Resumo
A eficiência da primeira ovulação da estação reprodutiva para a produção de embriões foi determinada através da taxa de recuperação embrionária, da viabilidade dos embriões recuperados, da concentração sérica de progesterona, da resposta do primeiro folículo pré-ovulatório da estação reprodutiva ao hCG e da resposta do primeiro CL a PGFa alfa. Treze éguas que estavam no periodo de anestro ou inicial da transição de primavera foram acompanhadas por ultra-sonografia até a detecção do primeiro folículo pré-ovulatório. Neste momento a ovulação foi induzida com 2500 UI de hCG (IV) e elas foram inseminadas em dias alternados até a ovulação. Sete dias após a detecção da ovulação foi realizada coleta de embrião e a concentração de P 4 foi determinada. A partir da detecção do primeiro folículo > e =25mm da estação, as éguas demoraram em média 14,92± 10,80 dias para alcançarem o primeiro folículo pré-ovulatório e 18,00 ±11,08 dias para ovularem, sendo que 11/13 éguas ovularam em até 48 horas após a administração do hCG. Estes folículos cresceram em média 2,19± 0,86 mm/dia. Nove das 13 éguas (69,2%) produziram embriões e todos foram considerados viáveis após avaliação visual e pelo exame de fluorescência. Os corpos lúteos formados mostraram-se funcionalmente competentes produzindo em média 7,39 ± 2,11 ng/ ml de P 4, além de serem responsivos à PGF2alfa. Deste modo, o primeiro ciclo ovulatório do ano pode ser utilizado com sucesso para a produção de embriões viáveis.(AU)
The efficacy of the first ovulation of the breeding season was determined through the response of first pre-ovulatory follicle of the breeding season to hCG, embryo recovery rate, viability of recovered embryos, serum concentrations of progesterone, and response of first CL to PGF2 alpha. Thirteenth mares that were in vernal transition were accompanied until the first pre-ovulatory follicle was detected. At this moment, the ovulation was induced with 2,500 IU hCG (IV) and the mares were inseminated every other day until ovulation. Seven days after the ovulation, embryo recovery was performed and the progesterone concentration was determined. After detection of the first pre-ovulatory follicle of breeding season with > and = 25mm, it took 14.92 ± 10.80 days for the follicle to reach the pre-ovulatory size and 18.00 ± 11.08 days to ovulation. After administration of hCG, 11/13 mares ovulated in 48 hours. These follicles growth 2.19 ± 0.86 mm/ day on average. Nine of 13 mares (69.2%) produced embryos and ali were considered viable after morfological evaluation and fluorescence exams. The CL appeared competent producing 7.39 ± 2.11 ng/ml P4 on average, and responding to PGF2 alpha. According to these results the first ovulatory cycle of the year can be utilized to produce viable embryos.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Ciclo Menstrual/fisiologia , Ovulação/metabolismo , Estruturas Embrionárias/metabolismo , Progesterona/administração & dosagem , Cavalos , Transferência Embrionária/veterináriaResumo
Ao contrário de outras espécies de animais domésticos, na égua os embriões descem tardiamente para o útero, creditando-se isto a uma dependência da PGE2. Conseqüentemente, são recuperados embriões que já estão em fases mais avançadas de desenvolvimento (blastocisto e blastocisto expandido) e com um tamanho que normalmente ultrapassa os 300 micrômetros quando a colheita é realizada após o 6º dia. Isto reflete em um insucesso nos protocolos de criopreservação embrionária. Em razão deste problema, testou-se a eficácia da aplicação da PGE2 por dois métodos (experimento I) e a eficácia da PGE1 e do análogo misoprostol (experimento II) na promoção da recuperação antecipada de embriões. Os dois experimentos foram realizados em éguas superestimuladas com Extrato de Pituitária Eqüina. No primeiro experimento, no 4º dia após a ovulação (D4), duas éguas foram submetidas à laparoscopia pela fossa paralombar para a deposição de 0,2 mg de PGE2 em gel sobre a tuba uterina e em outras três éguas a PGE2 foi administrada topicamente sobre a junção útero-tubárica (JUT) com auxílio de uma pipeta flexível (método não-cirúrgico). Vinte e quatro horas após a deposição do gel (D5), para ambos os métodos, foi realizada uma primeira tentativa de recuperação embrionária sendo que não foram recuperados embriões. Uma nova tentativa foi realizada entre o D6-6,5, sendo que desta vez, foram