Resumo
This study aimed to evaluate the antifungal activity of M. oleifera extracts against fungi isolated from farmed prawns and test the toxicity of the extracts on larvae of Macrobrachium amazonicum. The ethanol extracts of pods, seeds, leaves, stems and flowers and chloroform extract of flowers of M. oleifera were tested against 14 strains of Candida spp. and 10 strains of Hortaea werneckii isolated from farming water and the digestive tract of M. amazonicum. Antifungal activity was determined by microdilution, based on the M27-A3 and M38-A2 CLSI documents. Toxicity was evaluated by exposing larvae of M. amazonicum at concentrations between 10-1000mg mL-1, counting dead larvae (CL50) after 24 hours. The best results were verified with the chloroform extract of flowers, acting against all tested strains, with MICs ranging from 0.019 to 2.5 mg mL-1. Ethanol extracts of leaves, flowers and seeds acted against 22/24, 21/24 and 20/24 strains, respectively. The extract of pods was only effective against strains of Candida spp. (14/24) and extract of stem only against four strains of H. werneckii (4/24). Extracts of seeds, flowers (chloroform fraction), stems and leaves showed low or no toxicity, whereas extracts of pods and flowers (ethanol fraction) showed moderate toxicity. Thus, the antifungal activity of these extracts agaisnt Candida spp. and H. werneckii was observed, a wide margin of safety for larvae of M. amazonicum, demonstrating to be promising for the sustainable management of effluents from M. amazonicum farming.(AU)
Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica de extratos de M. oleifera frente a fungos isolados de camarões, cultivados em água doce, e testar a toxicidade dos extratos em larvas de Macrobrachium amazonicum. Os extratos etanólicos de vagens, sementes, folhas, caules e flores e o extrato clorofórmico de flores de M. oleifera foram testados contra 14 cepas de Candida spp. e 10 cepas de Hortaea werneckii isolados da água de cultivo e do trato digestório de M. amazonicum. A atividade antifúngica foi determinada por microdiluição, com base nos documentos M27-A3 e M38-A2 do CLSI. A toxicidade foi avaliada por exposição das larvas de M. amazonicum a concentrações entre 10-1000 mg mL-1 dos extratos, realizando contagem de larvas mortas (CL50), após 24 horas. Os melhores resultados foram verificados com o extrato clorofórmico de flores, agindo frente a todas as cepas testadas, com concentrações inibitórias mínimas variando entre 0,019-2,5 mg mL-1. O extrato etanólico de folhas, flores e sementes agiu ante 22/24, 21/24 e 20/24 cepas, respectivamente. O extrato de vagens foi eficaz contra cepas de Candida spp. (14/24) e o extrato de caule apenas contra quatro cepas de H. werneckii (4/24). Os extratos de sementes, flores (fração clorofórmica), caules e folhas apresentaram baixa ou nenhuma toxicidade, enquanto que extratos de vagens e flores (fração etanólica) apresentaram toxicidade moderada. Assim, observou-se atividade antifúngica dos extratos em Candida spp . e H. werneckii com uma ampla margem de segurança para as larvas de M. amazonicum, demonstrando ser promissor para o manejo sustentável dos efluentes do cultivo de M. amazonicum.(AU)