Resumo
General ecological aspects of the tropical scrub vegetation on rocky outcrops ("campo rupestre") of the Serra dos Carajás, Pará, Brazil, are discussed, with information on its floral composition, the associations of plant species with soil type and animals, and the geographical distributions of component plant species. The plant community studied is composed of a total of 232 species, mostly herbaceous, belonging to 145 genera and 58 plant families. The two most common families were Gramineae and Leguminosae, followed by Cyperaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae, Euphorbiaceae and Compositae. Some families have arboreal species sporadically found in forest islands ("capões de árvores") or as isolated trees, such as Anacardiaceae, Rutaceae, Sapotaceae and Vochysiaceae. Some families are restricted in occurrence to areas where water accumulates, such as Begoniaceae, Burmaniaceae, Eriocaulaceae, Gentianaceae, etc. Some families occur only rarely, such as Acanthaceae, Annonaceae. Chrysobalanaceae, Palmae, Sterculiaceae, etc. It appears that the most common pollinators in the area are bees. Other animals are also associated with the plants of this community, such as tabanid horseflies, reptiles and birds. The soil on which this plant community is based, besides having a very thin organic layer associated with mosses and lichens, has a large number of termite nests, in the transition from dry to rainy season. The biological preservation of the study area is justified by the large number of endemic species (for example, Ipomoea cavalcanteiAustin), new species (for example, Erytroxylum nelson-rosaePlowman), species with potential as sources of drugs (for example. Pilocarpus microphylusStapf. ex. Wardleworth), and ornamental plant species (for example, Vellozia glochideaPohl), all of which belong to this community whose associated animals and soil types are yet so poorly researched.
São fornecidos aspectos ecológicos gerais da vegetação "rupestre" da Serra dos Carajás, envolvendo informações sobre composição floristica, associação solo/planta, fauna/planta e distribuição geográfica das espécies. Nesta vegetação foi registrado um total de 232 espécies, a maioria ervas, distribuídas em 145 gêneros e 58 famílias botânicas. As duas famílias mais bem representadas foram Gramineae e Leguminosae, seguidas de Cyperaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae, Euphorbiaceae e Compositae. Algumas famílias apresentam espécies arbóreas esporadicamente representadas em "capões de árvores" ou isoladas como Anacardiaceae, Rutaceae, Sapotaceae e Vochysiaceae. Há famílias de ocorrência restrita em locais onde há acumulo de água, como Begoniaceae, Burmaniaceae, Eriocaulaceae, Gentíanaceae, etc. E finalmente aquelas famílias de ocorrência apenas ocasional, como Acanthaceae, Annonaceae. Chrysobalanaceae, Palmae, Sterculiaceae, etc. Parece que os polinizadores mais comumente encontrados na vegetação rupestre são as abelhas. Há também outros animais ali associados à biologia das plantas como meliponídeos, tabanídeos, répteis e pássaros. Além de apresentar uma insignificante camada lodosa, associada a musgos e líquens o solo onde se assenta a vegetação "rupestre" apresenta uma grande quantidade de ninhos de cupins, na transição entre as estações seca e chuvosa. A necessidade de preservação da área estudada justifica-se pela presença de inúmeras espécies endêmicas (ex. Ipomoea cavalcanteiAustin), espécies novas para a ciência (ex. Erytroxylum nelson-rosaePlowman), espécies medicinais (ex. Pilocarpus micmphylusStapf. ex. Wardleworth) e espécies ornamentais (ex. Vellozia glochideaPohl), todas associadas a uma fauna e a um tipo de solo que ainda carecem de pesquisas mais aprofundadas para melhor conhecê-los.
Resumo
O Estado do Maranhão faz parte da Amazônia Legal e tem sido um dos mais atingidos pelos projetos impactadores do meio ambiente, causando sérios riscos de extinção de espécies vegetais e animais, algumas, ainda desconhecidas pela ciência. Com o objetivo de conhecer a flora orquídica daquele Estado foram conduzidos estudos ao longo de aproximadamente 12 anos, registrando-se a ocorrência de 103 diferentes espécies de Orchidaceae. Os resultados demonstraram a grande riqueza em espécies nesta família, e o quanto ela era desconhecida, uma vez que antes deste estudo, conhecia-se pela literatura, apenas dez espécies ocorrendo no Estado do Maranhão.
