Resumo
A osteoartropatia hipertrófica é um distúrbio de osteoprodução generalizada do periósteo que acomete os ossos longos das extremidades (1), sendo geralmente secundária a alguma patologia intratorácica, como doença cardiopulmonar ou neoplasia. Enquanto que no cão a causa mais frequente são as neoplasias metastáticas, em medicina humana se deve fundamentalmente a tumores primários (2). A osteoartropatia hipertrófica pulmonar é uma doença incomum e que tem sido descrita em várias espécies, sendo que foi observada com maior frequência em humanos e cães (3). A idade de incidência nos cães varia de 1 a 15 anos, sendo a raça Boxer a mais acometida (1,4). A patogenia não está totalmente esclarecida, o principal achado é o aumento do fluxo sangüíneo periférico na porção distal dos membros, com crescimento de tecido conectivo vascular e subseqüente mineralização (2, 4). Um mecanismo neurogênico foi proposto, baseado na observação de que a patologia pode regredir após a vagotomia. O aumento do fluxo sangüíneo seria secundário à estimulação de trajetos neurais aferentes. Outras teorias citam fatores humorais, hipóxia ou combinação de ambos (2). Conhecimentos mais recentes sugerem relação com a presença na circulação sistêmica de um ou mais fatores de crescimento que são normalmente inativados (3). Os sinais clínicos mais comuns são aumento de volume simétrico nas extremidades distal dos mem
Resumo
A osteoartropatia hipertrófica é um distúrbio de osteoprodução generalizada do periósteo que acomete os ossos longos das extremidades (1), sendo geralmente secundária a alguma patologia intratorácica, como doença cardiopulmonar ou neoplasia. Enquanto que no cão a causa mais frequente são as neoplasias metastáticas, em medicina humana se deve fundamentalmente a tumores primários (2). A osteoartropatia hipertrófica pulmonar é uma doença incomum e que tem sido descrita em várias espécies, sendo que foi observada com maior frequência em humanos e cães (3). A idade de incidência nos cães varia de 1 a 15 anos, sendo a raça Boxer a mais acometida (1,4). A patogenia não está totalmente esclarecida, o principal achado é o aumento do fluxo sangüíneo periférico na porção distal dos membros, com crescimento de tecido conectivo vascular e subseqüente mineralização (2, 4). Um mecanismo neurogênico foi proposto, baseado na observação de que a patologia pode regredir após a vagotomia. O aumento do fluxo sangüíneo seria secundário à estimulação de trajetos neurais aferentes. Outras teorias citam fatores humorais, hipóxia ou combinação de ambos (2). Conhecimentos mais recentes sugerem relação com a presença na circulação sistêmica de um ou mais fatores de crescimento que são normalmente inativados (3). Os sinais clínicos mais comuns são aumento de volume simétrico nas extremidades distal dos mem