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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-217828

Resumo

A alimentação dos peixes na aquicultura objetiva atender às exigências nutricionais para alcançar maior crescimento, boa saúde, ótimo rendimento de carcaça e o mínimo desperdício de ração, otimizando a produção. Otimizar o manejo alimentar para melhorar a utilização dos nutrientes é fundamental para aliar o crescimento dos peixes à redução nos custos com alimentação. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar uma possível interação entre frequência alimentar e taxa de arraçoamento no crescimento, composição corporal e metabólitos plasmáticos, em juvenis de tilápia-do-nilo. Grupos de 26 peixes, com peso médio de 6,57 g foram distribuídos em 24 unidades experimentais, em delineamento completamente casualizado, em arranjo fatorial. Foram testados dois fatores 1) frequência alimentar: duas, quatro e seis vezes ao dia e 2) taxa de alimentação: saciedade aparente e restrita (85% em relação à saciedade aparente), totalizando assim, seis tratamentos com quatro repetições cada. O experimento durou 51 dias e os peixes foram pesados a cada 12 dias para monitorar o crescimento e ajustar o fornecimento de ração do tratamento restrito. Os dados obtidos foram submetidos à ANOVA bifatorial e ao teste de Tukey, a um nível de significância de 5%. A frequência alimentar não afetou o consumo alimentar ou o ganho em peso nos peixes alimentados até a saciedade aparente, bem como naqueles alimentados sob o regime restrito. O ganho em peso diário e a taxa de crescimento específico foram 56% e 19% maiores, respectivamente, nos peixes alimentados até a saciedade aparente, quando comparados àqueles alimentados no regime restrito. A eficiência alimentar foi 14% melhor nos peixes alimentados no regime restrito. Além disso, os peixes alimentados até a saciedade aparente apresentaram maior acúmulo de gordura corporal (8,92%), quando comparados aos peixes submetidos ao regime alimentar restrito (6,64%). Os níveis de triglicerídeos e glicose também foram maiores nos peixes alimentados até a saciedade aparente, indicando um possível excesso de alimentação. A retenção proteica foi maior nos peixes alimentados no regime restrito, quando comparada aos peixes alimentados até a saciedade aparente (49,17% versus 42,51%, respectivamente), sendo que não houve interação entre os fatores para as variáveis supracitadas. Os peixes alimentados até a saciedade aparente cresceram mais devido a maior ingestão de nutrientes, ocasionado pelo maior consumo destes peixes. Entretanto, a eficiência alimentar foi reduzida e houve maior acúmulo de gordura quando os peixes foram alimentados até a saciedade aparente. Peixes alimentados até a saciedade aparente ganharam, em média, 62% mais gordura e 34% mais proteína, que aqueles sob o regime de alimentação restrita. Desta forma, conclui-se que, quando alimentados até a saciedade aparente os peixes utilizam a proteína da ração de uma maneira menos eficiente, refletindo na menor retenção proteica, sendo o excesso de proteína catabolizado para a produção de energia. Esta energia seria então armazenada como gordura. Os peixes submetidos ao regime alimentar restrito provavelmente otimizaram o processo de digestão, aproveitando os nutrientes de uma forma mais eficiente.


Fish feeding in aquaculture aims to meet nutritional requirements to achieve higher growth rates, good health, optimum dressing yield, and minimal feed waste. Optimizing feed management to improve nutrient utilization is a crucial key to match fish growth and feeding costs. Thus, the aim of this study was to evaluate a possible interaction between feeding frequency and feeding rate on growth, nutrient utilization, body composition, and plasma metabolites of juvenile Nile tilapia. Groups of 26 fish (6.57 g) were randomly distributed in 24 experimental units, following a completely randomized design in a factorial arrangement. We tested 1) three feeding frequencies: two, four, and six times a day and 2) two feeding ratios: apparent satiation or restricted regime (85% of apparent satiation), totaling six dietary treatments, set up in quadruplicate. The feeding trial lasted 51 days and fish were weighed every 12days to monitor growth and to establish feed allowance. Resulting data were subjected to a two-way ANOVA; Tukeys test was used to separate means, and the level of significance of 5% was adopted in all tests. Feeding frequency did not affect feed intake or weight gain in fish fed to apparent satiation as well as in fish fed under the restricted regime. The daily weight gain and specific growth rate were 56% and 19% higher in fish fed at apparent satiation when compared to fish fed at the restricted regime, respectively. However, feed efficiency was 14% higher in fish fed at the restricted regime. Fish fed to apparent satiation presented the highest body lipid (8.92%) than the ones fed at the restricted regime (6.64%) the lowest. Glucose and triglycerides were also higher in fish fed to apparent satiation, so overfeeding cannot be ruled out. The protein retention ratio was highest at the restricted regime (49.17% versus 42.51%, respectively). One could conclude that fish grow more when they are fed to apparent satiation since higher feed intake means higher nutrient intake, which improve fish growth. However, our results show that feed efficiency decreased when fish were fed to apparent satiation. Fish fed at apparent satiation got 34% more body protein, but also 62% more body fat than the fish fed at the restricted regime. We conclude that at apparent satiation fish tend to use protein less efficiently, as shown by the lowest protein retention when the excess protein is probably catabolized to yield energy. Fish under the restricted feeding regime probably optimized the digestion process, using nutrients in a more efficient way.

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