Resumo
The biological cycle of female ticks of Amblyomma cooperi was studied under controlled conditions. The study has begun with two engorged females collected in a naturally infested wild capybara. The larvae originated from the oviposition of these two females were used for collecting young adults through artificial infestations in rabbits. The female parasitic and free living phases were evaluated using artificial infestation of ticks in a capybara. The average body weight of females was 958.2± 175.6mg, the average pre-egg laying period was 8.5± 1.4 days, the reproductive efficiency index was 59.5± 4.2 and the nutritional efficiency index was 77.3± 4.8. The incubation and eclosion periods were 41.9 and 5.9 days, respectively, and the rate of eclosion was 64%. These figures were obtained under high relative humidity conditions which were necessary for the success of the egg incubation process of this species. The preliminary data obtained with the artificial infestation in rabbits raises the possibility of this and other domestic species be used as an epidemiologic link between the domestic and the wild environment with the potential exposure of human populations to A. cooperi and to the maculosa fever agent.
O ciclo biológico de Amblyomma cooperi foi estudado sob condições de laboratório. O estudo iniciou-se com duas fêmeas ingurgitadas coletadas de uma capivara selvagem naturalmente infestada. As larvas provenientes da postura foram utilizadas para obtenção de adultos, por meio de infestação artificial em coelhos. As fases parasitária e de vida livre das fêmeas foram avaliadas utilizando-se infestação artificial em capivara. A média de peso corporal foi de 958,2± 175,6mg, a média do período de pré-postura de 8,5± 1,4 dias e dos índices de eficiência reprodutiva e nutricional de 59,5± 4,2 e 77,3± 4,6, respectivamente. Os períodos de incubação e eclosão foram de 41,9 e 5,9 dias, respectivamente. A taxa de eclosão foi de 64%. Estes dados foram obtidos sob alta umidade relativa, necessária para o sucesso da incubação dos ovos dessa espécie. Os dados preliminares obtidos com a infestação artificial em coelhos levanta a possibilidade dessa e de outras espécies domésticas serem possíveis elos epidemiológicos entre o ambiente doméstico e o silvestre, com potencial risco de exposição humana a A. cooperi e ao agente etiológico da febre maculosa.