Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 1 de 1
Filtrar
Mais filtros

Base de dados
Ano de publicação
Tipo de documento
Intervalo de ano de publicação
1.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-216334

Resumo

Algumas espécies de plantas são responsáveis por intoxicação em animais o que resulta em significativas perdas econômicas diretas e indiretas ao Brasil. Dentre essas, a Crotalaria retusa destaca-se pelo seu alto teor do alcaloide pirrolizidínico monocrotalina (MCT), que é capaz de desencadear graves intoxicações com acometimento do Sistema Nervoso Central (SNC). Estudos já demonstram que células gliais e neurônios são alvos de efeitos citotóxicos da MCT e seu metabólito dehidromonocrotalina (DHMC), e estudos já verificaram que células astrocitárias são capazes de metabolizar a MCT. Contudo mais pesquisas que auxiliem na elucidação dos consequentes danos causados ao SNC de animais intoxicados e mecanismos de neurotoxicidade se fazem necessárias. Isto exposto, o presente trabalho objetivou avaliar possíveis alterações na memória espacial e na concentração de aminoácidos, bem como danos neuronais e ativação glial resultantes da intoxicação experimental pela MCT. Para tal, vinte ratos (Wistar, 60 dias) foram randomicamente divididos em dois grupos e receberam em dose única, via gavagem oral, 109 mg/Kg de MCT (n=10, grupo teste) ou solução salina a 0,9% (n=10, grupo controle). Após 72 horas da administração, o teste comportamental Y-maze foi executado, seguido da coleta de líquor, para dosagem de aminoácidos, e coleta do cérebro, para análise de dano neuronal através da técnica do Fluoro-Jade B e coloração por Cresil Violeta, além de imunoistoquímica para verificação de reatividade glial. No teste Y-maze, o desempenho dos animais tratados com MCT foi similar aos não tratados. Resultados semelhantes foram obtidos a partir da dosagem de aminoácidos presentes no líquor, não houve diferença entre os grupos. Já na avaliação de dano neuronal foi observado aumento no número de neurônios em processo de morte nos cérebros dos animais tratados com MCT. A imunoistoquímica revelou que tanto astrócitos quanto microglias ativaram-se frente à intoxicação pela MCT. Os resultados demonstram que a ingestão da MCT é capaz de induzir toxicidade em neurônios e ativação astrocitária e microglial no córtex e hipocampo de ratos, enquanto aparenta não influenciar na memória de trabalho dos animais, bem como nos níveis de aminoácidos presentes no líquor. Entretanto, a continuação da investigação se faz necessária para melhor compreensão do distúrbio neurológico resultante do quadro, incluindo as células alvo e suas vias de ação.


Some species of plants are responsible for intoxication in animals which results in significant direct and indirect economic losses in Brazil. Among these, Crotalaria retusa stands out due to its high content of monocrotaline pyrrolizidine alkaloid (MCT), which is capable of triggering severe intoxications with Central Nervous System (CNS) involvement. Studies have shown that glial cells and neurons are targets of cytotoxic effects of MCT and its metabolite dehydromonocrotalin (DHMC), and studies have already found that astrocytic cells are able to metabolize MCT, but more research that helps elucidate the consequent damage to the CNS of intoxicated animals and mechanisms of neurotoxicity are necessary. The present work aimed to evaluate possible alterations in spatial memory and amino acid concentration, as well as neuronal damage and glial activation resulting from experimental intoxication by MCT. Twenty rats (Wistar, 60 days) were randomly divided into two groups and received in a single dose, via oral gavage, 109 mg / kg MCT (n = 10, test group) or 0.9% saline solution (n = 10, control group). After 72 hours of administration, the Y-maze behavioral test was performed, followed by collection of cerebrospinal fluid, for amino acid dosage, and of the brain, for analysis of neuronal damage through the Fluoro-Jade B technique and Cresil Violet staining, besides immunohistochemistry to verify glial reactivity. In the Y-maze test, the performance of MCT treated animals was similar to those not treated. Similar results were obtained from the dosage of amino acids present in the CSF, there was no difference between the groups. In the evaluation of neuronal damage, an increase was observed in the number of neurons undergoing death in the brains of animals treated with MCT. Immunohistochemistry revealed that both astrocytes and microglia were activated against MCT intoxication. The results demonstrate that MCT ingestion is able to induce toxicity in neurons and astrocytic and microglial activation in the cortex and hippocampus of rats, whereas it appears to not influence the working memory of the animals as well as the levels of amino acids present in the CSF. However, further research is needed to better understand the resulting neurological disorder, including target cells and their pathways of action.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA