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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-207883

Resumo

O exame ultrassonográfico sempre ocupou papel secundário na avaliação dos campos pulmonares, devido à barreira representada por este tecido aerado à propagação dos feixes ultrassônicos. No final da década de 90, houve um impulso da sua aplicabilidade nesta região, devido ao reconhecimento de diferentes artefatos de reverberação gerados a partir de um pulmão normalmente aerado e quando este se apresenta com o interstício e/ou alvéolos infiltrados. Por ser um exame de baixo custo, livre de radiação ionizante, poder ser realizado em posição ortopneica e poder ser realizado a beira do leito, a avaliação ultrassonográfica do tórax ganhou notoriedade na área do intensivismo. Objetivou-se neste estudo avaliar a aplicabilidade e os aspectos do exame ultrassonográfico na avaliação de campos pulmonares de cães sadios e com edema pulmonar cardiogênico agudo. Foram avaliados 20 cães sadios e 10 cães com insuficiência valvar mitral em edema pulmonar agudo, de raças e idades variadas, machos e fêmeas. Todos os cães foram submetidos a exames físicos, radiográficos, ultrassonográficos e ecocardiográficos. Os animais doentes foram avaliados em três momentos: T0 (na admissão), T1 (4 horas após o início do tratamento) e T2 (24 horas depois). A ausculta, a avaliação radiográfica e o exame ultrassonográfico do tórax foram realizados de forma setorizada, baseados no protocolo de avaliação ultrassonográfico dos campos pulmonares denominado de Veterinary Bedside Lung Ultrasound Exam (VetBLUE): entre o 2° e 3°, 4° e 5°, 6° e 7°, 8° e 9° espaços intercostais, nos hemitórax esquerdo e direito. Para cada região associou-se um escore de acordo com a alteração observada e um escore final para cada modalidade de avaliação. Nos vinte cães avaliados do grupo controle, em todos os espaços intercostais foi de fácil reconhecimento a presença do deslizamento pleural e do artefato de reverberação causado pela superfície pleura-pulmão (linhas A), exceto no 2º-3º espaço, onde essas características foram observadas, porém com maior dificuldade. Sete cães (35%) apresentaram linhas B durante a avalição, porém geralmente o artefato foi observado em apenas um espaço intercostal e no máximo duas linhas por campo. Esse artefato foi mais observado no hemitórax direito e a região mais acometida foi entre o 8º e 9º espaço intercostal, porém sem diferença estatística significativa. No grupo doente, na primeira avaliação do exame ultrassonográfico todos os pacientes apresentaram linhas B em grande quantidade. As avaliações aos exames físico, radiográfico e ultrassonográfico apresentaram um comportamento semelhante ao longo do tempo, demonstrando um escore menor naqueles animais responsivos ao tratamento. A concordância interobservador para o exame ultrassonográfico foi elevada, o que demonstra uma boa repetibilidade do método. Por meio de uma avaliação segmentada de algumas janelas acústicas pode-se obter uma avaliação do tórax do paciente em um tempo curto, melhorandose a tomada de decisões no atendimento emergencial. Contudo, esta técnica não exclui a avaliação por outras modalidades de imagem (exame radiográfico e tomografia computadorizada), e deve representar uma triagem para aqueles pacientes com síndromes respiratórias agudas.


Ultrasound examination has always played a secondary role in pulmonary assessment, as the gas content of the lungs does not favor the propagation of ultrasound beams. However, the recognition of different reverberating artifacts arising from the normal aerated lungs (A lines) or generated in the presence of interstitial and/or alveolar infiltrates (B lines), in the late 1990s, led to wider application of the technique. Ultrasonography is a low cost, ionizing radiation-free bedside imaging modality which can be performed in the orthopneic position with minimal patient restraint, and therefore has gained wide popularity in intensive care. The objective of this study was to evaluate the applicability and aspects of ultrasound examination in the evaluation of pulmonary fields of healthy dogs and dogs with acute cardiogenic pulmonary edema. Twenty healthy dogs and ten dogs with valvar disease presenting acute pulmonary edema were evaluated. All dogs were submitted to physical, radiographic, ultrasonographic and echocardiographic examinations. The animals with edema were evaluated at three times: T0 (admission), T1 (4 hours after initiation of the treatment) and T2 (24 hours later). Auscultation, radiographic and ultrasound examinations were performed using a regionally scan at the 2nd-3rd, 4-5th, 6-7th and 8- 9th intercostal spaces, based on the VetBLUE (Veterinary Bedside Lung Ultrasound Exam) protocol in the right and left hemithoraces. For each region, a score was assigned according to the observed change and a final score for each evaluation modality was given summing the scores of all regions. Pleural sliding and A lines (hyperechoic, parallel equidistant lines arising from the visceral pleura-lung interface) could be easily seen at all intercostal spaces in all dogs in this sample, with more difficult visualization at the 2nd-3rdintercostal space. B lines were observed in seven out of 20 dogs (35%). However, this artifact was limited to one IS and a maximum of two lines were detected per field. B line artifacts were more commonly seen in the right hemithorax and at the level of the 8-9th intercostal space (non-significant differences). In the group with pulmonary edema, in the first evaluation of the ultrasonographic examination all the patients presented B lines in great quantity. Physical, radiographic and ultrasonographic examinations showed a similar behavior over time, showing a lower score in those animals responsive to the treatment. The interobserver agreement for the ultrasonographic examination was high, which demonstrates a good repeatability of the method. Using a segmented evaluation of some acoustic windows it is possible to obtain an evaluation of the patient's chest in a short time, improving the decision-making in the emergency service. However, ultrasonography does not eliminate the need for other imaging modalities such as radiography and computed tomography and should be seen as a screening tool for patients presenting with acute respiratory syndromes.

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