Resumo
The goals of this study were to verify the occurrence of furfuryl alcohol (FA) and carbonyl compounds (acetaldehyde, acrolein, ethyl carbamate (EC), formaldehyde and furfural) in sparkling wines and to evaluate, for the first time, whether the consumption of the samples under study could represent risk to consumers health. These compounds are electrophilic; and therefore, may covalently bind to DNA, which may result in mutagenicity. EC and formaldehyde were present at low levels (<1μg L-1) in all samples. Acetaldehyde, furfural and acrolein were also found in low levels (<1.5, 1.4 and 1.0μg L-1, respectively) in 57, 71 and 76% of samples. In the other samples, levels of acetaldehyde, furfural and acrolein ranged from 5.2 to 54.8, 10.5 to 41.0 and 20.3 to 36.7μg L-1, respectively. Furfuryl alcohol was also reported in all samples in levels from 10.4 to 33.5μg L-1. Acrolein was the only compound reported at levels sufficient to represent risk to health, which occurred in 24% of the samples. A study focused on the origin of acrolein deserves attention, investigating the influence of the concentration of precursors and the role of fermentation in the formation of this aldehyde, besides the evaluation of possible environmental contamination of grapes during cultivation.(AU)
Os objetivos deste estudo foram verificar a ocorrência de álcool furfurílico (FA) e compostos carbonílicos (acetaldeído, acroleína, carbamato de etila (CE), formaldeído e furfural) em espumantes e avaliar, pela primeira vez, se o consumo das amostras em estudo poderia representar risco para a saúde do consumidor. Esses compostos são eletrofílicos e, portanto, podem se ligar covalentemente ao DNA, o que pode resultar em mutagenicidade. CE e formaldeído foram encontrados em baixos níveis (<1μg/L) em todas as amostras. Acetaldeído, furfural e acroleína também foram encontrados em baixos níveis (<1,5; 1,4 e 1,0μg L-1, respectivamente) em 57, 71 e 76% das amostras. Nas demais amostras, os níveis de acetaldeído, furfural e acroleína variaram de 5,2 a 54,8, 10,5 a 41,0 e 20,3 a 36,7μg L-1, respectivamente. O álcool furfurílico também foi encontrado em todas as amostras em níveis de 10,4 a 33,5μg L-1. A acroleína foi o único composto encontrado em níveis suficientes para representar risco à saúde, que ocorreu em 24% das amostras. Uma avaliação focada na origem da acroleína merece atenção, investigando a influência da concentração dos precursores e o papel da fermentação na formação do aldeído, além da avaliação da possível contaminação ambiental das uvas durante o cultivo.(AU)