Resumo
A linxacariose é uma doença incomum que acomete felinos, principalmente em regiões tropicais, porém há registros também em regiões subtropicais. No Brasil, foi descrita pela primeira vez em 1986, e atualmente existem relatos em todas as regiões, excluindo o centro-oeste do país. No Rio Grande do Sul, somente alguns casos foram relatados no ano de 1997 em felinos das raças persa e exótico. Esta doença é causada pela infestação do ácaro Lynxacarus radovskyi. Algumas vezes, esta infestação pode estar associada a outras parasitoses externas, na qual a mais comum é a pediculose por Felicola subrostratus, parasita de distribuição mundial. Geralmente, a transmissão é dada por contato direto ou por fômites, mas não é considerada uma doença de alto contágio. Os animais infestados apresentam variado grau de prurido, alopecia, disqueratinização, pelagem opaca e pelos aparentemente com sujidades, tradicionalmente com o aspecto sal e pimenta. Algumas vezes, a manifestação clínica da doença pode ser confundida com outras dermatopatias, não sendo corretamente diagnosticada. O diagnóstico é dado pela visualização direta do ácaro e por microscopia óptica. O objetivo do relato é descrever um caso de infestação por L. radoviskyi associado com F. subrostratus, em um felino sem raça definida atendido no Serviço de Dermatologia, Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Gran
Resumo
As displasias foliculares ligadas à cor da pelagem, também descritas como displasias cutâneas neuroectodermais congênitas, são histopatologica e geneticamente semelhantes e tratam-se, provavelmente, da mesma doença, porém com apresentações clínicas distintas em cães: difusa na Alopecia por Diluição da Cor (ADC) e localizada na Displasia Folicular dos Pêlos Pretos (DFPP). A ADC, também conhecida como Alopecia do Mutante da Cor afeta cães com coloração de pelos considerada diluída, uma vez que possuem sombreados de cinza e preto, caracterizando as cores azuis, cinzas, castanhas e vermelhas. A DFPP afeta cães que apresentam pelagem com mais de uma cor, além da preta, e é confinada às áreas negras da cobertura pilosa. A etiologia destas displasias ainda não foi totalmente elucidada, mas atualmente, a maioria dos autores considera que um defeito ectodérmico, muito provavelmente causado por uma ou mais mutações no, ou próximas, do gene MLPH (melanophilin gene) que codifica a melanofilina, são responsáveis pelo desenvolvimento destas doenças. Também o déficit de MSH (hormônio estimulante da melatonina) já foi preconizado como causa destas anomalias, deixando as células da matriz pilosa expostas à toxicidade dos precursores da melanina. O diagnóstico é embasado na anamnese, sintomas cutâneos, exame tricográfico (microscopia óptica e eletrônica) e histopatologia. Ainda não foi
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Quérion (dermatofitose nodular) é uma apresentação clínica de micose cutânea caracterizada por uma dermatite profunda que varia de uma reação granulomatosa até piogranulomatosa, com aspecto de nódulo edematoso, circular e alopécico. Em animais é causado principalmente pelas espécies de dermatófitos Microsporum gypseum, M. canis e Trichophyton mentagrophytes. Microsporum gypseum é um fungo geofílico, cosmopolita e sua transmissão ocorre por contato com solos contaminados. É relatado um caso de lesão do tipo quérion causada por M. gypseum em um cão da raça Dachshund, fêmea, 4 anos de idade, atendido no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com uma lesão circular na região do focinho medindo 4 cm de diâmetro. Por se tratar de uma lesão dermatofítica com infecção bacteriana e muito prurido, optou-se pelo tratamento tópico com creme contendo associação medicamentosa de miconazol, gentamicina e betametasona, duas vezes ao dia, por quarenta e cinco dias, havendo regressão completa do quadro, sem recidiva clínica. É esentada uma extensiva revisão de casos similares observados em outros países. Aparentemente trata-se do primeiro caso de quérion registrado em animais na literatura veterinária brasileira com a respectiva identificação do dermatófito.
