Resumo
O uso de probióticos comerciais em cultivos aquícolas como alternativa aos antibióticos, tem demonstrado viabilidade e resultados positivos. Os probióticos podem ser definidos comorganismos vivos não patogênicos, utilizados com o objetivo de melhorar a saúde do hospedeiro, como bactérias e leveduras que são capazes de colonizar o trato gastrointestinal dos animais cultivados, bem como atuar no ambiente de cultivo contra o desenvolvimento de patógenos. Algumas estratégias empíricas são utilizadas nas fazendas de Carcinicultura como tentativa de multiplicar as bactérias de probióticos comerciais de maneira artesanal, visando a diminuição dos custos com a compra do produto comercial. A hipótese de que probióticos comercias podem ser multiplicados foi testada nesta Dissertação. O presente estudo foi realizado na Estação Marinha de Aquacultura, IO - FURG e contou com três experimentos, realizando a execução de protocolos caseiros de multiplicação de um probiótico comercial utilizados em fazendas no Brasil, Peru e Equador. Cada experimento teve a duração de 24h. Parâmetros de qualidade de água foram monitorados e coletas de água foram realizadas no tempo 00h e 24h para quantificação de bactérias e protozoários. Experimento I: 25g de probiótico Pro-W, 25g de leite em pó, 50mL de melaço e 25g de carbonato de cálcio; Experimento II: 25g de probiótico Pro-W, 50g de farelo de arroz, 33,33g de açúcar cristal e 12,5g de bicarbonato de sódio. Experimento III: 25g de probiótico Pro-W, 25g de Farelo Bokashi, 50mL de melaço e 12,5g de bicarbonato de sódio. Foram utilizadas unidades experimentais com 25L de volume útil e os protocolos utilizados foram baseados na prática de fazendas do Brasil, Peru e Equador. Cada experimento contou com 6 tratamentos e 3 repetições cada. Os tratamentos foram realizados em água doce (0,31 ± 0,06 g/L-1 231 ) e em água marinha (25,06 ± 0,44 g/L-1 232 ). T1: Controle em água doce; T2: Controle em água marinha; T3: Controle negativo em água doce; T4: Controle negativo em água marinha; T5: Protocolo em água doce; T6: Protocolo em água marinha. Os três experimentos apresentaram crescimento de bactérias do morfotipo Bacillus, cocoides e filamentosas em todos os tratamentos. Não se observou efeito dos tratamentos no crescimento final de bactérias e protozoários. Estes resultados indicam que os protocolos utilizados não contribuem para o crescimento específico de bactérias do tipo Bacillus, similar aos do probiótico comercial.
The use of commercial probiotics in aquaculture crops as an alternative to antibiotics, has demonstrated viability and positive results. Probiotics can be defined as non-pathogenic living organisms, used to improve the health of the host, as bacteria and yeasts that are able to colonize the gastrointestinal tract of cultivated animals, as well as act in the culture environment. against the development of pathogens. Some empirical strategies are used in Shrimp Farms to multiply the bacteria of commercial probiotics in an artisanal way, aiming to decrease the costs with the purchase of the commercial product. The present study was carried out at the Marine Station of Aquaculture, IO - FURG and included three experiments, carrying out the execution of homemade protocols for the multiplication of a commercial probiotic used in farms in Brazil, Peru and Ecuador. Each experiment lasted 24 hours. Water quality parameters were monitored, and water collections were performed at 00h and 24h to quantify bacteria and protozoa. Each experiment lasted 24 hours. Water quality parameters were monitored, and water collections were performed at 00h and 24h to quantify bacteria and protozoa. Experiment I: 25g of Pro-W probiotic, 25g of powdered milk, 50mL of molasses and 25g of calcium carbonate; Experiment II: 25g of Pro-W probiotic, 50g of rice bran, 33.33g of crystal sugar and 12.5g of sodium bicarbonate. Experiment III: 25g of Pro257 W probiotic, 25g of Bokashi Bran, 50mL of molasses and 12.5g of sodium bicarbonate. Experimental units with 25L of useful volume were used and the protocols used were inspired by the practice of farms in Brazil, Peru, and Ecuador. Each experiment had 6 treatments and 3 repetitions each. The treatments were carried out both in fresh water (0.31 ± 0.06 g/L-1 260 ) and in marine water (25.06 ± 0.44 g/L-1 261 ). T1: Control in fresh water; T2: Control in marine water; T3: Negative control in fresh water; T4: Negative control in seawater; T5: Protocol in fresh water; T6: Protocol in marine water. The three experiments showed growth of Bacillus, cocoid and filamentous bacteria in all treatments. There was also no effect of treatments on the final growth of bacteria and protozoa. These results indicate that the protocols used do not contribute to the specific growth of Bacillus-type bacteria, like those of the commercial probiotic.