Resumo
A evolução tecnológica tem possibilitado o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de novos materiais para implantes. Apesar dos fundamentais benefícios providos pelos dispositivos ortopédicos, complicações decorrentes de corrosão, degradação, infecção, além de outras podem ocorrer. O entendimento das características dos biomateriais é fundamental para a previsibilidade do seu comportamento in vivo, fornecendo subsídios para que o composto mais adequado seja escolhido na reconstrução do defeito ósseo. As placas de origem metálica são as mais utilizadas para o reparo de fraturas de ossos longos, sendo mecanicamente resistentes e biocompatíveis. No entanto, a necessidade de remoção e o enfraquecimento do osso são suas principais desvantagens. Neste trabalho, placas produzidas a partir de osso cortical equino foram empregadas experimentalmente em fêmur osteotomizado de coelhos (Grupo osso-GO), num estudo comparativo com placas de metal (Grupo metal-GM). A avaliação radiográfica foi realizada a cada 30 dias, durante 120 dias, momento em que foi então realizada análise histológica do material em estudo. Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos com relação à morfometria do calo ósseo e consolidação óssea em todos os momentos avaliados, sendo que ambas as placas permitiram a consolidação em todos os animais. Entretanto, observou-se que o calo ósseo foi menor no GO, em relação ao GM, em todos os momentos do estudo. Por outro lado, a maior parte dos animais do GO apresentou consolidação completa da fratura aos 90 dias, enquanto que no GM isto ocorreu aos 60 dias. Não foram evidenciadas células do tipo corpo estranho na histopatologia dos animais do GO, mas maior quantidade de tecido fibroso foi identificada, envolvendo este biomaterial. A placa confeccionada com osso equino representa uma alternativa de baixo custo e muito viável, uma vez que permitiu estabilização adequada para consolidação óssea de fratura de fêmur em coelhos. Neste estudo, a menor formação de calo periosteal, associada a um tempo superior para consolidação em GO sugerem maior estabilidade da fratura onde a placa de osso foi utilizada. (AU)
Actually, technological advances have contributed to the development and improvement of new materials for implants. Despite the fundamental benefits provided by orthopedic materials, complications resulting from corrosion, degradation, infection, and others may occur. The knowledge of characteristics of the biomaterials is important to predict their behavior in vivo, supporting that the most suitable compound is chosen to reconstruct the bone defect. Metallic plates are the most common material used for repair of long bone fractures, and they are mechanically stable and biocompatible. However, the need of removal and bone weakening are their disadvantages. In this paper, plates made from equine cortical bone were used experimentally in osteotomized rabbit femur (bone-GO Group), in a comparative study with metal plates (metal GM Group). Radiographic evaluation was performed every 30 days during 120 days, at which time was then performed femur histological analysis. During all evaluated moments of the study, there was no statistically significant difference between the two groups in callus morphometry, and complete consolidation was observed in all animals. However, it was observed that the callus was lower in GO compared to GM, all times during the study. Moreover, most of the GO animals showed complete consolidation fracture at 90 days only, whereas this occurred in GM at 60 days. There were no foreign-body cells in the histopathology exam of the GO animals, but larger amount of fibrous tissue was identified, involving this biomaterial. The plate made from horse bone represents a low cost alternative and it is very feasible, it allowed adequate stabilization of femur fracture in rabbits. In this study, the lower periosteal callus associated with a longer time for consolidation in GO suggest greater fracture stability when the bone plate was used. (AU)
Assuntos
Animais , Adulto , Coelhos/lesões , Próteses e Implantes/veterinária , Placas Ósseas/veterinária , Fixação de Fratura/veterinária , Radiografia/veterináriaResumo
A Lesão de Reabsorção Odontoclástica Felina - LROF é uma afecção que acomete mais da metade da população felina. Não há predileção por sexo, ocorrendo mais em felinos de raças puras asiáticas. Conforme aumenta a idade do animal, maior é a prevalência e mais dentes podem ser afetados. É uma lesão que acomete a borda gengival e progride via apical ou oclusal, que conforme o grau de acometimento pode fazer a reabsorção de esmalte e/ou cemento, até o comprometimento total das estruturas dentárias. Essas lesões expõem a dentina ou a polpa dentária, causando dor intensa. Clinicamente os animais apresentam halitose, disfagia, sialorreia, dificuldade para apreender ou mastigar os alimentos, hiperemia e hiperplasia gengival, presença de placa bacteriana e cálculos, lesões dentárias parecidas com cáries e até mesmo evoluir para perda dos dentes sem causa aparente. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o melhor tratamento para gatos acometidos pela LROF, comparando o tratamento clínico e profilático com o tratamento cirúrgico.(AU)
The Feline Odontoclastic Resorptive Lesions - FORL is a disease that affects more than half of cat population. There is no sex predilection, occurring more in purebred cats in Asia. With increasing age of the animal, the greater prevalence and more teeth may be affected. Its an injury that involves the gingival edge and progresses apical or occlusal, resulting in an activity of osteoclastic resorption that as the degree of involvement can make the resorption of enamel and/or cement, to the total commitment of dental structures, with a total loss of the dental element (crown and root). These injuries expose the dentin or pulp, causing intense pain. Clinically, the animals have halitosis, dysphagia, drooling, difficulty chewing food or seize, hyperemia, gingival hyperplasia, presence of plaque and calculations, similar to dental caries lesions and even progress to tooth loss without apparent cause. This research aims to evaluate the best treatment for cats affected by FORL, comparing the clinical treatment and prophylactic surgery.(AU)
Assuntos
Animais , Odontologia/veterinária , Gatos/classificação , Ferimentos e Lesões/complicações , Gengiva/anatomia & histologia , Profilaxia DentáriaResumo
A Lesão de Reabsorção Odontoclástica Felina - LROF é uma afecção que acomete mais da metade da população felina. Não há predileção por sexo, ocorrendo mais em felinos de raças puras asiáticas. Conforme aumenta a idade do animal, maior é a prevalência e mais dentes podem ser afetados. É uma lesão que acomete a borda gengival e progride via apical ou oclusal, que conforme o grau de acometimento pode fazer a reabsorção de esmalte e/ou cemento, até o comprometimento total das estruturas dentárias. Essas lesões expõem a dentina ou a polpa dentária, causando dor intensa. Clinicamente os animais apresentam halitose, disfagia, sialorreia, dificuldade para apreender ou mastigar os alimentos, hiperemia e hiperplasia gengival, presença de placa bacteriana e cálculos, lesões dentárias parecidas com cáries e até mesmo evoluir para perda dos dentes sem causa aparente. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o melhor tratamento para gatos acometidos pela LROF, comparando o tratamento clínico e profilático com o tratamento cirúrgico.
The Feline Odontoclastic Resorptive Lesions - FORL is a disease that affects more than half of cat population. There is no sex predilection, occurring more in purebred cats in Asia. With increasing age of the animal, the greater prevalence and more teeth may be affected. Its an injury that involves the gingival edge and progresses apical or occlusal, resulting in an activity of osteoclastic resorption that as the degree of involvement can make the resorption of enamel and/or cement, to the total commitment of dental structures, with a total loss of the dental element (crown and root). These injuries expose the dentin or pulp, causing intense pain. Clinically, the animals have halitosis, dysphagia, drooling, difficulty chewing food or seize, hyperemia, gingival hyperplasia, presence of plaque and calculations, similar to dental caries lesions and even progress to tooth loss without apparent cause. This research aims to evaluate the best treatment for cats affected by FORL, comparing the clinical treatment and prophylactic surgery.