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Ceratomicoses são infecções da córnea causadas por fungos advindos da microbiota conjuntival ou do meio ambiente introduzidos no estroma corneano subseqüente a trauma ou infecção bacteriana preexistente. Dentre as espécies animais, os eqüinos são os mais suscetíveis devido a fatores como a alta prevalência de organismos fúngicos no saco conjuntival em animais hígidos, a freqüente introdução acidental de matéria vegetal contendo fungos na região ocular, e a freqüente utilização de corticosteróides tópicos nas injúrias oculares, o que facilita a infecção fúngica secundária. Os fungos das espécies Aspergillus, Fusarium, Alternaria, Penicillium e Cladosporium são citados como os agentes mais comuns de ceratomicose eqüina nos EUA. A prevalência destes agentes pode variar de acordo com a região e época do ano, sendo as regiões quentes e úmidas as mais propícias para o desenvolvimento de fungos. O diagnóstico baseia-se nos sintomas, na pesquisa de hifas no exame citológico de raspado corneano ou histopatológico, e na cultura fúngica de material advindo da córnea lesada no intuito de identificar-se o gênero e a espécie do fungo. O tratamento visa controlar a infecção bacteriana e fúngica, a uveíte anterior, a dor e também a lise corneana. Freqüentemente é também necessária a intervenção cirúrgica. O relato descreve um caso de ceratomicose eqüina causada por Aspergillus flavus, manejado
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Florida Spots são opacidades corneanas que acometem cães e gatos, observada primeiramente em gatos no Sul da Florida-EUA. A etiologia ainda é desconhecida e origens micótica, bacteriana (micobactéria) ou por efeito físico da incidência de luz ultravioleta já foram sugeridas, porém, não comprovadas. O objetivo deste trabalho foi conhecer a ocorrência de Florida Spots em gatos atendidos na clínica geral do Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS (HCV), Porto Alegre RS e sua relação com sexo, idade, raça e ambiente (outros contatantes felinos). Escolheu-se aleatoriamente 100 gatos conduzidos à consulta no hospital por motivos diversos no ano de 2001. Observou-se Florida Spots em 32 % dos animais, dos quais 43,75 % eram afetados unilateralmente (57 % o olho esquerdo e 43 % o olho direito). Foi significativa a diferença estatística em relação à raça (SRD foram os mais afetados (p 0,05) e também significativo em relação aos animais que tiveram contato com outros gatos (p 0,05). O fato de animais SRD (que habitualmente são criados de forma mais livre, o que permite o contato com outros gatos) e animais que, independente da raça, tiveram contato com outros serem os mais afetados, induz-nos a pensar na possibilidade de haver um agente etiológico transmissível envolvido nesta afeção, e não fatores físicos ambientais.
