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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-207889

Resumo

Apesar do advento de exames de imagem mais precisos como ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC), a mielografia ainda é bastante realizada no Brasil, principalmente na medicina veterinária, por sua maior disponibilidade e menor custo, podendo ainda ser utilizada em associação com a tomografia. Porém, por ser uma técnica invasiva, os efeitos colaterais inerentes aos meios de contraste são comuns, mesmo com os considerados mais seguros. O iobitridol é um meio de contraste iodado não iônico que, por falta de estudos específicos, é indicado apenas para a via intravenosa, mas já foi utilizado em um estudo com ratos e em três cães pela via intratecal, com resultados satisfatórios. Apresenta características químicas semelhantes ao iohexol, o meio de contraste mais utilizado na medicina veterinária em mielografias. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi comparar os meios de contraste iobitridol e iohexol em cães em relação à radiopacidade e seus efeitos adversos, principalmente a ocorrência de crises epilépticas e alterações cardiorrespiratórias, na busca por um meio de contraste com mínimos efeitos colaterais. A mielografia foi realizada num total de 24 animais, utilizando-se o iobitridol em metade dos pacientes e o iohexol na outra metade. A injeção do contraste foi realizada pela cisterna cerebelomedular, na região lombar ou nos dois locais, dependendo da localização da lesão. Os pacientes foram avaliados no momento da punção cervical ou lombar (M1), durante a injeção do contraste (M2) e imediatamente após o término da injeção até cinco minutos após (M3), por meio da aferição da frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), pressão arterial (média, sistólica e diastólica), saturação de oxigênio e intervalos PR e QT no eletrocardiograma (ECG). As alterações cardiorrespiratórias foram transitórias e mais frequentes nos animais nos quais foi realizada a mielografia cervical, nos dois grupos. Porém, não houve diferença estatística entre os grupos, momentos e locais de injeção em relação a esses parâmetros. As crises epilépticas ocorreram em 33,3% (4/12) dos animais nos quais o meio de contraste iobitridol foi utilizado, havendo significância estatística para associação entre esta complicação e o volume total de contraste administrado (mL), enquanto que com o iohexol a crise ocorreu em apenas um cão (8,3% [1/12]). O iobitridol apresentou adequada radiopacidade e difusão no espaço subaracnoide, mas como a alta frequência de crises epilépticas foi relacionada ao volume total administrado, não se pode afirmar, neste trabalho, que seu uso é contraindicado para a mielografia em cães.


Despite the advent of more accurate imaging studies such as magnetic resonance imaging (MRI) and computed tomography (CT), myelography is still widely performed in Brazil, due to its accessibility, lower cost and its use in association with CT . However, because it is an invasive technique, the side effects inherent to the contrast media are common, even with those considered safer. Iobitridol is a non-ionic iodinated contrast agent which, for lack of specific studies, is indicated only for the intravenous route, but has already been used in a study with rats and three dogs intrathecally with satisfactory results. It has chemical characteristics similar to iohexol, the most commonly used contrast medium in veterinary medicine for myelography. Therefore, the aim of this study was to compare the contrast media iobitridol and iohexol in dogs in relation to its radiopacity and adverse effects, mainly the occurrence of epileptic seizures and cardiorespiratory changes, searching for a contrast medium with minimal side effects. Myelography was performed in a total of 24 animals, using iobitridol in half of the patients and iohexol in the other half. Contrast injection was performed in the cerebelomedular cistern, in the lumbar region or both sites, depending on the location of the lesion. The dogs were evaluated at the time of cervical or lumbar puncture (M1), contrast injection (M2), and immediately after the end of the injection up to five minutes later (M3), through heart rate (HR), respiratory rate, blood pressure (mean, systolic and diastolic), oxygen saturation, and PR and QT intervals on the electrocardiogram (ECG). Cardiorespiratory changes were transient and more frequent in the animals which cervical myelography was performed, in both groups. However, there was no statistical difference between the groups, moments and sites of injection in relation to these parameters. Epileptic seizures occurred in 33.3% (4/12) of the animals which iobitridol was used, and there was statistical significance for the association between this complication and the total volume of contrast administered (mL), while with iohexol it occurred only in one dog (8.3% [1/12]). Iobitridol showed adequate radiopacity and diffusion in the subarachnoid space, but since the high frequency of epileptic seizures was related to the total volume administered, it can not be said, in this study, that its use is contraindicated for this examination in dogs.

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