Resumo
The purpose of this study was to investigate whether intravenous crotalphine produces significant sedation, as well as physiological changes, in healthy standing horses. Six mares, aged 8 years and weighing 415kg underwent three different treatments in a crossover design: TA (acepromazine: 50µg.kg-1), TC (crotalphine: 0.01µg.kg-1) and TX (xylazine: 1000µg.kg-1), intravenously. At various time points over 60 minutes, physiologic variables were recorded: heart rate, respiratory rate, and rectal temperature. The head height from the ground (HHG) was evaluated in centimeters. Data were analyzed using ANOVA followed by Dunnett's test or Friedman followed by Dunn's test, under 5% significance. Heart rate decreased significantly at M5 and M10 compared with Mb in TX (28±7, 26±6 and 40±8 beats/minute-1, respectively; p=0.0004). Respiratory rate and rectal temperature did not differ among groups or time points. The HHG significantly decreased in all groups compared with Mb at various time points (p<0.0001). In conclusion, crotalphine did not produce reliable and durable sedation in healthy standing mares and did not influence cardiorespiratory variables in a clinically relevant manner.
O objetivo deste estudo foi investigar se a administração de crotalfina intravenosa produz sedação significativa e alterações fisiológicas em equinos saudáveis. Seis éguas, idade média de oito anos e peso médio de 415kg, foram submetidas a três tratamentos distintos: TA (acepromazina: 50µg/kg), TC (crotalfina: 0,01µg/kg) e TX xilazina: 1000µg/kg), por via intravenosa. Em vários momentos, ao de longo de 60 minutos, as variáveis fisiológicas registradas foram frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura retal. A altura de cabeça ao solo (ACS) foi avaliada em centímetros. Os dados foram analisados pela ANOVA, seguida pelo teste de Dunnett ou de Friedman e, depois, pelo teste de Dunn, sob 5% de significância. A frequência cardíaca diminuiu significativamente em M5 e M10 em comparação com Mb em TX (28±7, 26±6 e 40±8 bpm, respectivamente; P=0,0004). A frequência respiratória e a temperatura retal não diferiram entre os grupos ou os pontos de tempo. O HHG diminuiu significativamente em todos os grupos em comparação com Mb em vários momentos (P <0,0001). Em conclusão, a crotalfina não produziu sedação confiável e durável em éguas saudáveis e não influenciou as variáveis cardiorrespiratórias de maneira clinicamente relevante.
Assuntos
Animais , Xilazina , Cavalos , Hipnóticos e Sedativos , Relaxamento MuscularResumo
The study aimed to determine the continuous rate infusion of tramadol associated with peri- and postoperative analgesia for orthopedic surgeries in dogs, as well as cardiorespiratory and adverse effects. Thirty dogs aged 4.2±1.2 years and weighing 15.1±0.9kg were enrolled in the study, premedicated intramuscularly with acepromazine (0.04mg kg-1) and tramadol (2mg kg-1); anesthesia was induced with propofol and maintained with isoflurane in oxygen. Three infusion rates were compared, comprising three experimental groups: G2: 2.0mg kg-1 h-1; G2.5: 2.5mg kg-1 h-1; and G3: 3.0mg kg-1 h-1. Surgery was initiated 15 minutes following the start of tramadol infusion. During anesthesia, animals were monitored in predefined time points: immediately after tracheal intubation and start of inhalation anesthesia (T0); surgical incision (TSI); final suture (TFS) and end of tramadol infusion (TEI), which was maintained for at least 120 minutes and prolonged according to the duration of surgery. Postoperative analgesia was evaluated through an interval pain scoring scale and the Melbourne pain scale. The mean time of tramadol infusion was greater than 120 minutes in all groups and no differences were found among them (141±27 minutes in G2, 137±27 minutes in G2.5 and 137±30 minutes in G3). Perioperative analgesia was regarded as short and did not correlate with infusion rates. Tramadol infusion provided adequate analgesia with cardiorespiratory stability Analgesia was not dose-dependent, however, and residual postoperative effects were short-lasting, which warrants proper postoperative analgesia following tramadol infusion. Additional studies are required using higher infusion rates and standardized nociceptive stimulation in order to determine how doses influence tramadol analgesia and whe therthereis a limit to its effect in dogs.(AU)