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As micoses cutâneas, causadas principalmente pelos dermatófitos Microsporum spp. e Trichophyton mentagrophytes e pelas leveduras Malassezia pachydermatis e Candida albicans, são as doenças fúngicas mais freqüentes que acometem os cães. O principal objetivo deste estudo foi conhecer a ocorrência desses fungos na pele de cães com dermatopatias de origens diversas. Uma população de 250 cães, com diferentes dermatoses, foi avaliada clinicamente no Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, no período de março de 2000 a março de 2001. Esses animais foram submetidos ao teste da lâmpada de Wood e obtiveram-se amostras de pêlo e/ou escamas da pele para exame de microscopia direta e cultivo fúngico. Foram também realizados outros exames complementares, quando disponíveis, no intuito de estabelecer o diagnóstico das diversas dermatopatias. As culturas fúngicas resultaram: 49,6% sem isolamento e 50,4% positivas, sendo isolados 29,6% fungos sapróbios e 20,8 % fungos causadores de micoses cutâneas (13,2 % Malassezia pachydermatis; 5,6% Microsporum canis e 2,0% Microsporum gypseum). As prevalências das dermatopatias, distribuídas por grupos de doenças, foram as seguintes: 44,4% de origem imunopática; 20% parasitária; 12,4% complexo seborréia-disqueratinização; 11,2% bacteriana; 6,4% fúngica; 2,8% diversas, 2,0
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Miíase é a invasão de tecidos ou cavidades abertas do organismo animal por larvas de dípteros. Nos cães, a miíase de maior gravidade é a causada pela Cochliomyia hominivorax. No Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS (HCV/UFRGS) tem-se utilizado como medicação larvicida prévia à limpeza das miíases a droga nitenpyram (Capstar ?), embora tal medicamento seja indicado somente como pulicida para cães e gatos. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do nitenpyram como larvicida em miíases por larvas de Cochliomyia hominivorax em cães atendidos no HCV/UFRGS(Porto Alegre RS). Administrou-se nitenpyram na dosificação indicada pelo fabricante como pulicida (de 1,00 até 3,56 mg/kg) a 17 cães com miíase. Nenhuma outra medicação foi prescrita, nem foi efetuado qualquer procedimento de limpeza até o retorno em 24 horas. No retorno, observou-se em 16 animais (94,11%) que 100% das larvas encontradas estavam mortas e que o quadro clínico apresentava uma grande melhora, com redução da ferida. Em um cão que havia recebido a dose de 1 mg/kg foi ainda observada larvas vivas em 24 horas. Não foi observado clinicamente nenhuma reação adversa ao medicamento. O nitenpyram, na dosagem mínima de 1 mg/kg em dose única, mostrou-se eficaz como larvicida para larvas de moscas Cochliomyia hominivorax em 94,11% dos cães estudados.
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Miíase é a invasão de tecidos ou cavidades abertas do organismo animal por larvas de dípteros. Nos cães, a miíase de maior gravidade é a causada pela Cochliomyia hominivorax. No Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS (HCV/UFRGS) tem-se utilizado como medicação larvicida prévia à limpeza das miíases a droga nitenpyram (Capstar ?), embora tal medicamento seja indicado somente como pulicida para cães e gatos. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do nitenpyram como larvicida em miíases por larvas de Cochliomyia hominivorax em cães atendidos no HCV/UFRGS(Porto Alegre RS). Administrou-se nitenpyram na dosificação indicada pelo fabricante como pulicida (de 1,00 até 3,56 mg/kg) a 17 cães com miíase. Nenhuma outra medicação foi prescrita, nem foi efetuado qualquer procedimento de limpeza até o retorno em 24 horas. No retorno, observou-se em 16 animais (94,11%) que 100% das larvas encontradas estavam mortas e que o quadro clínico apresentava uma grande melhora, com redução da ferida. Em um cão que havia recebido a dose de 1 mg/kg foi ainda observada larvas vivas em 24 horas. Não foi observado clinicamente nenhuma reação adversa ao medicamento. O nitenpyram, na dosagem mínima de 1 mg/kg em dose única, mostrou-se eficaz como larvicida para larvas de moscas Cochliomyia hominivorax em 94,11% dos cães estudados.
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Miíase é a invasão de tecidos ou cavidades abertas do organismo animal por larvas de dípteros. Nos cães, a miíase de maior gravidade é a causada pela Cochliomyia hominivorax. No Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS (HCV/UFRGS) tem-se utilizado como medicação larvicida prévia à limpeza das miíases a droga nitenpyram (Capstar ?), embora tal medicamento seja indicado somente como pulicida para cães e gatos. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do nitenpyram como larvicida em miíases por larvas de Cochliomyia hominivorax em cães atendidos no HCV/UFRGS(Porto Alegre RS). Administrou-se nitenpyram na dosificação indicada pelo fabricante como pulicida (de 1,00 até 3,56 mg/kg) a 17 cães com miíase. Nenhuma outra medicação foi prescrita, nem foi efetuado qualquer procedimento de limpeza até o retorno em 24 horas. No retorno, observou-se em 16 animais (94,11%) que 100% das larvas encontradas estavam mortas e que o quadro clínico apresentava uma grande melhora, com redução da ferida. Em um cão que havia recebido a dose de 1 mg/kg foi ainda observada larvas vivas em 24 horas. Não foi observado clinicamente nenhuma reação adversa ao medicamento. O nitenpyram, na dosagem mínima de 1 mg/kg em dose única, mostrou-se eficaz como larvicida para larvas de moscas Cochliomyia hominivorax em 94,11% dos cães estudados.