Resumo
O Estado do Maranhão faz parte da Amazônia Legal e tem sido um dos mais atingidos pelos projetos impactadores do meio ambiente, causando sérios riscos de extinção de espécies vegetais e animais, algumas, ainda desconhecidas pela ciência. Com o objetivo de conhecer a flora orquídica daquele Estado foram conduzidos estudos ao longo de aproximadamente 12 anos, registrando-se a ocorrência de 103 diferentes espécies de Orchidaceae. Os resultados demonstraram a grande riqueza em espécies nesta família, e o quanto ela era desconhecida, uma vez que antes deste estudo, conhecia-se pela literatura, apenas dez espécies ocorrendo no Estado do Maranhão.
Resumo
General ecological aspects of the tropical scrub vegetation on rocky outcrops ("campo rupestre") of the Serra dos Carajás, Pará, Brazil, are discussed, with information on its floral composition, the associations of plant species with soil type and animals, and the geographical distributions of component plant species. The plant community studied is composed of a total of 232 species, mostly herbaceous, belonging to 145 genera and 58 plant families. The two most common families were Gramineae and Leguminosae, followed by Cyperaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae, Euphorbiaceae and Compositae. Some families have arboreal species sporadically found in forest islands ("capões de árvores") or as isolated trees, such as Anacardiaceae, Rutaceae, Sapotaceae and Vochysiaceae. Some families are restricted in occurrence to areas where water accumulates, such as Begoniaceae, Burmaniaceae, Eriocaulaceae, Gentianaceae, etc. Some families occur only rarely, such as Acanthaceae, Annonaceae. Chrysobalanaceae, Palmae, Sterculiaceae, etc. It appears that the most common pollinators in the area are bees. Other animals are also associated with the plants of this community, such as tabanid horseflies, reptiles and birds. The soil on which this plant community is based, besides having a very thin organic layer associated with mosses and lichens, has a large number of termite nests, in the transition from dry to rainy season. The biological preservation of the study area is justified by the large number of endemic species (for example, Ipomoea cavalcanteiAustin), new species (for example, Erytroxylum nelson-rosaePlowman), species with potential as sources of drugs (for example. Pilocarpus microphylusStapf. ex. Wardleworth), and ornamental plant species (for example, Vellozia glochideaPohl), all of which belong to this community whose associated animals and soil types are yet so poorly researched.
São fornecidos aspectos ecológicos gerais da vegetação "rupestre" da Serra dos Carajás, envolvendo informações sobre composição floristica, associação solo/planta, fauna/planta e distribuição geográfica das espécies. Nesta vegetação foi registrado um total de 232 espécies, a maioria ervas, distribuídas em 145 gêneros e 58 famílias botânicas. As duas famílias mais bem representadas foram Gramineae e Leguminosae, seguidas de Cyperaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae, Euphorbiaceae e Compositae. Algumas famílias apresentam espécies arbóreas esporadicamente representadas em "capões de árvores" ou isoladas como Anacardiaceae, Rutaceae, Sapotaceae e Vochysiaceae. Há famílias de ocorrência restrita em locais onde há acumulo de água, como Begoniaceae, Burmaniaceae, Eriocaulaceae, Gentíanaceae, etc. E finalmente aquelas famílias de ocorrência apenas ocasional, como Acanthaceae, Annonaceae. Chrysobalanaceae, Palmae, Sterculiaceae, etc. Parece que os polinizadores mais comumente encontrados na vegetação rupestre são as abelhas. Há também outros animais ali associados à biologia das plantas como meliponídeos, tabanídeos, répteis e pássaros. Além de apresentar uma insignificante camada lodosa, associada a musgos e líquens o solo onde se assenta a vegetação "rupestre" apresenta uma grande quantidade de ninhos de cupins, na transição entre as estações seca e chuvosa. A necessidade de preservação da área estudada justifica-se pela presença de inúmeras espécies endêmicas (ex. Ipomoea cavalcanteiAustin), espécies novas para a ciência (ex. Erytroxylum nelson-rosaePlowman), espécies medicinais (ex. Pilocarpus micmphylusStapf. ex. Wardleworth) e espécies ornamentais (ex. Vellozia glochideaPohl), todas associadas a uma fauna e a um tipo de solo que ainda carecem de pesquisas mais aprofundadas para melhor conhecê-los.