Resumo
Os probióticos são considerados suplementos alimentares à base de microrganismos vivos capazes de ajustar o equilíbrio da microbiota intestinal e aumentar a capacidade produtiva dos suínos. Em função de seus benefícios, a suplementação de probióticos na alimentação de matrizes suínas pode ser uma alternativa promissora para melhorar os níveis de imunoglobulinas (Ig) presentes no colostro. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da suplementação de probióticos sobre a qualidade do colostro de matrizes em estágio final de gestação. No estudo, foram avaliadas 72 matrizes e seus leitões, somando um total de 432 leitões. O probiótico foi oferecido para as matrizes via ração, por 40 dias, sendo formados dois grupos: Controle e Tratamento. Foi considerado as ordens de parto das matrizes OP1 (primíparas); OP2 (parto 2 a 3); OP3 (parto3 a 5); OP4 (parto 6 a 7) e ordem de nascimento dos leitões ON1(3 primeiros nascimentos); ON2(3 últimos nascimentos). Ao parto, foi coletada uma amostra de sangue da matriz e os leitões foram pesados. Após 24 horas os leitões foram pesados novamente e foi coletada uma amostra de sangue de cada leitão para determinação de forma indireta da concentração de imunoglobulinas (Ig) através da técnica de imunócrito. Os dados foram analisados estatisticamente através do programa Jamovi. Foi utilizado para as análises o nível de significância de 5%. Com relação as amostras de sangue das matrizes, não houve diferença do grupo tratamento em relação ao grupo controle (P>0,05). Porém, a ordem de parto das fêmeas se mostrou significativa (P<0,05). Já para as amostras de sangue dos leitões, comparando todos os leitões dos grupos, não houve diferença para a quantidade de Ig (P>0,05). Entretanto, comparando os grupos de leitões ON1 e ON2, houve efeito significativo para os níveis de Ig (P<0,05). Para a análise do ganho de peso dos leitões nas primeiras 24 horas, não houve diferença significativa (P>0,05) entre os grupos. Com relação a ingestão de colostro, houve diferença significativa sendo que o grupo suplementado ingeriu mais colostro, indicando que as matrizes suplementadas possivelmente produziram um maior volume de colostro. Conclui-se que probióticos não foram capazes de melhorar os níveis de Ig, contribuindo apenas para aumentar o volume de colostro produzido pelas matrizes. Análises complementares evidenciaram que a ordem de parto das matrizes e ordem de nascimento dos leitões foram fatores capazes de gerar efeitos significativos na quantidade de Ig.
Probiotics are considered food supplements based on live microorganisms capable of maintain the balance of the gut microbiota and improve the productive capacity of pigs. Due to its benefits, supplementation of probiotics in the breeding can be a promising alternative to improve the levels of immunoglobulins (Ig) in colostrum. Therefore, the purpose of this study was evaluate the effects of probiotic supplementation in the sow colostrum quality in the final last third of gestation. In the study, 72 sows and their piglets were evaluated, totaling 432 piglets. The probiotic was offered in the feeding of the sow for the last 40 days. It were used two sow groups: Control and Treatment. The considered parity order of the female was: OP1 (primiparous); OP2 (farrowing 2 to 3); OP3 (farrowing 3 to 5); OP4 (farrowing 6 to 7) and birth order of piglets: ON1 (first 3 births); ON2 (last 3 births). At the beginning of the farrowing, a blood sample was collected from the female and her piglets were weighed. After 24 hours the piglets were weighed again and a blood sample was collected from each piglet to determine indirectly the their Ig concentration using the immunocrit method. The data were statistically analyzed using the Jamovi program. A significance level of 5% was considered for the analyses. For the blood samples from the sows, there was no difference between the treatment group and the control group (P>0,05). However, the parity order of the females proved to be significant (P<0,05). For the blood samples from piglets, comparing all piglets in the groups, there was no difference in the amount of Ig (P>0,05). However, comparing the ON1 and ON2 piglets groups, there was a significant effect on the Ig levels (P<0,05). For the analysis of piglet weight gain in the first 24 hours, there was no significant difference (P>0,05) between the groups. Regarding colostrum intake, there was a significant difference, with the treatment group ingesting more colostrum, indicating that the supplemented sows possibly produced a greater volume of colostrum. It is concluded that probiotics were not able to improve the levels of Ig, contributing only to the increase in the volume of colostrum produced by the sows. Complementary analyses evidenced that the parity order of the sows and the birth order of the piglets were factors capable to generate significant effects on the amount of Ig.