Objetivou-se determinar a infusão de taxa contínua de tramadol associada à analgesia peri e pós-operatória para cirurgias ortopédicas em cães, além de efeitos cardiorrespiratórios e adversos. Foram utilizados 30 cães, com idade média de 4,2±1,2 anos e pesos médios de 15,1±0,9kg, pré-medicados por via intramuscular com acepromazina (0,04mg/kg) e tramadol (2mg/kg). A anestesia foi induzida com propofol e mantida com isoflurano em oxigênio. Foram comparadas três taxas de infusão, compreendendo três grupos experimentais: G2: 2,0mg/kg; G2,5: 2,5mg/kg1; e G3: 3,0mg/kg. A cirurgia começou 15 minutos após o início da infusão de tramadol. Durante a anestesia, os animais foram monitorados nos seguintes momentos: imediatamente após a intubação traqueal e o início da anestesia inalatória (T0); incisão cirúrgica (TSI); final de sutura (TFS) e final da infusão de tramadol (TEI), que foi mantida por, pelo menos, 120 minutos e prolongada de acordo com a duração da cirurgia. A analgesia pós-operatória foi avaliada por escalas de pontuação de dor, conforme a escala intervalar de avaliação de dor e a escala de contagem variável de avaliação de dor da Universidade de Melbourne, a cada uma hora. O tempo médio de infusão de tramadol foi maior que 120 minutos em todos os grupos, e não foram encontradas diferenças entre elas (141±27 minutos em G2, 137±27 minutos em G2,5 e 137±30 minutos em G3). A analgesia perioperatória foi adequada na maioria dos indivíduos e a pós-operatória foi considerada curta, não correlacionada àquelas com diferentes taxas de infusão. A infusão de tramadol nas taxas estudadas produziu analgesia adequada com estabilidade cardiorrespiratória. A analgesia não foi dose dependente, no entanto os efeitos residuais pós-operatórios foram considerados curtos, o que determina a necessidade de analgesia adequada após infusão contínua de tramadol. Estudos adicionais que utilizam taxas mais elevadas de infusão de tramadol e estimulação nociceptiva padrão são necessários para determinar em que medida as doses influenciam a analgesia de tramadol e se há um limite nos seus efeitos nos cães.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Tramadol/análise , Cães/cirurgia , Anestesia Geral/estatística & dados numéricosResumo
The study aimed to determine the continuous rate infusion of tramadol associated with peri- and postoperative analgesia for orthopedic surgeries in dogs, as well as cardiorespiratory and adverse effects. Thirty dogs aged 4.2±1.2 years and weighing 15.1±0.9kg were enrolled in the study, premedicated intramuscularly with acepromazine (0.04mg kg-1) and tramadol (2mg kg-1); anesthesia was induced with propofol and maintained with isoflurane in oxygen. Three infusion rates were compared, comprising three experimental groups: G2: 2.0mg kg-1 h-1; G2.5: 2.5mg kg-1 h-1; and G3: 3.0mg kg-1 h-1. Surgery was initiated 15 minutes following the start of tramadol infusion. During anesthesia, animals were monitored in predefined time points: immediately after tracheal intubation and start of inhalation anesthesia (T0); surgical incision (TSI); final suture (TFS) and end of tramadol infusion (TEI), which was maintained for at least 120 minutes and prolonged according to the duration of surgery. Postoperative analgesia was evaluated through an interval pain scoring scale and the Melbourne pain scale. The mean time of tramadol infusion was greater than 120 minutes in all groups and no differences were found among them (141±27 minutes in G2, 137±27 minutes in G2.5 and 137±30 minutes in G3). Perioperative analgesia was regarded as short and did not correlate with infusion rates. Tramadol infusion provided adequate analgesia with cardiorespiratory stability Analgesia was not dose-dependent, however, and residual postoperative effects were short-lasting, which warrants proper postoperative analgesia following tramadol infusion. Additional studies are required using higher infusion rates and standardized nociceptive stimulation in order to determine how doses influence tramadol analgesia and whe therthereis a limit to its effect in dogs.(AU)