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As micoses cutâneas, causadas principalmente pelos dermatófitos Microsporum spp. e Trichophyton mentagrophytes e pelas leveduras Malassezia pachydermatis e Candida albicans, são as doenças fúngicas mais freqüentes que acometem os cães. O principal objetivo deste estudo foi conhecer a ocorrência desses fungos na pele de cães com dermatopatias de origens diversas. Uma população de 250 cães, com diferentes dermatoses, foi avaliada clinicamente no Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, no período de março de 2000 a março de 2001. Esses animais foram submetidos ao teste da lâmpada de Wood e obtiveram-se amostras de pêlo e/ou escamas da pele para exame de microscopia direta e cultivo fúngico. Foram também realizados outros exames complementares, quando disponíveis, no intuito de estabelecer o diagnóstico das diversas dermatopatias. As culturas fúngicas resultaram: 49,6% sem isolamento e 50,4% positivas, sendo isolados 29,6% fungos sapróbios e 20,8 % fungos causadores de micoses cutâneas (13,2 % Malassezia pachydermatis; 5,6% Microsporum canis e 2,0% Microsporum gypseum). As prevalências das dermatopatias, distribuídas por grupos de doenças, foram as seguintes: 44,4% de origem imunopática; 20% parasitária; 12,4% complexo seborréia-disqueratinização; 11,2% bacteriana; 6,4% fúngica; 2,8% diversas, 2,0
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Quérion (dermatofitose nodular) é uma apresentação clínica de micose cutânea caracterizada por uma dermatite profunda que varia de uma reação granulomatosa até piogranulomatosa, com aspecto de nódulo edematoso, circular e alopécico. Em animais é causado principalmente pelas espécies de dermatófitos Microsporum gypseum, M. canis e Trichophyton mentagrophytes. Microsporum gypseum é um fungo geofílico, cosmopolita e sua transmissão ocorre por contato com solos contaminados. É relatado um caso de lesão do tipo quérion causada por M. gypseum em um cão da raça Dachshund, fêmea, 4 anos de idade, atendido no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com uma lesão circular na região do focinho medindo 4 cm de diâmetro. Por se tratar de uma lesão dermatofítica com infecção bacteriana e muito prurido, optou-se pelo tratamento tópico com creme contendo associação medicamentosa de miconazol, gentamicina e betametasona, duas vezes ao dia, por quarenta e cinco dias, havendo regressão completa do quadro, sem recidiva clínica. É esentada uma extensiva revisão de casos similares observados em outros países. Aparentemente trata-se do primeiro caso de quérion registrado em animais na literatura veterinária brasileira com a respectiva identificação do dermatófito.
