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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-208899

Resumo

A sustentabilidade na produção agropecuária tem sido muito discutida nos últimos tempos, e os animais ruminantes considerados um dos maiores culpados pela emissão de gases de efeito estufa, principalmente o metano. Isso ocorre devido as caracteristicas intrinsecas a fermentação realizada pelos microrganismos presentes no trato gastrintestinal. O melhoramento genético e o manejo nutricional são ferramentas de grande importância para a melhoria nos resultados produtivos, aumento na eficiência de utilização de nutrientes e minimização dos impactos ambientais. Os ionóforos possuem papel importante como manipuladores da fermentação ruminal, principalmente por melhorar a eficiência energética e proteica nos animais ruminantes. A narasina é um ionóforo capaz de fazer controle microbiológio no ambiente ruminal, entretanto a literatura possui poucas informações sobre a utilização de narasina na nutrição de ovinos. O presente trabalho teve como objetivos avaliar a utilização de doses de narasina em dietas de ovinos alimentados com dietas contendo elevado teor de concentrado ou volumoso. A hipotese é que a narasina tenha a capacidade de alterar os produtos finais da fermentação ruminal, melhorando a utilização dos nutrientes e o metabolismo de nitrogênio de ovinos. No Exp I a inclusão de 5, 10 e 15 mg de narasina/kg de MS aumentou o ganho de peso e a eficiência alimentar de cordeiros alimentados durante 56 dias com dieta contendo 90% de concentrado. No Exp II a inclusão de 5, 10 e 15 mg de narasina/kg de MS reduziu o CMS e aumentou o coeficiente de digestibilidade aparente dos nutrientes da MS, MO, PB, gordura e CNF. Além disso, após o período de adaptação houve efeito quadrático para a proporção molar de acetato e a relação acetato:propionato com o aumento das doses de narasina, entretanto, não alterou o pH ruminal. As doses de narasina reduziram linearmente a concentração de amônio no fluido ruminal. A inclusão de narasina nas dietas de borregos tendeu a diminuir o consumo de nitrogênio e reduziu a eliminação de nitrogênio pelas fezes e pela urina. No Exp III a inclusão de 0, 8, 16, 24 ou 32 mg de narasina/kg de MS em dietas de borregos alimentados com elevado teor de volumoso não afetou o consumo de matéria seca e tendeu a aumentar linearmente o coeficiente de digestibilidade da FDN. As doses de narasina não alteraram a proporção molar de AGCC, entretanto aumentou a concentração total de AGCC e diminuiu linearmente a concentração de amonia no fluido ruminal. Com base nesses dados foi possivel concluir que a narasina apresenta grande potencial de uso em dietas de ovinos.


Sustainability in agricultural production has been much discussed in last years, and ruminant are considered to be one of the biggest culprits for the emission of greenhouse gases, mainly methane. This is due to the intrinsic characteristics of the fermentation performed by the microorganisms present in the gastrointestinal tract. Genetic improvement and nutritional management are important tools to improve productive results, increase nutrient utilization and minimize environmental impacts. Ionophores play an important role as ruminant fermentation manipulators mainly for improving energy and protein efficiency in ruminant. Narasin is an ionophore capable of making microbiological control in the ruminal environment, however the literature has little information on the use of narasin in sheep nutrition. The objectives of this study were to evaluate the use of doses of narasin in diets of sheep fed diets containing high concentrate or forage contents. The hypothesis is that narasin has the ability to alter the final products of ruminal fermentation, improving nutrient utilization and nitrogen metabolism of sheep. In the Exp I the inclusion of 5, 10 and 15 mg of narasin / kg of DM increased the average daily gain and feed efficiency of lambs fed for 56 days on a diet containing 90% concentrate. In the Exp II the inclusion of 5, 10 and 15 mg narasin / kg DM reduced CMS and increased the apparent digestibility coefficient of DM, OM, CP, fat and NFC. In addition, after the adaptation period there was a quadratic effect for the molar proportion of acetate and the acetate: propionate ratio with increasing doses of narasin, however, did not alter the ruminal pH. The doses of narasin linearly reduced the concentration of ammonia in the ruminal fluid. The inclusion of narasin in diets of wethers tended to reduce nitrogen consumption, and reduced the elimination of nitrogen through feces and urine. In the Exp III the inclusion of 0, 8, 16, 24 or 32 mg of narasin / kg of DM in diets of lambs fed with high volume did not affect dry matter intake and tended to linearly increase the NDF digestibility coefficient. Doses of narasin did not alter the molar ratio of AGCC, however increased the total concentration of AGCC in and decreased linearly the concentration of ammonia in the ruminal fluid. Based on these data it was possible to conclude that narasin presents great potential of use in sheep diets.

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