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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-220087

Resumo

A oleuropeína é o composto fenólico majoritário nas folhas da oliveira e tem sido apontada como responsável pela maioria dos atributos terapêuticos da planta. Apesar dos inúmeros estudos a respeito dos benefícios da utilização da oliveira e seu composto majoritário, a oleuropeína, poucos são os dados na literatura referentes a sua toxicidade. Tendo em vista a importância de se verificar a toxicidade reprodutiva deste composto fenólico, nesse estudo foram investigados os efeitos da oleuropeína na prole de ratas Wistar, a partir da exposição durante os períodos de gestação e lactação as doses de 2000 mg/kg/dia (G1), 1000 mg/kg/dia (G2) e 500 mg/kg/dia (G3), e um grupo controle negativo que foi exposto a água destilada (CN). A progênie foi avaliada quanto ao seu desenvolvimento físico e sexual, por meio da observação visual das seguintes características: penugem, descolamento dos pavilhões auriculares, pelo, erupção dos dentes incisivos, abertura dos olhos, separação prepucial e abertura do canal vaginal. O desenvolvimento motor foi avaliado por meio de testes de reflexo, como: teste de endireitamento em superfície, geotaxia negativa e resposta ao agarrar. Foram realizados os testes de comportamento em campo aberto, para avaliação de ansiedade, e comportamento sexual, para avaliação de taxas reprodutivas. Foram analisados, ainda, o peso relativo dos órgãos e, nos machos, número e morfologia espermática. Os animais dos grupos G1 e G2 abriram os olhos mais tarde em comparação ao grupo controle (P<0,01), o G3 apresentou atraso no descolamento do pavilhão auricular (P<0,001), porém a característica de erupção de dentes incisivos foi precoce neste grupo em comparação ao grupo controle (P=0,023). Os animais do grupo G1 também apresentaram atraso na separação prepucial (P<0,001). No dia pós-natal 7 e 8 os animais dos grupos G1 e G2 demoraram mais para reorientarem-se no reflexo de geotaxia negativa (P<0,001), os mesmos grupos permaneceram menos tempo agarrados no 14º dia pósnatal (P<0,001). Os animais do grupo G1 (4,79 ±0,44) apresentaram uma maior porcentagem de anormalidades na morfologia espermática, em comparação ao grupo controle negativo (2,17±0,33). O G3 (27,09±3,63) também permaneceu mais tempo nos quadrantes centrais no teste de campo aberto quando comparado ao grupo controle (15,38±1,68). Nossos resultados demonstram que a exposição à oleuropeína interferiu no desenvolvimento físico e reprodutivo da progênie, o que limita sua recomendação durante os períodos gestacional e lactacional, especialmente em altas doses. Contribuindo com a elucidação de algumas questões referentes a segurança do seu uso como agente terapêutico. Palavras-chave: A oleuropeína é o composto fenólico majoritário nas folhas da oliveira e tem sido apontada como responsável pela maioria dos atributos terapêuticos da planta. Apesar dos inúmeros estudos a respeito dos benefícios da utilização da oliveira e seu composto majoritário, a oleuropeína, poucos são os dados na literatura referentes a sua toxicidade. Tendo em vista a importância de se verificar a toxicidade reprodutiva deste composto fenólico, nesse estudo foram investigados os efeitos da oleuropeína na prole de ratas Wistar, a partir da exposição durante os períodos de gestação e lactação as doses de 2000 mg/kg/dia (G1), 1000 mg/kg/dia (G2) e 500 mg/kg/dia (G3), e um grupo controle negativo que foi exposto a água destilada (CN). A progênie foi avaliada quanto ao seu desenvolvimento físico e sexual, por meio da observação visual das seguintes características: penugem, descolamento dos pavilhões auriculares, pelo, erupção dos dentes incisivos, abertura dos olhos, separação prepucial e abertura do canal vaginal. O desenvolvimento motor foi avaliado por meio de testes de reflexo, como: teste de endireitamento em superfície, geotaxia negativa e resposta ao agarrar. Foram realizados os testes de comportamento em campo aberto, para avaliação de ansiedade, e comportamento sexual, para avaliação de taxas reprodutivas. Foram analisados, ainda, o peso relativo dos órgãos e, nos machos, número e morfologia espermática. Os animais dos grupos G1 e G2 abriram os olhos mais tarde em comparação ao grupo controle (P<0,01), o G3 apresentou atraso no descolamento do pavilhão auricular (P<0,001), porém a característica de erupção de dentes incisivos foi precoce neste grupo em comparação ao grupo controle (P=0,023). Os animais do grupo G1 também apresentaram atraso na separação prepucial (P<0,001). No dia pós-natal 7 e 8 os animais dos grupos G1 e G2 demoraram mais para reorientarem-se no reflexo de geotaxia negativa (P<0,001), os mesmos grupos permaneceram menos tempo agarrados no 14º dia pósnatal (P<0,001). Os animais do grupo G1 (4,79 ±0,44) apresentaram uma maior porcentagem de anormalidades na morfologia espermática, em comparação ao grupo controle negativo (2,17±0,33). O G3 (27,09±3,63) também permaneceu mais tempo nos quadrantes centrais no teste de campo aberto quando comparado ao grupo controle (15,38±1,68). Nossos resultados demonstram que a exposição à oleuropeína interferiu no desenvolvimento físico e reprodutivo da progênie, o que limita sua recomendação durante os períodos gestacional e lactacional, especialmente em altas doses. Contribuindo com a elucidação de algumas questões referentes a segurança do seu uso como agente terapêutico.


Oleuropein is the major phenolic compound in olive leaves and has been identified as responsible for most of the plant's therapeutic attributes. Despite numerous studies on the benefits of using Olea europaea and its major compound, oleuropein, there are few data in the literature regarding its toxicity. In view of the importance of verifying the reproductive toxicity of this phenolic compound, in this study the effects of oleuropein on the offspring of Wistar rats were investigated, from the exposure during the gestation and lactation periods at doses of 2000 mg/kg/day (G1), 1000 mg/kg/day (G2) and 500 mg/kg/day (G3), and a negative control group that was exposed to distilled water (CN). The progeny was evaluated for their physical and sexual development, through visual observation of the following characteristics: fluff, detachment of the auricular pavilion, fur, eruption of incisor teeth, eye opening, preputial separation and opening of the vaginal canal. Motor development was evaluated through reflex tests, such as: surface straightening test, negative geotaxy and grapple test. Behavior tests in the open field, to assess anxiety, and sexual behavior, to evaluated reproductive rates, were performed. The relative organs weight and, in males, sperm number and morphology were also analyzed. The animalsin groups G1 and G2 opened their eyes later in comparison to the control group (P<0,01), G3 showed delay in the detachment of the auricular pavilion (P<0,001), however the incisor teeth eruption characteristic was early in this group compared to the control group (P=0,023). The animals in the G1 group also showed delay in the preputial separation (P<0,001). In the 7 and 8 postnatal day, the animals in the G1 and G2 groups took longer to reorient themselves in the geotaxis reflex (P<0,001), the same groups spent less time on the grapple test on the 14 postnatal day (P<0,001). The animals in the G1 (4,79 ±0,44) group showed a higher percentage of abnormalities in sperm morphology compared to the negative control group (2,17±0,33). The group G3 (27,09±3,63) also remained longer in the central quadrants in the open field test when compared to the control group (15,38±1,68). Our results demonstrate that exposure to oleuropein interfered with the progeny's physical and reproductive development, restricting its recommendation during gestational and lactational periods, especially in high doses. Contributing to the elucidation of some issues regarding the safety of its use as a therapeutic agent.

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