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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-213499

Resumo

RESUMO A hemoparasitose causada pela Babesia canis é uma importante doença que possui alta casuística na clínica médica veterinária, podendo levar o paciente à óbito. É uma moléstia que ocasiona sinais clínicos semelhantes e inespecíficos a outras enfermidades como erliquiose, rangeliose e anaplasmose, dificultando assim um diagnóstico preciso. Além disso, possui como fator de risco a presença de carrapatos, que também é transmissor de outras enfermidades. Com isso, o presente trabalho objetivou avaliar os critérios clínicos e fatores de risco que levaram os clínicos a suspeitarem da hemoparasitose e correlaciona-los com os perfis hematológico, parasitológico e sorológico dos animais suspeitos de babesiose canina atendidos no Hospital Veterinário de Uberaba (HVU). 77 animais suspeitos de hemoparasitose foram separados em dois grupos: com sinais compatíveis (GCSC n=7) e sem sinais compatíveis (GSSC n=70) e os dados clínicos, epidemiológicos, hematológico, parasitário (P) e sorológico (S) foram obtidos e tabulados. Notou-se que sexo, idade e raça não difeririam entre os grupos e que os sinais clínicos e/ou fatores de risco mais predominantes no GCSC foram presença de carrapatos (100%), esplenomegalia (42,85%), icterícia (14,28%). As alterações hematológicas prevalentes no GCSC foram anemia normocítica normocrômica (57,14%), eosinopenia (71,43%), leucocitose (57,14%) e trombocitopenia (85,71%) enquanto que no GSSC observou-se os eritrograma normal (47,14%), neutrofilia (42,85%), leucopenia (12,85%) e trombocitopenia (55,71%). A positividade parasitológica foi observada apenas no GSSC (4,28%). No exame sorológico detectou-se presença de anticorpos anti-Babesia em 71,43% e 77,15% dos animais do GCSC e GSSC, respectivamente. Após a separação dos subgrupos S1(P-S-), S2 (P+S+), S3 (P-S+) e S4 (P+S-) pode-se notar que no GCSC, houve predomínio da anemia normocítica normocrômica nos animais do S1 (100% - 2/2) e no S3 (40% - 3/5), e no GSSC a normalidade eritrocitária foi a mais prevalente no S1 (68,75% - 11/16) e S3 (39,21% - 20/51). Nas alterações leucocitárias, observou-se desvio à esquerda regenerativo em 50% (1/2) dos cães do GCSC no S1 e 60% (3/5) no S3 e no GSSC, em 43,75% (7/16) dos animais do S1. A normalidade leucocitária predominou nos subgrupos S2 e S3 do GSSC. Trombocitopenia foi observada em 100% dos cães do GCSC pertencentes ao S1 e 80% (4/5) do S3, e no GSSC em 50% (8/16) no S1, 66,67% (2/3) no S2 e 56,86% (29/51) no S3. Com os resultados obtidos concluiu-se que para diagnóstico da babesiose canina, é necessário não apenas avaliar os achados clínicos e hematológicos dos animais, como também realizar exames laboratoriais específicos, a fim de instituir um tratamento adequado ao paciente.


ABSTRACT Haemoparasitosis caused by Babesia canis is an important disease that has a high number of cases in the veterinary medical clinic and can lead the patient to death. It is a disease that causes similar and nonspecific clinical signs to other diseases such as erlichiosis, rangeliosis and anaplasmosis, thus hindering an accurate diagnosis. In addition, its risk factor is the presence of ticks, which are also transmitters of other diseases. Thus, the present study aimed to evaluate the clinical criteria and risk factors that led clinicians to suspect hemoparasitosis and to correlate them with the hematological, parasitological (P) and serological profiles (S) of animals suspected of canine babesiosis seen at the Veterinary Hospital of Uberaba (HVU). 77 animals suspected of hemoparasitosis were separated into two groups: with compatible signals (GCSC n=7) and without compatible signals (GSSC n=70) and clinical, epidemiological, hemoatological, parasitic and serological data were obtained and tabulated. It was noted that gender, age and race would not differ between groups and that the most prevalent clinical signs and / or risk factors in the GCSC were ticks (100%), splenomegaly (42,85%), jaundice (14,28%). The hematological changes prevalent in the GCSC were normocytic normochromic anaemia (57,14%), eosinopenia (71,43%), leukocytosis (57,14%) and thrombocytopenia (85,71%) and in GSSC normal erythrogram (47,14%), neutrophilia (42,85 %), leucopenia (12,85%) and thrombocytopenia (55,71%). Blood smear was performed which was positive only in GSSC (4,28%). Serological examination revealed anti-Babesia antibodies in 71,43% e 77,15% of GCSC and GSSC animals, respectively. After the separation of the subgroups S1 (P-S-), S2 (P + S +), S3 (P-S +) and S4 (P + S-), it can be noted that in GCSC, there was a predominance of normochromic normocytic anaemia in S1 animals (100% -2/2) and S3 (40% 3/5), and in GSSC erythrocyte normality was the most prevalent in S1 (68.75% - 11/16) and S3 (39,21% - 20/51). In leukocyte alterations, neutrophilia leukocytosis was observed with the presence of left deviation regenerative in 50% (1/2) of GCSC dogs in S1 and 60% (3/5) in S3, and GSSC in 43,75 % (7/16) of S1 animals. Leukocyte normality predominated in GSSC subgroups S2 and S3. Thrombocytopenia was observed in 100% of GCSC dogs belonging to S1 and 80% (4/5) of S3, and in GSSC in 50% (8/16) in S1, 66,67% (2/3) in S2 and 56,86% (29/51) in S3. With the obtained results it was concluded that for diagnosis of canine babesiosis, it is necessary not only to evaluate the clinical and haematological findings of the animals, but also to perform specific laboratory exams, in order to establish an appropriate treatment to the patient.

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