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Florida Spots são opacidades corneanas que acometem cães e gatos, observada primeiramente em gatos no Sul da Florida-EUA. A etiologia ainda é desconhecida e origens micótica, bacteriana (micobactéria) ou por efeito físico da incidência de luz ultravioleta já foram sugeridas, porém, não comprovadas. O objetivo deste trabalho foi conhecer a ocorrência de Florida Spots em gatos atendidos na clínica geral do Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS (HCV), Porto Alegre RS e sua relação com sexo, idade, raça e ambiente (outros contatantes felinos). Escolheu-se aleatoriamente 100 gatos conduzidos à consulta no hospital por motivos diversos no ano de 2001. Observou-se Florida Spots em 32 % dos animais, dos quais 43,75 % eram afetados unilateralmente (57 % o olho esquerdo e 43 % o olho direito). Foi significativa a diferença estatística em relação à raça (SRD foram os mais afetados (p 0,05) e também significativo em relação aos animais que tiveram contato com outros gatos (p 0,05). O fato de animais SRD (que habitualmente são criados de forma mais livre, o que permite o contato com outros gatos) e animais que, independente da raça, tiveram contato com outros serem os mais afetados, induz-nos a pensar na possibilidade de haver um agente etiológico transmissível envolvido nesta afeção, e não fatores físicos ambientais.
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Quérion (dermatofitose nodular) é uma apresentação clínica de micose cutânea caracterizada por uma dermatite profunda que varia de uma reação granulomatosa até piogranulomatosa, com aspecto de nódulo edematoso, circular e alopécico. Em animais é causado principalmente pelas espécies de dermatófitos Microsporum gypseum, M. canis e Trichophyton mentagrophytes. Microsporum gypseum é um fungo geofílico, cosmopolita e sua transmissão ocorre por contato com solos contaminados. É relatado um caso de lesão do tipo quérion causada por M. gypseum em um cão da raça Dachshund, fêmea, 4 anos de idade, atendido no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com uma lesão circular na região do focinho medindo 4 cm de diâmetro. Por se tratar de uma lesão dermatofítica com infecção bacteriana e muito prurido, optou-se pelo tratamento tópico com creme contendo associação medicamentosa de miconazol, gentamicina e betametasona, duas vezes ao dia, por quarenta e cinco dias, havendo regressão completa do quadro, sem recidiva clínica. É esentada uma extensiva revisão de casos similares observados em outros países. Aparentemente trata-se do primeiro caso de quérion registrado em animais na literatura veterinária brasileira com a respectiva identificação do dermatófito.
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As micoses cutâneas, causadas principalmente pelos dermatófitos Microsporum spp. e Trichophyton mentagrophytes e pelas leveduras Malassezia pachydermatis e Candida albicans, são as doenças fúngicas mais freqüentes que acometem os cães. O principal objetivo deste estudo foi conhecer a ocorrência desses fungos na pele de cães com dermatopatias de origens diversas. Uma população de 250 cães, com diferentes dermatoses, foi avaliada clinicamente no Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, no período de março de 2000 a março de 2001. Esses animais foram submetidos ao teste da lâmpada de Wood e obtiveram-se amostras de pêlo e/ou escamas da pele para exame de microscopia direta e cultivo fúngico. Foram também realizados outros exames complementares, quando disponíveis, no intuito de estabelecer o diagnóstico das diversas dermatopatias. As culturas fúngicas resultaram: 49,6% sem isolamento e 50,4% positivas, sendo isolados 29,6% fungos sapróbios e 20,8 % fungos causadores de micoses cutâneas (13,2 % Malassezia pachydermatis; 5,6% Microsporum canis e 2,0% Microsporum gypseum). As prevalências das dermatopatias, distribuídas por grupos de doenças, foram as seguintes: 44,4% de origem imunopática; 20% parasitária; 12,4% complexo seborréia-disqueratinização; 11,2% bacteriana; 6,4% fúngica; 2,8% diversas, 2,0
Resumo
Florida Spots são opacidades corneanas que acometem cães e gatos, observada primeiramente em gatos no Sul da Florida-EUA. A etiologia ainda é desconhecida e origens micótica, bacteriana (micobactéria) ou por efeito físico da incidência de luz ultravioleta já foram sugeridas, porém, não comprovadas. O objetivo deste trabalho foi conhecer a ocorrência de Florida Spots em gatos atendidos na clínica geral do Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS (HCV), Porto Alegre RS e sua relação com sexo, idade, raça e ambiente (outros contatantes felinos). Escolheu-se aleatoriamente 100 gatos conduzidos à consulta no hospital por motivos diversos no ano de 2001. Observou-se Florida Spots em 32 % dos animais, dos quais 43,75 % eram afetados unilateralmente (57 % o olho esquerdo e 43 % o olho direito). Foi significativa a diferença estatística em relação à raça (SRD foram os mais afetados (p 0,05) e também significativo em relação aos animais que tiveram contato com outros gatos (p 0,05). O fato de animais SRD (que habitualmente são criados de forma mais livre, o que permite o contato com outros gatos) e animais que, independente da raça, tiveram contato com outros serem os mais afetados, induz-nos a pensar na possibilidade de haver um agente etiológico transmissível envolvido nesta afeção, e não fatores físicos ambientais.
