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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-216701

Resumo

A inflamação do conduto auditivo externo recebe destaque na clínica médica de pequenos animais pelo elevado número de cães que apresentam a doença ao longo de sua vida. Os fatores causadores da otite podem ser descritos como primários, predisponentes ou perpetuantes, e as imprudências em seu diagnóstico somadas ao manejo incorreto de medicamentos alopáticos faz com que o índice de animais que apresentam a doença crônica seja elevado. Assim, alternativas ao tratamento convencional são necessárias. A fitoterapia vem crescendo e sendo estimulada, contudo, diversas plantas com potencial medicinal ainda não possuem sua ação comprovada cientificamente, tendo somente recomendações empíricas. A Waltheria douradinha é uma planta da família Malvaceae cujas ações ainda não foram completamente desvendadas. As opções de utilização empírica lhe tornam uma escolha para o tratamento de enfermidades inflamatórias. Neste aspecto, associamos a necessidade de comprovação científica da ação da W. douradinha no tratamento da otite externa em pequenos animais. Desta forma, este estudo objetivou revisar pontos considerados relevantes para a melhor conduta em casos de otite externa, com o intuito de compreender melhor a dimensão desse quadro médico; avaliar a toxicidade do extrato aquoso de W. douradinha através da utilização em ensaio ex vivo em globo ocular de frangos, por parâmetros macroscópicos e análise histopatológica; testar o efeito citotóxico in vitro causado pela exposição de células ao extrato aquoso de W. douradinha; avaliar a ação tópica do extrato aquoso de W. douradinha em modelo experimental de inflamação induzida no conduto auditivo de roedores; e por fim, avaliar o efeito do tratamento da otite externa infecciosa experimentalmente induzida em ratos wistar, através do uso de extrato aquoso de W. douradinha. A avaliação da toxicidade do extrato aquoso de W. douradinha em modelo ex vivo levou em consideração parâmetros como retenção de fluoresceína, opacidade e inchaço de córnea, além da análise histopatológica. O ensaio citotóxico foi realizado através da exposição de células subcultivadas em placas de 96 poços ao extrato aquoso de W. douradinha, após o período de 48 horas foi acrescido o corante de vermelho neutro e se procedeu leitura em espectrofotômetro de placas. Através da indução de inflamação no conduto auditivo de ratos, com gruposde tratamento à base de W. douradinha em diversas concentrações, foram observados critérios relacionados com a inflação local, como peso por amostra de punch e edema do bordo caudal da pinna auricular dos animais. Para a observação do tratamento da otite externa infecciosa, ratos wistar foram induzidos a inflamação através da instilação de óleo de cróton em seus condutos auditivos, na sequência, também foi instilado Staphylococcus aureus naconcentração de 107. Os animais divididos aleatoriamente foram tratados com o extrato aquoso de W. douradinha por dois, quatro e seis dias, nas concentrações de 100, 50 e 25%, além de grupo controle contendo solução fisiológica. Os parâmetros de peso, edema da pinna auricular foram avaliados em conjunto com a observação através de vídeotoscópio do diâmetro da luz do conduto auditivo externo, com sua coloração e efusão, somado a análise histopatológica. Com os resultados, concluiu-se que o extrato aquoso de W. douradinha possui um baixo grau de toxicidade perante as análises macroscópicas e histopatológicas realizadas em modelo ex vivo, utilizando globo ocular de frangos; o extrato aquoso de Waltheria douradinha demonstrou possuir atividade citotóxica nas concentrações de 1, 5 e 10%, além de efeito característico de ação pró-inflamatória através da indução de edema auricular quando administrado na orelha externa de ratos induzidos a otite com óleo de cróton; por fim, foram fornecidas evidências de que o extrato aquoso de W. douradinha pode ser topicamente ativo para o tratamento da inflamação induzida pelo óleo de cróton. A observação de tumor nas orelhas tratadas, assim como a inexistência de células inflamatórias durante as análises histopatológicas nos denotam o potencial em debelar o agente causador da inflamação.


The inflammation of the external auditory canal is highlighted in the medical clinic of small animals by the high number of dogs that present the disease throughout their life. The causative factors of otitis can be described as primary, predisposing or perpetuating, and recklessness in its diagnosis added to the mismanagement of allopathic drugs causes the index of animals with chronic disease to be elevated. Thus, alternatives to conventional treatment are necessary. Phytotherapy has been growing and being stimulated, however, several plants with medicinal potential do not yet have their action scientifically proven, having only empirical recommendations. Waltheria douradinha, is a plant of the family Malvaceae whose actions have not yet been completely unraveled. Empirical options make it a choice for the treatment of inflammatory diseases. In this aspect, we associate the need for scientific verification of the action of W. douradinha in the treatment of external otitis in small animals. In this way, this study aimed to review points considered relevant for the best conduct in cases of external otitis, in order to better understand the size of this medical picture; To evaluate the toxicity of the aqueous extract of W. douradinha through the use in ex vivo test in ocular globe of chickens, by macroscopic parameters and histopathological analysis; to test the in vitro cytotoxic effect caused by the exposure of cells to the aqueous extract of W. douradinha; to evaluate the topical action of the aqueous extract of W. douradinha in an experimental model of inflammation induced in the auditory canal of rodents; and finally to evaluate the effect of experimentally induced infectious external otitis treatment on wistar rats through the use of aqueous extract of W. douradinha. The evaluation of the toxicity of the aqueous extract of W. douradinha in ex vivo model took into account parameters such as retention of fluorescein, opacity and corneal swelling, in addition to the histopathological analysis. The cytotoxic assay was performed by exposing subcultured cells to 96-well plates in the aqueous extract of W. douradinha, after 48 hours the neutral red dye was added and a plate spectrophotometer was read. Through the induction of inflammation in the auditory canal of rats, with treatment groups based on W. douradinha in various concentrations, criteria related to local inflation were observed, such as weight per sample of punch and edema of the caudal border of the auricular pinna of the animals. To observe the treatment of infectious external otitis, wistar rats were induced to inflammation through the instillation of chroton oil in their auditory conducts, in the sequence, Staphylococcus aureus was also instilled at the concentration of 107. The randomly divided animals were treated with the aqueous extract of W. douradinha for two, four and six days at concentrations of 100, 50 and 25%, in addition to a control group containing physiological solution. The parametersof weight, edema of the auricular pinna were evaluated together with the observation through vídeo otoscopy of the diameter of the light of the external auditory canal, with its coloration and effusion, together with the histopathological analysis. With the results, it was concluded that the aqueous extract of W. douradinha has a low degree of toxicity due to the macroscopic and histopathological analyzes carried out in an ex vivo model, using a chicken eyeball; the aqueous extract of Waltheria douradinha was shown to possess cytotoxic activity at concentrations of 1, 5 and 10%, in addition to a characteristic effect of pro-inflammatory action through the induction of atrial edema when administered to the external ear of rats induced otitis with chroton oil; Finally, evidence has been provided that the aqueous extract of W. douradinha can be topically active for the treatment of inflammation induced by chroton oil. Tumor observation in the treated ears, as well as the absence of inflammatory cells during the histopathological analyzes, denote the potential in the inflammatory agent.

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