Resumo
The antimicrobial activity of four concentrations of hydroalcoholic extracts from honeybee propolis and Scaptotrigona jujuyensis geopropolis was screened in vitro against five tomato pathogenic bacteria. The agar-well diffusion method was used and the tested bacteria were Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis, Xanthomonas gardneri, Xanthomonas vesicatoria, Pseudomonas corrugata, and Pseudomonas mediterranea. The main chemical characteristics of propolis and geopropolis, including the polyphenol profile through HPLC-DAD, were also determined. Geopropolis raw sample presented higher values of moisture (7.78%), waxes (50.79%) and ashes (3.69%) than propolis (4.59%, 31.16% and 2.42% respectively). The total polyphenol content and the dry extract were higher in propolis hydroalcoholic extract (3.83 mg eq galic acid mL-1 and 7.87%, respectively) than in the extract of geopropolis (0.16 mg eq galic acid mL-1 and 0.15%, respectively). Chromatographic analysis confirmed the presence of caffeic acid, quercetin, 1,5,7-trihydroxy-flavanone, apigenin, pinobanksin, chrysin, pinocembrin, and galangin in both extracts. The antimicrobial assay showed significant differences between the hydroalcoholic extract activities, as well as between the sensitivity of the tested bacteria. Propolis hydroalcoholic extract dilutions had an inhibitory effect over four of the five tested bacteria, while geopropolis hydroalcoholic extract dilutions were only effective against C. michiganensis subsp. michiganensis, and to a lesser extent. The sequence of bacteria sensitivity to propolis treatments was: C. michiganensis subsp. michiganensis > X. gardneri > X. vesicatoria > P. corrugata. Pseudomonas mediterranea was not sensitive to any of the hydroalcoholic extracts. The antimicrobial activity of both extracts was dose-dependent where the most concentrated treatments were the most effective (15.0 mg mL−1 of geopropolis and 78.7 mg mL−1 of propolis dry extract, respectively). The polyphenol content and the HPLC-DAD profile of the hydroalcoholic extracts disclosed differences in chemical composition that helped to explain the outcomes of the in vitro assay. These results are a contribution to the characterization of bee bioactive products, specifically to propolis and geopropolis. This study indicates the likelihood of using propolis as a non-conventional strategy to control tomato bacterial diseases.(AU)
A atividade antimicrobiana de quatro concentrações de extratos hidroalcoólicos de própolis de abelha e de geoprópolis de Scaptotrigona jujuyensis foi avaliada in vitro contra cinco bactérias patogênicas do tomate. Foi utilizado o método de difusão em ágar e as bactérias testadas foram Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis, Xanthomonas gardneri, Xanthomonas vesicatoria, Pseudomonas corrugata, e Pseudomonas mediterranea. As principais características químicas da própolis e da geoprópolis, incluindo o perfil de polifenóis por meio de HPLC-DAD, foram também determinados. A amostra bruta de geoprópolis apresentou mais altos valores de umidade (7,78%), ceras (50,79%) e cinzas (3,69%) do que a amostra de própolis (4,59%, 31,16% e 2,42%, respectivamente). O conteúdo de fenólicos totais e do extrato seco foi superior no extrato hidroalcoólico de própolis (3,83 mg eq ácido gálico ml-1 e 7,87%, respectivamente) do que no extrato hidroalcoólico de geoprópolis (0,16 mg eq ácido gálico ml-1 e 0,15%, respectivamente). A análise cromatográfica confirmou a presença de ácido cafeico, quercetina, 1,5,7-tri-hidroxi-flavanona, apigenina, pinobaksina, crisina, pinocembrina, e galangina em ambos os extratos. O ensaio antibacteriano mostrou diferenças significativas entre as atividades dos extratos hidroalcoólicos assim como entre a sensibilidade das bactérias testadas. As diluições do extrato hidroalcoólico de própolis tiveram efeito inibitório sobre quatro das cinco bactérias testadas enquanto as diluições do extrato hidroalcoólico de geoprópolis foram eficientes somente contra C. michiganensis subsp. michiganensis e em menor extensão. A sequência de sensibilidade das bactérias aos tratamentos com própolis foi: C. michiganensis subsp. michiganensis > X. gardneri > X. vesicatoria > P. corrugata. Pseudomonas mediterranea não foi sensível a nenhum dos extratos hidroalcoólicos. A atividade antibacteriana de ambos os extratos foi dependente da dose, sendo que os tratamentos com maior concentração foram os mais efetivos (15,0 mg mL-1 de geoprópolis e 78,7 mg mL-1 de própolis, extrato seco, respectivamente). O conteúdo de polifenóis e o perfil HPLC-DAD dos extratos hidroalcoólicos mostraram diferenças na composição química, as quais podem ajudar a explicar os resultados do ensaio in vitro. Estes resultados contribuem para a caracterização de produtos bioativos de abelhas, especificamente própolis e geoprópolis. O presente estudo indica a possibilidade de usar própolis como uma estratégia não-convencional para controlar doenças do tomate causadas por bactérias.(AU)