Resumo
A linxacariose é uma doença incomum que acomete felinos, principalmente em regiões tropicais, porém há registros também em regiões subtropicais. No Brasil, foi descrita pela primeira vez em 1986, e atualmente existem relatos em todas as regiões, excluindo o centro-oeste do país. No Rio Grande do Sul, somente alguns casos foram relatados no ano de 1997 em felinos das raças persa e exótico. Esta doença é causada pela infestação do ácaro Lynxacarus radovskyi. Algumas vezes, esta infestação pode estar associada a outras parasitoses externas, na qual a mais comum é a pediculose por Felicola subrostratus, parasita de distribuição mundial. Geralmente, a transmissão é dada por contato direto ou por fômites, mas não é considerada uma doença de alto contágio. Os animais infestados apresentam variado grau de prurido, alopecia, disqueratinização, pelagem opaca e pelos aparentemente com sujidades, tradicionalmente com o aspecto sal e pimenta. Algumas vezes, a manifestação clínica da doença pode ser confundida com outras dermatopatias, não sendo corretamente diagnosticada. O diagnóstico é dado pela visualização direta do ácaro e por microscopia óptica. O objetivo do relato é descrever um caso de infestação por L. radoviskyi associado com F. subrostratus, em um felino sem raça definida atendido no Serviço de Dermatologia, Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Gran
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Ceratomicoses são infecções da córnea causadas por fungos advindos da microbiota conjuntival ou do meio ambiente introduzidos no estroma corneano subseqüente a trauma ou infecção bacteriana preexistente. Dentre as espécies animais, os eqüinos são os mais suscetíveis devido a fatores como a alta prevalência de organismos fúngicos no saco conjuntival em animais hígidos, a freqüente introdução acidental de matéria vegetal contendo fungos na região ocular, e a freqüente utilização de corticosteróides tópicos nas injúrias oculares, o que facilita a infecção fúngica secundária. Os fungos das espécies Aspergillus, Fusarium, Alternaria, Penicillium e Cladosporium são citados como os agentes mais comuns de ceratomicose eqüina nos EUA. A prevalência destes agentes pode variar de acordo com a região e época do ano, sendo as regiões quentes e úmidas as mais propícias para o desenvolvimento de fungos. O diagnóstico baseia-se nos sintomas, na pesquisa de hifas no exame citológico de raspado corneano ou histopatológico, e na cultura fúngica de material advindo da córnea lesada no intuito de identificar-se o gênero e a espécie do fungo. O tratamento visa controlar a infecção bacteriana e fúngica, a uveíte anterior, a dor e também a lise corneana. Freqüentemente é também necessária a intervenção cirúrgica. O relato descreve um caso de ceratomicose eqüina causada por Aspergillus flavus, manejado
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As displasias foliculares ligadas à cor da pelagem, também descritas como displasias cutâneas neuroectodermais congênitas, são histopatologica e geneticamente semelhantes e tratam-se, provavelmente, da mesma doença, porém com apresentações clínicas distintas em cães: difusa na Alopecia por Diluição da Cor (ADC) e localizada na Displasia Folicular dos Pêlos Pretos (DFPP). A ADC, também conhecida como Alopecia do Mutante da Cor afeta cães com coloração de pelos considerada diluída, uma vez que possuem sombreados de cinza e preto, caracterizando as cores azuis, cinzas, castanhas e vermelhas. A DFPP afeta cães que apresentam pelagem com mais