Resumo
Among the factors that influence the diversity of ectoparasites on bat hosts are the kind of roost and the host's social behavior. Other factors such as sex, reproductive condition and host size may influence the distribution and abundance of ectoparasites. The aim of the present study was to analyze the variation in Streblidae ectoparasites on the bat Phyllostomus hastatus, according to sex and roost type. We caught bats in four houses on Marambaia Island, municipality of Mangaratiba, and in one house at the Federal Rural University of Rio de Janeiro, municipality of Seropédica. We caught 65 females and 50 males of P. hastatus and 664 streblids of four species: Aspidoptera phyllostomatis, Strebla consocia, Trichobius dugesii complex and Trichobius longipes. The species T. longipes accounted for more than 99% of all the ectoparasites caught. Female bats were more parasitized than males, in terms of both prevalence and average intensity. The total number of parasites did not vary between resident and non-resident bats. The relationship between the number of individuals of T. longipes and sex and roost type was significant for resident bats. The total number of parasites on males did not differ between bachelor roosts and mixed-sex roosts. The differences found between roosts reflected the differences between the sexes.
Os fatores que influenciam a diversidade de artrópodes ectoparasitos no morcego hospedeiro incluem o tipo de abrigo e o comportamento social da espécie hospedeira. Aspectos como sexo, condição reprodutiva e tamanho do hospedeiro podem influenciar a distribuição e a abundância dos ectoparasitos. Este trabalho teve como objetivo analisar a variação no parasitismo de estreblídeos em Phyllostomus hastatus, considerando os sexos e diferentes abrigos. Os morcegos foram capturados em quatro casas na Ilha da Marambaia, município de Mangaratiba, e em uma casa na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, município de Seropédica. Foram capturados 65 fêmeas e 50 machos de P. hastatus e 664 dípteros estreblídeos distribuídos em quatro espécies: Aspidoptera phyllostomatis, Strebla consocia, Trichobius complexo dugesii e Trichobius longipes. A espécie T. longipes representou mais de 99% das capturas de Streblidae. Fêmeas de morcegos foram mais parasitadas que os machos, tanto em prevalência quanto em intensidade média. O total de parasitos não variou entre os morcegos residentes e os não residentes. O modelo considerado entre o total de T. longipes, o sexo e o abrigo para indivíduos residentes mostrou-se significativo. O total de parasitos em machos não difere entre aqueles oriundos de abrigos de machos solteiros e de abrigos heterossexuais. As diferenças entre os abrigos refletem a diferença no parasitismo entre os sexos dos hospedeiros.