriza-se por distúrbios da atenção, alterações do sono e distúrbios motores que progridem desde simples letargia a estupor ou coma. É um distúrbio metabólico, portanto potencialmente reversível, sendo a hiperamonemia, o principal fator dessa condição. São alternativas terapêuticas, os dissacarídeos não absorvíveis (lactulose e lactitol), antibióticos orais não absorvíveis, BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) e probióticos. No SUS, a lactulose é a alternativa disponível para tratar essa condição. TECNOLOGIA: Aspartato de ornitina (Hepa-Merz®). INDICAÇÃO: Hiperamonemia produzida por doenças hepáticas agudas e crônicas. PERGUNTA: O uso do aspartato de ornitina é eficaz e seguro no tratamento da hiperamonemia produzida por doenças hepáticas agudas e crônicas? EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: Foram encontrados 6 estudos, sendo 2 revisões sistemáticas, 3 ensaios clínicos e 1 parecer técnico-científico. As evidências demonstraram um benefício provável no uso do aspartato de ornitina em comparação à não intervenção ou placebo no tratamento da hiperamonemia decorrente de doenças hepáticas, predominantemente crônicas e presença de cirrose. Entretanto, comparado à lactulose, alternativa disponível no SUS e demais intervenções, não foi observado benefício adicional. AVALIAÇÃO ECONÔMICA: Foi realizada uma avaliação econômica com um modelo de custominimização. Para a realização dos cálculos, foram considerados somente os custos de aquisição dos medicamentos. Os resultados demonstram que a lactulose pode ser até 76% menos custosa que o aspartato de ornitina oral. AVALIAÇÃO DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: A Secretaria-Executiva da CONITEC calculou o impacto orçamentário em um cenário base que considera uma divisão de mercado (Market-share) gradual de até 70% em 2021, considerando uma perspectiva de horizonte temporal de 5 anos. A quantidade de pacientes elegíveis foi estimada utilizando dados prevalência encontrados na literatura. Os custos de tratamento considerados foram aqueles já utilizados nas compras do Ministério da Saúde ou encontrados em busca no Banco de Preços em Saúde. O impacto orçamentário resultante da incorporação do aspartato de ornitina seria de um incremento de aproximadamente 15,3 milhões de reais em 5 anos após a incorporação. EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL: Não foram encontradas avaliações sobre o aspartato de ornitina para tratamento da encefalopatia hepática ou hiperamonemia nas agências NICE (Inglaterra), CADTH (Canadá), SMC (Escócia) e PBAC (Austrália). DISCUSSÃO: Os resultados não demonstraram superioridade do aspartato de ornitina em relação á lactulose, alternativa disponível no SUS. A despeito dos resultados favoráveis ao aspartato de ornitina quando comparado com placebo/não intervenção, evidências robustas apontam efeito benéfico também da lactulose/lactitol sobre resultados clinicamente relevantes quando comparados à placebo/nenhuma intervenção, com destaque para o desfecho de mortalidade. Por fim, em um cenário de incorporação do aspartato de ornitina, haverá incremento importante no impacto orçamentário. RECOMENDAÇÃO DA CONITEC: Os membros da CONITEC, presentes na 54ª reunião ordinária, realizada nos dias 5 e 6 de abril de 2017, apreciaram a proposta e decidiram que a matéria seria disponibilizada em Consulta Pública com recomendação preliminar desfavorável à incorporação do aspartato de ornitina para o tratamento hiperamonemia produzida por doenças hepáticas agudas e crônicas. CONSULTA PÚBLICA: Foi realizada a Consulta Pública nº 16/2017 sobre o relatório de recomendação da CONITEC "Aspartato de ornitina para o tratamento da hiperamonemia produzida por doenças hepáticas agudas e crônicas" entre os dias 13/04/2017 e 02/05/2017. Foram recebidas 10 contribuições, sendo 8 pelo formulário para contribuições sobre experiência ou opinião e 2 pelo formulário para contribuições técnico-científicas. A maioria das contribuições foram contrárias à recomendação inicial da CONITEC. DELIBERAÇÃO FINAL: Os membros da CONITEC presentes na 56ª reunião do plenário do dia 07/06/2017 deliberaram por unanimidade recomendar a não incorporação do aspartato de ornitina para o tratamento da hiperamonemia produzida por doenças hepáticas agudas e crônicas, com a ressalva de que o Ministério da Saúde reformulará a demanda, especificando a população. Foi assinado o registro de deliberação nº 261/2017.(AU)