recuperados dois embriões das cinco éguas (40%), um de cada grupo. No segundo experimento, duas aplicações de 0,2 mg de PGE1 100% (n=5) ou de misoprostol 1% (n=5) diluídos em gel foram realizadas na região da JUT, no D4, pelo método não-cirúrgico. Não foram recuperados embriões no D5 das éguas que receberam PGE1 (0/5) e apenas de uma delas foram recuperados dois embriões no D6-6,5. Do grupo que recebeu misoprostol recuperaram-se três embriões de diferentes éguas no D5 (3/5), sendo uma mórula e dois embriões de sete dias provenientes de ovulações não-sincrônicas. No D6, entretanto, foram recuperados oito embriões de todas as éguas (5/5) que receberam misoprostol, resultado que é significativamente superior (P=0,048) ao do grupo que recebeu PGE1 (1/5). Apesar do pequeno número de animais, foram recuperados 11 embriões das 12 ovulações que ocorreram nas éguas do grupo misoprostol, todos com diâmetro igual ou inferior a 300 micrômetros. No último experimento detectou-se qualitativamente por imuno-histoquímica os diferentes subtipos de receptores (EP1 a EP4) para as PGE no útero, na JUT e nos diferentes segmentos da tuba uterina das éguas, em todas as fases do ciclo estral e durante dois períodos da gestação, porém, há uma menor quantidade (P< 0,0001) de receptores do subtipo EP1 em comparação aos demais subtipos. Os resultados obtidos por imuno-histoquímica indicam que realmente parece ser efetiva a administração tópica de PGE na JUT pelo método não-cirúrgico e os resultados obtidos nos dois primeiros experimentos demonstram que apesar de não antecipar a descida do embrião eqüino para o útero, o protocolo utilizando misoprostol 1% em éguas superovuladas mostrou-se eficaz em aumentar de maneira significativa a recuperação de embriões de seis dias com características desejáveis para a criopreservação
Differently of any other ways of occurrence among the domestic animals, concerning mares, their embryos migrate in a delayed lapse of time to their uterus due to a correlation to the PGE2. Consequently, one extracts embryos which are already into some more advanced phase of their development (blastocyst and expanded blastocyst) normally exceeding 300 micrometers when their extraction is performed after the 6th day. This fact results into a failure concerning the protocols of embryonic cryopreservation. Regarding this problem, the effectiveness of applying PGE2 using two different methods (experiment I) and the effectiveness of PGE1 and the analogous misoprostol (experiment II) for promoting the anticipated extraction of the embryos, were evaluated. Both experiments were carried on some superstimulated mares using Equine Pituitary Extract. Experiment I: after the 4th day after the ovulation (D4), two mares were submitted to laparoscopy through the flank for depositing 0.2mg of PGE2 gel on the oviduct; to three other mares PGE2 was topically applied on the uterus-tube junction (UTJ) with the aid of a flexible pipette (not-surgical method). Twenty and four hours after the gel disposal (D5) regarding both methods, a first attempt for extracting the embryos was unsuccessfully performed. Another attempt was performed between the D6-6.5, and this time two embryos were extracted from the five mares (40%), one of each group. Experiment II: two applications of 0.2mg of PGE1 gel 100% (n=5) or misoprostol gel 1% (n=5) were accomplished on the UTJ region, at D4, through the not-surgical method. There werent any extracted embryos at D5 from the mares which had received PGE1 (0/5) and there were just two embryos extracted from a mare at D6-6.5. From the group which had received misoprostol three embryos from different mares were extracted at D5 (3/5), being a morula and two embryos aged seven days, from not-synchronous ovulations. However, at D6, eight embryos were extracted from all of the mares (5/5) which have received misoprostol, a significantly superior result (P=0.0048) comparing to the group which received PGE1 (1/5). Although the small number of animals, there were extracted eleven embryos from the twelve ovulations into the group which received misoprostol, all of them with a diameter 300 micrometers. In the last experiment it was qualitatively detected by immunohistochemistry the different receptor subtypes (EP1 to EP4) for the PGEs in the uterus, on the UTJ and in the different segments of the oviduct, in all stages of the estrous cycle and during two periods of gestation; however, there is a smaller amount (P<0.0001) of the receptor subtype EP1 in comparison to the other subtypes. The obtained results by immunohistochemistry genuinely indicate that the topical application of PGE on the UTJ through a not-surgical method seems effective and the obtained results in the first two experiments show that even though it doesnt anticipate the embryos migration to the uterus, the protocol using misoprostol 1% in superstimulated mares was significantly effective for increasing the extraction of embryos aged six days with desirable characteristics for the cryopreservation