de uma cor, além da preta, e é confinada às áreas negras da cobertura pilosa. A etiologia destas displasias ainda não foi totalmente elucidada, mas atualmente, a maioria dos autores considera que um defeito ectodérmico, muito provavelmente causado por uma ou mais mutações no, ou próximas, do gene MLPH (melanophilin gene) que codifica a melanofilina, são responsáveis pelo desenvolvimento destas doenças. Também o déficit de MSH (hormônio estimulante da melatonina) já foi preconizado como causa destas anomalias, deixando as células da matriz pilosa expostas à toxicidade dos precursores da melanina. O diagnóstico é embasado na anamnese, sintomas cutâneos, exame tricográfico (microscopia óptica e eletrônica) e histopatologia. Ainda não foi
Resumo
A linxacariose é uma doença incomum que acomete felinos, principalmente em regiões tropicais, porém há registros também em regiões subtropicais. No Brasil, foi descrita pela primeira vez em 1986, e atualmente existem relatos em todas as regiões, excluindo o centro-oeste do país. No Rio Grande do Sul, somente alguns casos foram relatados no ano de 1997 em felinos das raças persa e exótico. Esta doença é causada pela infestação do ácaro Lynxacarus radovskyi. Algumas vezes, esta infestação pode estar associada a outras parasitoses externas, na qual a mais comum é a pediculose por Felicola subrostratus, parasita de distribuição mundial. Geralmente, a transmissão é dada por contato direto ou por fômites, mas não é considerada uma doença de alto contágio. Os animais infestados apresentam variado grau de prurido, alopecia, disqueratinização, pelagem opaca e pelos aparentemente com sujidades, tradicionalmente com o aspecto sal e pimenta. Algumas vezes, a manifestação clínica da doença pode ser confundida com outras dermatopatias, não sendo corretamente diagnosticada. O diagnóstico é dado pela visualização direta do ácaro e por microscopia óptica. O objetivo do relato é descrever um caso de infestação por L. radoviskyi associado com F. subrostratus, em um felino sem raça definida atendido no Serviço de Dermatologia, Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Gran
Resumo
Ceratomicoses são infecções da córnea causadas por fungos advindos da microbiota conjuntival ou do meio ambiente introduzidos no estroma corneano subseqüente a trauma ou infecção bacteriana preexistente. Dentre as espécies animais, os eqüinos são os mais suscetíveis devido a fatores como a alta prevalência de organismos fúngicos no saco conjuntival em animais hígidos, a freqüente introdução acidental de matéria vegetal contendo fungos na região ocular, e a freqüente utilização de corticosteróides tópicos nas injúrias oculares, o que facilita a infecção fúngica secundária. Os fungos das espécies Aspergillus, Fusarium, Alternaria, Penicillium e Cladosporium são citados como os agentes mais comuns de ceratomicose eqüina nos EUA. A prevalência destes agentes pode variar de acordo com a região e época do ano, sendo as regiões quentes e úmidas as mais propícias para o desenvolvimento de fungos. O diagnóstico baseia-se nos sintomas, na pesquisa de hifas no exame citológico de raspado corneano ou histopatológico, e na cultura fúngica de material advindo da córnea lesada no intuito de identificar-se o gênero e a espécie do fungo. O tratamento visa controlar a infecção bacteriana e fúngica, a uveíte anterior, a dor e também a lise corneana. Freqüentemente é também necessária a intervenção cirúrgica. O relato descreve um caso de ceratomicose eqüina causada por Aspergillus flavus, manejado