Resumo
Being the commonest ocular disorder, dense cataracts disable fundoscopic examination and the diagnosis of retinal disorders, which dogs may be predisposed. The aim of this study was to compare the electroretinographic responses recorded according to the International Society for Clinical Electrophysiology of Vision human protocol to evaluate retinal function of diabetic and non diabetic dogs, both presenting mature or hypermature cataracts. Full-field electroretinogram was recorded from 66 dogs, with ages varying from 6 to 15 years old allocated into two groups: (1) CG, non diabetic cataractous dogs, and (2) DG, diabetic cataractous dogs. Mean peak-to-peak amplitude (microvolts) and b-wave implicit time (milliseconds) were determined for each of the five standard full-field ERG responses (rod response, maximal response, oscillatory potentials, single-flash cone response and 30 Hz flicker). Comparing CG to DG, ERGs recorded from diabetic dogs presented lower amplitude and prolonged b-wave implicit time in all ERG responses. Prolonged b-wave implicit time was statistically significant (p< 0.05) at 30 Hz flicker (24.0 ms versus 22.4 ms). These data suggests full-field ERG is capable to record sensible alterations, such as flicker's implicit time, being useful to investigate retinal dysfunction in diabetic dogs.(AU)
Catarata madura e hipermadura, alteração frequentemente observada em cães, impossibilita a visibilização do fundo do olho e provável diagnóstico de degenerações retinianas. Objetivou-se comparar as respostas retiniana de cães diabéticos e não diabéticos, ambos portadores de catarata madura ou hipermadura, com auxílio do eletrorretinograma de campo total, utilizando o protocolo da International Society for Clinical Electrophysiology of Vision. Sessenta e seis cães, com idades variando entre 6 a 15 anos de idade foram divididos em dois grupos: (1) CG, cães não diabéticos com catarata madura ou hipermadura e (2) DG, cães diabéticos com catarata madura ou hipermadura. Mensurou-se amplitude pico a pico (microvolts) e tempo de culminação da onda-b (milisegundos) para as cinco respostas do ERG (resposta de bastonetes, máxima resposta, potencial oscilatório, resposta de cones e flicker a 30Hz). Avaliando-se as respostas obtidas com o exame, o grupo de cães diabéticos apresentou menor amplitude e maior tempo de culminação da onda-b em todas as respostas. O aumento do tempo de culminação da onda-b em DG foi estatisticamente significante (p<0.05) no flicker a 30 Hz (24.0ms versus 22.4ms). ERG de campo total é capaz de registrar alterações em respostas sensíveis como o tempo de culminação da onda-b do flicker, podendo ser útil para investigar retinopatias em cães diabéticos.(AU)