Objetivou-se determinar a infusão de taxa contínua de tramadol associada à analgesia peri e pós-operatória para cirurgias ortopédicas em cães, além de efeitos cardiorrespiratórios e adversos. Foram utilizados 30 cães, com idade média de 4,2±1,2 anos e pesos médios de 15,1±0,9kg, pré-medicados por via intramuscular com acepromazina (0,04mg/kg) e tramadol (2mg/kg). A anestesia foi induzida com propofol e mantida com isoflurano em oxigênio. Foram comparadas três taxas de infusão, compreendendo três grupos experimentais: G2: 2,0mg/kg; G2,5: 2,5mg/kg1; e G3: 3,0mg/kg. A cirurgia começou 15 minutos após o início da infusão de tramadol. Durante a anestesia, os animais foram monitorados nos seguintes momentos: imediatamente após a intubação traqueal e o início da anestesia inalatória (T0); incisão cirúrgica (TSI); final de sutura (TFS) e final da infusão de tramadol (TEI), que foi mantida por, pelo menos, 120 minutos e prolongada de acordo com a duração da cirurgia. A analgesia pós-operatória foi avaliada por escalas de pontuação de dor, conforme a escala intervalar de avaliação de dor e a escala de contagem variável de avaliação de dor da Universidade de Melbourne, a cada uma hora. O tempo médio de infusão de tramadol foi maior que 120 minutos em todos os grupos, e não foram encontradas diferenças entre elas (141±27 minutos em G2, 137±27 minutos em G2,5 e 137±30 minutos em G3). A analgesia perioperatória foi adequada na maioria dos indivíduos e a pós-operatória foi considerada curta, não correlacionada àquelas com diferentes taxas de infusão. A infusão de tramadol nas taxas estudadas produziu analgesia adequada com estabilidade cardiorrespiratória. A analgesia não foi dose dependente, no entanto os efeitos residuais pós-operatórios foram considerados curtos, o que determina a necessidade de analgesia adequada após infusão contínua de tramadol. Estudos adicionais que utilizam taxas mais elevadas de infusão de tramadol e estimulação nociceptiva padrão são necessários para determinar em que medida as doses influenciam a analgesia de tramadol e se há um limite nos seus efeitos nos cães.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Tramadol/análise , Cães/cirurgia , Anestesia Geral/estatística & dados numéricosResumo
The aim of this study was to assess the cardiopulmonary, analgesic, adverse effects, serum concentration of cortisol and plasma levels of levobupivacaine and morphine in bitches undergoing propofol anesthesia and epidural analgesia with levobupivacaine alone or combined with morphine. This was a randomized 'blinded' prospective clinical study using 32 adult bitches weighing 9.8±4.1kg that were admitted for elective ovariohysterectomy. Twenty minutes after administration of acepromazine and midazolam, anesthesia was induced with propofol (4mg kg-1) and maintained by a continuous rate infusion (CRI). Each animal was randomly assigned to one of four epidural groups: GL = levobupivacaine alone (0.33mg kg-1); GLM0.1 = levobupivacaine and morphine (0.1mg kg-1); GLM0.15 = levobupivacaine and morphine (0.15mg kg-1); and GLM0.2 = levobupivacaine and morphine (0.2mg kg-1). Variables obtained during anesthesia were heart rate, respiratory rate, systolic, mean and diastolic arterial blood pressures, oxyhemoglobin saturation, inspired oxygen fraction, end-tidal carbon dioxide tension, blood gases, serum cortisol, and plasma levels of levobupivacaine and morphine. The onset and duration times of the blockade were recorded. Arterial pressures were significantly increased in all groups at the times of ovarian pedicle clamping. There was a decrease in pH, together with an increase in both PaO2and PaCO2 over time. Serum cortisol levels were increased in TESu compared to TB, T30 and TR. Limb spasticity, muscle tremors, opisthotonos and diarrhea were observed in some animals during propofol infusion and ceased with the end of CRI. Reactions happened at different moments and lasted for different periods of time in each individual. Epidural with levobupivacaine alone or combined with morphine allowed for ovariohysterectomy to be performed under low propofol infusion rates, with minimal changes in cardiovascular variables and in serum cortisol levels. Adverse effects were observed in very few animals in each group.(AU)