Resumo
Foi avaliado o uso do FSH equino (eFSH) para induzir o desenvolvimento folicular e a ovulacao em eguas durante a fase de transicao de primavera. Vinte e oito eguas, de 3 a 15 anos, foram examinadas durante os meses de agosto e setembro de 2003 com ultra-som por duas semanas antes do inicio do experimento, para determinar se elas estavam em transicao (nenhum foliculo maior que 25 mm e nenhum corpo luteo presente). Apos este periodo, conforme as eguas apresentam pelo menos um foliculo maior ou igual a 25 mm, elas foram distribuidas alternadamente em um dos dois grupos: 1) grupo controle . nao tratado; 2) grupo tratado com 12,5 mg de eFSH, duas vezes ao dia, ate que a maioria dos foliculos maiores que 30 mm alcancassem 35 mm. A atividade folicular de todas as eguas foi acompanhada. Quando a maior parte dos foliculos das eguas tratadas e o foliculo das eguas do grupo controle adquiriram um tamanho pre-ovulatorio (. 35 mm), foram administradas 2.500 UI de hCG, via intravenosa, para induzir a ovulacao. A partir deste momento as eguas foram inseminadas com semen fresco, em dias alternados, ate a ovulacao. Os exames ultra-sonograficos continuaram ate a deteccao das ovulacoes e a recuperacao embrionaria foi realizada sete a oito dias apos a ovulacao. As eguas do grupo tratado apresentaram o primeiro foliculo pre-ovulatorio e ovularam mais cedo do que as eguas nao tratadas (6,57 vs 18 dias). Entretanto, elas levaram mais tempo para a segunda ovulacao (22,36 vs 10,92 dias) apos a coleta de embriao e administracao do luteolitico. O periodo medio de tratamento foi de 4,79 } 1,07 dias e 85,71% das eguas tiveram multiplas ovulacoes. O numero de ovulacoes (5,57 vs 1,0) e de embrioes (2,0 vs 0,69) por egua foi superior para as eguas tratadas em comparacao as eguas controle. Porem, o numero de embrioes por ovulacao, foi similar entre os grupos (0,44 vs 0,69). O padrao de...
Equine FSH (eFSH) was evaluate for inducing follicular development and ovulation in transitional mares. Twenty-eight mares, from three to fifteen years of age, were examined during the months of August and September 2003 with ultrasound for two weeks prior to the start of the experiment to determine transitional characteristics (no larger follicles 25 mm and no corpora lutea present). After this period, as mare obtained a follicle larger or equal to 25 mm, they were assigned to one of two groups: 1) control group . untreated; 2) treated group with 12.5 mg eFSH, two times per day, until at least half of all follicles larger than 30 mm had reached 35 mm. The follicular activity of all mares were accompanied. When most of the follicles of the treated mares and a single follicle of control mares acquired a preovulatory size (. 35 mm), 2.500 IU hCG were administered, intravenously to induce ovulation. From this moment, the mares were inseminated with fresh semen, every other day, until ovulation. Ultrasound exams continued until ovulation detection and the embryo recovery was performed seven to eight days after ovulation. The mares of treated group reached the first preovulatory follicle and ovulated before untreated mares (6.57 vs 18 days). However, they took more time to the second ovulation (22.36 vs 10.92) after the embryo recovery and luteolitic administration. The mean period of treatment were 4.79 } 1.07 days and 85.71% of mares had multiple ovulations. The number of ovulation (5.57 vs 1.0) and embryos (2.0 vs 0.69) per mare were higher for treated mares than control mares. However, the number of embryos per ovulation was similar in both groups (0.44 vs 0.69). The pattern of follicular growth were also different between groups. Eighty-nine percent the embryos from the superovulated mares, were viable after a initial analysis, considering that...