Resumo
As aranhas do gênero Loxosceles não apresentam comportamento de limpeza dos restos de presa presentes na teia, fato que leva à expectativa que as propriedades antimicrobianas dos fios de seda impeçam o desenvolvimento de fungos e bactérias que poderiam contaminar as presas e causar mortalidade nas aranhas. Assim, objetivou-se caracterizar o descarte de presas por L. intermedia e L. laeta e verificar a atividade antimicrobiana nos constituintes da teia. O padrão de descarte de presas foi avaliado em teias presentes em laboratório, árvores, peri- e intradomicílio e a análise da ação antimicrobiana dos componentes da teia foi realizada utilizando as técnicas de difusão de poços e difusão de disco. Os resultados evidenciaram que o padrão de descarte varioude acordo com a espécie e o ambiente. A inibição do crescimento de fungos foi mais efetiva para L. laeta, provavelmente por secretar maior quantidade de teia, devido ao seu hábito mais sedentário. Enquanto que ambientes fechados, como os de laboratório provavelmente similar ao encontrado em forros e porões, foram mais favoráveis à contaminação por fungos. Os componentes extraídos da teia não inibiram o crescimento de bactérias e fungos em experimentos laboratoriais elucidando que a barreira físicaparece ter maior importância contra o crescimento de microrganismos do que a química.
Resumo
As aranhas do gênero Loxosceles não apresentam comportamento de limpeza dos restos de presa presentes na teia, fato que leva à expectativa que as propriedades antimicrobianas dos fios de seda impeçam o desenvolvimento de fungos e bactérias que poderiam contaminar as presas e causar mortalidade nas aranhas. Assim, objetivou-se caracterizar o descarte de presas por L. intermedia e L. laeta e verificar a atividade antimicrobiana nos constituintes da teia. O padrão de descarte de presas foi avaliado em teias presentes em laboratório, árvores, peri- e intradomicílio e a análise da ação antimicrobiana dos componentes da teia foi realizada utilizando as técnicas de difusão de poços e difusão de disco. Os resultados evidenciaram que o padrão de descarte varioude acordo com a espécie e o ambiente. A inibição do crescimento de fungos foi mais efetiva para L. laeta, provavelmente por secretar maior quantidade de teia, devido ao seu hábito mais sedentário. Enquanto que ambientes fechados, como os de laboratório provavelmente similar ao encontrado em forros e porões, foram mais favoráveis à contaminação por fungos. Os componentes extraídos da teia não inibiram o crescimento de bactérias e fungos em experimentos laboratoriais elucidando que a barreira físicaparece ter maior importância contra o crescimento de microrganismos do que a química.