Objetivou-se avaliar os efeitos cardiovasculares, analgésico, adversos, a concentração sérica de cortisol e os níveis plasmáticos de levobupivacaína e morfina em cadelas submetidas à infusão contínua de propofol e analgesia peridural com levobupivacaína isolada ou associada à morfina. Para tanto, realizou-se um estudo clínico prospectivo randomizado com 32 cadelas adultas pesando 9,8 ± 4,1kg, que foram submetidas à ovário-histerectomia eletiva. Vinte minutos após a administração de acepromazina e midazolam, os animais foram induzidos com propofol (4mg/kg) e mantidos por uma infusão contínua (CRI) do mesmo fármaco. Cada animal foi alocado aleatoriamente em um dos quatro grupos: GL = levobupivacaína isolada (0,33mg/kg); GLM0,1 = levobupivacaína + morfina (0,1mg/kg); GLM0,15 = levobupivacaína + morfina (0,15mg/kg) e GLM0,2 = levobupivacaína + morfina (0,2mg/kg). As variáveis obtidas durante a anestesia foram FC, f, PAS, PAM e PAD, SaO2, FiO2, EtCO2, gases sanguíneos, cortisol sérico e os níveis plasmáticos de levobupivacaína e morfina. Foram analisados, ainda, os períodos de latência e a duração dos bloqueios. As pressões arteriais aumentaram significativamente em todos os grupos nos momentos de ligadura dos pedículos ovarianos. Houve uma diminuição do pH, em conjunto com um aumento da PaO2 e da PaCO2 ao longo do tempo. Os níveis séricos de cortisol aumentaram. Espasticidade de membros, tremores musculares, opistótono e diarreia foram observados em alguns animais. Tais reações aconteceram em diferentes momentos e duraram diferentes períodos de tempo em cada indivíduo. A anestesia peridural com levobupivacaína isolada ou associada à morfina permitiu ovário-histerectomia em cadelas sob infusão de propofol, com mínimas alterações nas variáveis cardiovasculares e nos níveis de cortisol sérico e com baixo índice de efeitos adversos.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Morfina/efeitos adversos , Hidrocortisona/efeitos adversos , Propofol/administração & dosagem , Propofol/análise , Anestesia Epidural/efeitos adversos , Anestesia Epidural/veterinária , Ovariectomia/veterinária , Analgésicos Opioides/efeitos adversos , Analgésicos Opioides/análise , Anestésicos LocaisResumo
O presente estudo investigou os benefícios da anestesia por tumescência com lidocaína em cadelas submetidas à mastectomia, visando ao conforto do paciente e à sua recuperação pós-operatória. Foram utilizados sete animais, de peso e raças variadas, que apresentavam neoplasia em região de cadeia mamária e que foram submetidos à cirurgia de mastectomia. Todos os animais receberam o mesmo protocolo anestésico, sendo utilizado como MPA a associação entre acepromazina e morfina, nas doses de 0,04mg/kg e 0,4mg/kg (IM), respectivamente. Após 15 minutos, foi alocado um cateter em veia cefálica e realizou-se a indução com propofol 4mg/kg e midazolam 0,2mg/kg, seguida de manutenção anestésica com isofluorano. Posteriormente à instrumentação, procedeu-se à técnica de anestesia por tumescência com solução gelada composta por ringer lactato, lidocaína 2% sem vasoconstritor e adrenalina, em um volume total de 15mL/kg. Em média, o tempo de duração do procedimento foi de 74±18 minutos. O pico plasmático de lidocaína deu-se entre 30 e 60 minutos após a infiltração da solução. O resgate analgésico foi realizado após sete horas, aproximadamente, da infiltração. Pode-se concluir que a anestesia por tumescência com lidocaína deve ser considerada como constituinte do protocolo anestésico e analgésico de cadelas a serem submetidas à cirurgia de mastectomia, proporcionando estabilidade de parâmetros, segurança e recuperação pós-operatória de boa qualidade.(AU)
The present study investigated the benefits of tumescent anesthesia with lidocaine in dogs undergoing mastectomy, seeking the patients' comfort and their postoperative recovery. Seven animals, with different weight and breed, who had cancer in the region of mammary chain underwent mastectomy surgery. All animals received the same anesthetic protocol being used as the association between acepromazine and morphine doses of 0.04mg.kg-1 and 0.4mg.kg-1 (IM), respectively. After 15 minutes a catheter was placed in the cephalic vein and induction with propofol 4mg.kg-1 and 0.2mg.kg-1 followed by maintenance with isoflurane anesthesia was done. After instrumentation, we proceeded to the tumescent anesthesia technique with ice-cold solution consisting of Ringer's lactate, lidocaine 2% without epinephrine and adrenaline in a total volume of 15mL.kg-1. The average duration of the procedure was 74±18 minutes. The plasmatic peak of lidocaine was between 30 and 60 minutes after infiltration. The rescue analgesic was performed after approximately seven hours of infiltration. It can be concluded that the tumescent anesthesia with lidocaine should be considered as a constituent of anesthetic and analgesic protocol in dogs undergoing mastectomy surgery providing parameter stability, safety and good quality postoperative recovery.(AU)