Asunto(s)
Humanos , Hiperamonemia/tratamiento farmacológico , Hepatopatías/complicaciones , Ornitina/uso terapéutico , Brasil , Evaluación en Salud/economía , Evaluación de la Tecnología Biomédica , Sistema Único de Salud
3.
Belo Horizonte; CCATES; 2016.
No convencional en Portugués | BRISA/RedETSA | ID: biblio-876306

RESUMEN

CONTEXTO: A hepatopatia é um termo empregado para designar um conjunto de doenças que acometem o fígado. Segundo a Classificação Internacional de Doenças 10a versão (CID-10), compreende as doenças de CID-10 K70 a K77. A hepatopatia crônica criptogênica refere-se a doença hepática sem etiologia conhecida (K73.9) (1). Além dessas, existem as doenças hepáticas de origem viral (CID-10 B15-B19) (2). As principais doenças hepáticas crônicas (DHC) são: hepatite viral (B15-B19), alcoólica (K70) ou autoimune (K75.4), doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) (K76.0), cirrose hepática (K74) e carcinoma hepatocelular (C22.0). A cirrose, doença difusa do fígado, é considerada estágio próprio da evolução de diversas doenças hepáticas crônicas e pode evoluir para insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular. TECNOLOGIA: Ácido ursodesoxicólico (Ursacol®). PERGUNTA: Ácido ursodesoxicólico é eficaz e seguro para o tratamento da hepatopatia crônica criptogênica? EVIDENCIAS: Não foram encontrados estudos que avaliassem o ácido ursodesoxicólico para o tratamento de doenças hepáticas crônicas de etiologia desconhecida. Foi incluída uma revisão sistemática que avaliou o uso de ácido ursodesoxicólico para o tratamento da cirrose biliar primária, sua indicação em bula no FDA. Os resultados mostraram não haver diferença significativa no efeito entre o ácido ursodesoxicólico e placebo ou "não intervenção" para mortalidade por todas as causas; mortalidade por todas as causas ou transplante de fígado; eventos adversos graves ou eventos adversos não graves. O ácido ursodesoxicólico não influenciou o número de pacientes com prurido ou com fadiga. A pressão portal, varizes, varizes hemorrágicas, ascite e encefalopatia hepática não foram significativamente afetadas pelo ácido ursodesoxicólico. O ácido ursodesoxicólico diminuiu significativamente a concentração sérica de bilirrubina e a atividade da fosfatase alcalina sérica em comparação com placebo ou nenhuma intervenção. Ácido ursodeoxicólico também pareceu melhorar os níveis séricos de gama-glutamil transferase, aminotransferases, colesterol total e concentração de imunoglobulina M plasmática. O ácido rsodesoxicólico pareceu ter um efeito benéfico sobre a agravamento do estágio histológico. Os autores concluíram que os resultados da revisão sistemática não demonstraram quaisquer benefícios significativos de ácido rsodesoxicólico na mortalidade por todas as causas, transplante de fígado, prurido, ou fadiga em pacientes com cirrose biliar primária. O ácido ursodesoxicólico demonstra ter um efeito benéfico sobre as medidas bioquímicas do fígado e na progressão histológica em comparação com o grupo controle. CONCLUSÕES: Não existem evidencias diretas para o uso de ácido ursodesoxicólico para o tratamento de hepatopatia crônica criptogênica. Nos casos de hepatopatias que apresentam comprometimento colestático crônico, o ácido ursodesoxicólico melhora os parâmetros bioquímicos e histológico sem, entretanto, trazer benefícios nos desfechos de mortalidade por todas as causas, mortalidade por todas as causas ou transplante hepático, fadiga e prurido.


Asunto(s)
Humanos , Hepatopatías/complicaciones , Hepatopatías/tratamiento farmacológico , Ácido Ursodesoxicólico/uso terapéutico , Carcinoma Hepatocelular , Análisis Costo-Beneficio , Hepatitis Alcohólica , Hepatitis Viral Humana , Cirrosis Hepática , Enfermedad del Hígado Graso no Alcohólico , Evaluación de la Tecnología Biomédica , Resultado del Tratamiento
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